Hate Hating You escrita por Namine


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Realidade alternativa, blá blá. Espero que as fangirls gostem. -q



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-Hmph, mas que bando de imbecis – ele resmungou, olhando para a entrada do estádio, procurando algo que lhe interessasse no meio daquela futilidade.  – Essa gente vem aqui só pra ver aquele maníaco do basebol fazendo um bando Home Runs inúteis, são uns desocupados.

-Ah, e eu posso saber porque você está aqui então, Hayato? – indaguei com minha típica voz sínica.

Chamava pelo primeiro nome só para irrita-lo, pura pirraça.

-Ora essa, o juudaime pediu, é uma ordem! – gritou como se aquilo fosse a coisa mais obvia do mundo, com visível orgulho de ser totalmente submisso ao Tsuna.

-Se você diz. – resmunguei voltando a minha atenção novamente ao estádio, onde Yamamoto se aquecia para o grande jogo. Vim fazer torcida,  é claro. Takeshi é o meu melhor amigo em apenas um ano na escola Namimori: desde que sai da Itália para me juntar aos guardiões Vongola, substituindo o bebê idiota do Lambo como guardiã do trovão. Takeshi era um cara que eu realmente poderia contar pra tudo, tinha plena confiança no moreno.

-Naomi! – ouvi a voz familiar de Tsuna – Você já chegou? 

Ele estava carregado de pipocas, refrigerantes e doces em cima de uma bandeja, e os mesmos tapavam parte do seu rosto. Imaginei sem querer Tsuna tropeçando no pé de alguém e todas aquelas comidas caindo em cima de Hayato. Tive que segurar o riso, aquela cena era muito cômica.

-Ah sim Tsuna-san, cheguei a pouco tempo, e tive a infelicidade de me encontrar só com o Hayato aqui – olhei o rapaz com uma cara feia, e ele fez exatamente o mesmo. Ele era do tipo irritante, teimoso, rebelde, difícil de lhe dar, cabeça quente, gênio forte.

Igualzinho a mim.

Aquela semelhança toda me irritava, e era visível que o irritava também. Não apenas em personalidade, mas nos dois também tínhamos as melhores notas, alunos intercambistas italianos da escola, temos exatamente a mesma altura - sem nenhum centímetro a mais ou a menos, acredite -, usarmos óculos para a leitura, a mesma cor de olhos, além de muitas, acredite, muitas outras semelhanças sem qualquer importância, mas mesmo assim, irritantes.

Por causa de todos esses pontos em comum, odiávamos um ao outro nunca nos dando bem em hora nenhuma. Claro, evitamos brigas mais sérias, para o bem de todos ao redor.  Se bem que eu sempre tive vontade de brigar sério com ele, afinal, queria descobrir qual dos dois sairia vivo dessa batalha.

-Juudaime, deixe-me ajudá-lo! – Hayato se levantou disposto e ajudou Tsuna com a bandeja de petisco, colocando-a na arquibancada, entre mim e ele. Bom, uma barreira.

-Obrigado, Gokudera-kun. – Tsuna disse sorridente, e com um suspiro se sentou ao lado de seu suposto braço direito.

-Onde estão os outros? – indaguei com certa curiosidade, já que não havia visto mais ninguém e já era quase hora do jogo.

-Ah, hoje só o onii-san vem assistir o jogo,  já que hoje é o dia de apreciação da Haru, quando ela e Kyoko vão comer bolos nas padarias a cidade. Elas gostam muito mesmo desse dia.

-Há, idiotisse. – eu e Hayato dissemos juntos, depois nos encaramos com um olhar irritado. Outra coisa em comum; as vezes, falamos a mesma frase, com a mesma intensidade e a mesma rapidez. Bufamos, irritados.

Éramos o que, gêmeos?

-Ao EXTREMO! – eu não precisava nem ver quer era, apenas pela voz com aquele tom enérgico e escandaloso, eu sabia que o senpai estava por perto. Acenei para ele com entusiasmo.

-Yo! Desculpem o atraso, é que eu não resisti e comecei a correr em volta do ginásio, como faço todas as manhãs! – apesar de estar um pouco suado, ele não parecia nem um pouco fadigado. Era uma coisa que realmente me impressionava no senpai, aquela disposição imensa.

-Quantas voltas dessa vez, senpai?

-Ah, nada de mais! Umas quinze, por aí... Se bem que eu perdi as contas depois do dez. – sorriu ao extremo.

-Gente! – ouvimos de dentro da quadra. Era Takeshi, com já o seu uniforme e seu bastão da sorte em mãos, pronto para jogar, incrível como sempre. As garotas do nosso lado soltaram gritos de excitação quando ele chegou perto. Apenas revirei os olhos visivelmente desgostosa e com sede de sangue de vadias.

