CAPÍTULO 10

Memories ... Feelings

As mãos de Alec desciam com violência ao longo da pele branca e macia de Seline.

Pequenas marcas foram deixadas ao longo da coxa, mas foram sumindo gradualmente.

O cetim negro de sua roupa deu um leve rasgo com a violência que o tecido estava sendo puxado para cima.

As mãos de Seline agarravam fortemente em seus punhos fechados, os cabelos castanhos de Alec.

Os lábios se mexiam em uma sincrônica perfeita e com uma força tremenda, fazendo os lábios de Seline incharem um pouco com a brutalidade, mas voltarem ao normal rapidamente.

O corpo de Seline estava pressionado contra a áspera parede, fazendo arranhões em suas costas.

Mas a dor era ignorada por ela. À vontade, o desejo, a luxúria tomava por completo seu corpo.

Ela queria consumir sua vontade por Alec desde que era pequena.

Sua força extra por sua recém-transformação a davam um pouco de força para retribuir o ritmo da cena com a mesma vontade.

Ela podia ver seu lado meigo e puro se esvaído ao longo que as vestes iam sendo rasgadas e jogadas ao liso chão de mármore.

*****

Aquela noite havia sido a primeira vez que Seline havia se deitado com um homem, por assim dizer.

Desde pequena ela consumia puros sentimentos por Alec.

Mas, Seline não sabia se, poderia transformar tais sentimentos em algo mais forte e mais intenso como amor.

Depois que havia se transformado, sua relação com Alec se tornou algo mais sexual e nada que fosse além de uma noite.

Se apaixonar por alguém era algo que ela sabia que se ocorresse, todo seu plano seria destruído.

Por que mesmo com sua parte humana, agora, ativada fracamente, os sentimentos confusos começavam a surgir. E controle era algo que Seline queria a cima de tudo. Virar humana e agir como uma adolescente de sua aparência sem as preocupações que ela possuía e que lhe tirava noites de tranquilidade.

Um pequeno baque surgiu na janela.

Os olhos de Seline se puseram em alerta, tomando a sua forma monstruosa, o fundo em um vermelho vivo, sangue, e a córnea se fechando, como os olhos de um gato.

- Seline! – a voz de Angel saiu em um sibilo baixo, mas autoritário.

Seline se moveu rapidamente levantando a janela.

Em um movimento, Angel subiu o segundo andar do velho hotel abandonado.

Ao seu ombro um corpo. Um homem com a aparência de um senhor de sessenta e sete anos. A expressão serena mostrava que não havia sofrido em sua rápida morte.

- Ele estava morrendo, só adiantei um pouco as coisas. – Angel murmurou baixo a Seline.

O corpo completamente gasto de Amy Johnson estava assustador. Não se comparava mais a menina loira com a beleza vibrante. Agora se passava de um corpo gasto, praticamente sem mais a pele em seu corpo. Os poucos fios de cabelo com ainda restavam no cadáver estavam fracos e com a cor quase “morta”, os pequenos insetos rondavam o banquete interno.

- Vou leva-la e deixa-la em um lugar longe, mas onde possam encontrar. – Angel informou novamente.

- E a parte de me tornar humana? – Seline perguntou vagamente

-Isso é para você se disfarçar em quanto não... Ama alguém. – Angel disse em um tom irônico a ultima parte da frase – Não beber o sangue...

Seline havia terminado sua caça á humanos desde á ultima conversa com Angel, ela começaria a tomar uma alimentação de animais ou comida. Mas o sangue ralo dos animais e a comida com um gosto pesado de serragem vaziam seu controle sumir algumas vezes. O sangue a comida ativavam fracamente sua parte humana, principalmente a comida, mas não da forma que ela precisava para se esconder completamente.

Seline tentava nos últimos dias se focar em duas coisas; Se apaixonar e penetrar na mente de Aro.

Ela precisava saber o que o pai estava pensando e planejando, isso seria essencial para ela poder continuar com sua fuga, mas seu pai conhecia esse, como alguns outros poderes, e ela sabia que ele provavelmente estaria preparado para engana-la. Mas ela precisava se arriscar, mas sem cair nas “pegadinhas” de seu pai.

Angel se moveu agilmente pelo quarto colocando sobre o ombro o cadáver gasto de Amy Johnson sobre o ombro. As pequenas partículas de pele mortas se soltavam da carcaça caindo ao chão e deixando o cheiro mais insuportável.

 - Vejo você à noite. – Angel disse brevemente antes de sumir pela escuridão da mata.

Angel havia se mostrado bastante prestativo a Seline desde que chegara a Forks. Mas, Seline não sabia se podia depositar total confiança em Angel.

Ela preferia manter uma precação caso algo desse errado.

Ela fechou a janela dando um forte baque.

Ela virou seu corpo em direção ao sofá velho e gasto, com algumas molas aparecendo no buraco do estofado.

Ela levou suas mãos a suas têmporas. Ela fez leves círculos na região, como se fosse uma espécie de massagem. Ela tentou deixar sua mente o mais livre possível. Ela precisa ter a mente centrada para o que iria fazer.

