Truth Revealed escrita por Eleanor Devil


Capítulo 1
Ainda em sofrimento


Notas iniciais do capítulo

primeiro capítulo, é um pouco pequeno e deprimente XDD



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Truth Revealed

Capitulo 1 – Ainda em sofrimento

Olá…bem aqui estou eu, deixem-me apresentar-me a vocês

Chamo-me Yuka Aina Ikisatashi, tenho 14 anos, nasci a 15 de Abril. Tenho cabelo verde-esmeralda liso que chega até meio dos meus ombros, os meus olhos são rosa-choque. Normalmente sou uma rapariga doce e alegre mas às vezes tenho um mau temperamento, gosto das cores rosa e lavanda por isso essa é a grande razão pela qual a maior parte das minhas roupas são dessas cores, especialmente o porquê de eu sempre usar um laço de tamanho médio, de cor lavanda, na parte detrás da minha cabeça.

O meu pai chama-se Kisshu Ikisatashi, infelizmente não tenho mãe mas sei como ela era, o meu pai fala sempre sobre ela e essas são as raras vezes em que o vejo a sorrir verdadeiramente. A minha mãe chamava-se Ichigo Momomiya, era humana, tinha cabelo vermelho que lhe chegava até ao início dos ombros e olhos castanhos chocolate, o meu pai disse-me que ela era uma mulher muito forte e feliz, sempre a sorrir, até mesmo no dia em que faleceu…a minha mãe deixou este mundo a 15 de Abril…sim, ela morreu ao dar-me à luz…isso deixa-me triste…por vezes culpo-me a mim mesma pela morte da minha mãe, era suposto eu amá-la e não matá-la mas o meu pai diz-me sempre: ‘Não te culpes, Yuka, a tua mãe pode ter partido mas deixou para trás uma linda criança…e ela para sempre estará nas nossas mentes e corações’

Quem me dera poder dizer o mesmo mas…eu queria tê-la conhecido…o meu pai também me disse que eu tive um irmão mais velho e uma irmã gémea mas eles também já cá não estão devido a uma doença…segundo o meu pai, depois da minha mãe morrer, o meu avô adoptivo, sim adoptivo visto que ele não é o pai verdadeiro do meu pai, queria separar a mim e aos meus irmãos do meu pai por causa que ele odiava os humanos e nós tínhamos sangue humano a correr nas nossas veias, não sei o porquê ao certo desse ódio mas uma vez ouvi o meu tio Pai a dizer que era algo a ver com uma guerra antiga entre humanos e aliens que já nem sequer existe mas que o meu avô nunca ultrapassou…de qualquer forma depois da minha mãe ter morrido, ele acreditava que o meu pai não tinha condições para criar três crianças sozinho…é claro que o meu pai recusou-se a ser separado de nós e por isso fugiu para o Planeta Azul, a planeta natal da minha mãe, mas as coisas correram mal…ao que parece ambos eu e os meus irmão adoecemos gravemente e ele não nos conseguia ajudar devido ao facto de ser um alien, não podia ir a hospitais nem algo do género, e claro que nem sequer queria roubar…e devido ao facto de ele não querer ser descoberto e ser forçado a voltar para casa, ele não pediu ajuda a nenhum dos humanos que conhecia para vir ajudar a tomar conta de nós…no fim…ele também adoeceu e desmaiou, quando acordou encontravam-se na casa o meu tio Taruto e o meu tio Pai, que me segurava, e foi aí que lhe disseram que os meus irmão não tinha sobrevivido às febres altas…

Hoje é o 14º aniversário desde que os irmãos morreram, o aniversário da morte da minha mãe tinha sido há duas semanas atrás assim como o dia em que completei 14 anos, não foi um dia lá muito fácil…normalmente aniversários são felizes mas todos os anos é a mesma coisa, não há festas ou coisas desse género…só eu e o meu pai…não posso culpá-lo, ele ainda sofre, todos os anos, em cada aniversário ele segura em junto dele uma foto da minha mãe ou dos meus irmãos enquanto eu o abraço, tentando confortá-lo…mas não estou a fazer um bom trabalho, eu sei disso…porque…porque eu não sei o que dizer…ou fazer…parcialmente a culpa é minha que a minha mãe está morta…

