Antes que Termine o Dia escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 1
Antes Que Termine o Dia


Notas iniciais do capítulo

Música:
A Year Without Rain - Selena Gomez
http://www.youtube.com/watch?v=M8uPvX2te0I



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Justin P.O.V:

-Selena? – Perguntei. Eu e ela estávamos sentados num iate no Caribe, o pôr do sol já era visível. A vista era maravilhosa. O Caribe é maravilhoso. A Selena é maravilhosa! Eu estava perdidamente apaixonado por ela, não dava para continuar na amizade.

-Sim? – Ela disse, olhando a paisagem. Respirei fundo, inquieto.

-Você quer... Namorar comigo? – Ela me fitou, surpresa.

-Tá falando sério?

-Sim. – Eu respondi. – Eu... Eu gosto de você. Eu amo você. Quero ficar com você. O resto da minha vida.

-Olha... É muito... Muito fofo da sua parte, mas eu...

-Por favor, eu juro que não vão fazer nada com você! – Eu disse, segurando sua mão direita. – Juro que eu vou tratá-la do jeito que merece. Você gosta de mim?

-E-eu gosto, mas... – Eu a cortei, e disse:

-Você me ama? – Por dentro, eu implorava “Por favor, diga que sim, diga que sim! Eu amo você!” – Quer namorar comigo?

Ela parou para pensar, e disse:

-Sim, eu amo você... E, sim... – Ela sorriu. – Eu adoraria namorar com você!

Eu sorri. Ela sorriu mais intensa e belamente.

-Então, eu posso... Posso te beijar? – Ela assentiu. Eu suava e minhas mãos tremiam. Não fazia idéia se iria conseguir fazer isso. Mas, eu fui aproximando meus lábios dos dela, e a beijei.

Um beijo cheio de insegurança, mas um beijo. Quando nos separamos, ela tocou meu rosto, e me puxou para outro beijo. Ah, aquele foi melhor que o primeiro. Quando nossos lábios se separaram, eu ofegava. Ela segurou minha mão, e se apoiou em meu ombro. Já estava escuro, e olhávamos as estrelas. Eu sorri, e envolvi sua cintura em minhas mãos.

Ficamos lá até adormecermos. Então, minha mãe nos acordou, e fomos para dentro, cada qual para seu quarto. No dia seguinte, nós passamos todo o dia juntos. De mãos dadas, se beijando, etc. Passou-se uma semana, e voltamos para casa. Ela, Los Angeles, e eu, bem, Los Angeles também, iria passar umas temporadas lá até as férias de verão, aonde eu iria para um acampamento. O Camp Rock, um projeto da minha gravadora e mais algumas (n/A: Falta de criatividade para criar um nome de acampamento para músicos ON). Selena iria também. E mais alguns amigos meus. Seria legal. Se divertir e aperfeiçoar minha música.

Bom, o meu namoro com Selena continuou. A gente escondeu por um tempo, mas logo assumimos. Uns tempos depois de assumirmos, não depois do acampamento, fomos á festa do Oscar. Deus, nunca vi Selena tão linda... Um vestido vermelho longo. Eu estava com a parte de cima de um terno preto, calça jeans e tênis. Depois daquela festa, nos nomearam O Casal mais lindo de Hollywood, e começaram a nos chamar de Jelena. Sabe, que nem Zanessa e Jemi, os casais do mundo da fama. Bom, desde que eu estivesse com Selena, estava tudo bem. 

Estava tudo ás mil maravilhas, quando faltavam cinco dias para o acampamento, tudo desabou. Foi quando eu iria buscar Selena nos estúdios que ela gravava Os Feiticeiros de Waverly Place, como sempre fazia.

Naquele dia era especial. Fazíamos um mês de namoro. Eu estava com um buquê de rosas nas mãos. Planejava surpreender Selena, e levá-la para um jantar. Entrei no set, e vi a pior coisa que podia ver: David Henrie beijando a minha garota.

