Music Of The Heart escrita por Giovanna


Capítulo 2
1ª fase - Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Não demorei muito. Prometi na sexta, mas eu já postei. Bem, amanhã eu tenho prova de matemática, e deixei de estudar para escrever. Então se estiver ruim, culpem a matemática, não a mim, raraUm beijo, e boa leitura.



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Thalia olhou nos olhos de Nico. Ela se perdeu na imensidão negra que os olhos de seu amado possuíam. Depois de um tempo encarando-o os dois começaram a gargalhar.

— Papai, que piada. Eu quase caio.

— Não é piada, Thalia. Você sempre quis ter um irmão, certo? Agora tem.

— Sim, um irmão. De sangue, mas não meu amigo.

— Thalia, chega.

— Argh, PAPAI!

Thalia subiu as escadas de sua casa batendo os pés. Ela estava nervosa, devido aos fatos que ocorreram. Parecia uma garota mimada, mas não era. Nunca se quer recebera a atenção de seu pai, não deixaria qualquer recebê-la, mesmo que fosse a amada de seu pai. Por mais que Nico fosse apenas um irmão de consideração, mas a garota se importa muito com a família, e respeita as suas regras. E ela sabe que não se deve namorar com família.

A menina entrou em seu quarto e bateu a porta. Trancou-se no lugar e deitou-se em sua cama, e chorou. Ela não iria permitir que seu pai lhe tirasse sua única felicidade, mas a mesma não tinha força para lidar com isso. Parecia que seu corpo não respondia mais a seus comandos, a única coisa que ela tinha força, era de chorar.

Há oito anos, Thalia se apaixonou perdidamente por um garoto. Ele era a pessoa perfeita, lhe levava doces, flores. Até que um dia, Thalia o pegou beijando uma garota. Aquele sempre foi o mal do rapaz, fazia as garotas que se apaixonavam por ele, sofrer. Thalia prometeu que nunca mais se apaixonaria, mas dessa vez, sabia que as leis da razão, não servem para o coração. O nome do garoto era Luke, sim, o ex-namorado de sua melhor amiga.

— Thalia, abre a porta.

— Pra quê? Para o senhor conversar comigo? Desculpa, mas eu não quero conversar. Deixa-me sozinha.

— Pare de rebeldia, minha filha. Você não tem mais idade para isso?

— Não? Tem certeza? E aquele papo que eu seria sua princesinha? Também não tenho mais idade para isso, não é? Desculpe, mas não dá pra aceitar as suas besteiras, pai. Não mais. Você sempre prometeu as coisas para mim, e eu pergunto, cumpriu? É claro que não. Lembra quando você disse que nada nem ninguém substituiriam a mamãe? Lembra? O que você está fazendo? NÃO CUMPRINDO SUA PROMESSA. Só o que você sabe fazer, eu cansei. Cansei.

Thalia olhou para a gaveta ao lado de sua cama. Ali estava aos seus maiores segredos. Desde a primeira cartinha de seu primeiro namorado, na quarta série, até o estilete que pegou das coisas de seu pai. Thalia havia se prometido, que nunca usaria aquilo para tentar nada a sua vida. Mas naquele momento, aquela caixinha que estava dentro da gaveta, estava a atraindo de uma grande maneira.

A menina abriu a gaveta, e tirou de lá sua caixinha. Ela a abriu, e viu o estilete. Levantou-o até um tamanho que desse para fazer o que desejava.

— Thalia, abre a porta.

Aquela voz. Aquela voz a despertou, e a fez acordar e perceber a besteira que iria cometer. Um erro. Era assim que ela chamava aquele momento. Apenas um erro.

— Thalia, vai abrir, ou não?

— Meu pai tá ai?

— Ele foi procurar a chave reserva, abra Thalia.

Thalia levantou-se de sua cama e destrancou a porta.

— Que surto foi esse, menina?

— Nada, di Ângelo. Nada.