“Yuka!” ouvi alguém a chamar-me, levantei a cabeça, deixando os meus pensamentos para trás, e olhei para a minha  esquerda e vi a minha prima de vinte e sete anos, Selena, ela é a sobrinha do meu pai, ela tem longo cabelo loiro e cintilantes olhos rosa, ligeiramente mais claros que os meus. Tal como eu disse o meu pai é o tio dela mas ele é mais como um pai para ela e ela como uma irmã para mim. A irmã do meu pai é a mãe dela mas ela não é a melhor das pessoas desde que o marido dela e o pai da Selena, Kiseki, morreu à muito tempo, ela e o meu pai dão-se como o cão e o gato! Senão pior!

“Sim, o que é Lena?” disse eu

Ela suspirou “Tenho estado a chamar por ti à tanto tempo, miúda!” eu também suspirei e olhei para baixo

“Desculpa-me….” Murmurei e olhei de novo para ela “Podias repetir o que disseste?”

“Estava a perguntar-te como é que o tio está…” ela disse, num tom triste

“Como é que achas…? Ele não sai do quarto…esta manhã antes de sair para a escola, fui-lhe dar um beijo e um abraço e adivinha? Encontrei-o agarrado aquela foto…quase a chorar…”

A minha prima suspirou uma vez mais “Achas que seria bom, eu ir visitá-lo?”

 Imediatamente assenti e tomei-lhe as mãos, tinha toda a certeza que os meus olhos rosa estavam com forma de cachorrinho abandonado mas isso não me importava “Sim, por favor Lena! Eu…eu sinto-me tão mal por não conseguir fazer nada por ele, ele é meu pai e nem consigo encontrar as palavras correctas para confortá-lo!” disse, senti os meus olhos rosa a ficarem molhados com lágrimas “T-Talvez tu possas tentar animá-lo…”

Ela abraçou-me e acariciou o meu cabelo esmeralda “Está bem querida, vou ver o que consigo fazer…”

Ambas caminhámos de volta a casa e quando abri a porta, vi exactamente o que estava à espera…o meu pai tinha já saído do quarto mas…bem ele agora estava sentado no sofá, ainda a segurar aquela foto dos meus irmãos…suspirei e olhei para a Selena, ela assentiu e ambas caminhámos até ele depois de fecharmos a porta. Silenciosamente sentámo-nos, cada uma em cada lado dele.

Fui a primeira a mexer-me, lentamente mexi a minha mão e coloquei-a sobre a dele “Olá pai…” lentamente ele levantou os seus cansados e vazios olhos âmbar, não havia brilho neles…estavam tão vazios…”A Selena veio visitar-nos” levou algum tempo para ele reagir, antes de ele processar a pequena informação que lhe tinha acabado de dar, lentamente ele olhou para o outro lado e viu a minha prima, a sorrir amavelmente para ele, ela também colocou a sua mão sobre a mão que eu estava a segurar

“Olá tio…” começou “Como te sentes…?”

Uma vez mais demorou tempo para ele reagir, ambas sabíamos que tínhamos de ser pacientes com ele “E…estou bem…” ele tentou mostrar um sorriso mas falhou completamente, ele não sorri há tanto tempo e quando o faz, era sempre falso ou forçado mas eu sabia que era difícil para ele sorrir feliz de novo

Inclinei-me para a frente e beijei-lhe a cabeça antes de encostar a minha cabeça sobre o ombro dele, coloquei o meu braço livre à volta dele e puxei-o mais perto de mim, senti-o, após algum tempo, ele também encostar a sua cabeça sobre a minha e a relaxar um pouco. Após alguns minutos, Selena também colocou o seu outro braço em volta dele e encostou a sua cabeça sobre o outro ombro dele…

Ambas não havíamos conseguido que ele sorrisse…mas entendíamos isso, não fazia mal não sorrir…mas um dia tenho a certeza que o meu pai voltará a sorrir como antes, tenho a certeza que um dia ele será feliz de novo…

TBC…


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