Talking To The Moon escrita por juliamoura


Capítulo 28
More In Love With You...


Notas iniciais do capítulo

Ai gente, está aí! O ultimo :( foi muito bom escrever pra vocês! Parece bobinho, mas essa história vai sempre ficar marcada pra mim e ela não seria nada se vocês não tivessem paciência de ler e esperar os capítulos (que as vezes demoravam muito!). obrigada de coração a todo mundo que leu, comentou, deixou recomendação, foi no meu twitter cobrar/ dizer que adorava ela, que mostrou para os amigos e até para as leitoras fantasmas que nunca comentaram... muito obrigada MESMO, vocês não sabem o quanto foi/é importante pra mim. adoro cada um de vocês, espero que gostem!



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(Capítulo Anterior)

“– Vem comigo? – O chamei aparecendo na porta.

– Ah, deixa isso pra depois. – Me puxou pra entrar com ele no box. – Tô afim de tomar banho agora. – Ligou o chuveiro e a água caiu sobre nós.

– Só tomar banho? – Sorri maliciosa e o beijei rindo. Ele soltou um riso gostoso, me carregando e prensando contra a parede.”


Marcos’ POV

Minha perna ainda dói e estou manco pelo resto da vida, graças aquele tiro que me acertou, o que me faz ter mais ódio daquela vadia.

Em vez de ter matado sua mãe, deveria ter matado a própria Nicolle. Pelo menos Sarah era tola ao bastante a ponto de me tirar da cadeia e ainda me defender, e eu não precisaria ter passado por aquilo e muito menos fazer esses sacrifícios que estou tendo que fazer para terminar o que não deu naquela infeliz noite.

De duas tentativas ela já passou, duvido conseguir passar da terceira.

Estacionei o carro em frente ao terreno onde Bieber acabara de comprar. Era um condomínio fechado, elegante e distante da movimentação da cidade. Provavelmente pensando em construir sua casa e morar junto com ela. Seria ótimo poder matar os dois juntos de uma vez, seria uma jogada e dois acertos. Se eles já estivessem morando aqui, seria uma ótima hora para isso. Mas se acalme Marcos, respire fundo e controle-se. Dessa vez tudo está sendo pensando e planejado, não poderia agir de impulso mais uma vez, senão talvez nada sairá perfeito como eu quero. Pode demorar o tempo que precisar, eu não tenho pressa. As coisas vão acontecer no seu tempo certo.

Ela vai pagar o que me deve e esse mini popstar vai se arrepender de ter trilhado meu caminho.


– - -

Anos depois...

Narradora’s POV

Anos tinham se passado, muitas coisas mudaram, excerto o amor de um pelo outro.

Justin estava com 25 anos e nesses cinco anos amadureceu mais do que possam imaginar. Agora não mais um menino e sim um homem. Suas músicas não falavam mais somente sobre amor como antigamente, falavam sobre a vida em seu geral; a cada novo passo que dava, ele os colocava no papel. Ele e Nicolle, já que era sua namorada quem o ajudava compor na maioria das vezes. Sua carreira continua a mesma e com o mesmo público o acompanhando desde tanto tempo atrás, coisa rara de acontecer. Tinha focado em atuação uns tempos atrás, até protagonizou um filme que ganhou um Oscar, queria experiências novas, segundo ele mesmo. Mas nada era comparável à sua paixão pela música. Ela sim era, e ainda é, sua primeira e única paixão. Agora com a ajuda da amada com suas canções, tudo ficou ainda melhor. Os dois tinham até uma música cantada juntos, chamada More In Love With You. Ele a escreveu inteira para ela, e, mesmo ela insistindo pra ele gravar com algum profissional da área, ele fez questão de que fosse ela. Dizia que não faria sentindo outra pessoa cantar aquela música, já que uma vez ela era dos dois. Foi vencida pelo cansaço e gravou, mas deixou bem claro que não queria seguir essa profissão porque a garota amava o que fazia, fotografar era sua vida; ela tinha acabado de terminar a faculdade de moda tinha um ano e sua linha de roupa estava para ser lançada. Justin estava no topo das mais tocadas do mundo e seu nome continuava a ser manchetes para todos os cantos. O casal foi dado como o melhor e mais rico casal de Hollywood por dois anos consecutivos.

Os dois se completavam de um jeito inexplicável e extravagante, um foi feito para o outro e muitos não tinham duvidas que eram almas gêmeas, mas isso era evidente somente com uma troca de olhares entre eles. Ambos se consideravam as pessoas mais felizes do mundo e viviam dizendo o quanto suas vidas estavam caminhando maravilhosamente bem.

