Talking To The Moon escrita por juliamoura


Capítulo 4
Vida nova, baby.


Notas iniciais do capítulo

Fiquei sem postar esses dias, mas realmente a criatividade não ajudou D:
Mas eu recompensei :B esse não é tão grande, mas é o maior até agora. :) Espero que gostem, beijos!



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(Capítulo Anterior)

“– Dona Sarah, como você me faz falta... – Murmurei para mim mesma. – Boa noite, mãe. – Sorri e fechei a cortina. Depois disso só lembro de ter caído na cama e dormido feito neném.“


-   -   -

– Vem Nicolle, não tenha medo de mim. – Marcos dizia e vinha se aproximando de mim.

– Saia de perto de mim, seu canalha! Já não basta tudo que você já me fez? – Dizia com a voz tremula. – ASSASSINO! – Gritei desesperada e saí correndo.

Parecia que quanto eu mais corria, mas aquele lugar não tinha fim. Aquele lugar era fúnebre, uma escuridão profunda com matos grandes e fogo, fogo por todo lado... Ele se irritou e correu atrás de mim. Eu tropecei em alguma pedra, caí e só senti meu pé latejar.

– Merda! – Limpei as lágrimas para tentar enxergar alguma coisa... - Não!!

– Pronto, agora quero ver você sair daqui. – Sorri vitorioso e sínico, subindo em cima de mim e foi tirando minha camiseta.


– NÃAAAAO!!!

Acordei soando, me sentei na cama respirando com dificuldade e com o coração disparado. Foi só um pesadelo, apenas um pesadelo Nicolle, calma...

Olhei em volta e ainda estava escuro, deveria ser umas duas ou três da madrugada, ainda tenho tempo para dormir. Deitei devagar na cama e me cobri até o pescoço abraçando a coberta.

Isso me fez lembrar a falta que minha mãe me faz. Nessas horas eu estaria perto dela e ela taria me fazendo dormir... Sim, mesmo depois de grande quando eu tinha pesadelos eu ia dormir com ela.

Você me faz muita falta, mãe... Enxuguei uma lágrima que insistiu em cair e voltei a dormir.


-   -   -

– I know you're somewhere out there, somewhere far away... I want you back, I want you back...

Fui acordando aos poucos com esse barulho na minha orelha. Mas que raios são isso? Vi algo vibrando na mesinha. Ah claro, meu celular está despertando. O desliguei. Espera, desde quando eu tenho um celular?! Faz mais ou menos uns 3 meses que o Marcos quebrou o meu. Isso só pode ser coisa do John... Liguei-o novamente e vi, eram 7 e meia, que cedo.

– Nicolle? – Escuto uma voz suave me chamando na porta, em seguida escuto um “toc toc”.

– Já estou indo... – Me levantei da cama quentinha e abri a porta com a maior cara de sono, era Mary. – Oi Mary. – Dei as costas e voltei para cama. Estava com sono, poxa.

– Bom dia pra você também! – Fez cara de insatisfeita. – Vamos, você tem que se arrumar. – Ela disse com uma voz acabada, não deveria estar bem.

– Você tá bem? – Perguntei a encarando.

– Sim, são só problemas. – Sorriu fraco e colocou a mão na boca enquanto bocejava. – Vou ir acordar seu pai e tomar banho. - Me olhou. - Faça o mesmo. – Concordei. - Oito e meia nós temos que estar no aeroporto. – Me deu um beijo no rosto e saiu. É, o jeito era acordar.

A Mary não estava nada bem, não sei o que ouve, mas ela não parecia estar bem.

Me levantei e fui direto pro banho, tomei rapidinho e coloquei uma roupa simplesinha. O tempo estava normal, então resolvi colocar uma calça jeans escura, uma blusa branca com uma garota de batom vermelho bem forte, e na camiseta dela estava escrito “kisses for you, bitches”, e um tênis preto.

Penteei meu cabelo e fiz um rabo de cavalo alto, só passei um brilho labial, não sou muito de ficar usando maquiagem e nem estava com ânimo para isso. Ouvi alguém batendo na porta, fui indo até ela arrumando meu cadarço e quase cai.

