Minhas mãos agarraram o cabelo de Matheus trazendo-o mais para perto. Ele agarrou minha cintura pressionando seu corpo contra o meu. Eu já estava sem ar, mas não queria parar com aquele beijo. As mãos de Matheus começaram a passear pelo meu corpo fazendo-me sentir um choque em cada lugar que ele tocava. Ficamos nos beijando até que meus pulmões doessem por faltar de ar, mas ele não parou com os beijos e desceu beijando meu pescoço, eu tombei minha cabeça para trás e gemi baixo de prazer. Sem que eu parasse para pensar minhas mãos passaram por debaixo de sua camisa tocando seu peitoral musculoso e quente, escutei ele rir baixinho quando minhas mãos tocaram sua pele por debaixo da camisa, mas não parei e rapidamente tirei sua blusa. Eu fiquei parada contemplando seu corpo... Ele era lindo.

  Enquanto ele me beijava suas mãos pousaram no feche do meu vestido puxando-os para baixo com delicadeza e fazendo-o cair sobre os meus pés. Eu arfei quando suas mãos quentes tocaram minha pela descoberta. Ele colocou as mãos nos meus quadris e me puxou para cima fazendo-me agarrar sua cintura com minhas pernas. Matheus me girou pelo quarto ainda me beijando e pousou-me levemente na cama ficando por cima de mim. Eu abri o botão da sua calça e empurrei-a para baixo. Ele beijou meu colo até parar no meu sutiã. Por um momento ele parou e me olhou com olhos famintos de desejo. Eu sorrir e ele retribuiu o sorriso com um beijo leve e apaixonando enquanto tirava minha lingerie. Minhas mãos abaixaram sua Box libertando sua virilidade.

  Eu gemi alto quando nossos corpos se uniram e chegaram ao ponto máximo do prazer. Nossas mãos estavam entrelaçadas e nossa respiração ofegante. Estávamos exausto. Matheus caiu ao meu lado na cama e me deu leves beijos. Eu tentava manter minha respiração controlada, mas era impossível. Eu me encostei no peitoral nu de Matheus e senti suas mãos passando levemente pelas minhas costas me fazendo arrepiar, depois disse apaguei.

  Acordei com uma estranha felicidade e demorei um pouco mais para abrir os olhos aproveitando cada momento daquela felicidade. Pisquei algumas vezes para adaptar minha visão e vi Matheus dormindo como um anjo com os braços ao meu redor. Eu fiquei parada olhando para a figura mais linda que eu já tinha visto. Matheus respirava levemente e suas mãos estavam delicadamente pousadas a minha volta. Fechei e abri os olhos para ter certeza que aquilo era real. Para ter certeza que a noite passada tinha sido real.

 – Oi! – disse Matheus abrindo os olhos e com um sorriso perfeito nos lábios. Sorri instintivamente.

 – Bom dia! – disse dando um selinho nele, mas ele não queria que fosse só um selinho e prolongou ainda mais o beijo tornando-o quente e apaixonante até ficarmos com falta de ar. Eu sorrir e ele também. Depois deitei minha cabeça em seu peito deixando que suas mãos passeassem pelas minhas costas delicadamente. Ficamos assim por sei lá quanto tempo, porque nenhum dos dois queria que aquele momento acabasse.

 – Ontem... – começou Matheus, mas eu coloquei um dedo em seus lábios, proibindo-o de diz qualquer palavra.

 – Não vamos atrapalhar esse momento. – disse olhando para aqueles perfeitos olhos cor de mel. Eu não sabia definir, mas a cor dos seus olhos estava maravilhosamente linda.

 – Você tem razão. – disse ele beijando o topo da minha cabeça. Tudo estava simplesmente perfeito quando escutamos um barulho no andar debaixo. Isso fez com que eu realmente despertasse. Nós ainda estávamos na casa de Diego!

 – Meu Deus! – disse levantando-me rápido. – Eu esqueci completamente que estávamos na casa de Diego... Dormimos no quarto de hospede dele. Minha mão vai me matar! – falei apavorada procurando minhas roupas. Matheus se levantou calmante e segurou meu rosto fazendo-me olhar para ele.

