Talking To The Moon escrita por juliamoura


Capítulo 8
Quase beijo e sonhe comigo!


Notas iniciais do capítulo

Nem demorei muito dessa vez, não é? E cara, eu to amaaaaaaaando os reviews de vocês *-* desculpa os erros, okay? então, boa leitura :D



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(Capitulo anterior)

“- Alô? – Perguntei e ninguém respondeu, fazia muito barulho e a ligação estava péssima.

– Oi, vadia.– Ouvi aquela voz novamente e fiquei em choque, paralisada, sem esboçar qualquer reação. Senti minhas pernas amoleceram, quase me fazendo cair.

– M-mar-marcos? – Mal consegui falar, meu corpo começou a tremer e eu deixei o celular cair, senti tudo girando e ficando preto. Só me lembro de ter sentido um braço me segurando antes deu cair no chão e eu apaguei. “


– Nicolle, fala comigo filha! – Ouvi a voz do meu pai desesperada, chamando por mim. Fui abrindo devagar os olhos e vi todos em cima de mim, minha vista estava um pouco embaçada, mas percebi que Justin não estava ali.

– Graças a Deus! – Pattie e Mary falaram juntas, na hora que me viram despertando.

– O que aconteceu? – Perguntei tentando me levantar, e acabei caindo de novo na cama. John me segurou, me olhando preocupado.

– Você atendeu o celular e desmaiou, logo que me levantei da cadeira. – Justin falou mexendo no meu celular impaciente, acredito que tentando procurar o número que me ligou, mas Marcos além de ser um assassino estuprador, é covarde o suficiente para me ligar e não colocar a cara a bater.

– Quem era no celular? – Meu pai perguntou me olhando preocupado.

– Marcos. – Falei fraca e engoli o choro em seco.  Eu não iria chorar, não ali.

– O QUÊ?! – John gritou, o olhei com reprovação. – Aquele desgraçado fez o quê? – Perguntou ainda indignado, mas abaixou a voz.

Abaixei minha cabeça, ele sabia que se eu falasse qualquer coisa iria desmoronar ali mesmo. Mary se sentou do meu lado na cama, envolvendo seus braços em torno de mim, me trazendo para perto e meu pai ficou andando de um lado para o outro no quarto, desesperado e transbordando de raiva, a ponto de querer matar alguém ali mesmo. Mesmo com pouco tempo, eu já o conhecia.

Scooter, Pattie e Justin nos olharam sem entender, mas resolveram não perguntar nada.

– Ele ligou mesmo restrito? – Perguntei para Justin quando ele veio me entregar o celular e eu tentei me levantar, quase caindo de novo, fazendo ele me segurar.

– Justin, pode ficar um pouco aqui com ela? – John perguntou tentando se acalmar, ele assentiu com a cabeça. – Scooter, vem aqui comigo. – O chamou para fora do quarto, Pattie e Mary os acompanharam. Olhei sem entender para John, que só me lançou um olhar de “vai ficar tudo bem” e fechou a porta.

Justin ainda estava me segurando, fiquei um pouco sem graça quando percebi que estávamos próximos e voltei a me sentar na cama.

– Err... – Pigarreou. – Tá melhor? – Perguntou se sentando na cama.

Não, não estou. O homem que matou minha mãe, que me maltratava e que transformou minha vida num tremendo inferno me ligou, fazendo com que o trauma que eu estava lutando para superar, voltasse. Como você acharia que eu estaria melhor?

– Acho que sim. – Menti, sorrindo fraca para ele.

O silêncio reinou. Eu estava percebendo pelo jeito dele que ele estava querendo me perguntar quem era o cara, mas estava com receio, acredito eu.

– Quem é Marcos? – Perguntou me olhando receoso, eu disse. 

É, e ele perguntou. Respirei fundo e olhei para cima.

– Um cara que destruiu minha vida. – Falei fraca, abaixando minha cabeça me lembrando de como Marcos era uma pessoa fria e calculista, capaz de fazer de tudo pro seu prazer. Ele era um cara tão morto por dentro, tão vazio de espírito, que chegava a ser desprezável.

Justin me olhou sem entender.

– É uma história tão longa, Justin.... – Olhei para o lado e suspirei me lembrando da minha mãe. Meus olhos começaram a marejar. Eu não iria chorar, não aqui e muito menos na frente do Justin. – Um dia talvez você saiba. – Sorri fraco ainda, ele devolveu o sorriso, me entendendo.

– Pronto. – John entrou no quarto, um pouco mais calmo. – Vamos? – Perguntou colocando as mãos no bolso, logo Mary apareceu um pouco mais calma também, colocando as mãos no ombro do meu pai.

– Vamos. – Tentei me levantar e tudo girou, que tontura insuportável. Justin me segurou de novo. – Obrigada. – Sorri fraca, caminhando ainda um pouco atordoada.

– Mas você vai no meu carro.

– Não pai, eu vim no meu e vou voltar com ele! – Retruquei, já estava voltando ao normal. Mas percebi que Justin veio vindo atrás de mim se caso eu caísse de novo.