O sorriso que estava estampado em meu rosto sumiu. Deixei o buquê de rosas caiu no chão. Pensei em sair correndo e fingir que não havia visto a cena. Mas, em vez disso, disse:

-O que é isso? – Selena se separou de David e disse:

-J-Justin! Você aqui?

-Está surpresa, não é? O que você estava fazendo? – Ela olhou para David de olhos arregalados, e disse:

-O-olha, não é o que parece!

-Sei. – Uma lágrima desceu por meus olhos. Aquela era a pior frase que eu podia ouvir.

-Justin, é verdade! – Ela disse, se aproximando de mim.

-Já fez isso mais vezes? Quando foi a primeira vez que se beijaram?

-Justin, querido, eu não...

-Não me chame assim! – Eu disse. – Eu te odeio! Me usou, enquanto ficava com esse... – Não conseguia terminar a frase.

-Justin, eu juro, não é o que parece! – Ela tentou segurar minha mão. Eu recuei.

-Não! Nunca mais fale comigo! – Disse. – Eu pensei... Pensei que gostasse de mim!

-Mas, mas eu gosto!

Eu virei as costas pra ela, e fui embora, pisando no buquê de flores. Ela pegou o buquê pisado, e virou-se para David Henrie.

Selena P.O.V.:

-Olhe o que você fez! Por que me beijou?!

-Eu disse que gostava de você! – Ele disse. – E provei!

-Eu tenho namorado!

-Tinha. – Ele me corrigiu.

-Não interessa! Eu o amo! – Eu disse, irritada. Não podia ser verdade! Justin não podia ter terminado comigo! Não podia me odiar! O David é um safado! Ele me beijou! Está bem, eu errei em ceder, mas ele me beijou!

Justin P.O.V.:

Os dias anteriores ao acampamento foram deprimentes. Logo no dia que terminei com Selena, dirigi em lágrimas até a minha casa em LA. Abri a porta e me deparei com minha mãe e Scooter juntos no sofá. Eles eram fofos juntos, era legal vê-los felizes. Tentei desviar meu olhar deles, para esconder as lágrimas. Fui direto para o meu quarto, e bati a porta. Apoiei minhas costas na parede e fui escorregando até estar sentado no chão.

Eu estava arrasado. Já havia tomado foras, terminado por telefone, derrubado espaguete numa garota, mas nunca havia passado por aquilo. Nunca havia visto minha garota com outro cara. Deveria ser eu!

Lágrimas desciam por meu rosto enquanto pensava nisso. Ouvi alguém bater na porta.

-Vá embora! – Eu murmurei.

-Justin! Sou eu, sua mãe! Abra a porta! – Não respondi. – Se você está passando por alguma coisa... Pode contar para mim! – Suspirei. Levantei o rosto, e me levantei.

Abri a porta.

-O que aconteceu?

-Eu... terminei com a Selena. – Ela arregalou os olhos.

-Por quê, querido?

-Eu fui fazer uma surpresa a ela... E a vi se agarrando com David Henrie... – Disse.

-Meu Deus, eu sinto muito, amor... – Ela disse, me abraçando.

-Eu não quero mais ir pro Camp Rock... – Disse.

-Por que não? Você disse que seria uma boa chance de melhorar sua música...

-Mas eu não quero mais! Ela vai estar lá!

-Olha, você não vai desperdiçar uma chance como essa por causa de um namoro que não deu certo, vai? – Ela disse, acariciando meu cabelo.

Eu suspirei. Era verdade. Fiquei em silêncio por um tempo, e ela disse:

-E então? Você vai deixar?

-Não. – Falei. Ela sorriu e tocou meu nariz.

-Esse é o meu garoto.

Passou o tempo, a notícia da minha separação com Selena vazou, e explodiu, e chegou o dia do Camp Rock. Iria ser um mês num acampamento, até o fim do verão, e eu começaria uma turnê.

