Poker Night escrita por Kira-chan Anime


Capítulo 1
Capítulo Único .


Notas iniciais do capítulo

Depois de quase cinco meses em produção, aqui está! 8D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/140698/chapter/1

Allen estivera jogando poker com Tyki – dono do bar onde eles estavam – a tarde toda, já que o bar ficava fechado durante algumas tardes, só abrindo de manhã e à noite. Como era de se esperar, Allen ganhara todas as partidas.

— Hey, garoto. – Tyki arrumava o baralho e guardava-o no bolso. – Vai sair com a Road hoje?

— Ah sim, combinei com ela no parque.

— Você não gostava daquela outra, a chinesa? – Ele arqueou uma das sobrancelhas, enquanto pegava alguns copos para limpar.

— Lenalee?

— Deve ser. – Deu de ombros.

— Ela é só uma amiga, não se preocupe. – Allen sorriu, mas desfê-lo, ficando um pouco vermelho. – D-digo, não se preocupe quanto à sua sobrinha!

— Claro, claro. – Tyki apenas revirou os olhos, rindo da face engraçada e fofa do mais novo, guardando os copos sob o balcão. – Vai se atrasar se não correr. – Apontou com a cabeça o relógio na parede, que marcava sete e quarenta.

— Ah não! – Allen saiu porta afora, vestindo o casaco enquanto corria realmente apressado. Notou o céu já um pouco escuro.

Ele correu até o parque, que só ficava a algumas quadras do bar de Tyki. Chegou lá em menos de cinco minutos, respirando pesadamente, apoiando as mãos nos joelhos e abaixando a cabeça, cansado. Ficou assim por alguns segundos, tentando recuperar o fôlego.

Depois de recomposto, correu os olhos pelo parque, procurando sua namorada. Bom, eles diziam ser namorados, mas a relação era meio fraca. Era certo que a garota sempre havia gostado de Allen, e esse era um dos únicos motivos para eles namorarem, mas parecia que nesses três meses de namoro toda aquela paixão de Road pelo albino ia perdendo a força cada vez mais. Ele nunca tinha gostado pra valer dela, mas achou que namorar a Kamelot não seria nada demais e a faria feliz.

Todas as tardes em que não tinha que estudar, sair com os amigos ou Road, ele sempre ia jogar poker no bar de Tyki durante a tarde. Acabou conseguindo um emprego de meio período como garçom e aproveitava para jogar poker com alguns clientes dispostos a apostar. Assim, conseguia pagar as dívidas que seu mestre Cross fazia e ainda sobrava algum (pouco) dinheiro para si.

Já fazia quase um ano que trabalhava no bar e, nesse meio tempo, começou a nutrir certa admiração – ou algo mais – pelo mais velho. Essa era a outra razão por ter começado o namoro com Road: se aproximar um pouco mais do tio dela. Claro que ele tinha quase dez anos a mais que Allen, mas isso não o impedia de querer se aproximar cada vez mais dele. Quanto mais o tempo passava, mais ele achava Tyki interessante e até... Atraente, talvez.

— Allen-kuun!~ - Allen virou-se e viu a garota correndo até ele.

— Oi Road. – Ele sorriu para a menina. – Ficou me esperando muito tempo?

— Ah não, cheguei agora. – Road retribuiu o sorriso, não se dando conta ainda do atraso. – Você já estava aqui?

— Cheguei agora a pouco, também. Estava... Ajudando seu tio no bar.

— Ah, eu... ‘Tava lá em casa e perdi a hora, gomen ne! – A garota sorriu inocente.

—... Então, você quer fazer o quê, Road?

— Bom, já está meio escuro... – Road olhou para as poucas estrelas que começavam a surgir no céu. – Podemos tomar um sorvete.

— Tá certo.

Eles andaram até uma sorveteria próxima ao parque. Entraram, escolheram os sorvetes e foram sentar numa das mesinhas da parte aberta. Ficaram em silêncio absoluto, sem prestar atenção um no outro ou em qualquer outra coisa. Após terminarem e pagarem a conta, ainda ficaram um tempo sentados na mesinha, até que Road quebrou o silêncio.