— Quem nada é peixe, Thalia. Fal... Você tava tentando se matar?

— E se eu estivesse? Quem se importa?

— Thalia, eu me importo. Quer dizer, Annabeth se importa. Seu pai se...

— Meu pai? Por favor, Nico, diga a verdade. Meu pai só liga para a perfeita fortuna que ele tem. Nunca nem se importou para a filha que tem ou deixou de ter. Se eu fugir, mudar, ou sei lá eu, qualquer coisa, ele nem liga.

— Para de falar o que não sabe.

— Essa é a questão. Eu sei. Antes se eu não soubesse. Seria mais fácil.

— Olha, não é fácil mesmo. Mas tudo vai se acertar. Eu prometo isso.

— Eu to cansada de promessas, di Ângelo.

— Eu entendo. Sei como é, vai por mim. Minha mãe prometeu a mesma coisa, quando o avião de meu pai caiu. Mais vemos que ela não cumpriu.

— Espera, o avião que teu pai estava caiu? O que minha mãe estava também.

— Que estranho.

— Estranho? Muito estranho.

— Você acha que nossos pais estavam no mesmo avião?

— Não sei. Quando foi que aconteceu?

— Faz vinte anos.

— Tá. Com certeza é o mesmo avião.

Houve um silencio. Um silêncio muito mais que desconfortável, um silêncio de luto. Até que uma voz quebra o mesmo.

— THALIA?

— O que você quer, pai?

— O que você tem?

— Pergunta pra você mesmo o que você fez. Você saberá o que eu tenho.

— Thalia, para de parecer mimada.

— Mimada? Como eu posso ser mimada se ninguém nunca me mimou?

— Nunca te mimou? E as coisas que eu comprava...

— Dinheiro. Você sempre achou que o dinheiro comprava as coisas, né? Errou. Eu não sou fútil. Eu sempre quis um pouquinho de atenção. Só um pouquinho. Mas você? Só liga pra essas merdas de suas namoradas. Pro dinheiro. Pra tudo, menos pra mim. Não sei como você consegue ser tão podre.

Blac. Thalia levou um tapa em sua face. Cambaleou para o lado, mas conseguiu se segurar.

— O que, não aguenta ouvir a verdade?

— Não admito que você fale assim comigo, Thalia.

— Pode deixar. Eu não vou falar nem assim, nem assado. Agora sai. Sai do meu quarto.

Thalia empurrou seu pai para fora do quarto. Fechando a porta. Havia esquecido que um Nico estava atrás dela, observando tudo.

— O quê? Nunca me viu brigando com meu pai?

— Na verdade, não.

— Vai se acostumando. É normal.

— Bem, eu vou arrumar minhas coisas.

— O quê? Ah sim, esqueci que agora você será meu meio irmão de consideração.

Aquelas palavras doíam o coração da menina. Mas era necessário. Ela jurava ter escutado um “Infelizmente”, mas ignorou.

Nico saiu de seu quarto, e Thalia ficou pensando nas coisas que haviam acontecido naquele dia. Ela chegou de viagem. Reencontrou seus melhores amigos. Descobriu que seu amado dividiria casa com ela. Brigou com seu pai. Seu pai lhe bateu. Tudo no mesmo dia. Mas ela tentava ser forte e mostrar que não estava abatida com nada. Seu lema era “Não aprendi a me render. Caia o inimigo então.” As lagrimas da garota começaram a rolar. Naquele momento, ela havia se esquecido de todas as promessas feitas, que jamais iria chorar por um garoto ou por seu pai. E naquele momento, não estava fazendo nada mais que isso. Ela queria ter mudado o passado. Há seis anos, quando ela decidiu mudar-se de país, para estudar musica, deveria ter ficado, e hoje poderia estar como seus amigos, juntos com as pessoas que amam. Não, não é inveja. É culpa, é saber que está sofrendo, por sua culpa. Mas como todos, ela merece uma segunda chance. E irá provar isso.


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Notas finais do capítulo

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