Entre Mares e Livros escrita por mille_crotti, kat_h


Capítulo 1
Apresentações


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! É a nossa primeira fic sobre Percy Jackson, esperamos que gostem!
Eu (Mille) vou confessar: a idéia é quase toda da Kat, eu só dou umas dicas e faço a parte da redação... Afinal, função de irmã mais velha é ajudar os caçulas... né Kat? haha

Boa leitura!



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“Um garoto problemático” é o modo pelo qual todas as instituições de ensino pelas quais passei me classificam. Veja bem, tenho 12 anos, estou na sexta série, tenho dislexia, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade e meus melhores amigos são Grover e Annabeth, minha vizinha. Grover é um menino magrelo que tem uma doença rara nas pernas e necessita de muletas para se locomover, ele anda como se cada passo doesse muito, mas não se deixe enganar, mas não se deixe enganar por isso. Você precisa vê-lo correr quando era dia de enchilada na cantina. Além de tudo, é mais velho que todos da sala porque repetiu o ano diversas vezes, para você ter uma idéia do que falo, ele é o único com espinhas e uma barba rala crescendo no queixo.  Annabeth é uma menina...aann.. linda, pronto, falei. Ela é loira de cabelos cacheados e tem um par de olhos cinzas que podem levar qualquer um ao paraíso quando ela está de bom humor ou ao Tártaro, quando ela está, como posso dizer, com vontade de matar alguém. Aah, e antes que você pense besteira, somos só AMIGOS, que fique muito bem claro.

Conheço Annabeth desde que me entendo por gente. Depois que a mãe dela morreu durante o parto, o pai dela casou-se de novo e teve mais dois filhos. Annie e a madrasta se odeiam, por assim dizer (espero que ela não me ouça chamando assim, não me pergunte o porquê, mas ela não me deixar chamá-la de Annie) e sendo assim, ela é a única que vê vantagem em estudar na Academia Yanci, um colégio interno para alunos problemáticos. Desse jeito, ela só precisa ir para casa agüentar a madrasta aos finais de semana, e mesmo assim, ela sempre dá um jeito de só ir para casa dormir. Na escola, ela é um dos alvos preferidos dos “populares”, pois mesmo com todos os problemas (ela também sofre de dislexia, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade) ela consegue ir bem, comparado aos outros alunos, então ela virou a “nerd” da turma. Acho que nem preciso dizer que os outros alvos preferidos da turma sou eu e o Grover, não é?

Annabeth, a nerd, Grover, o aleijado, eu, o problemático explosivo. Quando não estou na escola, eu moro com a minha mãe, Sally Jackson, uma mulher fantástica e linda, que não recebe a atenção e o valor que merece de seu marido, Gabe Ugliano, ou, como gosto de chamá-lo, Gabe Cheiroso. Você ri? É sério, dá para sentir o cheiro dele a um quarteirão da minha casa. Ele é um homem imundo, folgado e nojento, que só quer saber de beber, jogar pôquer e atazanar a minha vida. É o típico homem machista, que acha que a mulher deve viver para servi-lo. Não entendo como minha mãe pode ser casada com ele. Ela não é feliz, eu sei, mas faz de tudo para que eu não saiba disso. Claro que não dá certo. Na escola, tento ficar quieto o máximo de tempo, mas fazer o que se sou um ímã de confusões? Desde o pré, cada ano novo significa uma nova escola. Infelizmente, para a Annie também, já que geralmente ela está ao meu lado quando eu explodo e resolvo devolver as provocações, claro que sempre utilizando um pouquinho de força violência, e assim a pessoa que apanhou sempre diz que ela também bateu e criou confusão.

Você deve ter percebido que no 1° parágrafo eu disse que a Annie “tem um par de olhos cinzas que podem levar qualquer um ao paraíso quando ela está de bom humor ou ao Tártaro (...)”. Pois bem, Tártaro, para quem não conhece mitologia grega é o mais profundo abismo do Mundo Inferior, reino do deus Hades e lugar para onde vão as almas dos mortos. Eu, Annabeth e Grover gostamos de pensar que os Deuses da Mitologia existem, uma pequena brincadeira que é o resultado de uma tentativa minha de prestar atenção em alguma aula. Devo dizer que odiava história, mas depois que conheci o Senhor Brunner, professor substituto de Latim, comecei a me esforçar mais para prestar atenção. Não me pergunte o motivo, ele vivia dizendo que de mim, esperava só o melhor. Doce ilusão.