— Allen-kun. – Ela segurou a mão do albino para chamar sua atenção.

— Quê? – Allen, que estava meio “avoado” da situação, virou rapidamente os olhos para a morena.

— Você só aceitou namorar comigo porque eu gostava de você, né? – Road o encarava séria.

— Quê?! N-não, que é isso, eu...

— Allen. – Ela apertou um pouco a mão do albino. – Você não gosta de mim, eu sei. Só me vê como amiga, não é verdade?

— R-Road... – Ele abaixou o olhar.

— Tudo bem, eu entendo. – Ela sorriu para o garoto. – Eu queria terminar, Allen. – Allen levantou rápido a cabeça, meio surpreso. – Eu não sou mais que uma amiga pra você, e... – Ela baixou os olhos, meio sem graça. – Eu estou interessada em alguém, sabe?~

— Bom, se é o que você quer mesmo... Então tá certo. – Ele sorriu para a menina.

— Arigatoo Allen-kun!~ – Road o beijou na bochecha e saiu.

—... Eu namorava ela só porque ela gostava de mim e ainda levo um fora? O que mais me falta acontecer...? – Sentiu uma gota escorrer por sua cabeça.

Allen continuou mais alguns segundos sentado na mesinha, quando reparou nas horas e resolveu correr para não se atrasar. Ao chegar, pendurou o casaco no cabideiro e foi para os fundos do estabelecimento. O bar já estava aberto e começando a encher.

— Oe Allen, já chegou? – Lavi, melhor amigo de Allen e que também trabalhava de meio período no local, estava arrumando um sanduíche para um dos clientes.

— Eu é que te pergunto isso, você ‘tá sempre atrasado! – Allen sorriu, colocando o avental (aqueles só da cintura pra baixo) e pegando um bloquinho e um lápis que havia no bolso deste.

— Ah, hoje eu não tinha nada interessante pra fazer... – Suspirou, colocando o pedido em uma bandeja. – E você, já se livrou da Road? – Falou em tom de brincadeira.

— Ah, sim. – Suspirou também.

— Sério?! Finalmente, Allen! – Mesmo estando meio surpreso, ainda estava feliz pelo amigo ter terminado com ela. Na verdade, nenhum dos amigos de Allen gostava muito da Kamelot. – Agora nada te impede de ficar com o Tyki né?~

— L-Lavi!! – Allen ruborizou, mas o outro já tinha saído.

Pensando no que o outro dissera, até que não era tão absurdo assim. Agora que não estava mais com Road, estava livre e desimpedido para o chefe. Não que realmente achasse que Tyki iria querer algo com alguém tão novo – só tinha dezessete anos – como ele.

O trabalho saiu tranquilo, mas, quanto mais tarde ficava, mais o bar enchia-se de clientes e os dois tinham que trabalhar de forma rápida. No meio desse vai e vem frenético, Allen acabou por derramar um copo de suco em si mesmo.

— Kuso!

— Que foi, garoto? – Tyki apareceu na cozinha, olhando o estado do outro, não contendo um riso debochado. - Vem, eu te ajudo a limpar isso. – Apontou para uma escada de madeira e fez sinal para o albino subi-la. Colocou a cabeça para o outro lado da pequena janela que ligava a cozinha com a outra parte do bar* e gritou para o ruivo: – Segura as pontas que a gente já volta, Lavi! – Depois, subiu pela mesma escada que ligava o bar à sua casa, a qual ficava no anda de cima.

— Quê?! Vão me deixar sozinho com esse movimento todo?! – Ele até tentou argumentar, mas os dois já tinham entrado no apartamento do mais velho.

Allen nunca tinha entrado ali. Era apenas um dois quartos, mas parecia ser bem mais espaçoso e nem tão desorganizado quanto pensou que fosse. A sala era ampla, tinha um sofá, duas poltronas, um tapete meio gasto e uma mesinha de vidro no centro. Mais perto da porta da cozinha, tinha uma mesa de jantar e uma televisão.