– Suas mãos estão geladas. – Nicolle falou as segurando e as apertando forte. Ela pensara o quanto o tempo passou e ele continuou o mesmo, com as mesmas ansiedades e medos.

– Estou nervoso. – Justin disse sério, indo até o espelho para ajeitar sua gravata e fez alguns passos antigos de dança discretamente.

– Eu sei o quanto. – Ela riu fraco. Ficou observando ele se arrumar no espelho e viu que estava vestido feito um príncipe, coisa que não era do espanto de ninguém, afinal, ele já era um. Seu terno da Dolce Gabanna estava encomendado havia semanas. Estava perfumado como nunca e passou horas no banho, seu cabelo impecável como sempre, ele nunca esteve tão preocupado para uma premiação quanto hoje. E ela o amava mesmo com todos esses exageros que ele tinha.

Ela sentiu-o a fitando também.

– Você é tão linda – Continuou a fitando com um sorriso bobo nos lábios, como se não acreditasse no que visse. Ele tinha a certeza que não havia mulher mais linda do que ela. – Prometo te fazer a mulher mais feliz do mundo até o resto das nossas vidas. – Falou espontaneamente pegando sua mão, a beijando. Ela ficou surpresa e sorriu simultaneamente. – Posso? – Perguntou a olhando tão fundo que ela quase pode perceber a pupila dos seus olhos se dilatarem.

Ela não respondeu nada com palavras, apenas o puxou e o beijou.

– Você já faz. – Ela sorriu.

– O carro está esperando vocês lá em baixo. – Um cara chegou ao quarto os chamando, atrapalhando o momento paixão dos pombinhos. Ele passou as mãos na sua cintura e foram indo até o carro.

– Uma limousine? – Perguntou surpresa quando saíram no jardim. Ela já tinha acostumado a andar em carros chiques e quase nem se surpreendia mais, mas sabia que ele sempre tratava de alugar carros assim quando algo para ele tinha grande importância. Ela não compreendia o porquê daquilo, afinal, aquele não era o seu primeiro Grammy. Justin sempre ficou ansioso para premiações assim que considerava nobre para sua carreira, não que os outros não importassem, mas vamos convir que esse é um Grammy Awards... Só que a esse nível? Não, isso não...

Havia dias que ele estava desejando que esse dia chegasse logo e hoje está mais impaciente do que nunca. Ela realmente não entendia.

– É só pra se tornar um pouquinho mais especial. – Sorriu, em seguida abriu a porta para ela como um cavalheiro. A garota entrou e tinha mais surpresas: O carro estava com pequenas pétalas de rosas vermelhas e brancas jogadas ao chão e na frente o motorista estava vestido como motoristas de príncipes de época.

– Estou me sentindo uma princesa assim... – Ela falou com seus olhos brilhando o olhando, sorrindo. Já havia se aconchegado com todas as surpresas que ele fazia para ela, mas sempre era como se fosse a primeira vez. Ele sempre conseguia a surpreender, criatividade era uma das coisas que ele mais tinha.

– Hoje é um dia especial, a altura de uma princesa. – Piscou para ela sorrindo, a garota sorriu corando, ele estava muito romântico hoje.


– - -

Ambos chegaram juntos a premiação e passaram pelo tapete vermelho juntos também, como de costume. Deram entrevistas, conversaram com fãs e depois foram indo em direção à suas cadeiras. Suas cadeiras estavam na primeira fileira.

Ele não iria se apresentar, porém estava concorrendo há outras três categorias: Record Of The Year, Album Of The Year e Song Of The Year, concorrendo com grandes nomes como Rihanna, Drake, Katy Perry, Chris Brown, Lady GaGa e com a adorável, Taylor Swift.

Falando nela...

– Tay! – Nicolle a chamou pelo apelido quando a viu entrando. Elas tinham se tornado grandes amigas, tinha uma época que elas eram grudadas feito irmãs. Era como se só Taylor entendesse pelo o que Nicolle estivesse passando, no sentido da fama e tudo envolvido a isso, e mesmo com os anos de diferença entre elas, Nicolle pensava e tinha a maturidade como de uma mulher da idade de Taylor, talvez isso as fizesses tão inseparáveis.

Nicolle ainda achava fantástica a ideia de ter a sua cantora favorita como sua amiga.

– Quanto tempo, Nic! – A cantora falou e em seguida deu um abraço forte em sua amiga. Havia meses que não se viam ou se falavam direito, somente por mensagens de textos e internet. A carreira da princesa do Country estava tão agitada quanto do casal, sua turnê mundial tinha acabado a duas semanas.

