Meus Contra-acasos escrita por MikaDM


Capítulo 14
Reforço?


Notas iniciais do capítulo

Pessoal... Mil desculpas pela demora!
Não deu mesmo para postar esse dias xD
Espero que gostem...
Boa Leitura!



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# Matheus

  Depois de algum tempo socando Otavio alguns rapazes conseguiram nos aparta. Minha boca estava sangrando e Otavio estava caído no chão. Eu tinha feito um estrago feio nele. Soltei-me dos garotos que me seguravam e segui para o meu carro. Entrei como uma bala e disparei com o carro.

  Tentei estanca o sangue que saia da minha boca com uma camisa enquanto dirigia. O meu machucado estava feio, mas eu tinha deixado Otavio muito pior. Ri com aquilo. Ele, provavelmente, nem iria pra aula amanhã.

  Chegue em casa e minha mãe ainda estava acordada. Ela me perguntou o que tinha acontecido e desconversei pegando um pouco de gelo na cozinha. Subi para o meu quarto e desabei na cama. Fiquei por um tempo pensando em tudo no que tinha ocorrido. Pensei no motivo da minha briga com o meu melhor amigo. Não tinha sido só por causa da aposta. Era mais que isso... Quando eu o vi quase beijando Helena eu senti uma coisa estranha. Não saberia explicar, mas a única coisa que eu queria era afastá-lo dela, na verdade, eu queria acaba com ele. Eu só sentia raiva.

  Tentei pensar em outras coisas por que não sabia onde aqueles pensamentos poderiam me levar. Mas todos os meus pensamentos estavam voltados para aquela noite, em como Helena estava bonita, em como ela não tinha se derretido com o meu olhar fatal... Caramba! Isso nunca tinha acontecido comigo! Agora, não se tratava mais de apenas de uma simples aposta. Era muito mais que isso. Eu tinha que conquistá-la. Não por causa da aposta, mas por que eu precisava provar que ela era igual a todas as garotas. Eu queria por a prova meu orgulho de homem.

 – Você vai se apaixonar por mim. Custe o que custa... – disse quase rindo. – Você se meteu com a pessoa errada Helena! – disse antes de pegar no sono.

**

  No dia seguinte quando acordei já estava atrasado para a aula. Tomei um banho rápido, fiz minha higiene, troquei de roupa e disparei para a escola sem tomar café. Tentei esconder o machucado da minha boca, mas não adiantou.

  Quando cheguei o sinal já havia tocado e todos olhavam para mim como se eu fosse uma alma ou coisa parecida, provavelmente, por causa da minha briga com Otavio. Entrei na sala e fui surpreendido com olhares desconfortantes.

 – O que? O que tão olhando? Nunca me viram idiotas? – disse sentando no meu lugar de costume no fundão.

 – Temos algum problema aqui Matheus? – Falou o professor me repreendendo. Eu balancei a cabeça negando qualquer coisa. – Que bom! – disse ele sorrindo. – Agora posso continuar com minha aula. – disse o professor se virando para o quadro.

  Passei os olhos pela sala e, como eu havia previsto, Otavio não estava presente. Fiquei feliz por saber que ele estava muito pior do que eu, mas no fundo eu me sentia mal por ter brigado com o meu melhor amigo. Eu nem me lembrava a ultima vez que nós tínhamos nos estranhado.

  O sinal da segunda aula tocou e, para minha surpresa, Otavio entrou na sala. Ele estava meio desconfiado e todos olharam para ele com o mesmo olhar que haviam me olhado há pouco tempo, mas, diferente de mim, ele apenas sentou-se em seu lugar ao meu lado. Eu tinha razão, ele estava mesmo muito pior que eu; usava um óculos preto para esconder uma dos machucados, seus braços estavam roxos e sua boca também estava ferida, com certeza ainda estava machucado em muitos lugares, mas parei de olhá-lo assim que o segundo professor entrou.

  Tentei prestar atenção na aula, mas não consegui. Meus olhos sempre caiam em Otavio que, aparentemente, não expressava nenhuma reação.