John fez feição de quem iria discordar, mas ele sabia que iria acabar em discussão e quem iria ganhar? Eu, claro.

Descemos as escadas e eu fiquei me perguntando quem me carregou até o quarto, mas tudo bem. 

Eu estava com as pernas fracas, não sei o que me deu. Eu nunca desmaiei assim, mas eu realmente estava com medo. Aquele monstro... Segurei na parede, e rapidamente senti ele me segurar. 

- Estou bem. - Sussurrei para que só ele ouvisse, agradecendo com um sorriso e fiquei o olhando. Ele era mais alto que eu, e como ele era lindo. Ele riu, aí que percebi que ainda estava olhando para ele. Abaixei o rosto corada. Ai que merda.

– Então, é... desculpa qualquer coisa. – Falei para Pattie e Scooter, meio sem graça, quando chegamos à porta.

– Imagina querida. – Pattie falou gentilmente.

- E obrigada, Justin. - Sorri e ele também retribuiu. Que sorriso lindo que ele tem.

Virei as costas e deixando John e Mary lá, eu nem tinha me despedi deles direito. Não quis ser mal educada, mas o que eu mais quero agora é ficar sozinha. 

Entrei no meu carro, o liguei e encostei minha cabeça no banco.

– Tem certeza que vai bem dirigindo? – Meu pai surgiu na janela.

– Vou sim senhor John, pode ficar tranqüilo. – Sorri para ele ficar mais calmo. – Podem ir na frente que eu já chego lá. – Me olhou estranho, pensou em retrucar de novo, mas me entendeu.

– Tudo bem. – Me deu um beijo na testa. – Mas cuidado. – Sorriu e entrou no seu carro, indo embora.

Fiquei sozinha no carro e comecei a chorar. Chorar por medo, saudade, por tudo.

– Mãe, por que você não está aqui? – Sussurrei abaixando a cabeça, começando a chorar mais forte. – Sinto tanto sua falta. – Pensei alto, peguei o colar e o apertei.

Por que o Marcos tinha que ligar? Será que já não bastou ele causar tudo que causou na minha vida? Até preso aquele cafajeste não para!

Escutei uma batida na janela do carro e estremeci. Olhei, era Justin. Tentei limpar as lágrimas rápido para que ele não percebesse, e abaixei o vidro. Odeio que me vejam chorando.

– Aqui tá a sua bols... Você estava chorando? – Justin perguntou e sua feição mudou. Droga.  – Aquele cara te ligou de novo? – Perguntou preocupado, entrando e se sentando no carro.

– Como ele iria ligar se meu celular ficou na bolsa que estava com você? – Ri olhando para ele, pra amenizar um pouco e desviar do assunto.

Ele me olhou confuso, aí caiu a fixa.

– É, tem razão. – Riu também, um pouco mais aliviado. – Mas então, o que aconteceu? – Voltou a me olhar preocupado.

– Sabe quando você está começando a ser feliz e vem alguém querendo destruir isso? - Abaixei minha cabeça, quase voltando a chorar. Não era para eu ter falado aquilo, era para ter dito um simples "nada" e pronto, mas não, eu sempre tenho que falar demais.

– Mas eu estou aqui. – Levantou meu rosto com o dedo indicador e ficou me olhando, seu olhar era hipnotizante. Fiquei confusa com o que ele disse, cantada a essa hora? 

Ele veio curvando o corpo e eu fui me deixando levar. Quando estava bem próximo e nossos narizes se roçando, percebi o que iria acontecer. Fechei os olhos com força, voltando certa para meu lugar.

– Justin eu... Eu preciso ir. – Desconversei e virei o rosto. Ele mordeu os lábios, o que me fez ficar um pouco arrependida de não ter continuado.

É, "facilitar" não era um verbo que Justin Bieber tenha em seu vocabulário.

– Tudo bem – Falou saindo do carro. – Mas qualquer coisa eu tô aqui. – Olhei para ele que estava sorrindo para mim. – E ah, sua bolsa. – Ele curvou o corpo para dentro do carro pela janela. Peguei-a de suas mãos e elas acabaram esbarrando, me fazendo sentir uma coisa estranha percorrendo meu corpo.

– Obrigada. – Sorri fraco ele ficou me olhando. - Vou fechar. - Falei me referindo a janela e ri, ele deu de ombros rindo e continuou olhando.

Ele ainda ficou olhando por um tempo, mordendo os lábios. Balancei minha cabeça voltando dos meus devaneios. 

Por aqueles minutos ele me fez esquecer de tudo. Aiai.

Liguei o rádio estava e adivinhem? Sim, estava tocando Justin Bieber!

– Perseguição do destino! – Falei para mim mesma e segui embora.

-   -   -

– Aconteceu alguma coisa no caminho? – Ouvi a voz de John logo depois que as luzes se acenderam, quando cheguei em casa.

– Não, pai. – Olhei normal.

– Você demorou... – Chegou todo preocupado. Ri fraco.

