Talking To The Moon escrita por juliamoura


Capítulo 1
Heartache


Notas iniciais do capítulo

Desculpa qualquer erro.
Espero que gostem :) beijos, Jú :*



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– Nicolle, cadê você? – Ouvi uma voz estranha vindo lá de fora. Tinha acabado de tomar banho, ainda estava com a toalha. Saí na porta do quarto e não tinha ninguém lá. Ouvi passos pesados vindo da escada, me assustei. Tava sozinha em casa, minha mãe estava trabalhando.

– Quem ta aí? – Perguntei fechando a porta com medo.

– Ah, você está aí... – Era ele. Tranquei a porta, corri para o banheiro e me tranquei lá também. – Abre essa porta, amorzinho. – Dizia sínico.

Deveria estar bêbado, como sempre.

– Nunca! – Gritei do banheiro, começando a me desesperar.

– Certeza? – Ouvi barulho da fechadura. – Mas esqueceu que eu tenho a cópia da sua chave? – Riu debochando. Entrou no quarto. – Ué, ta brincando de esconde-esconde? Não acha que ta grandinha demais pra isso? – Estava começando a chorar alto demais, ele deve ter ouvido os soluços. – Abre a porta do banheiro pra mim, vai, sua biscate! – Não respondi, só fui andando devagar para dentro do box. – Não vai ser por bem, vai ser por mal. – Disse, e em seguida meteu um chute forte na porta. Ela se abriu rápido. – Eu avisei. – Sorriu me analisando. Me desesperei mais ainda. Ele tava com uma garrafa de cerveja na mão, com a roupa toda suja. Nojento.

– Saí daqui, Marcos! – Disse em lágrimas desesperadas. – Sai!

– Está me expulsando daqui? – Veio se aproximando. – Mas eu não vou sair enquanto não ter o que quero. – Olhou em mim dos pés à cabeça e mordeu os lábios. – Tava prontinha pro titio aqui, né? – Abriu a porta do box. – Delicia... – Passou as mãos no meu rosto. Virei.

– Tira. Essas. Suas. Mãos. Imundas. De. Mim – Disse dando espaços em cada palavra, com muito raiva. – Agora! – Dei um murro em seu peito. Ele riu, debochando mais uma vez.

– Pode bater o quanto quiser. – Disse com a boca pertinho do meu rosto, o mau hálito da bebida estava terrível. – Não vai adiantar nada. – Puxou minha toalha.

– SAAAAAI! – Gritei e chorei mais ainda. Ele passou as mãos no meu corpo e começou apertando meus seios. – Me solta... Me larga seu monstro! – Me debati, mas ele me prensou contra a parede.

– Adoro garotas difíceis. – Sorriu sinico e lambeu os lábios. Cuspi no seu rosto. Ele me olhou bravo e me deu um tapa que fez meu rosto virar. O olhei com raiva e comecei a cuspir mais. Ele estava se irritando.

– Para, vadia! – Me jogou na parede e começou a me dar mais tapas no rosto, tava doendo muito. Me jogou no chão. – Não adianta, eu vou te ter hoje. – Tirou a camisa, o cinto, depois a calça. Seu corpo fedia bebida. Tentei me levantar, mas ele me empurrou pro chão novamente. Ficou por cima de mim e pegou minha mão. – Passa aqui, passa. – Passou minha mão sobre sua intimidade, puxei ela com força. Ele riu. – Não quer assim mesmo, né? Então ta... – Apertou meus braços contra o chão, se encaixou nas minhas pernas e me penetrou com força.

Gritei de dor, como doía... Gemia de dor, gritava, me debatia, o xingava, mas nada. Quanto mais eu fazia isso, mais ele me apertava contra e chão e me penetrava forte. Me deu um chupão no pescoço e outro no meu seio. Desgraçado.

Começou a apertar meus seios e a me penetrar com mais força. Tava doendo muito, não parava de gritar.

– Sai de cima de mim, seu filho da pu*a! – Chorava. Ele começou a lamber meus pescoço, nojento.

Chegou ao clímax e saiu de dentro de mim, fazendo questão de jogá-lo no meu corpo. Saiu de cima de mim, riu e me levantou pelos cabelos.

– Você tava muito boa hoje, princesa. – Sussurrou no meu ouvido, me lambeu e me jogou.

– NOJENTO, MONTRO, CAFAGESTE, DESGRAÇADO! – Gritava e o vi saindo do banheiro, me joguei no chão, chorando ainda mais. Meu corpo mais parecia que tinha caído uma pedreira inteira nele. Meu rosto deveria estar vermelho de tantos tapas...

– NÃO AGUENTO MAIS! – Estava praticamente me afogando em lágrimas. Me levantei com dificuldades, liguei a banheira e a deixei ligando. Fui no armarinho, ainda com dificuldades e peguei uma lâmina que eu deixava lá. A peguei e a encarei. Era isso que eu iria fazer.

A banheira encheu, entrei nela e deixei a lamina do meu lado. Afundei minha cabeça e tentei ficar o mais tempo possível lá em baixo. Levantei ofegante e a peguei. Fechei minha mão e fui forçando. Passei a lâmina de leve e sangrou. Ela estava bem afiada. Passei de novo, mas dessa vez mais forte. Fez um corte fundo. Ardia demais, mas eu estava sem forças pra sentir porcaria de dor alguma. Prensei ela novamente nos meus punhos, fazendo outro corte fundo. A água tava ficando avermelhada. Dei murros nos meus punhos e eles estavam ardendo e doendo muito, mas... Quem se importa? Fechei os olhos, me afundei de novo e tentei ficar o mais tempo possível lá. Ouvi uma batida de porta de novo.