– Oi, pai. – Sorri. Ele riu me vendo arrumar o tênis daquela forma.

– Oi, garota atrapalhada! – Riu. – Eles vão levar sua mala pro carro, ok? – Concordei mesmo sem saber quem eram “eles”, em seguida dois caras entraram no meu quarto. – Depois que você terminar de se arrumar, desça lá em baixo que nós vamos tomar café. – Concordei de novo com a cabeça e ele foi em direção ao elevador.


-   -   -

– Espera! Falta isso! – Disse para um dos caras grandões que estavam levando minhas bolsas para o carro. – Me deixa colocar isso nessa bolsa. – Peguei o casaco da mamãe e o coloquei dentro. – Pronto. – Sorri pela gentileza. – Obrigada. – Agora sim eles desceram.

Peguei o porta-retrato e tirei a foto de dentro, peguei minha bolsa e coloquei-a lá. Seu colar não sai mais de perto de mim, jamais.

– Parece que é só. – Eu estava falando sozinha.

Fui à mini-varanda o olhei para o céu de novo e sorri. Peguei minha bolsa, meu celular e fechei a porta do quarto. Fui ao quarto de John e da Mary, eles não estavam mais lá.

– Adeus, Brasil. – Entrei no elevador. 

Não, eu não gosto de elevadores. Parece que passa uma eternidade pra descer, não gosto.

– Nicolle? – Ouvi a voz do meu pai logo que sai. Fiquei olhando igual uma boba pra todos os lados e não achei ninguém. – Atrás de você. – Me virei e acenou com a mão. – Isso é pra você. – Fui indo até ele e me entregou um saco com algumas coisas dentro e um suco. – Não dá tempo pra parar e comer, estamos em cima da hora. – Disse e saiu andando na direção da saída do hotel.

– E a Mary? – Fui atrás e perguntei preocupada.

– Tá no carro há séculos. – Deu uma corridinha até ele, ô cara pra andar rápido!

Entramos no carro e as coisas já estavam lá. Claro, tinha que ser a Mary pra pensar em tudo, como sempre. Acho que nem sei o que seria do meu pai sem ela.

Comi meu café da manhã sem vontade alguma pra isso. O caminho foi tranqüilo, como sempre. Fomos conversando e rindo. Eles faziam de tudo para eu rir, e por mais que eu esteja num momento ruim, tenho que continuar caminhando, não é? E garanto que minha mãe não gostaria de me ver chorando pelos cantos.

Chegamos. Eu estava começando a ficar aflita, morria de medo de andar de avião, aliás, tenho medo de tudo que tenha altura. Mas era necessário.

Estava lotado o aeroporto. O fluxo de pessoas atrapalhava minha passagem. Mas que saco, por que diabos essa merda tinha que estar lotada justo hoje? Me exprimi ao máximo entre elas até chegar ao detector de metais. A policial que estava lá pediu para eu tirar meu casaco, meus sapatos e colocá-los juntamente com a minha bolsa em umas cestas que estavam em cima de uma esteira, xinguei-a mentalmente, então passei pelo detector de metais e para minha surpresa, ele começou a apitar. Meu pai me olhou feio. Um policial veio até mim, que devia estar com uma expressão nada bonita e pediu para eu esvaziar os bolso, eu acabei descobrindo o que era. Eram algumas moedas e o meu celular. Eu sorri meio constrangida para ele e para as pessoas ao redor de mim e ele gentilmente me pediu para passar pelo detector novamente. Eu passei e sorte que aquela coisa ficou quietinha. Eu peguei minhas coisas, me vesti e fui junto com eles até um banco.

– Vamos? – John perguntou e se levantou.

Mas já? Tá tão bom aqui na terra...

– Já?

– Sim, e sem dramas, mocinha. – Mary disse e fomos andando. 

Chegamos a uma moça e ela me deu uma coisa, eu não sei o que era isso. Depois nós nos direcionamos até o avião. Meu pai parecia encarar isso como se fosse costume, como se fizesse isso todo dia.

– Pai, como você consegue encarar isso como se fosse uma coisa normal? – Perguntei aflita.