O senhor Brunner era um cadeirante, resultado de um acidente de carro envolvendo bebidas e velocidade em excesso. Ele tinha cabelos castanhos e cacheados, ombros largos e uma barba curta que cobria toda a parte inferior de seu rosto. Não se espante se no meio de uma aula, ele arranjar uma espada, uma armadura romana e sair gritando “Olé!” e nos desafiando, ponta de espada contra o giz a correr para o quadro-negro, citando o nome cada pessoa grega ou romana que já viveu, o nome de sua mãe e que deuses cultuavam. Era realmente hilário.

Nesse momento, eu, Annie e Grover estamos indo com a nossa querida turma do sexto ano à uma excursão a Manhattan – vinte e oito crianças alucinadas e dois professores em um ônibus escolar amarelo indo para o Metropolitan Museum of Art, a fim de observar velharias gregas e romanas. Eu sei, parece tortura. A maior parte das excursões da Yancy era mesmo. Mas o sr. Brunner, estava guiando essa excursão, assim eu tinha esperanças. Claro que, antes de sair entrar no ônibus a Sra. Dodds, nossa desprezível professora de matemática puxou-me para o canto e disse:

- Lembre-se, Senhor Jackson, que está sendo observado, mais do que imagina, e que qualquer problema que você arranje eu irei ter o prazer de acabar com a sua mísera vida.

- Não se preocupe, Sra. Dodds, vou me comportar.

Na pressa, entrei aos tropeços no ônibus, o que me rendeu mais meia hora de provocações por parte de meus “queridos colegas”.

A sra. Dodds era aquela professorinha de matemática da Geórgia que sempre usava um casaco de couro preto, apesar de ter cinqüenta anos de idade. Parecia má o bastante para entrar com uma moto Harley bem dentro do seu armário. Tinha chegado em Yancy no meio do ano, quando nossa última professora de matemática teve um colapso nervoso.

Juro, essa professora habitava os meus pesadelos todos os dias, sempre na forma de uma horrenda criatura com garras e dentes afiados. Entrei no ônibus ainda sentindo o olhar da professora em minhas costas, e sentei-me ao lado de Grover (Annie estava lendo um livro sobre Arquitetura no banco da frente)

- Percy, o que ela queria? – Perguntou-me Grover.

- Aan... só me falar que estou sendo observado e que ela acaba comigo se eu causar alguma confusão.

- Não duvido nada – Disse Grover, engolindo seco.

- Ás vezes acho que ela não é gente.

- Está mais certo do que imagina. – Murmurou Grover para si mesmo. Acho que não era para eu ouvir, mas ouvi. Comentário estranho. Vai entender.

Suspirei. Controlar-me seria muito difícil, já que mal saímos da escola e Nancy Bobofit já estava jogando bolinhas de sanduíche que grudavam no cabelo castanho cacheado de Grover, e ela sabia que eu não podia revidar, porque já estava sendo observado, sob o risco de ser expulso. Antes da Sra. Dodds, o diretor me ameaçara com uma suspensão ―na escola (ou seja, sem poder assistir às aulas, mas tendo de comparecer à escola e ficar trancado numa sala fazendo tarefas de casa) caso alguma coisa ruim, embaraçosa ou até moderadamente divertida acontecesse durante a excursão.

- Eu vou matá-la – murmurei.

Grover tentou me acalmar.

- Está tudo bem. Gosto de manteiga de amendoim.

Ele se esquivou de outro pedaço do lanche de Nancy.

- Agora chega. - Comecei a levantar, mas Annie parou de ler seu livro e me puxou de volta para o assento.

- Você já está sendo observado - ela me lembrou. - Sabe que será culpado se acontecer alguma coisa.

- Porque não volta para o seu livro, sabidinha? – Perguntei irritado. As brigas entre eu e Annie são freqüentes, mas confesso que acho extremamente divertido irritá-la.

Ela bufou e retomou a leitura. Respirei fundo e contei até 1653, tempo que demorou para a tortura no ônibus terminar (leia-se que chegamos no museu).


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, o cap. 2 sai ainda hoje, o 3 vou tentar fazer pra hoje também, mas talvez só amanhã...

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Gente, falando mais sério agora, nos deixem reviews, precisamos saber o opinião de vcs... esse cap está meio calmo, mas os próximos terão mais emoções!
Beijos!