No dia que eu iria para o acampamento, eu estava me sentindo estranho. Enquanto eu terminava de arrumar minhas coisas, um embrulho no estômago vinha á tona em mim a cada cinco minutos. Mas eu ignorei a sensação, e fui tranqüilo para o local marcado.

No ônibus do acampamento, fui para o final das fileiras de bancos, ignorando Selena. Logo, uma moça com luzes loiras no cabelo e batom rosa sentou-se ao meu lado.

-Oi, Demi. – Disse, olhando para a janela.

-Oi, Justin. Soube que terminou com a Sel.

-Uau, e quem não sabe disso? – Disse, irônico.

-Você devia ouvi-la. Ela não é de trair ninguém.

-É por que você não a viu beijando David Henrie. – Respondi.

-Olhe, eu conheço minha amiga. Ela não é dessas coisas. Você devia pôr em consideração um mal-entendido.

-Não foi um mal-entendido. – Respondi. – Ela me traiu.

-Se for um mal-entendido, eu quero estar com você quando você descobrir, pra dizer: EU AVISEI.

-Sinto muito, mas não acho que isso vá acontecer.

Selena P.O.V.:

Justin me ignorou no ônibus do Camp Rock. Vi Demi conversando com Justin, ele estava com uma cara muito ruim. Miley Cyrus estava lá, Os Jonas também, eu e Justin, mais Jaden e Willow Smith, Big Time Rush e Miranda Cosgrove. Outros artistas, e alguns calouros, iriam em outros ônibus. Eram cinco ônibus ao todo.

Os dias se passaram com muita música, esportes e banhos no lago, mas eu não me senti feliz. Parecia que Justin também não. Toda vez que eu lhe direcionava um sorriso, ele virava o rosto.

O vi muito com Demi e Jaden. Jaden, eu sabia que treinava seu kung-fu com Justin, e Demi tentava convencê-lo de que tudo fora um mal entendido. E ele parecia não acreditar.

A única chance que tive de conversar com Justin foi no almoço do sexto dia, quando eu e Justin nos chocamos.

-Justin, olha, vamos conversar! – Eu disse.

-Não temos nada a falar. – Ele disse, indo embora. Suspirei. Fui para meu quarto, peguei um lápis e um caderno, e comecei a escrever.

Você pode me sentir

Quando penso em você?

Cada suspiro que dou,

Cada minuto,

Não importa o que eu faça,

Meu mundo é um lugar vazio.

Mal percebi, e estava cantarolando uma música romântica, que dizia que Um dia sem você é igual a um ano sem chuva. Esse era o lado bom de ser musicista.

Deixei a minha nova música de lado, e voltei ás minhas atividades. Shows, ensaios, aulas de teoria, foi bem interessante.

As três semanas se passaram muito rápido. Logo, estávamos no último dia, na confraternização no auditório, aonde quem quisesse poderia se apresentar.

-Justin não vai se apresentar. – Demi disse para mim. Estávamos sentados lado a lado. – Ele escreveu uma música aqui. Sobre traição. Está muito triste mesmo.

-Está bem. Decididamente eu preciso reconquistá-lo. Hoje. Antes que termine o dia.

-Como? – Ela perguntou.

-Um ano sem chuva.

-O quê? – Demi perguntou.

-A minha música. Escrevi aqui. Vou cantar! Sim! – Eu disse. Me levantei. – Eu já volto!

Fui correndo para o chefe do acampamento, e disse que queria me apresentar. Ele perguntou se não era muito tarde, e eu disse que era emergência.

-Ok, pode cantar.

-Obrigada! – Eu disse, feliz. Fui para o palco quase que dois minutos depois, quando Miley acabava de cantar When I Look At You. Subi ao palco e catei um microfone em algum lugar, e pûs no pedestal.

-Bem... – Eu disse no microfone. – Eu escrevi essa música para uma pessoa. Que eu sinto falta.

A platéia começou a gritar Justin! Justin! Justin!, e eu corei. Era verdade.

