Garota Americana escrita por Natii_C


Capítulo 3
Capítulo 3 - Mil e uma enrascadas


Notas iniciais do capítulo

Demorou, maas chegou!
Boa leituraa, galeriinha!



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Sério mesmo, cara. Eu ainda não tinha entendido porque Jake não havia me agarrado a força, Bem, ele meio que fez isso, mas foi de um jeito diferente. Ele sabia se comportar. Não era atrevido nem nada disso. E se tinha alguém atrevida aqui, era eu. Mas veja o meu lado também: o cara era lindo, maravilhoso, um verdadeiro deus grego. Você perderia essa chance? Não sei, mas eu não perdi. Mesmo sendo toda esquisita e tudo o mais, não consegui resistir. Era como se ele tivesse um ímã que me atraia até ele.

Não vou negar que o beijo foi perfeito porque realmente foi maravilhoso. Sentir o gosto dele era a melhor coisa que eu já havia provado em minha vida. Fiquei até meio sem fôlego.

-Uau! - ele disse. Sua expressão era de surpresa e de quem havia gostado. Ele até deu um sorrisinho de lado. Nossa, como ele sabia seduzir! Ri sozinha dessa idéia.

-Ai, Jacob, desculpa, desculpa. Sério mesmo, cara. Não queria ter feito isso. É que foi por impulso, sabe? Me perdoa, vai?!

-Te perdoar pelo quê? - ele parecia viajar. Nem deu muito moral pro que eu disse.

-Ei, do beijo, claro, mané.

-Ah, tá. Por isso nem precisa me pedir desculpas, Bella. Eu adorei.

-Tá falando sério?

-Lógico que estou. Eu não sou de mentir. Adorei o seu beijo, apesar de ter me pegado um tanto desprevinido... Mas, tudo bem. E olhe só, eu não sou mané coisa alguma, viu?

-Hum, sei.

-O que quer dizer com isso? Não acredita em mim?

-Sinceramente?

-Sim.

-Não.

-Por que fez isso então, Bella?

-Não sei, Jacob. Me deu uma vontade. Foi por impulso. E, além do mais, o que você iria querer com uma garota esquisita que nem eu? Nada, n-a-d-a! Olhe só pra mim: toda desengonçada, feia... Nem sei me vestir direito.

-E acha mesmo que isso me importa? - acenei que sim com a cabeça - Como você é infantil, Bella. Pensei que fosse mais madura. Acho mesmo que me enganei. - ele abaixou a cabeça. Caramba, quando é que vou deixar de complicar as coisas? Ele parecia estar tão na minha e de repente, pá, por causa de uma burrada minha, ele não me quer mais - Sei lá, sabe? Você é muito estranha mesmo. Eu concordo contigo. Só que essa sua história de achar que eu não te mereço não vai mais colar. Esquece isso. Você é tudo o que eu sempre quis. É a menina que eu procurei todo esse tempo. Ficar perto de você é a melhor coisa que faço da vida. Eu não quero te perder, muito menos pelas idiotices que você vive dizendo.

Eu, sinceramente, não sabia o que fazer. Tudo o que Jacob me disse foi lindo. O problema é que eu tinha medo de acreditar naquelas palavras. Tantas vezes eu já havia me iludido com os homens que houve até uma vez que prometi a mim mesma que nunca mais ia me apaixonar. Por isso mesmo é que banco sempre a durona.

E o problema é que agora não dava para ser durona. Jake era diferente. Durante todos esses anos, nenhum homem conseguira amolecer meu coração. E veja só, Jacob tinha sido capaz disso. Por que, Deus? Por que isso? De novo, não!

-Jacob, não te conheço direito. Não dá pra acreditar no que diz.. Me desculpe. Eu gostaria muito de acreditar no que diz, mas é que já aconteceram e acontecem tantas coisas na minha vida que eu não sei mais o que fazer.

-Isso quer dizer que não vai ...

-Sim, isso mesmo, não vai rolar nada entre nós dois, pelo menos não por enquanto. Eu não sei. Te peço mil desculpas, não é exatamente isso que eu quero, mas...

-O que você quer, exatamente, Bella? - ele parecia não acreditar no que eu dizia.

-Que eu te quero muito, só acho que não é hora. É cedo demais.

-Cedo demais? Tudo bem. Eu não vou ficar aqui, dando uma de otário. Você sabe o que quer da vida, o que tá fazendo. Quem sabe você não enxerga o verdadeiro caminho, só espero que não seja tarde demais.