 – Calma! Não precisa ficar assim. – disse ele fazendo o ar que saia dos seus lábios roçarem minhas bochechas. Eu senti um novo êxtase de prazer, mas sabia que não tinha tempo para aquilo.

 – Você quer que eu me acalme? Minha mão deve está super preocupada! Se sua mão não se importa com você problema seu... – falei sem parar pra pensar no que estava dizendo. Matheus soltou meu rosto e percebi que ele tinha ficado chateado.

 – Ta vendo! – disse ele alterando um pouco a voz. – Alguns minutos atrás tudo estava perfeito ai vem você e estraga tudo! – Ele tinha razão, mas eu estava apavorada. – Nós já estamos brigando. – disse ele baixo demais. Eu sentei na cama e esperei ele fazer o mesmo, mas ele se deitou e me puxou para deitar em seu peitoral. – Como agente fica agora? – perguntou ele contornando minhas costas com a mão. Eu acariciei seu cabelo e olhei para seus olhos.

 – Precisa me prometer que não vai mais sair com aquelas garotas idiotas, que vai parar de beber e que vai parar com qualquer coisa ruim que esteja fazendo. – falei calmamente esperando alguma reação dele.

 – Tudo bem! – disse ele suspirando. – Eu só fazia aquilo pra tentar tirar você da minha cabeça. – Eu arregalei os olhos com a sua declaração. Ele estava tão apaixonado por mim quanto eu por ele. Um sorriso involuntário surgiu nos meus lábios ao concluir aquilo. – Nós dois... Não vai ser fácil... Vai ser muito difícil. Nós discutimos por qualquer besteira e brigamos direto, mas eu quero você e quero fazer com que isso der certo. – disse ele olhando no fundo dos meus olhos. Eu sabia que suas palavras eram verdadeiras.

 – Eu sei que não vai ser fácil, mas eu também quero muito fazer isso... E eu queria me desculpar por dizer que não estava apaixonada por você naquele dia da festa. Eu só estava confusa porque nunca tinha sentido sentimentos assim por alguém, ainda mais se esse alguém é você! – disse dando um sorriso brincalhão. Ele também deu um sorriso fofo que fez meu coração bater um pouco mais forte.

 – Tudo bem... Isso é passado! Nós precisamos pensar no futuro. Vamos assumir que estamos juntos para todo mundo? – perguntou ele e senti uma pontada de medo com sua pergunta, mas que logo foi extinto quando ele apertou um pouco mais seus braços a minha volta.

 – Vamos! E não vai ser fácil contar isso pra Cindy e Diego...

 – E nem para Otavio! – completou Matheus com um sorriso que fez todos os meus medos sumirem. Era tão fácil me sentir feliz perto dele.

  Ficamos mais alguns minutos abraçados na cama.

 – Agora, precisamos mesmo ir! – disse Matheus afrouxando os braços a minha volta com relutância. O quarto já estava bastante abafado mostrando que já era um pouco tarde. Não discuti e me levantei vestindo minha roupa que estava espalhada pelo chão. Enquanto eu me vestia senti os olhos de Matheus em mim me desejando. Eu sorrir para ele e balancei a cabeça o repreendendo.

  Nos vestimos rapidamente e formulamos um plano. Eu iria descer primeiro e daria cobertura pra Matheus. Pelo menos se eu fosse pega não seria tão ruim já que era praticamente irmã de Diego.

 – Espera, espera! – me chamou Matheus quando eu estava quase saindo do quarto. Ele se aproximou de mim e me deu um beijo que me deixou sem ar. – Quando é que eu vou te ver? – perguntou ele depois que nos separamos.

 – Não sei. Se quiser pode ir lá em casa, mas me liga antes. – disse piscando para ele e voltando a beijá-lo.

 – É melhor você ir se não eu nunca vou te soltar. – disse ele me afastando. Eu balancei a cabeça confirmando e abrindo uma fresta da porta.