– E o Taylor? – Nicolle perguntou se referindo ao seu esposo, Taylor Lautner.

(n/a: eu shippo TayTay mesmo!)

– Atrasou porque teve imprevistos por causo do seu filme, mas já está chegando! E o Justin?

– Ué, ele estava aqui agora! – A garota olhou em volta o procurando.

– Acho que o vi. – Taylor falou olhando para trás e acenando para o cantor que estava com alguns famosos, incluindo sua antiga ex, Selena Gomez.

– Taylor! – Selena falou e correu abraçar a antiga amiga logo que a viu acenando. Nicolle ficou a olhando, achava Selena uma das mulheres mais lindas e elegantes de Hollywood. – Nicolle! – A atriz falou surpresa olhando para ela. – Como você está linda! – A abraçou radiante. Elas deixaram as desavenças para trás e hoje em dia são grandes amigas.

– Olha quem fala! – Nicolle falou rindo. - Fazia tempo que não te via, Sel.

– Estava filmando sem parar e depois tirei umas férias prolongadas com David, você sabe... – Olhou para ela sorrindo, Nicolle apenas riu.

– E falando nele.. Onde ele está? – Perguntou Taylor.

– Boa pergunta! – Selena riu falando breve.

– E esses homens que resolveram fugir todos juntos?! – Nicolle falou com as mãos na cintura.

– Falando mal de nós? – Justin apareceu levando as mãos para cintura da namorada, acompanhado dos outros dois, que foram junto das suas respectivas garotas.

– Quase... – Selena falou olhando para David, Taylor e Nicolle riram.

– Os casais poderiam posar para uma foto juntos? – Um fotógrafo pediu gentilmente. Todos assentiram e tiraram algumas foto. Cumprimentaram outros amigos rápido e logo foram se sentar, iria começar.

As luzes se abaixaram para a apresentação da cantora Rihanna com seu novo single. Ela, como sempre, estava extremamente linda. Logo que terminou a quase que inacreditável performance, ela mesmo quem apresentou a primeira categoria, Record Of The Year, que por sinal o cantor estava concorrendo.

Passou a chamada dos nomes dos indicados ao prêmio no telão e Justin apertou forte a mão da namorada quando ouviu seu nome.

– E o Grammy vai para... – A cantora fez suspense. – JUSTIN BIEBEEEER! – Não era surpresa para ninguém, por anos consecutivos ele vinha ganhando. O canadense se levantou rápido sorrindo quase que não se contendo de tão feliz que ficara, se sentia honrado de ganhar um Grammy, por mais que já tivesse tantos. Todos começaram a aplaudir. Ele deu um selinho em Nicolle que foi uma das primeiras a levantar aplaudindo, e ela o abraçou por final.

– Eu sabia... – Sussurrou no ouvido dele. Ele sorriu com as palavras dela e tentou a puxar para lá em cima, mas Nicolle tinha pavor de ficar frente a frente com um publico, principalmente na frente da quantia de pessoas que estavam lá naquela noite, então ela não foi.

Ele então cumprimentou alguns famosos e deu um abraço forte em Usher, que estava sentado próximo deles. Depois foi se direcionando ao palco.

– Uau... – Foi só o que ele disse olhando para o prêmio desacreditado. Nicolle sorriu junto com ele e as câmeras todas foram ao foque dela, era típico. – Isso é muito importante para mim. – Continuou com o olhar ao prêmio e o nervosismo estava mais do que estampado em sua voz. Nicolle ainda estava tentando entender o porquê, não era sua primeira vez lá... Mas ela estava tão feliz por ele. – Eu só quero agradecer a todos meus fãs que estão comigo me apoiando a todo esse tempo, à minha equipe que são meus irmãos, a minha família também e claro, especialmente à Deus. E é isso.. Obrigado por tudo. Swag. – Fez um sinal de paz com as mãos, o qual sempre fazia, e foi indo em direção a saída do palco.

A namorada riu com a ultima palavra, ele desde sempre falava isso.

– Esperem, esperem, esperem... – Justin voltou rápido surpreendendo a todos, agora sem seu prêmio em mãos. – Como alguns aqui já sabem, acredito que a maioria; eu tenho um grande pedido para fazer essa noite. – Abriu um sorriso lindo olhando em direção a algo na plateia, mais especificamente, para Nicolle. Todos permaneceram em silencio para ouvir somente ele, curiosos para saber qual seria o tal e tão importante pedido. Entre eles estava Nicolle, que também estava tão confusa e curiosa como todos. – Mas antes preciso trazer alguém ao palco. – Falou ainda com o olhar direcionado a menina, depois foi descendo do palco. As câmeras se focaram nela como de costume, e a garota estava começando a ficar nervosa sem saber o que o namorado iria fazer. Seria ela essa pessoa? O que ele faria? Qual pedido era aquele? Ela estava extremamente nervosa!