– Isso o quê? – Riu. Só olhei em volta e apontei para um avião já em vôo. – Ah, estou acostumado. – Entramos no avião, aquele frio na barriga... – Eu viajo muito e você vai ter que se acostumar com isso. – Fiz uma cara de triste, brincando.

Minha poltrona era a 35, do meu pai a 14 e da Mary 15, ou seja, fiquei longe deles. Me sentei e por enquanto não tinha ninguém do meu lado, tomara que continue assim.

Só foi eu falar que um garoto lindo se sentou do meu lado. Ele tinha cabelos pretos e olhos azuis, era alto e aparentava ter uns 15 anos.

– Oi. – Falou meio tímido e sorriu. Que fofo!

– Oi! – Sorri de volta. – Tá indo pra Atlanta também? – A pergunta mais idiota que eu já fiz na minha vida, mas ok.

– Aham...– Fiz uma feição pra ele falar seu nome. - Matheus. – Sorriu, fez a mesma feição que eu.

– Nicolle! – Sorri.

– Tá nervosa, Nic? – Perguntou e riu fraco. Me surpreendi, quase ninguém me chamava pelo apelido, geralmente era minha mãe e minha avó, apenas elas. – Falei alguma coisa de errado? – Perguntou sem jeito.

– Não, nada não. – Sorri. – Mas nossa, tá dando tanto na cara assim? – Perguntei fazendo uma cara tensa rindo, ele riu também.

– Não, mas você não para de mexer as mãos, os joelhos e está com o rosto bem aflito. - Parei tudo isso que estava fazendo e tentei me tranqüilizar. Ele riu pelo nariz.

– Isso é bem minha cara. – Ri e fiz uma cara de “nem esquenta”. Ele sorriu, colocou os fones de ouvido e virou o rosto gentilmente para o outro lado, fiz o mesmo. Programei para tocar umas músicas calmas, já que provavelmente eu iria dormir. Não passou-se 10 minutos e eu não lembro de mais nada.


-  -  - 

– Nicolle. Nicolle, Nicooolle. NICOLLE! – Dei um pulo.

– Ai meu Deus! Calma! – Deveríamos ter chegado.

– Até que enfim! Sabia que somos os únicos no avião? – John tinha a voz abafada, não tenho culpa. Levantei-me e realmente nós éramos os únicos do avião.

– Dormi tanto assim? – Passei as mãos nos olhos.

– A viagem toda, sem parar. – Riu. Olhei para meu lado e o Matheus não estava mais lá, queria me despedir. - Isso porque lá do Brasil pra cá são horas, horas e muitas horas... – Fomos saindo do avião.

– Me dá um desconto, John. – Falei e fomos saindo do avião. – Não tá sendo fácil... – Olhei para baixo. – À séculos que eu não durmo bem.

Ele não disse nada, passou os braços no meu ombro e me levou junto a ele.

– Vem cá. – Deixou as malas que estava segurando no chão e me abraçou. Olhei meio sem entender, mas o abracei também, sorrindo. Ele me levantou do chão e me rodopiou no ar.

– Pai, cê é louco? – Ri, ele me desceu no chão e eu arrumei meu cabelo.

– É, digamos que um pouco eu sou sim! - Rimos e fomos indo até o carro.

– Nãaao... Você tem uma Mitsubishi?! – Perguntei não acreditando, ele abriu o porta malas.

– Sim, ela é uma das minhas favoritas. – Colocamos as malas lá, não estava acreditando. – Sabe, é meu bebê... – Piscou e bateu no capô do carro.

– Uma das? – Perguntei surpresa.

– É sim. – Riu. – Por que o espanto? – Entrou no carro e a Mary tava no banco da frente, sorri pra ela.

– Não, nada não... – Estava abobada, era muito pra mim.

– Acredite Nicolle, ela é o xodó dele. É um nojo os dois! – Ele fez um cara de bravo pra ela e ela riu, eu a acompanhei.

O caminho foi tranqüilo, ainda não estava acostumada com tudo aquilo, mas teria que me acostumar, não é? Passei as mãos sobre o colar da mamãe e sorri, ela deveria estar orgulhosa de mim, onde ela estiver. Dei um pequeno beijo nele e o arrumei no colo, assim era mais fácil senti-la perto de mim.