Ela se concentrou em Volterra na Itália, e em Aro.

Por um instante ela dobrou rapidamente o pescoço. Ela estava na mente dele.

“Eu dei dias! Semanas! E vocês são tão incompetentes que não conseguem achar uma adolescente inexperiente!” – a voz de Aro saia com brutalidade e com força. Seline podia observar plenamente os rostos assustados dos dois vampiros a frente de Aro.

“Senhor, com o poder dela, em segundos ela se tornaria impenetrável!” – a voz trêmula do homem disse brevemente.

“Desculpas! É só o que conseguem me dar em troca!” – a voz de Aro saia  com a mesma brutalidade e com o mesmo tom de superioridade.

“Senhor, nos dê mais uma chance e lhe traremos a garota.”

“Já lhe dei várias chances, estou perdendo meu tempo”. – os olhos de Aro caíram em Félix que estava ao canto observando a cena - “ Félix”.

Os passos de Félix mostravam aos dois homens, o fim que teriam.

Seline se esvaziou da mente do pai.

Sua respiração artificial se intensificou.

Uma das vantagens de ela apenas observar o presente e não o passado era não ter que lhe dar com seus devaneios. Que lhe traziam as lembranças que ela tentava esquecer por décadas.

Ela levantou as mangas de sua blusa, observando seus braços brancos.

Em um braço havia gravado em uma grossa linha preta a letra “V” marcando firmemente sua pele. No outro, havia o mesmo circulo que Angel, agora em um espiral perfeito, em seu pulso.

Logo a cima, havia um pequeno desenho abstrato, em forma de linhas em padrão. Aquilo era uma homenagem a sua mãe, era uma lembrança de que às vezes ela podia ter um lado bom, mesmo que ela duvidasse. Sua hesitação em matar o homem na floresta era uma prova disso.

*****

Os boatos na escola de Forks, ainda teimavam em pairar.

Mesmo que fosse algo falso, as pessoas ainda teimavam em acreditar que algo existiam entre Nathan Black e Annabelle Fuller.

Não seria algo que esqueceriam facilmente e isso era um fato. Nathan era considerado um dos solteiros mais cobiçados da escola. O fato de ser rico era um grande bônus.

 Não se sabia nada sobre Annabelle, mas apenas que se encontrava no mesmo status de beleza que Nathan.

-Não acho que deva continuar a falar com essa menina. – voz de Emma saiu forçada.

-Por que se importa? – Nathan perguntou um pouco invocado com a intromissão de Emma.

Era quase imperceptível a paixão de Emma por Nathan. Alguns percebiam ou tinham uma leve suspeita, mas Nathan não.

- Não vê que ela é estranha e... Não é normal. – Emma disse em um tom forçado, fazendo as palavras saírem entre dentes.

- Emma... Acho que eu sou capaz de me “defender” de uma garota. – Nathan disse irônico.

Emma se irritou com o tom provocativo de Nathan.

- Então... Ok. Continue. Mas não venha me procurar quando você se ferrar. – Emma disse em um tom elevado, acelerando seus passos em direção ao prédio da aula de trigonometria.

- O que aconteceu? – Ryan se aproximou devagar do amigo, com um sanduiche em mãos.

- Eu não sei... – Nathan disse brevemente, ele nunca conseguia entender os ataques repentinos de Emma algumas vezes.

- Sua namorada. – Ryan disse em um tom brincalhão apontando para Annabelle Fuller.

- Minha o quê?

- Não se faça de idiota. Todo mundo está falando isso. E além do mais, isso vai acabar acontecendo.

- Não vai. E ela não é minha namorada. – Nathan disse em uma breve resposta. Ele não negava que achava Annabelle de todas as formas possíveis atraente. Mas, de alguma forma, ele sabia que ela não era uma pessoas comum e a constante intromissão de seus pais, o faziam perder qualquer vontade de ter um relacionamento com ela.

O fato de Nathan e Annabelle estarem de alguma forma, próximos incomodava completamente Renesmee e Jacob, desde que Edward havia dito que ela não era uma pessoa humana.

Nathan era um completo segredo para os Volturi, assim como o seu relacionamento com Jacob. Eles pretendiam manter isso assim pelos próximos anos, como haviam mantido até agora, pela proteção do filho e de eles mesmos.

***

-Seu livro. – a voz de Annabelle Fuller soou pelos ouvidos de Nathan, o assustando pela aparição repentina da voz, sem ele mesmo ter percebido algo.

Nathan virou seu rosto para encará-la sem deixar transparecer o pequeno susto.

- Você... É ágil.

 Annabelle deu um leve sorriso.

- Obrigada. – ela disse brevemente – Vamos estudar hoje? Se não tenho coisas para fazer.

- Então sugiro que as cancele porque vamos estudar. – Nathan informou.

Em um gesto Seline ergue sua sobrancelha dando um pequeno olhar em resposta.

Apesar do aviso repetitivo dos pais para manter distancia Nathan não conseguia, ela era interessante demais para ser simplesmente esquecida.