Justin veio vindo a sua direção e um cameraman veio atrás dele. Ela era a pessoa, então! Era óbvio... Ela mal podia acreditar que ele estava a fazendo passar aquela tamanha vergonha. Ele sabia o quanto ela morria de vergonha de ficar frente a frente de público, ela o mataria sem dúvidas.

– Eu te mato. – A garota sussurrou baixo para que somente ele ouvisse, o abraçando e se afundando em seu ombro envergonhada. A plateia fez um som fofo em coro. Ele riu, depois pegou a mão dela a levando para o palco. E mesmo cheia de vergonha com toda aquela gente e o mundo os vendo ao vivo agora, ela o acompanhou.

– Pronto. – Ele sorriu quando chegaram finalmente ao palco.

– Ele me paga! – Nicolle falou se inclinando para o microfone brincando, ainda segurando a mão dele. Todos riram e ela apertou forte.

– Mas antes que você faça isso, preciso te falar algumas coisas. – A olhou e ela estava com medo do que viria. Como eu disse, todas as surpresas a surpreendiam. – Bom... Aproveitei para falar logo no primeiro prêmio porque não sei se vou ganhar os outros. É melhor fazer agora do que não fazer... – O garoto riu nervoso. – Só que pra falar a verdade, eu nem sei muito bem como falar tudo isso. Acreditem, eu nunca estive tão nervoso em todo minha vida! Fiquei meses planejando como seria o discurso, pedi ajuda para muitas pessoas, até estou com um papelzinho aqui no bolso. – Apalpou o bolso e a plateia riu. – Mas... Eu acho que eu não preciso de nada disso pra falar alguma coisa pra você. – Olhou para Nicolle novamente e ela sorriu para ele. Ele pareceu mais aliviado com o sorriso dela, mas ainda sim sua mão estava suada e quente, a garota até podia o sentir tremendo. – Você sabe que eu me apaixonei por você desde o primeiro momento que eu te vi. E, Nicolle... – Falou seu nome meio embaraçado, abaixando a cabeça rindo e mexendo no seu cabelo, o que sempre fazia quando se sentia em situações assim. - É meio impossível de compreender como isso aconteceu. Eu lutei contra isso no começo, foi difícil... Mas você foi de longe a melhor coisa que aconteceu na minha vida. - Os olhos dela estavam úmidos, ela sorria boba. – E o melhor prêmio que eu podia ganhar, foi você. - Sorriu. - Eu não consigo olhar mais para frente sem você do meu lado, porque assim não teria graça nenhuma, porque toda a graça da minha vida hoje... É você. – Desnorteado, terminou de falar. A platéia aplaudiu emocionada, sem saber que ainda não tinha acabado.

Ouvia-se uma pequena música de violino vindo do fundo do palco, com alguns violinistas se aproximando do casal tocando a música deles. Ela o olhou confusa, ela estava realmente sem palavras, nunca pensou que ele diria tudo isso em rede mundial para ela.

A plateia ficou quieta, olhando atenta para o palco para ver o que aconteceria, todos apaixonados por aquela cena, que mais parecia de filme.

– Nicolle Lee Campbell... – Ajoelhou-se, sorrindo, mesmo a olhando receoso. A garota colocou mão sobre a boca subitamente. Seria aquilo que ela estava pensando?! – Aceita se casar comigo? – Perguntou abrindo uma caixinha vermelha, com um anel dentro.

Todos olharam incrédulos para eles, rapidamente se levantaram e aplaudiram novamente. Era um pedido de casamento ao vivo, na frente do mundo todo!

– Sim! – Respondeu rápido. É claro que ela diria sim, ninguém tinha dúvidas!

Ele se levantou sorrindo, a abraçando forte e depois a beijou, curvando seu corpo para baixo. Ela riu encantada. Justin a voltou ao normal, rindo também.

Aquela noite, definitivamente, entraria para a história.


– - -

– Acho que viramos os topos das noticias mundialmente. – A garota falou rindo.

– E quem se importa? – Justin retrucou, a puxando para um beijo.

– Era só ter pedido casualmente. – Bagunçou o cabelo dele.

– Odeio ser normal. – A beijou de novo. – Que tal nós subirmos e tirarmos seu vestido? – Sorriu de canto, a encarando, deslizando as mãos sobre suas costas.

