Watashi no Sekai escrita por Yori Suzuki


Capítulo 1
Cerejeiras em Flor


Notas iniciais do capítulo

Bom, espero que esteja bom e que gostem
:*



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            As folhas de cerejeira nunca haviam estado tão rosadas quanto naquele ano, as lembranças percorriam a cabeça do japonês como se o tempo nunca as tivesse levado para longe. Ele sentia falta daquela que lhe completava.

            Sentiu o vendo bater em sua face maltratada pelo tempo, tirando seus cabelos já meio acinzentados de seu rosto, deixando a cicatriz em seu olho aparecer mais do que o normal, cicatriz essa que o proibia de esquecer-se de seu erro fatal e ao mesmo tempo o confortava, por saber que aquilo era uma quase doce memória de sua amada. Seu mundo.

            - Eu sou do meu irmão e não vai ser você que vai me fazer mudar isso!

            - Ela não te quer.

            - Ele vai mudar! Eu sei que vai! Ele vai me querer! - As lágrimas enchiam os olhos da Bielorrussa, ela sabia que ele falava a verdade, mas estava se sentindo péssima em ter, mesmo que no fundo de sua mente, de admitir que agora seu amor pertencia a outra pessoa que não seu antes amado irmão.

            - Mentir para si mesmo pode ser perigoso. Você pode acabar acreditando nas próprias mentiras. - Ele se aproximou dela, que agora já definhava em lágrimas olhando nos olhos do japonês.

            - Eu... Eu... Sempre... - A voz da loira falhava, agora já se entregando aos braços abertos do moreno, ela sabia que era aquilo que queria desde o começo, ela queria aquele braços quentes, aquela voz suave, porém era terrível ter de admitir que seu maior sonho na verdade fora sempre somente um fixação inútil. - Tive de amá-lo... Eu sempre me impuz que tinha de ser perfeito... - Ele a segurava com força em seus braços, como se nunca fosse deixá-la sair, sabia que ela logo cederia.

            - Mas saiba que desde que estejamos felizes com aqueles que realmente amamos, será perfeito, será certo... - Ele limpou o rosto molhada da loira logo deipois o mantendo entre suas mãos, ela não ofereceu qualquer resistência a aproximação daquele lábios que ela fingia não desejar. - Te amo. - Ele disse pouco antes de juntar seus lábios aos dela, que simplesmente fechou os olhos e correspondeu com doçura quase tão terna quanto a dele.

            Ele olhou o lago a sua frente e sentiu que uma lágrima lhe esocrria pelos olhos, mas não a prendeu, ninguém estava ali, por que esconder suas lágrimas? Por orgulho? Por medo? Ele não tinha esses sentimentos, sentia somente saudade, muita saudade.

            A planície estava se tingindo de laranja lentamente, a brisa leve o fazia se lembrar das vezes que ela lhe falava ao pé do ouvido e o cheiro da cerejeira para ele não chegava aos pés do perfume de sua tão amada Bielorrussa.

            Era torturante se culpar por ela não estar mais entre eles, era quase cruel para ele se lembrar dos momentos que passara com ela naquele mesmo jardim, que em um dia insano haviam sido completamente ignorados por sentimentos cruéis, inoportunos e acima de tudo, injustos.

            - Ó, então será assim! Acabou, pelo simples fato de você não confiar em mim! - Ela foi para frente dele com velocidade, tirou seu punhal do bolso e se pôs a tentar golpeá-lo, o japonês por sua vez defendeu-se puxando da bainha sua espada e impedindo-a de conseguir alcançar seu corpo.

            - Você estava abraçada a ele ! - Era raro ele perder o controle, mas o ciúme lhe enchia a cabeça, era como se todo seu autocontrole lhe houvesse abandonado.

            - Ele pode não ser mais meu grande amor! Mas ainda é meu irmão!

            - Você mesma jurou nunca mais tocá-lo! Você disse que havia o esquecido. - Ele estava com os olhos encharcados e totalmente baixos.

            - Eu - Ela avançou mais uma vez sobre ele. - Nunca. - Mais uma outra vez, ele se defendia. - Lhe - Mais uma terceira vez ele conseguiu se defender. - TRAIRIA! - Dessa vez ela acertou de raspão o olho do moreno, fazendo gemer de dor por um tempo, ela, pareceu no mesmo momento ter se arrependido do que fizera, abaixou seu punhal e ficou olhando para ele sem nada dizer.

            - Desculpe. - Ele recobrou então o juízo, porém sabia que era tarde demais, afinal, ela nem se quer respondeu, simplesmente virou as costas, o deixando lá. Sozinho, como ele sabia que para sempre ficaria.

            Lembrava-se do dia em que ela se fora como se houvesse sido naquele mesmo instante, era como se ela tivesse sido morta por ele naquele momento, ele tinha na alma um arrependimento tão grande, que se um dia a visse de novo, e sabia que se isso ocorresse ela estaria com ele, seu irmão, seu marido, ele era capaz de se matar, de remorso, por isso preferia ficar dentro de seu pequeno paraíso, sofrendo com suas memórias, lembrando da face dela ao ir embora. Era seu maior remorso, fora como perder seu mundo, seu tudo, seu inteiro, sua metade.


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Notas finais do capítulo

Se tiverem gostado, por favor comentemBeijundas:*



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