POV Autora

No capitulo anterior...

- Realize seu desejo. Mate-me. Mate-me e acabe com isso.

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Selene ficou estática diante de tal pedido. Ela sempre sonhou em matar a menina, mas agora, diante de tal pedido tão repentino, não pode fazê-lo. Ela simplesmente não podia. Principalmente diante do olhar de aceitação e derrota que Luana carregava.

- Eu a matarei, mas não hoje. – a deusa esclareceu – Eu te odeio, jamais neguei isso, mas sou justa e nobre. Quando estiver em condições de lutar e se defender eu atacarei, mas hoje não.

Com a declaração de Selene todos ficaram boquiabertos. Ninguém imaginava que a deusa fosse perder uma oportunidade tão maravilhosa quanto aquela. Mas ela a perdeu. Perdeu a oportunidade sem se arrepender e saiu da sala. Luana riu amargamente.

- Acho que ela está certa... Só espero que seja uma luta justa da próxima. – ela se virou para Artemis – Mãe, por favor, me desculpe. Eu quebrei...

- O juramento? Você não o fez, minha filha.

- Não o fiz com palavras, mas o fiz com minha alma e mente. Os mesmos que foram corrompidos. – Luana deu um sorriso triste. – E devo ser punida como qualquer outra seria.

Artemis sabia que era verdade. Luana jamais fez o juramento com palavras, mas mais do que ninguém ela fazia de tudo para ser fiel à caçada. Mesmo não tendo o peso das palavras e ser permitida a ter um relacionamento, Luana jamais deveria ter tido relações sexuais. E agora ela deveria ser punida.

Artemis tinha lágrimas nos olhos. – Luana, você está expulsa da caçada.

Uma luz branca tomou conta da menina e assim que ela sumiu Luana se senti mais fraca, mais... Humana. As lágrimas continuavam caindo e ela sorriu virando-se para Circe e Antero. Os dois tinham sorrisos fracos no rosto.

- Tens certeza? – Circe perguntou.

- Tenho sim. Adeus meus amigos. – ela os abraçou

- Lembre-se: é só nos chamar e nós lhe ajudaremos. – Antero a lembrou.

- Sempre me lembrarei disso.

- Luana? – Artemis chamou e a menina se virou para a mãe. – Fique com o arco. Ele é seu. Que os deuses lhe abençoe minha filha.

- Já abençoaram mamãe. – Luana disse rindo e olhando para os amigos – Adeus.

- Adeus minha filha. Sempre que precisar de mim é só chamar. – Artemis disse abraçando a filha – Que a lua lhe guie.

- Tenho certeza de que ela fará isso, não é? – a menina disse risonha para a mãe, que riu.

Luana saiu da sala e voltou para o mundo mortal, seguindo para a floresta. E assim ela desapareceu dentre as árvores e os olhares curiosos deixaram de segui-la.