— E como foi o passeio? – Tyki foi até a área de serviço, sendo seguido pelo outro.

— A Road terminou comigo.

— Sério? – Ele arqueou uma sobrancelha, meio surpreso. – Achei que ela adorasse você.

— Ela disse que estava interessada em outra pessoa...

— Bom, você não gostava mesmo dela, né? Então não foi grande perda. – O moreno deu de ombros. – O pior é que você só estava com a Road porque ela gostava de você, e ainda tomou um fora dela! – Ele riu debochadamente do albino.

— Hey, não tem graça! – Allen fez uma cara de criança emburrada.

— Tudo bem, desculpa garoto. – Tyki sorriu. – Tira a camisa e coloca aí dentro. O avental também. – Ele apontou para máquina de lavar.

Allen fez o que o outro dissera, mas suas bochechas tomaram uma coloração avermelhada. Depois, se encostou à parede ao seu lado. Tyki se aproximou mais do albino; seu sorriso malicioso claramente estampado no rosto.

— Sabe, você ainda ‘tá molhado de suco.

Ele se ajoelhou, ficando da altura do umbigo do albino, e lambeu a parte molhada de suco da pele do outro, o que fez o menor estremecer ao toque. Seu sorriso apenas tomava dimensões mais mal-intencionadas. O moreno ergueu-se e puxou a cabeça do albino de encontro a sua, juntando seus lábios em um beijo voraz e intenso, onde a língua do mais velho explorava cada canto da boca do menor.

Allen estava aturdido e, ao mesmo tempo, estava gostando e não queria que o outro parasse. Sentiu uma das mãos de Tyki contornar sua cintura, colando mais ainda os dois corpos. Tyki foi guiando o mais novo pelo corredor até seu quarto, jogando-o na cama e trancando a porta em seguida.

Os beijos foram descendo mais, deixando marcas naquele tão alvo pescoço, enquanto as mãos procuravam o fecho da calça. Ao sentir os lábios do mais velho abandonarem os seus e partirem para seu pescoço, Allen não conseguiu evitar um gemido. Tyki sorriu e continuou uma trilha de beijos e mordidas, passando para o tórax e sempre descendo mais e mais.

Logo o restante das roupas estava jogado em um canto qualquer do cômodo e a única coisa que se ouviam eram os gemidos de Allen, que tentava abafa-los o máximo que conseguia, o que não era uma tarefa fácil quando se tinha uma pessoa como Tyki em cima dele. Não demorou para que chegassem ao êxtase e descansassem um ao lado do outro.

~x~

Na manhã seguinte, Allen esfregou os olhos, ainda sonolento, e tentou sentar-se na cama. Encostou-se na cabeceira e piscou uma, duas vezes. Olhou para o lado e viu-se sozinho no cômodo. Suspirou um pouco decepcionado, já que as memórias da noite passada estavam tão vívidas e claras em sua mente, e acordar sozinho o entristeceu. Estava se preparando para se levantar, quando a porta do quarto abriu e Tyki apareceu sorrindo e carregando uma bandeja.

— Já acordado, garoto? – Ele pousou a bandeja do lado do albino e sentou-se no colchão.

— Que horas são?

— Dez e vinte.

— Não vai abrir o bar hoje?

— O ruivo já deve ter aberto. – Tyki pegou um pedaço do pão que estava na bandeja e comeu.

— Do jeito que ele sempre chega atrasado acho difícil... – Allen sentiu uma gota escorrer por sua cabeça.

— Mais atrasado do que já estamos acho improvável. – Tyki se levantou, pegou uma toalha que trazia consigo e jogou-a para o albino. – Tome um banho, coma alguma coisa e desça depois.

— Tá... – O olhar do mais novo abaixou, um pouco triste.

— Hey, - O moreno voltou-se e se aproximou do menor – não faça essa cara de cachorro pidão. – Ele sorriu e acariciou a face do outro com o dorso da mão. – Não foi só uma noite. – Aproximou-se ainda mais, sussurrando no ouvido do albino. – Foi apenas a primeira.