– Não tem nada de “nós”. Vou tira-lo lá na minha casa. – Tirou as mãos dele das suas costas, cortando seu barato. Ele a olhou com reprovação.

– Sua casa é aqui agora. – Retrucou.

– Mas eu só fui pedida em casamento, que eu saiba não casamos ainda. – Falou indo pegar sua bolsa.

– Ainda. – Reafirmou. – Mas por tempo limitado. Já até marquei as datas. – Disse calmo, se sentando no sofá.

– E como sabia que eu aceitaria? – Levantou a sobrancelha, parando em sua frente com as mãos na cintura.

– Só sabendo. – Sorriu safado, a puxando para seu colo.

– Nós deveríamos jantar então. – Sugeriu quando ele começou a beijar seu pescoço.

– Deveríamos? – Perguntou sem parar de beijá-la.

– É o que um noivo normal faz depois que pede sua namorada em casamento.

– Normal? – A olhou. - Eu não sou normal. – Deu de ombros, voltando a beijar.

– Justin! – Ela riu. – Mas eu quero.

– Mas e a gente? – O garoto tentou mais uma vez, agora fazendo uma cara de neném pidão.

– Tem a gente depois, agora eu estou com fome. – Segurou seu rosto e lhe deu um selinho.

– Melhor! – Ele falou rápido e ela o olhou para que continuasse. – Nós pedimos o jantar aqui, aí enquanto não chega, nós subimos e..

– Já falei. – Se levantou e ele bufou, jogando os braços na perna desistindo. Ela sempre ganhava qualquer discussão. – Eu durmo aqui hoje. – Nicolle falou o puxando para ela, jogando os braços no seu pescoço. Ele automaticamente abriu um sorriso imenso.

– Então vamos logo pra gente voltar rápido. – Passou o braço pelo ombro dela, e ela colocou a mão nas costas dele, balançando a cabeça rindo.

– Você é muito insensível. – Ela falou e ele a olhou.

– Você que não compreende as prioridades. – Justin replicou e eles foram saindo. A garota só se pôs a rir abaixando a cabeça, ele não tinha jeito.

– Será que o motorista ainda está aqui? – Nicolle perguntou olhando para o carro importando ainda ali na frente.

– Parece que sim. – Ele respondeu.

– Não é melhor dispensá-lo? – Ela perguntou o olhando. Ele parou do nada, estava procurando alguma coisa nos bolsos, provavelmente sua carteira. – Esqueceu a carteira lá em cima?

– Acho que lá no quarto. – Continuou procurando.

– Deixa que hoje eu pago então. – Justin a olhou com reprovação.

– De jeito nenhum! – A garota revirou os olhos, ele nunca deixa. – Mas se quiser ir falando com o motorista, pode ir que eu já volto. – Deu um selinho nela e correu para a casa.

– Tudo bem. - Ela foi caminhando até o carro e esperou que o motorista abaixasse os vidros para que ela falasse, mas ele não o fez. Ela então abriu a porta e ele permaneceu quieto, parado com o rosto virado para a janela, ignorando a presença da menina. – Ei. – Ela tentou chamá-lo. Sem respostas. – Moço? – Tentou mais uma vez, nada. Curvou o corpo para dentro do carro para chacoalhá-lo, pensando que tinha adormecido.

Ela só fez um gesto de estender os braços, que ele a puxou para dentro bruscamente, fechando a porta rápido. A garota olhou para ele apavorada, mais ainda quando viu nitidamente quem era. Ele tinha pegado o lugar do motorista enquanto os dois estavam lá dentro, ela não podia acreditar. O tempo tinha passado, estava com algumas rugas e cabelos brancos, mas seu rosto continuava assustador do mesmo jeito.

– Quanto tempo, Nicolle. – Marcos falou sínico. – Não vai me dar um abraço? – Chegou perto da garota e seu corpo começou a estremecer, ela o empurrou forte.

– Sai, Marcos! – Gritou, tentando sair do carro. Em vão, já que ele tinha travado. – Você não tinha morrido, desgraçado?

– Isso é jeito de me receber? – Segurou seu braço forte, a fazendo parar. Ela tentou se debater, mas sabia que era em vão. Onde está Justin nessas horas?

– Me solta. – Falou entre os dentes, ele riu debochado. – Tá me machucando.. – Olhou para o braço, que estava com um pequeno vergão roxo se formando em volta de onde ele estava apertando. Ela não iria chorar. Prometeu isso a si mesma, ela sabia que era mais forte que aquilo.