Não, por favor, de novo não!

Me levantei correndo e era minha mãe... Ela entrou no banheiro e ficou desesperada.

– FILHA! – Ela gritava. – O que pensa que estava fazendo? – Chorava. Não tive coragem de dizer nada. Meu corte tava sangrando bastante. – Vem, saia daí e venha colocar uma roupa que eu vou dar um jeito nisso. – Pegou uma toalha pra mim e me enrolou nela.

– O que você ta fazendo aqui? – Única coisa que consegui dizer. Ela me olhou e me abraçou.

– Os vizinhos ouviram seu grito e... – Abaixou a cabeça. – E eu vim correndo pra cá. – Me abraçou mais forte ainda, nós duas estavamos chorando. – Me desculpa, querida, me desculpa de verdade. – Ela chorava muito, até mais que eu.

– Você não tem culpa, mãe.

– Tenho sim, toda a culpa é minha. - Me soltou. - Coloque isso no seu braço. – Pegou uma camiseta que tava em cima da cama e ela mesmo a enrolou no meu punho. – Vou pegar uma roupa pra você. – Me sentei na cama, com dor no corpo, no punho, por dentro... Em tudo.

Preferia estar morta, sinceramente.

– Tome, veste isso. – Jogou uma roupa quente. – Nós vamos ao hospital e depois na delegacia. – Concordei com a cabeça. Me deu um beijo na testa. – Vai ficar tudo bem. – Sorriu pra mim, limpando suas lágrimas e depois as minhas. Sorri fraco também.

Aquela mulher era minha vida, meu mundo, meu tudo. A abracei do nada, me bateu uma necessidade muito grande de fazer isso. Ela correspondeu mais forte, parecia entender.

– Vamos, temos que ir. – Disse e me ajudou a levantar.

– Vocês não vão a lugar nenhum. – Olhamos para a porta e Marcos estava parado nela, com os olhos vermelhos de raiva e com uma faca em suas mãos. Minha mãe passou para minha frente.

– Sai daqui, Marcos... – Ela disse e eu aproveitei e fui andando para trás pra pegar meu celular. Soltei um olhar pra minha mãe e me tranquei no banheiro. Disquei o número da polícia. Logo esse pesadelo acabaria.

– Volta aqui, vadia! – Gritou pra mim.

– Não chama ela assim! – Minha mãe gritava desesperada e com raiva.

– Alô, é da polícia? – Perguntei tensa logo que atenderam o telefone.

– Sim, com quem eu falo? – Uma voz masculina respondeu do outro lado.

– Nicolle Campbell. – Respondi mais tensa e com pressa.

– Seu responsável está por perto? – Perguntou não se importando muito.

– Sim, mas se vocês demorarem mais, talvez ela não esteja. – Respondi irritada e com medo do que poderia acontecer lá no quarto.

– Qual a rua? – Dessa vez perguntou com mais vontade.

Passei o nome e o número da rua, e eles disseram que estavam vindo. Amém.

Ouvi gritos. Corri para o quarto.

– Me solta, seu psicopata! – Minha mãe gritava e Marcos estava em cima dela com a faca apontada pro seu peito.

– NÃÃÃÃO! – Gritei desesperada quando o vi enfiando a faca no peito dela.

Meu mundo parecia estar desmoranando em camera lenta... Ela olhou pra mim devagar e eu corri até ela, meio sem forças.

– Nicolle, sai da... qui – Dizia com fraca e com dificuldades. Tentou passar a mão no meu rosto, comecei a chorar mais. – Sai, daqui... Eu te... amo. – Virou o rosto para o outro lado e seu braço caiu no chão, com tudo.

– MÃE, NÃO! MÃE, VOLTA, POR FAVOR! MÃÃÃÃE!! – Estava me desesperando e me ajoleei no chão com lágrimas fortes de tristeza, me joguei em cima do seu corpo a abraçando. – MÃE, POR FAVOR, VOLTA! MÃE.. – Ouvi a sirene da polícia. – Viu? Você vai apodrecer na cadeia, seu monstro, crápula, psicopata! – Gritei descontrolada, cheia de raiva. Abracei minha mãe fortemente e ele saiu do quarto correndo.

Não tinha mais forças pra chorar, meu mundo estava acabado.

Ouvi a porta lá de baixo ser aberta com força.

– Mãos para cima, agora! – Ouvi lá em baixo. Depois disso dois policiais homens e uma mulher entraram no quarto.

– Oh, meu Deus! Você está bem? – Ela perguntou se ajoleando no chão, preocupada.

– E você acha que eu estaria? – A olhei chorando, depois olhei para minha mãe. Não a soltei em momento algum, e a abracei mais forte ainda. – Mãe, volta, por favor.. Eu preciso de você... – Sussurrava. Não estava enxergando nada de tanto choro...

– Venha, vamos te tirar daqui. – Ela disse me levantando.

– NÃO! EU QUERO FICAR COM ELA! – Gritava desesperadamente enquanto ela me levantava e me tirava de longe dela. – ME SOLTA! MÃÃÃE!!

Depois disso não vi mais nada.




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Notas finais do capítulo

Eu sei, deve ter ficado ruim e tal, mas me desculpem, foi o primeiro. ): Mas se alguém gostou e quiser deixar reviews eu serei muito grata! *-* Obrigada por lerem. Beijos, até o próximo capitulo. :*