Takeshi sorriu inocente para as garotas, e se virou para nós, abrindo a boca para falar alguma coisas, mas foi interrompido pela voz do locutor, que ecoava por todos os alto-falantes, anunciando o começo da partida

 – Opa, já está na hora. Bem, espero que seja um jogo bom. Até daqui a pouco! – Colocou as mãos atrás da cabeça e se virou com um giro de calcanhares.

-Boa sorte Yamamoto!

-Tch, maníaco do basebol, vê se joga direito.

-Jogue EXTREMAMENTE!

-De o seu melhor, Takeshi! – coloquei as mãos ao redor da boca e gritei para ele, esvaziando o ar de meus pulmões. Ele acenou com um sorriso.

Acredite, eu não sou tão alegre e bem disposta assim com todos. Com ele é muito diferente. Sinto-me como se estivesse com um irmão quando estou perto dele; me anima demais. Então a minha personalidade tão ‘Hayato de ser’ desaparecesse por um instante, para voltar de novo em pouco tempo.

O jogo terminou rápido. Mais rápido até do que o locutor esperava. Takeshi estava correndo despreocupado até a base para fazer o seu quarto Home Run do jogo, para o delírio da torcida. Ele era o melhor jogador de basebol que eu já tinha visto.

Depois de um tempo após o termino do jogo a arquibancada já estava praticamente vazia. Porém continuamos por lá, combinamos de encontrar com Takeshi.

-Desculpe a demora! – ouvimos a voz dele, vindo a nossa esquerda e me pus de pé. Ele já estava trocado, com uma mochila cinza pendurada no ombro – É que tinha gente pedindo o meu autografo lá no vestiário, acredita? – e gargalhou, com sua típica felicidade contagiante.

-Há, está ficando famoso, ein? – o cutuquei com o meu cotovelo, rindo também.

-Foi uma partida maravilhosa, Yamamoto! – Tsuna exclamou, gesticulando – Nunca tinha visto alguém rebater as bolas tão longe, foram pra fora do campo!

-Hoje eu joguei bem mesmo, né? – e sorriu para todos nós.

-Foi bem ao extremo! – ele poderia falar quantos ‘extremos’ fossem, nunca me cansava de ouvir aquela energia na sua voz; um pouco da energia passava pra mim também, ficava até mais disposta. Adorava a sempre visível disposição do senpai.

O único que não pronunciou ma palavra, é claro, foi a mula do Hayato. Nem assistir o jogo ele assistiu, ficou apenas lendo aquela revista estúpida de óvnis, ou seja lá mais que loucura estavam escritas lá. Finalmente alguma coisa diferente entre mim e ele, achava aquilo um completo absurdo.

-O que achou do jogo Gokudera? – Yamamoto questionou, com esperança de criar um dialogo.

-Igual a todos os outros.

-Ah... Mas, o que você achou dos outros?

-Não enche, estou lendo.

-Haha, desculpa então. – coçou a cabeça se dirigindo a nos novamente. Percebeu que com Hayato o papo não rolava, a menos que você fosse o juudaime.

-Vocês querem sair pra comer em algum lugar? Posso conseguir um desconto no restaurante do meu velho, vocês sabem disso.

-Obrigado Yamamoto, mas acho que agora não. – Tsuna apontou para a bandeja ao lado de Hayato, ainda concentrado naquela maldita revista – Comemos muito enquanto assistíamos ao jogo! Talvez outro dia, que tal?

-Podemos então só dar uma volta no centro de Namimori... – ele sugeriu, arrumando o boné – Sabe, eu queria comemorar essa vitória mesmo, afinal consegui classificar o time pras finais!

-Ótima idéia! – Ryohei disse, olhando para os outros – Eu estou dentro.

-Podem contar comigo também, minha mãe disse que não tem problema eu chegar mais tarde em casa hoje. A minha mãe é muito despreocupada. – Tsuna resmungou, com um suspiro.

E me olharam, na expectativa que eu aceitasse também; e é claro que eu queria. Mas havia aquele pequeno problema de 1.68, cabelos cinza e olhos verdes acinzentados: Hayato.

 Onde quer que Tsuna fosse ele ia junto, e hoje o seu humor estava péssimo. O meu também não estava dos melhores, mas com Yamamoto e Ryohei por perto ele amenizava e se transformava só em uma pequena irritação de vez em quando. Mas não com Hayato por perto, aquele imbecil me tirava do sério em um nível extremo.

Ele sempre encontrava um jeito de me irritar. Pergunto-me como ele consegue me tirar do sério ainda mais fácil do que a peste do Lambo e a retardada da Haru, juntos.