Justin P.O.V.:

-Eu escrevi essa música para uma pessoa. Que eu sinto falta. – Selena disse. Gritos do meu nome ecoaram pelo auditório. Eu corei ao lado de Willow e Jaden.

-Espero que ela me escute. – Ela se virou para os instrumentistas. – Um, dois, três...

-Ah, não, ela não vai... – Murmurei. Fui interrompido pela voz angelical da minha ex:

[Pode ligar a música!]

-Can you feel me

When I think about you

With every breath I take

Every minute

Don't matter what I do

My world is an empty place

Like I've been wonderin' the desert,

For a thousand days (oooh)

Don't know if it's a mirage,

But I always see your face, baby...

I'm missing you so much

Can't help it, I'm in love

A day without you is like a year without rain

I need you by my side,

Don't know how I'll survive

But a day without you is like a year without rain

(oooh)

Ooooooooooh

The stars are burning,

I hear your voice in my mind (in my mind)

Can't you hear me calling

My heart is yearning,

Like the ocean that's running dry

Catch me I'm falling

It's like the ground is crumbling underneath my feet,

Won't you save me

There's gonna be a monsoon

When you get back to me (ooooh baby)

I'm missing you so much

Can't help it, I'm in love

A day without you is like a year without rain

I need you by my side,

Don't know how I'll survive

But a day without you is like a year without rain

(oooh)

Ooooooooooh

So let this drought come to an end

And make this desert flower again

I need you here, can't explain

But a day without you is like a year without rain

I'm missing you so much

Can't help it, I'm in love

A day without you is like a year without rain

I need you by my side,

Don't know how I'll survive

But a day without you is like a year without rain

(oooh)

Oooooooh oooooooooooooooooooooh

Quando a música terminou, eu não sabia se podia me conter.

-Cara, eu tô indo. – Disse a Jaden. – Pensei que ia suportar, mas não dá.

-Claro, vai lá. – Ele disse. Enquanto Selena recebia os aplausos, eu sorrateiramente saía do auditório.

Selena P.O.V.:

Justin estava indo embora. Eu não podia deixar! Precisava dele de volta! Desci do palco e fui correndo, seguindo-o. Saímos do auditório, e eu o parei.

-Justin! Pára! – Ele se virou para mim. Tinha lágrimas nos olhos. Justin gritou:

-O que você quer?! Quer me fazer ficar pior ainda?! – Eu gritei, em resposta:

-Eu te amo!

-É tarde!

-Eu juro que foi tudo um mal entendido! David me beijou á força!

-E você se rendeu!

-Foi um erro! Eu juro, juro que nunca fiz isso, nem vou fazer novamente! – Disse. Ele mudou a expressão.

-Eu... Eu não sei... – Ele disse. Seu choro ficou mais intenso. – Eu... Eu tenho que ir! – Ele se virou.

-Justin, não!

Era tarde. Ele havia saído correndo, em lágrimas. Eu também estava chorando. Tentei segui-lo, mas não o encontrei mais. Eu o havia perdido.

Justin P.O.V.:

Saí correndo, e me vi numa sala com um piano. Me sentei na banqueta, e comecei a tocar.

Fur Elise, de Betthoven. O silêncio era mortal, só meus acordes ressonavam, mais nada. Era silêncio até demais. Nos acordes finais, quando faltava uma só nota para a música se encerrar, eu fui agarrado por trás por um homem, com a boca tapada e o pescoço preso.

Tentei me debater, mas foi em vão. A última coisa que me lembro foi de ter sido arremessado no chão, o banco ter tombado, e o homem colocar um pano úmido em minhas narinas. Desmaiei.

Acordei amarrado nas mãos e nos pés, num lugar que não conhecia. Aonde eu estava? O que estava acontecendo?

Logo, o homem que me seqüestrou apareceu. Ele disse algumas palavras que não consegui entender direito, ainda estava zonzo. Consegui fazer um mínimo movimento, mas fui contido com um tapa na cara. Caí para o lado, sem entender nada. Por que aquele homem estava me batendo? O que eu fiz? Eu nem o conhecia!