 – Que foi cara? Tudo bem ai? – perguntou-me Otavio como se nada tivesse acontecido. Eu o encarei assustado e depois de alguns segundos só acenei com a cabeça confirmando.

  O resto das aulas tinham se passado rápido, mas eu não prestava atenção em nada, só em Otavio que todas as vezes que me pegava olhando para ele com cara de assustado apenas sorria como se nenhuma briga houvesse estragado nossa amizade. Por essa eu não esperava!

  O sinal do intervalo havia tocado. Agora eu teria que enfrentar Helena. Eu não tinha a menos idéia do que fazer. Tudo estava fugindo do meu controle.

 – Iaê cara? Tudo beleza? – perguntou Otavio assim que a maioria dos alunos da turma já tinham saído. Eu o olhei assustado, mas resolvi entrar na dele.

 – Tudo sim mano! – disse rindo. – E você como está? – perguntei olhando-o.

 – Tudo beleza mano! – disse ele apontado para seus machucados. Eu o olhei envergonhado. Droga... Ele era meu melhor amigo. – Cara esquece o lance de ontem! Nós somos irmãos. – disse ele rindo. Eu arqueie uma sobrancelha surpreso. Ele nunca, nunca, nunca me perdoaria tão fácil assim. Qual era a dele?

 – Tudo bem. – disse depois de alguns segundos. Eu não sabia o que ele estava tramando, mas confiava nele.

 – Tudo de boa mesmo com agente? – Ele me perguntou desconfiado.

 – Claro! Tudo sim. – disse o abraçando. Escutei um gemido de dor e o soltei rapidamente.

 – Me desculpa cara... Esqueci. – disse rindo. Ele também rio e saímos para o pátio.

  Quando estávamos quase no pátio vi minha mãe saindo da diretoria da escola. Ela parecia está preocupada.

 – Droga! O que ela ta fazendo aqui? – falei alto demais.

 – Quem cara? – Perguntou Otavio parando abruptamente.

 – Ninguém, ninguém... Vai indo na frente que depois eu vou mano. – disse a ele já me afastando e indo na direção da minha mãe.

 – O que ta fazendo aqui? – perguntei segurando em seu braço.

 – Oi filho. – disse ela sorrindo. – Eu só estou preocupada com você. De uns tempos pra cá suas notas estão muito baixas e já é a segunda vez que você se mete em uma briga. – disse ela passando as mãos em meus cabelos.

 – Ah... Isso mãe... Isso não é nada! Não precisa ficar preocupada. – disse beijando sua testa.

 – Tudo bem filho... Mas eu já tomei uma providencia. – Ela falou com um sorriso travesso como se estivesse aprontando alguma coisa.

 – Que providencia? – perguntei confuso.

 – Como suas notas estão muito baixas eu falei com seu diretor e ele concordou em arranja uma "professora" de reforço. – disse ela. – Eu sabia que você não iria concorda se fosse um “professor” – Falou ela rindo e passando a mão em meu cabelo de novo, em uma tentativa de arrumá-lo.

 – O que? Eu não preciso de uma “professora” de reforço! Não mesmo. Qualé maãe... – eu disse resmungando.

 – Precisa sim... E já está decidido. O diretor vai convocar as melhores alunas da escola para fazer um teste. – Ambos olhamos para trás quando escutamos um barulho. Era Cindy nos observando e mastigando alguma coisa. Eu a encarei com olhos em brasa e ela percebeu saindo dali.

 – Garota insuportável. – disse revirando os olhos.

 – Não fale assim de sua colega de sala... Ela não parece ser insuportável, só enxerida. – disse minha mãe rindo. Eu também sorri. – Quem sabe ela não seja sua “professora” de reforço? – disse ela prolongando sua risada.

 – Nem brinca mãe... Nem brinca. – disse abraçando-a. Eu até que tava curioso para saber quem iria ser minha “professora” de reforço. Ri com alguma possibilidades.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?


p.s: Agradecendo a todos que acompanham minha fic e me perdoem pela demora.
bjoos*-*



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