Entramos em um condomínio lindo. Sinceramente, meu pai esta me surpreendendo cada vez mais. Nunca pensei que aquele cara alto, de cabelos castanhos bagunçados, roupas “largadas” e aqueles redondos olhos claros, com mais cara de moleque sentado no banco do quarto daquele hospital, seria pai, o meu pai. A vida nos surpreende e eu sei bem disso!

Ele foi andando devagar pelas ruas sem movimento daquele “pequenino” condomínio. As casas, ou melhor, as mansões, me deixaram de boca aberta. Elas eram maravilhosas!

John parou na frente de uma casa branca e verde bem clarinha, e muito, muito grande, com mais três carros na garagem e com um jardim maravilhoso. Não, só pode ser sonho... Ele entrou na garagem e eu estava sem acreditar, minha nova casa era... aqui? Meu Deus!

– Pai, não errou de endereço? – Perguntei confusa, ainda não acreditando. Ele franziu as sobrancelhas e negou. Dois caras chegaram e pegaram minhas malas, quantas gentilezas.

Ainda estava no carro, sem qualquer reação.

– Vai querer que eu abra a porta do carro, princesa? – John fez uma cara muito fofa, eu caí na gargalhada. Não medi qualquer reação ainda. – Tudo bem. – Ele disse e abriu a porta do carro pra mim e fez um sinal com os braços, como se eu fosse realmente uma princesa.

– Tonto. – Bati de leve na sua cabeça.

– Venha minha majestade, vou lhe mostrar vosso novo palácio. – Ele estendeu os braços para mim “enganchar” neles, fiz isso. Mary riu e nós fomos a acompanhando até a porta. Já mencionei que esse jardim era perfeito? Bem, pois ele é e eu não vou me cansar nunca de ficar repetindo isso.

Chegamos e umas mulheres apareceram na sala, sorridente. Espera, porque três?

– Essa aqui é a minha garota. – John me apresentou e elas sorriram mais ainda, retribui o sorriso, mesmo sem entender.

– Muito prazer, Nicolle. – Disseram juntas.

– Sou a Mariah. – A moça que aparentava ter uns 40 anos, falou por primeiro.

– Sou Jessica. – A loira, acredito com uns 20 anos, falou em seguida.

– E eu sou a Maddi. – Sorriu e acenou com a mão espontânea. – Mas pode me chamar só de Mad. – A mais nova finalmente falou, deveria ter minha idade. Ela era linda e muito simpática. Tinha os olhos cor-de-mel, e os cabelos levemente cacheados.

– Vamos para dentro. – Mariah falou para elas, acenaram com a cabeça e elas a acompanharam com a cabeça.

– Uau! – Olhei em volta da casa. – Essa casa é perfeita! – Dizia com os olhos brilhando olhando cada canto. – E as garotas são uns amores.

Olhei mais a casa e me apaixonei com as decorações. Os vasos, os quadros, as tinturas, as cortinas, as luminárias, tudo tão... Perfeito!

– Elas estão aqui com a gente há muito tempo. – John disse.

– A Maddi praticamente nasceu aqui. – Mary disse e fomos subindo, provavelmente para meu quarto.

– Elas são da mesma família? – Perguntei e subimos a gigantesca escada.

– A Mariah é a mãe das duas. – Olhei surpresa ao ouvir, não parecia, ela era nova. Chegamos em um corredor com um gigante espelho, com várias portas.

– Não sei se ficou do seu gosto, mas é o que deu para fazer em três dias. – John passou para a frente de uma das portas, a abrindo.

– MEU DEUS!! – Gritei chocada ao ver aquilo.

– O que foi? Não gostou? – Meu pai perguntou preocupado, e Mary fez uma cara de espanto.

– Se eu gostei? – Disse olhando cada canto do quarto, ambos concordaram com a cabeça e estavam aflitos, ri.

