Round my hometown

           1º capítulo.

[...]

_ O que acha? _ Engoliu o café fumegante, esperando resposta enquanto sentia uma sensação gostosa de estar perto de casa apenas por sua garganta estar fervendo.

O único e mais sábio amigo olhou-a como se fosse um bichinho pequeno e assustado.

Era evidente que Isabella Swan era muito nova para estar em uma crise de expectativa.

_ Itália? _ Ela assentiu ainda com a xícara grudada na boca, fazendo-o rir como um pirata escandaloso. _ O que vai fazer exatamente na Itália?

Ela encolheu os ombros, engolindo ainda mais café, sem realmente responder.

_ Que tal pizza?

                                         Uma semana depois...

George: _ Oh, vou sentir tanto sua falta! _ Passavam pelas pessoas com os ombros grudados e Isabella poderia dizer que sentiria uma falta absurda de seu melhor amigo e terapeuta. Seria até constrangedor saber que a primeira vez que pisou em Manhattan, procurou uma terapia intensiva e que seu primeiro pensamento ao ver George foi “Ele é a cara do Paul Guilfoylecom barbicha”, mas era mais constrangedor estar em crise com apenas 22 anos, então a solução era continuar lamentando-se.

George: _ Você precisa me prometer uma coisa. _Tirou os óculos de grau e olhou com sua aura médica para a quase filha. _ Esqueça um pouco de você.

Ela riu sem nenhum ânimo. Na verdade, poderíamos dizer que o entusiasmo de realizar um dos sonhos adolescentes ficou junto com seu travesseiro rosa no apartamento de subúrbio de Nova York.

Bella: _ Eu não deveria lembrar mais de mim? _ Questionou a seu amigo enquanto retirava os óculos escuros, vendo George apenas sacudir os ombros.

George: _ Essa é a questão, meu bem. Você pensa muito em você. _ Ela ignorou-o quando concluiu que ele acabara de chamá-la de egoísta. Já estava acostumada e até conformada com as constantes frases pesadas de George. _ Pizzas? _ Ele perguntou sobre os cílios mais uma vez, vendo-a assentir carrancuda.

O sono da manhã já tinha passado para ela, mas era completamente nostálgico viajar sem saber o que esperar. Uma onda de saudade já infectava seu coração, talvez esse fosse o motivo de odiar relacionamentos ou poderia pensar "ora essa! Quem nunca se sentiu inútil no amor?".

Por isso o argumento de George era válido. Um romance italiano, novamente na lista dos sonhos adolescentes.

George: _ Se eu pudesse lhe colocaria no colo e protegeria, mas você não é mais uma criança, querida. Portanto, cometa erros, só assim você poderá se esquecer que existe algo confuso para resolver. _ por mais estranho que possa parecer, ela ainda se sentia como se o café lhe queimasse a garganta com aquela sensação de casa e ficava extremamente irritada por ele dizer o que ela precisava.

George: _ Vou comprar algo para comer.

Já sentia a cólera lhe atingir enquanto observava ele andar com seu jeito orgulhoso. Era bom pensar que em poucas horas estaria em Roma, e que talvez, a fonte dos desejos pudesse ajudá-la.