O homem me agrediu mais vezes, com chutes e socos, até que meu celular voou do meu bolso. Ele pegou o aparelho, e disse:

-Ah, então o garotinho tem telefone? Talvez já possa ligar para pedir um resgate milionário.

Tentei falar algo, mas não consegui. Em vez disso, dei um chute duplo, que fez o meu celular voar ao meu lado, e o homem desabar, desacordado.

Peguei rapidamente o celular, e com habilidade (e as mãos amarradas) liguei para o primeiro nome da minha lista telefônica.  “My Boo”. Traduzindo, Selena.

Selena P.O.V.:

Meu celular tocou um dia depois de termos voltado do Camp Rock. Haviam tendo buscas por Justin, ele havia sumido na confraternização, eu temia encontrarem o cadáver de Justin num arbusto, e autópsia confirmasse estupro, violência e todas essas coisas que a gente vê na TV e nos jornais.

Tudo bem, eu atendi o telefone. Uma voz apavorada soou pelo auto-falante:

-Selena? Selena, por favor, sou eu, Justin.

-Justin? Está tudo bem?

-Eu fui seqüestrado. Por favor, me ajude! Eu não sei aonde estou, mas o homem está me espancando! Por favor, me ajuda! Eu estou com medo!

De repente, uma voz ressonou pelo microfone.

-Não, não, não, por favor!! – Justin gritou. Lágrimas desciam pelos meus olhos só de ouvir o medo em sua voz.

-Me dá esse telefone, pivete! - Uma voz que eu não conhecia esbravejou.

-Não, não me machuque!! – E então, ouvi sons de batidas e surras. Justin gritava, em agonia. E então a linha caiu.

-Justin! Justin!! – Eu gritei. Precisava ajudá-lo.

Rastreei a ligação, vinha do subúrbio. Peguei meu carro e dirigi até aonde o garoto que eu amava estava sofrendo. Encontrei um galpão, aonde ouvia os gritos de Justin, pedindo por piedade. A porta estava destrancada.

Justin P.O.V.:

O homem me segurou pela camisa. Estava descendo as mãos pela minha cintura, chegando á barra da minha calça.

-Não. Não, não, por favor, me deixe em paz!!! – Eu gritava, chorando.

-Deixe-o em paz! – Ouvi uma voz feminina gritar. O homem se virou.

-Selena! – Eu disse.

-O que a menina está fazendo aqui? – O homem perguntou.

-Solte este garoto!

-Me obrigue! – Ele iria voltar a me apalpar, quando Selena disse, com coragem:

-Eu fico no lugar dele!

-O quê? Selena, deixe de ser doida! Saia daqui! – Eu gritei, mas fui calado por um tapa.

-Cale a boca, pivete. Você fica no lugar dele?

-Sim, não faça nada de mal com ele! Faça comigo! Ele não merece! – Ela gritou.

-Selena, não...

-Quieto! – O homem se levantou, e segurou Selena pelos braços.

-Você vai soltá-lo! - Ela impôs.

-Vou. – O homem derrubou-a, e abriu sua camisa e sua calça. Depois a despiu. Não fechei os olhos. Lágrimas desciam por meu olhos, quando ouvia Selena gritar de dor enquanto aquele homem a penetrava e a apalpava. Ele a estuprou, e eu não pude fazer nada para impedir. Eu me senti a pior pessoa do mundo. Quando ele terminou a tortura com a minha garota, ele se levantou, e a amarrou. Selena disse, então:

-Solte-o agora! - O homem olhou pra ela e deu uma risada alta.

-Não!

-Você disse que iria!

-Eu iria fazer isso? Nunca! Dois é melhor que um! Dois dá mais dinheiro de resgate que um! Se esses dois forem Justin Bieber e Selena Gomez, dão mais ainda! - O homem disse.