Ele era grande, bem grande! As paredes eram brancas e tinha uma pequena roxa, onde tinha um quadro onde provavelmente, seria um mural de fotos. As paredes tinham uma textura diferente, dando ao quarto um tom mais maduro. Minha cama era gigante, com as colchas e almofadas combinando com as cores do quarto. De frente para a cama tinha uma televisão de plasma preta, dentro de um “circulo” na parede. Tinha duas portas também, deduzi que eram uma para o banheiro e outra para o closet, que chique! E em um dos cantos tinha uma mesa com um computador, livros e outras coisas e no outro um urso gigante, quase do meu tamanho! Resumindo, a decoração estava perfeita.

– Eu AMEI!! – Pulei no colo do meu pai, ele riu aliviado me segurando. Parecia que tinha saído um peso grande de cima das costas da Mary. – Isso aqui é lindo! – Me soltei do John e pulei na cama, feito uma criança. Eles me olharam abobados. – Que foi? – Disse indo pegar o grande ursão.

– Você ta parecendo uma criança. – Riram.

– Não me importo, qualquer um vivaria uma agora! – Dei de ombros e eles riram. Fui até a varanda e vi a piscina. E... Que piscina era aquela?!

– Que piscina é essa? – Disse ainda abobada, segurando o ursão. – Estou no paraíso e não sei? – Riram. – Dá pra parar de ficarem rindo de mim? – Riram mais ainda. – Ah é? – Desafiei. – Vocês quem pediram. – Corri para a cama e joguei uma almofada em cada um. – Eles me olharam bravos e com os olhos semi fechados.

Fiquei com medo, confesso.

– É guerra que voce quer? – John perguntou com uma cara de mal e veio andando até mim.

– É guerra que você vai ter! – Mary completou e eles pularam em cima de mim, jogando almofadas e fazendo cócegas.

– Pa... para! – Dizia entre as gargalhadas. – Mary, pai! – Mal conseguia falar. Eles me soltaram, cansados. – Vocês são loucos – Arrumei meu cabelo. – Vai ter troco, dois contra uma é muita covardia. – Fiz cara de brava.

– Não foi o suficiente? – John disse se aproximando, com sua cara maligna.

– NÃO! Tá bom, tá bom pai! Chega, por favor. – Disse aflita, me escondendo atrás de um travesseiro. Riram e se jogaram no chão, eu fiz o mesmo na cama. Sorri ao lembrar-se do sorriso da minha mãe. Ouvi chamarem a Mary lá em baixo e ela desceu.

– Sinto falta dela. – Disse do nada, ele me olhou confuso.

– Ela está bem, Nicolle - Levantou-se. - Tenha certeza disso. – Se sentou ao meu lado e passou as mãos sobre meu cabelo.

– Eu sei que está. – Sorri e peguei o colar.

– JOHNNNNN! – Ouvi Mary gritando lá de baixo, o olhei. – Ligação pra você, urgente! – Ele me olhou, revirou os olhos e jogou seu corpo trás, ri.

– Mais trabalho não, por favor... – Implorou e se escondeu atrás de mim, eu ri.

– É melhor você ir, pode ser importante. – Ele me olhou feio e se levantou da cama.

Meu pai se esqueceu de crescer, só pode!

– Bebêzão! – Joguei uma almofada nele, mas não o alcançou.

Ele mostrou a língua e desceu. Não disse?

Me deitei na cama exausta e lembrei novamente da mamãe, se ela estivesse aqui tudo seria tão melhor... Saí na varanda e olhei o céu, ela deve estar feliz de me ver aqui. Sorri e peguei o colar novamente, o apertei.

– É Nicolle, essa é sua nova vida... – Falei para mim mesma em português e me joguei novamente na cama. – Seja bem vinda a Atlanta. – Sorri, estava ficando louca.

Tudo que estava acontecendo na minha vida parecia sonho, só faltava ela aqui comigo para o sonho ser perfeito. Mas nem tudo é como planejamos, mas eu sei que ela sempre vai estar no meu coração, seguindo comigo em qualquer caminho.



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Notas finais do capítulo

Primeiro: Desculpa os erros D: Segundo: Não parem de deixar reviews, eu fico tão feliz com eles T-T espero de verdade que gostem :) Ps.: O Justin está pertinho de aparecer, não percam! -q