– Coitadinha... – Debochou novamente. – Está machucando, é? – Segurou mais leve. – Mas é pra machucar mesmo! – A jogou com força para trás, fazendo seu corpo bater na porta.

– Para com isso, louco! – A garota gritou. Ele riu de novo, parecia que amava fazer aquilo, era como se seu parque de diversões fosse o olhar da menina aflita quando ele fazia aquelas coisas. – Você não cansa de fazer isso não, seu monstro? – Ela o encarou com raiva.

– Cala sua boca, vadia. – Lhe deu um tapa tão forte no rosto, que a fez virar. - Você é melhor de boca calada. – Ela voltou com o semblante ruim para ele, com raiva. - Venha aqui perto do titio, vem.. – A puxou com tudo para ele e prendeu seu braço com uma corda forte, depois colou uma fita em sua boca. – Agora sim podemos conversar. – Sorriu, sínico.

Nicolle ficou o encarando tanto que parecia que estava o matando pelo olhar, mas ela não iria chorar, era uma promessa.

– Você viu o que você fez na minha perna? Eu não consigo andar direito há anos! – Deu outro tapa na cara da menina. – Sua vadia.. Mas você vai ter o que merece, você não imagina o que ainda te espera... – Olhou para o porta-luvas, abriu e mostrou a faca que ele matou sua mãe para ela. A garota fechou os olhos rápido, cenas voltaram a sua cabeça. Engoliu o choro em seco e fechou com os pés o porta-luvas. Ela tentou se debater para se soltar, mas estava amarrado muito forte. Marcos era realmente um covarde...

– Socor... – Nicolle tentou gritar para Justin, logo que o viu saindo de casa, mas a fita a impedia. Tentou abaixar a janela, mas Marcos tinha a travado também. Tentou gritar, mas o máximo que dava para ouvir era um bramar fraco de dentro do carro. Marcos ria se entretendo com a cena.

– Pode tentar, ele nem vai perceber... – Riu falso, e ela começou a bater os pés com forças. Pareceu chamar atenção de Justin, porque ele parou de olhar em volta – provavelmente a procurando – e ficou atento parar ver de onde vinha aquele som.

Ela começou a pisotear com mais força e o garoto veio vindo em direção do carro.

– Nicolle? – Ele a chamou.

– Droga... – Marcos exclamou baixo, virando a chave do carro e dando partida rápido, o fazendo deixar marcas na rua quando cantou pneu. – Por que esse popstar sempre atrapalha? – Perguntou para si mesmo, correndo pelas ruas do condomínio. Justin percebeu a atitude estranha do motorista (até então para ele) e saiu com o carro atrás. Marcos olhou pelo retrovisor quando passou pela portaria do condomínio e viu que ele estava vindo atrás. Mas era obvio que ele viria, pensou Marcos. Ele sempre tem que bancar o Super Herói babaca.

Num descuido, Marcos destrancou os vidros e Nicolle aproveitou para abaixá-los, aparecendo na janela tentando chamar atenção de Justin. E funcionou. O garoto começou a correr mais rápido em direção ao carro onde ela estava, quando viu que era ela. Ainda não sabia que era Marcos, mas já tinha deduzido, não poderia ser ninguém mais. Ele começou a ficar apavorado, tinha visto ela com cordas nos braços e com alguma coisa na boca.

O que aquele cara queria então? Terminar de destruir a vida dela? Justin e Nicolle pareciam ter pensado isso juntos, ambos apavorados.

– Vou ter que te matar agora, só porque queria aproveitar esse seu corpinho de mulher... – A encarou de cima aos pés, a fazendo o olhar com nojo. Nicolle não cansava de pensar o quanto ele era porco, nojento e monstro. Apesar de tudo o que tinha feito com ela, ainda queria mais. Será que não teria sido o bastante tudo aquilo? Ou ele queria mais?! Então porque não a matava logo de uma vez? Ela já estava se cansando de passar por isso. Ela sabia que ele sempre ameaçava e torturava antes de fazer o que tanto queria fazer. Botar medo nela era uma coisa divertida para ele. Realmente um psicopata. – Só porque sou muito bom, vou tirar a fita da sua boca para você dizer umas palavras doces para mim antes da sua linda e dolorosa morte. – Colocou a mão e fez que ia tirá-la. Estava dirigindo com uma mão só naquela velocidade. – Mas sabe que tem que ser palavras bem gentis, né? Sem grosseria. – A tirou e Nicolle não pensou duas vezes em cuspir no seu rosto.