Allen sentiu o próprio rosto queimando em vergonha e um arrepio percorrer-lhe a coluna. O moreno apenas alargou o sorriso e apontou com a cabeça para a bandeja, como um sinal para o Walker terminar de comer e se arrumar logo.

Após ter terminado de se vestir, ele desceu e avistou seu chefe praguejando, enquanto terminava de descer as cadeiras que estavam em cima das mesas para o chão.

— Aquele coelho irresponsável! Se eu descubro porque ele ainda não chegou...!

— Quer ajuda?

— Ah sim, garoto.

— O Lavi ainda não chegou, não é? – Allen começou a passar um pano úmido no balcão para limpar a fina camada de poeira.

— Ele é um idiota que vive atrasado. – Suspirou, enquanto colocava a última cadeira no chão. – Se ele chegar, manda ele limpar o chão e as mesas; eu já volto. – E ele desapareceu pela cozinha.

Allen apenas assentiu e continuou o que estava fazendo. Enquanto limpava, sua mente começou a divagar sobre sua noite e como seria sua relação com o moreno a partir de agora. Ainda estava confuso e atordoado, mas não queria se afastar do mais velho. Por estar totalmente aéreo, não percebeu que estava jogando mais detergente no balcão do que era necessário.

— Oe Allen, você tá derramando detergente no chão.

— L-Lavi!! – Ele acordou de seus devaneios e parou de derramar o líquido no balcão (e no chão). – Quando você chegou?

— Agora. É que eu, bem, saí com o Yuu de noite, sabe... – Uma gota escorreu por sua nuca.

— Ah, claro. – Ele apenas soltou um risinho fraco. – O Tyki quer arrancar o seu couro. – Abriu mais o sorriso, em sinal de brincadeira. – Ele mandou você limpar o chão e as mesas.

— Haai. – Ele foi pegar um balde, um esfregão e um pano para arrumar o local.

— Hey garoto, vem cá. – Allen ouviu Tyki chama-lo da cozinha, de onde Lavi voltava com os materiais necessários para a limpeza do local. – Abre o bar quando terminar aí, Coelho! – Gritou para o ruivo.

— Folgado. – Resmungou baixo. – Vê se não demora muito na agarração aí porque vocês me deixaram sozinho ontem!

— O-oe, Lavi!! – O vermelho logo invadiu suas bochechas.

Allen, vem logo.

O Walker corou mais ainda; o moreno nunca o chamava pelo nome. Largou as coisas em cima do balcão e seguiu para a área da cozinha, onde o mais velho o trouxe mais para perto, agarrando-o pela cintura assim que ele entrou.

— Hey, o que acha de explorarmos um pouco o trabalho escravo do ruivo enquanto ele limpa as coisas por aqui e irmos lá pra cima? – Seu rosto estava a centímetros do de Allen.

— A-acho melhor abrir o bar, antes que os clientes pensem que vai ficar fechado pelo resto do dia. – Ele tentou se desvencilhar dos braços do maior, mas sem sucesso.

— Tudo bem, você tá certo. – Ele solto um risinho. – Não é bom confiar essa tarefa ao Lavi. Vamos trabalhar. – Ele soltou o mais novo, que se virou pra sair. – Mais uma coisa.

Ao virar a cabeça para ver o que era, Tyki puxou o menor de forma rápida e beijou-lhe, algo que não era esperado pelo Walker e que o impossibilitou de tentar escapar. Após o beijo rápido, Tyki o deixou ir, sem tirar seu sorriso malicioso do rosto, fazendo o albino ficar mais vermelho possível. Ambos voltaram ao trabalho e o dia percorreu normalmente até de noite, quando Tyki fechou o bar um pouco mais cedo e liberou o ruivo para curtir a noite, e para ele mesmo poder desfrutar da sua com o Walker.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Primeira fanfic do casal, podem apedrejar se quiserem. *vai se esconder*
Nem acredito que terminei ela, mas enfim, espero que tenham gostado!

Gostou? Odiou? Quer me acertar com um tijolo? Mande uma review!! Seu cérebro não vai derreter por fazer isso (mas eu não garanto nada -q) (;



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Poker Night" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.