Jacob saiu dali, sem nem ao menos me dirigir o olhar. Me senti constrangida. Na real, quando é que eu seria capaz de fazer uma coisa certa? O cara estava ali, na minha, pelo jeito muito apaixonado por mim, só que eu ... pá!, acabei com tudo. Ok, ok, como eu realmente sou uma idiota de carteirinha.

-Pode me deixar em casa, pelo menos? - perguntei. Não dava para ir a pé e sozinha para casa. Estávamos muito longe. Nem mesmo o celular dava sinal ali na colina.

 -Claro. - o seu tom era seco e rude. Engoli aquela resposta em seco; sabia que agora não falaríamos um com o outro durante a viagem.

 Dessa vez, Jacob parecia correr mais do que antes, como se tivesse nojo em estar perto de mim. É, ele tinha completa razão, eu mesma estava com nojo.

Quando cheguei em csa, minah votnade era de me matar. Me esconder do resto do mundo. Fazer que nem um avestruz, sabe?, enfiar a cabeça num buraco e nunca mais sair dali.

 -Isabella Marie Swan, onde é que você se meteu, pestinha?

-Será que isso te interessa mesmo, pai? - perguntei, sem ânimo nenhum para discussão.

-Sim, me interessa e muito. Ligaram do seu colégio dizndo que você aprontou mais uma. Saiu com um moleque estranho, que nem conhecia nem falou nada a ninguém.

-Uau! Yeah, acho que ao invés de gastar todo o seu tempo com seu servicinho barato de policial, devia mesmo era ser um médium ou coisa do tipo, sabe?

-Garota, com quem você pensa que está falando?

-Com meu pai?! - levantei uma das minhas sombrancelhas. Sério mesmo, esse papinho do meu pai sempre ter que se meter na minha vida pessoal é um saco! - Agora dá licença que eu tenho um monte de coisas pra pensar.

-Não, não senhora, mocinha. Nós vamos ter uma conversa de adultos.

-Desculpa, mas não me inclu no seu conceito de adulto. - sai pisando forte.

-Se sua mãe estivesse aqui, tudo seria diferente.

É, realmente seria diferente, mas é claro que para melhor. Minha mãe sempre soube quando fazer e o que fazer. Ela me entendia, sabia como era e isso me fazia bem. Por isso e tantos outros motivos é que eu sempre a amai.

Mas deixei de amá-la tanto quando ela me traiu. E não foi uma traição qualquer. Não foi só a mim também que ela atingiu. Quem mais sofreu com tudo isso foi meu pai. Me lembro das noites em que ele gritava o nome dela: ''Leah, Leah, não me deixe. Ele não te merece. Sou eu quem te faço feliz. Não vá, por favor. Não me deixe sozinho aqui.''. Meu pai ficou um bom tempo em depressão, teve até que fazer uns tratamentos. Essa foi a época mais difícil. Como sempre, nossa família era o assunto da cidade e vivia sendo bombardeada por comentários horrorosos. Chegou uma época em que todos se afastaram do meu pai, porque diziam que ele estava ficando maluco e que por isso tinham medo dele. Outros, só pelo fato de ele ter sido trocado por um cara de apenas 20 anos. E olha que nessa época, minha mãe já tinha seus 40 e poucos anos. Uma verdadeira vergonha para meu pai. Uma humilhação, na verdade, ser trocado por uma muleque, um garoto. Desde então, nunca mais tive notícia alguma da minha mãe. Parece que ela me esqueceu. Não veio mais me procurar, mesmo sabendo que moro no mesmo lugar de sempre. Nem sequer me ligou. E nem sabe o quanto isso me dói, o quanto me consome o ódio que tenho por minha mãe.

Subi para meu quarto.

As lágrimas começaram a escorrer quente pelo meu rosto.

Queria ser forte, acabar com todo o meu sofrimento, poder fazer o que sempre fiz: levantar a cabeça e fazer de conta que nada tinah acontecido. Só que dessa vez, tudo era diferente. Não tinha forças, não era forte. A dor me consumia. Meus problemas me consumiam. E eles se resumiam a três palavras: Jacob, Leah e Charlie.


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Notas finais do capítulo

To postando o proximo capitulo amanhã mesmo, eu acho. Espero que tenham gostado!Beijiinhos !;*



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