– Às vezes precisamos de um tempo para nós, não é? – Cheguei e o abracei.

– Mas você tá melhor? – Levantei minha cabeça, já que ele era bem mais alto que eu e sorri. Ele estava sendo um pai maravilhoso, assim como minha mãe era para mim.

– Tá tudo bem sim, pai. – O apertei forte e me soltei. – A vida segue, não é? – Sorri e apertei seu nariz, ele riu.

– Qualquer coisa é só chamar. – Me olhou, lhe dei um beijo no rosto, e subi para meu quarto.

– Ei pai, cadê a Mary? – Perguntei no meio da escada.

– Já foi deitar.

– Já? – Levantei as sobrancelhas.

– Quando ela fica muito preocupada com alguma coisa ela dorme cedo mesmo. – Ele riu por ver minha cara. – Coisas de Marian! – Rimos.

– Boa noite. – Sorri e me virei, indo – finalmente – para meu quarto.

Entrei no quarto, joguei minha bolsa na cama e depois fiz o mesmo comigo. Vou dar uma de Mary e ir dormir cedo, ou não.

Meu celular vibrou. Meu coração congelou por inteiro, de novo não Marcos, por favor!

O peguei e era mensagem; alívio na alma. E espera, mensagem do Justin?

“Dorme bem, brasileira ;) swaggggg”

Ri comigo mesma, como ele tem meu número? E como é que ele sabe que eu sou brasileira? E por que diabos ele colocou swag?!

“Acho que alguém andou mexendo no meu celular... né Bieber?” – Respondi, rindo.

Esse garoto era um maluco mesmo. Primeiro fica me flertando o jantar inteiro, ainda por cima na frente do meu pai! Ainda bem que o John não pega as coisas no ar e o Justin soube disfarçar bem, pelo menos para John ele soube, já para mim... Depois ele tenta me beijar no carro e agora essa? Sim, ele era maluco.

“Não iria deixar essa oportunidade escapar ;)”

Respondeu e eu ri, até por mensagem, Justin?

“Sabia que isso é invasão de privacidade? É muito feio isso, Justin! Imagina se você acha coisas que não podem ser vistas?” – Enviei, brincando.

Não deu nem 3 minutos e ele respondeu.

“É, eu vi suas fotos e adorei aquelas que você estava de biquíni. Mas sabe como eu sou, só admirei a praia ;) E eu vi aquelas fotos minhas, hm...”

Tava abobada com o nível da sua cara de pau. E tipo, eu nem tenho nada dele no celular!

“Justin! Certas coisas é melhor ficar no anonimato, sabia? E ei, eu não tenho nada de você aqui!” – Mandei, rindo.

“Não tem agora, mas ainda vai ter muitas coisas... ;)”

Fiquei olhando fixadamente para o celular, não estava acreditando. Primeiro é a cara de pau, depois o esnobismo. Cara!

“Ah, vai dormir, Justin. E além de tudo ainda se acha!”

Mandei e fui procurar meu pijama, pra ir tomar banho e.. Cama.

“Vou dormir só se você prometer que vai sonhar comigo.”

Essa chegou mais rápido ainda. Esse garoto não tem limites ou é impressão?

“Tchau!”

Mandei a ultima mensagem e joguei o celular na cama, indo tomar banho ainda rindo de tudo aquilo.

Prendi meu cabelo num coque alto e entrei na água. Banho é uma das coisas que mais me relaxa e que me faz ter um tempo só para mim.

Mas a ultima coisa que eu vou pensar agora vai ser no Marcos, porque se ele achou que ligando para mim iria me afetar, ele está muito enganado. Já chorei demais e perdi muito tempo na minha vida tendo medo dele, quero mais é que ele se exploda e bem longe de mim!

– Ele vai pagar bem caro na cadeia, mãe – Acabei pensando alto, "conversando" com a minha mãe. – Tenha certeza disso. – Desliguei o chuveiro e me vesti, me deitando na cama.

Enfim, cama! Relaxei meu corpo e peguei meu celular, percebendo mais uma mensagem dele.

“Ainda não me prometeu. Já falei, só vou dormir se você me prometer.”

Li e revirei os olhos, rindo. Era legal saber que tinha um popstar flertando comigo.

“Vai ficar querendo então, senhor swag (:”

Mandei e me deitei, fechando meus olhos.

“Por mim sem problema algum, posso passar a noite mandando mensagens pra você, amanhã não faço nada mesmo.”

Bufei.

“Se isso te faz feliz, pronto: eu sonho com você, seu bobo. Agora me deixa dormir!”

Apaguei a luz e voltei meu corpo de novo pra debaixo do cobertor.

“Promessa é dívida ;)”

Mandou e eu ri, deixei meu celular de lado e enfim, dormi.



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Notas finais do capítulo

Não deixem de deixar reviews, eu não quero ser chata, mas eles me deixam tão feliz *-* deixem sugestões com o nome de vocês, que aí se eu pegar ela, eu deixo o nome aqui nas notas finais :3 vou amar isso! *-*