-Seu mentiroso! – Ela protestou. E recebeu uma bofetada no rosto. Eu tentei protestar, mas consegui descobrir que, se você se mexe de certa forma, afrouxa as cordas que te amarram. Eu consegui me soltar, mas mãos e nos pés.

Me levantei e dei uma paulada no homem, que caiu desacordado no chão.

-Selena! Me desculpe, eu não queria que você...

-Está tudo bem. Fiz isso por que te amo. – Ela disse. Lágrimas escorreram do meu rosto ao ouvir aquilo. Depois do jeito que eu a havia tratado... Ela ainda me amava.

-Selena... Por que você fez isso?

-Eu precisava. Para protegê-lo. – Ela respondeu. Mas arregalou os olhos. – Cuidado!

Olhei para trás, e fui atacado pelo homem, com uma garrafa de vidro. Em questão de segundos, estava caído no chão, com a parte esquerda do rosto e o alto da cabeça sangrando.

-Justin! – Selena gritou. Ela deu um chute no homem, e ele caiu no chão. Conseguiu se soltar, e pegou uma pistola que estava jogada no chão, e atirou. Uma, duas vezes. Ela matou o homem, e caiu de joelhos ao meu lado.

-Justin, Justin, pode me ouvir?

-S-Selena... Me deixe aqui. Fuja. - Murmurei. Ás vezes gemia de dor.

-Não! Não vou deixá-lo! - Selena gritou.

-É... É tarde... Salve-se... – Eu disse.

-Não, eu posso chamar ajuda, e... – Ela ouviu um bip. – Está sem sinal!

-Selena... Me deixe aqui... Me deixe morrer... – Tudo escureceu. Apaguei.

Selena P.O.V.:

-Justin! Baby! Por favor, me escute! – Eu gritava. Ele estava desmaiado. Um bip em meu celular, indicou que havia sinal agora. Liguei para a ambulância, e para a polícia, e logo eles chegaram. Tinha medo de Justin morrer.

Ele ficou desmaiado por dias, teve que passar por várias cirurgias para reconstruir o rosto, o corte foi bem feio. Quando iriam completar uma semana de que Justin estava em coma, ele acordou.

Eu entrei em seu quarto, e perguntei se ele estava bem.

Justin P.O.V.:

Eu não conseguia reconhecer aquela garota que estava bem á minha frente. Por mais que tentasse, não conseguia reconhecê-la. E ela falava de um jeito que... De quem me conhecia há anos!

-É... Qual é seu nome?

-Selena... Por quê?

-Eu não te conheço... Por que está falando desse jeito comigo? – Ela se tornou séria.

-C-como assim, não me conhece? – Ela perguntou, com lágrimas nos olhos. Essa não, havia falado algo que não devia.

-Desculpe, eu não queria falar daquele jeito, é que... Eu... Nunca te vi antes...

A garota ficou perplexa, e minha mãe entrou no quarto. Ela chamou a menina para um canto e trocou algumas palavras com ela. A garota parecia em choque, e começou a chorar.

Selena P.O.V.:

-Selena, os cortes que Justin sofreu... – A mãe de Justin disse para mim. – Foram graves. Bastante. Fizeram ele perder a memória. Não lembra de nada que aconteceu de três anos atrás até hoje. E, a memória dele é apagada a cada dia.

-Mas eu... Eu o conheci há dois anos... Ele não lembra de mim?

-Não, eu... Eu sinto muito.

-Essa não... – Eu disse. Comecei a chorar. Pattie me abraçou, e eu chorei mais ainda. Depois de alguns segundos abraçadas, eu disse:

-Vou fazê-lo se lembrar de mim.

-Tenho certeza que vai. Ele a ama, vai lembrar de você. – Pattie disse.

Eu estava decidida. Ele iria se lembrar de mim.

Continua;


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, é minha primeira One-Shot!(Beeeeem grande, pelo visto)Comentem!



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