– Canalha. – O encarou e não percebeu que ele tinha tirado as mãos do volante, nem ele provavelmente percebeu que tinha tirado quando foi limpar seu rosto, no meio da raiva. – VAI BATER – Tentou o avisar quando percebeu o carro perdendo controle indo para a pista oposta. – MARCOS! – O chamou mais uma vez, mas ele parecia cego a encarando freneticamente. Parecia que não via outra coisa a não ser ela, estava enlouquecendo.

– Nossa hora chegou, Nicolle. – Falou calmo, ainda com os olhos nela. – Nós vamos morrer juntos, hahahaha! – Riu feito psicopata, Nicolle estava apavorada e tentava se soltar para mexer na direção, já que ele não fazia nada.

– O CAMINHÃO! – Gritou logo que viu um farol alto vindo em sua direção.




– - -

O garoto estava agachado observando a rua interditada cheio de pessoas em volta, desacreditado. Seus olhos já não cabiam mais lágrimas, ele não se conformava que por descuido dele aquilo aconteceu. Sua cabeça estava a mil, todos os pensamentos geravam para um só. O barulho de ambulâncias e carros de polícias o desesperava mais. Ele estava com medo, com medo de perdê-la, faria qualquer coisa para tomar o lugar dela. Única vantagem daquele acidente foi que Marcos morreu na hora. Vantagem? Que vantagem? Ela pode estar morta.

Justin já não sabia mais o que pensar, não imaginava sua vida sem ela. O matava por dentro saber que ela ainda estava presa às ferragens daquele carro. Se pelo menos ela tivesse o ouvido e eles tivessem ficado em casa... Ou se ele não tivesse subido e a deixado sozinha... Talvez aquilo seja culpa dele, talvez ele seja o culpado de tudo.

Ouviu-se um barulho, eram bombeiros falando. Tinham conseguido a tirar das ferragens depois de um longo tempo, parecia que sua perna tinha ficado presa no carro. Se levantou rápido e se aproximou. Tinha saído de perto para não chamar atenção, por ser famoso. Quando viu o corpo da garota na maca cheio de sangue e desmaiada, quase não aguentou. Não aguentava mais ficar sem noticias dela, sem saber se ela ficaria bem. Afinal, ela ficaria?

– Ela está bem? – Tentou perguntar para um policial, mas ele o ignorou. – Ela está viva? – Perguntou novamente com um nó em sua garganta, aquela pergunta o doía tanto.

– A levem para um hospital rápido. – Um bombeiro falou e rapidamente foram a levando para dentro da ambulância, sem dar satisfação alguma para o garoto.



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Justin estava sentado na sala de espera havia horas, junto com os familiares e amigos da garota. Eles tinham acabado de fazer uma oração em conjunto prezando por ela. Agora faltava apenas as notícias e todos estavam morrendo por elas, já que nenhum médico passava por lá desde que ela deu entrada na sala de cirurgia. Também havia repórteres e jornalistas na porta do hospital, muitas pessoas já estavam sabendo.

Justin viu um homem de jaleco branco, correu até ele.

– Doutor, doutor! – O chamou. Todos se levantaram junto dele. – Como ela está? – O olhou preocupado, com medo e ansioso pela resposta.

– Ela já passou pela cirurgia e está em observação, mas está bem. – Ele olhou aliviado para ele. Era um grande alivio para todos ouvir aquilo. – Difícil acreditar que ela só machucou as pernas e teve alguns arranhões diante da situação do carro. – Justin assentiu, ele sabia o quanto o acidente foi grande, ele tinha presenciado – Um verdadeiro milagre. – O médico falou batendo nas costas do pai da garota.

– Mas ela está fora de risco mesmo? – John se opôs preocupado.

– Totalmente. – O médico respondeu calmo. Mary colocou a mãos sobre o peito e olhou para cima, agradecendo. - Alias... – Olhou para Justin com um pequeno sorriso no rosto. – Os dois estão fora de risco.

– Os dois? – O garoto olhou estranho para o médico, arqueando as sobrancelhas.

– Sim, porque ainda não sabemos qual sexo é. – Riu. O garoto continuou com a cara estranha para o médico, parecia não ter pegado. John o puxou para perto dele, bagunçando seu cabelo.

– Bieber, você vai ser papai! – O sogro falou rindo. Mary e as meninas pareciam desacreditadas, todos pareciam!

– Eu vou ser pai? – Meio atordoado perguntou, abrindo a boca com as sobrancelhas levantadas. – Eu vou ser pai!!! – Virou e pulou num abraço forte de John num instante. Não continha-se de felicidade. Era tudo demais para ele, não sabia se ficava mais feliz por Nicolle estar bem, ou por ser pai. E por que não pelos dois?