  Desci as escadas na ponta dos pés e vasculhei a casa silenciosamente. Não encontrei ninguém, a não ser, alguns empregados na cozinha. Fiz sinal para Matheus que estava me esperando na porta do quarto e o guiei até a sala.

 – Ei! – chamou Diego assim que eu passei pela cozinha. Matheus já havia passado e eu apontei para porta o mandando ir embora. Ele sorriu para mim e me jogou beijo no ar. Eu sorrir e pisquei para ele vendo-o desaparecer atrás da porta. – Ei você! – Diego gritou mais uma vez. Não tinha como eu escapar. Fui andando lentamente até a porta da cozinha e encontrei o olhar surpreso e arregalado de Diego.

 – Bom dia! – disse sorrindo delicadamente para ele. Sua expressão era carrancuda como se não entendesse o que eu estava fazendo ali.

 – O que você esta fazendo aqui uma hora dessas? E que roupas são essas? E onde você se meteu ontem? Você não faz idéia do que aconteceu! – Diego falava sem parar sem, nem ao menos, me dar tempo para explicar qualquer coisa.  Ele caminhou até onde eu estava e continuou falando sem parar.

 – Eu preciso te dizer uma coisa! – gritei falando mais alto que ele. Ele me olhou surpreso e calou a boca. – É complicado, mas eu “sem querer” dormi aqui e...

 – Você dormiu aqui? Como assim? – perguntou ele com o cenho franzido.

 – Foi... Eu dormi no quarto de hospedes...

 – Eu pensei que você tivesse ido embora com toda aquela confusão. – disse Diego sem me deixar terminar de falar. – Mas você sumiu com Matheus e não soube... Meu Deus! Você ainda não sabe o que aconteceu ontem! – disse ele passando a mão na testa.

 – O que aconteceu ontem? – perguntei curiosa.

 – Ai minha amiga... Foi terrível! – falou ele abaixando a cabeça e olhando para seus pés. – Quando você saiu com Matheus, meu pai não desconfiou de nada, mas eu não agüentava mais! – disse ele dando um suspiro demorado. – Eu contei tudo para o meu pai, na verdade, pra tudo mundo que estava na festa ontem!

 – Você fez o que? – perguntei totalmente surpresa.

 – Eu contei a verdade... Contei que eu era gay. E todo mundo pirou, mas pior foi meu pai dando um surto e quase tendo um ataque cardíaco. – disse ele rindo sem humor.

 – O que aconteceu depois? – perguntei pensando nas coisas que tinham acontecido fora do quarto onde eu e Matheus estávamos.

 – Meu pai ficou arrasado e saiu com o carro e até agora não voltou. Algumas pessoas da festa me olharam com desprezo, mas outras só encararam como um fato insignificante, mas depois todos acabaram indo embora... Só o pai de Matheus que ficou procurando por ele, mas acabou indo embora achando que o filho já tinha ido pra casa... Por falar nisso, o que aconteceu ontem? Onde você e Matheus se meteram? E que você disse a ele? – Eu estava chocada demais com o que Diego tinha acabado de me contar. Senti que não deveria contar a ele minha noite maravilhosa com Matheus.

 – Eu briguei com ele, mas não foi nada demais e depois... Eu ainda não falei com minha mãe, acho melhor eu ir pra casa! – disse a ele me virando para ir embora.

 – Tudo bem! Eu vou ficar aqui esperando meu pai pra gente conversa. – disse ele com a voz seca. Eu me virei e o abracei.

– Vai ficar tudo bem... Você vai ver! – disse em seu ouvido. Ele apenas riu em meu cabelo.

 – Você vai me contar direitinho a conversa que teve com Matheus. – disse ele depois que nos separamos.

– Conto sim... E eu preciso te falar uma coisa muito importante! Por que não vai lá em casa hoje a tarde? – perguntei a ele já na porta.

 – Vou sim... Agora, é melhor você ir, sua mão deve ta super preocupada. – disse ele acenando para mim. Eu balancei a cabaça confirmando e sai batendo a porta.