-Eu não vou. – ele murmurou, fechando o livro e colocando dentro da sua mochila – Comemorar mais uma vitoria do maníaco do basebol? Ah, hoje não estou com paciência. – estranhei muito o fato do braço direito não estar seguindo o seu chefe. Bem, hoje o mau-humor deveria estar dos piores realmente.

-Vamos Gokudera, vai ser divertido! – Yamamoto tentou convencer o rapaz.

-Mas que bosta, Yamamoto! Deveríamos estar preocupados com coisas muito mais importantes. – pronto, a dinamite pavio-curto Hayato finalmente explodiu – Existem assassinos espalhados por toda Namimori, empenhados em matar sem dó por causa disso daqui. – e apontou para o seu anel Vongola. Passei o dedo sobre o meu anel Vongola do Trovão, acariciando-o. Não poderia deixar que alguém o tomasse; não depois de tudo que passei para consegui-lo. Saber que um teria de perde-lo para o Lambo, eu não gostava nem de pensar que um dia não faira mais parte da Vongola. Mas enquanto fizesse, faria de tudo para continuar guardiã daquele bem de poder gigantesco.

Então Hayato continuou, ainda mais irritado:

 –Ao invés de fazer alguma coisa útil como treinar com sua katana, você só pensa nessa merda de basebol! E o resto, não te importa? Você é um egoísta desgraçado, maníaco do basebol!

-Cale a boca. – por mais incrível que pareça, não fui eu que disse isso, se bem que não ia demorar muito pra eu falar. Quem repreendenu severamente Hayato foi Tsuna, queestava muito nervoso; cabisbaixo e de punhos cerrados. – Também estou preocupado com os anéis, mas não é pra descontar tudo em cima do Yamamoto. Ele não é culpado por nada do que está acontecendo aqui por causa desses anéis! Culpando ele sem motivo assim, o único egoísta aqui é você. – Tsuna hesitou e com os olhos arregalados  colocou a mão em frente a boca. Nem ele mesmo acreditou ter falando aquilo depois de ter falado.

Todos o encaravam boquiabertos, enquanto ele tentava balbuciar algum pedido de desculpa, porém Hayato foi mais rápido:

-Então com licença, juudaime – se virou e foi embora, sem nem olhar para trás. Era mais do que certeza, de que se não fosse Tsuna falando aquilo, ele explodiria o desafortunado na hora. Foi até incrível como ele conseguiu segurar a raiva.

-Gokudera-kun, eu não... – Tsuna conseguiu falar, mas Hayato já tinha ido embora.

Tsuna estava na verdade preocupado e horrorizado com aquelas tentativas de roubos dos anéis Vongola, que estavam se tornando cada vez mais freqüentes. Estava preocupado com seu bem estar, mas acima de tudo com o bem estar de suas pessoas queridas. Só de pensar na possibilidade de algo acontecer com Kyoko, eu sabia que ele já tinha um aperto no coração, pois tinha com certeza um sentimento forte por aquela garota. Mas se preocupava também com sua mãe, com Haru, Lambo, I-pin, Fuuta, e todos em Namimori. E toda aquela raiva que estava acumulando dentro de si tinha sido descarregada no Hayato, mesmo que sem querer.

-Eu sou mesmo um idiota. – ele exclamou, batendo a cabeça contra a cerca que dividia a arquibancada da quadra de basebol – Devia ter me controlado!

-Eu vou falar com ele. – nem mesmo eu acreditei, mas dessa vez quem falou isso fui eu mesma. Pensei que se Tsuna fosse falar com ele, Hayato não diria nada e só desculparia com Tsuna e com mais ninguém que tivesse magoado. Se fosse Yamamoto ou Ryohei ele ia explodir de raiva novamente, como sempre fazia com os dois. Era preciso alguém que pudesse falar com ele de igual para igual.

-...Tem certeza, Naomi? – Yamamoto indagou. Ele ainda estava meio abalado; mas mesmo assim confiante, como o Yamamoto que eu conheci a menos de um ano.

-Ou eu vou acalmá-lo ou vou piorar o humor dele... E como não tem como ficar pior, deixa comigo mesmo – sorri, tentando parecer uma amiga para todas as horas. Ah, se aquele cabeça de polvo viesse metendo a boca em mim, eu não teria medo de brigar sério pela primeira vez, o que eu faria com prazer. Estava decidida: Ou eu conseguiria acalma-lo ou então partiria pra pancadaria.


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Notas finais do capítulo

Well, queria melhorar esse capitulo, mas não achei uma maneira de deixar ele melhorzinho.
OKAY, NO PRÓXIMO É QUE O NEGÓCIO FICA BOM. A_A



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