– - -

Tempos depois...

O sol de manhã ultrapassou pela janela, invadindo o quarto do casal. Nicolle despertou devagar, piscando os olhos várias vezes por causa dos raios em seu rosto. Se levantou com cuidado, aquela barrigão de oito meses era linda, só que dava uma trabalheira... Foi até a janela e puxou a cortina, o dia estava maravilhoso, parecia mais ainda por ser a primeira manhã da lua-de-mel deles. Olhou para baixo e o jardim já estava arrumado. Olhou para sua mão esquerda e lá estava a prova de que ontem não tinha sido nenhum sonho, eles tinham se casado. Colocou as mãos nas costas, a barriga estava ficando pesada havia alguns dias, mas Nicolle nem ligava, sinta-se como se aquela dor fosse a melhor de todas. Mal podia acreditar que dentro dela tinha um ser crescendo, que por sinal era muito sapeca, vivia se mexendo. Nisso puxou o pai, com certeza.

Deslizou as mãos na barriga acariciando sorrindo, e sentiu Bárbara chutar. Sorriu, tinha sido a primeira vez.

– Amor – Foi até a cama e tentou o chamar com uma voz suave. – Amoooor... – Colocou as mãos nele para tentar acordá-lo, ainda sussurrando. Justin abriu os olhos devagar e os esfregou, depois parou e ficou olhando para sua mulher em pé na sua frente.

– Bom dia, mamãe. – Sorriu, se sentando e se espreguiçando.

– Ela chutou. – A esposa permaneceu olhando e com as mãos na barriga, sorrindo. O pai colocou as mãos rápido lá também.

– Já começou a ensaiar pra quando for jogar futebol comigo! – Falou a olhando, depois deixou um beijo estalado na barriga, ela riu.

Permaneceram em silêncio, ambos acariciando a barriga e brincando com a ela. Os papais estavam extasiados para ver o rostinho da sua bebê, ainda mal podiam acreditar.

– Está feliz? – Ele perguntou do nada, a olhando e passando as mãos por cima das dela, a puxando para se sentar do seu lado.

– Não poderia estar mais, você está comigo. – A garota sorriu, ele também com aquilo. Chegou perto dela e ficou a olhando fundo, passando as mãos levemente em seu rosto. – E você, está?

– Muito. – Sorriu e a deitou nele com cuidado.

Ele ficou com as mãos apoiadas na barriga dela. Ficava meio bobo em saber que aquela coisinha que estava lá dentro era sua filha e que aquela mulher que ele amava tanto, agora era sua esposa.

– Ela chutou! – Ambos falaram juntos quando sentiram, depois se olharam rindo.

Ficaram daquele jeito por um tempo. Estavam felizes, calmos e com uma tranquilidade imensa na alma. Eles tinham conseguido vencer tudo. Ou quase tudo, porque ainda terá muitas coisas para eles enfrentarem, mas agora eles estavam juntos. E nada conseguirá separá-los, porque eles descobriram que um e o outro tinham a força que os completavam, assim conseguindo ser felizes para sempre.

– Eu te amo. – Nicolle falou espontânea, virando o rosto para ele. Justin ficou a observando sorrindo, a amava tanto que poderia dizer isso a ela milhões de vezes que ainda pensaria que não era o suficiente.

– Eu também. – E selou seus lábios, apaixonadamente.




“Depois de algum tempo, você aprende a diferença - a sutil diferença - entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante. Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos. E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. Que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não parará para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto... Plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.E você aprende que realmente pode suportar e que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.” William Shakespeare


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Notas finais do capítulo

(a musica não é do justin, ahvá, e eu diminui o texto do final p n ficar cansativo saçqwpmsa)
Então gente, gostaram? Espero que sim, de coração! Foi muito, muito bom escrever pra vocês (ja falei isso umas trocentas vezes, mas é verdade!), eu adorei muuuuito o jeito que vocês gostaram dessa história, porque ela não foi planejada pra ser assim e acabou levando um rumo totalmente diferente do que era, e o melhor foi que vocês gostaram! Mano, isso é muito legal.
A fic foi crescendo assim, do nadão e hoje eu olho pros 476 comentários e penso "nossa, como eu consegui isso?!", porque é demais! Muito obrigada à vocês, meus leitores cheios de paciências, que leram ela inteira, é muito importante pra mim. Ai, deixa eu parar de falar porque já falei demais. Deixem comentários falando o que acharam, e serão os últimos, acho que eu vou até chorar lendo por isso (não duvidem) e muito, muito obrigada de novo. Beijo.