Recomeçar escrita por Dulce amor


Capítulo 3
Capítulo 2 - Parte 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/137177/chapter/3

P.D.V - ROSE


Fechei meus olhos e cai na inconsciência. eu estava numa escuridão sem fim, mas pelo menos aqui eu não sentia dor .a única coisa que eu conseguia fazer era pensar.
Eu tinha coragem para morrer ali? Eu estava mentindo para mim  quando dizia a mim mesma que não poderia viver sem ele? E a Lissa...?  E os outros ? E meus pais ...? De fato eu nunca havia pensado na possibilidade de uma vida sem dimitri. Nunca, antes da minha vida virar uma bagunça, eu havia tentado imaginar esse quadro. Contudo, aqui estava eu... Desesperada, Magoada e frente ao fantasma da ausência dele, perdida sem o calor daquele amor que era meu . Eu via os rostos dos meus pais se alternarem frente a meus olhos, se acendendo e se apagando como uma lanterna distante, um farol que tentava me guiar de volta pra casa. Mas eu não conseguia, mais que isso...

Talvez eu não quisesse voltar para um lugar onde não houvesse ele, o som da sua voz quando me chamava de Roza, o cheiro quente que me envolvia e me embalava por completo. Eu queria pensar em meus pais, em meus amigos. Eu queria retribui o amor dos meus pais, as duas pessoas no mundo que nunca me machucariam e de um tempo pra Ca sempre estão la por mim, parecia injusto retribuí-los dessa maneira, mas o egoísmo  de não querer mais sentir o que eu estava sentindo, era maior que qualquer anseio altruísta.

Existe um momento, quando se está mergulhado em intensa dor física e mental, que sua mente começar a buscar saídas, você só pensa em maneiras de aliviar a dor, de livrar seu corpo daquele tormento que se espalha e se mistura até não se poder ver nada além da morte, até não se desejar nada além da inércia definitiva.

Sim, eu estava sendo  egoísta e covarde, eu podia conviver com isso desde que essa dor aliviasse

desde que eu me visse livre do peso sobre meus ombros. Cada pensamento se alternava em minha mente como ecos reverberando num cômodo vazio, chocando-se contra as paredes do meu cérebro, misturando-se ao som fraco do meu coração.

Mas depois de um tempo eu comecei a ouvir vozes de pessoas desesperadas. Eu tentava entende-las mais não conseguia elas falavam rápido demais e eu não queria ouvir as vozes eu queria o silencio era melhor pra pensar, mas depois de mais um tempo eu percebi que eu não podia ceder eu tinha que lutar contra essa dor .tinha pessoas que eu magoaria profundamente se eu fosse embora. Mais as vozes foram embora e o silencio voltou só que dessa vez não voltou sozinho eu juro que podia ver dimitri na minha frente no meio da escuridão gritando comigo, me falando as mesmas coisas que eu não queria mais ouvir. Então eu começava a grita de volta, mas em questão de minutos ele sumiu. Eu olhei para os lados para procurá-lo, mas só avia escuridão... mas ele sempre voltava de tempo em tempo. Ele sempre aparecia e gritava as mesmas palavras que tanto me machucavam.

Mas uma certa vez eu ouvi uma voz muito familiar ela estava chorando eu sabia disso porque a voz dela estava falhando enquanto ela falava...

- filha mamãe ta aqui, seu pai também esta aqui ele esta muito preocupado com você, meu anjo abri seu olhos, por favor, não vai embora, fica aqui com a gente. Seus amigos estão preocupados com você meu amor. Ta me ouvindo ? Fica aqui eu não sei viver sem você.

Eu sabia que estava magoando uma das pessoas que eu mais amo esse mundo, apesar de tudo que aconteceu com nos duas eu amava a minha mãe e eu queria abrir meus olhos e Le dizer que eu não iria a lugar algum que ficaria ali perto dela e do meu pai, eu não queria que eles ficassem preocupados comigo então eu lutaria por eles eu não queria deixá-los e eu não iria.

P.D.V – LISSA


Minhas aulas acabaram por hoje, sai da sala e fui direto a enfermaria ver como Rose estava.
Abe estava no lado de fora do quarto e ele encarava o chão senti meu coração se apertar.
Corri em direção a ele e comecei a tagarelar toda vez que eu ficava nervosa eu tagarelava

- senhor Mazur aconteceu alguma coisa ? Ela ta bem ? -perguntei ajustada
- nada de senhor Mazur pra você, me chame só de abe lissa e ela esta bem. -disse ele me olhando
- que susto - disse aliviada
- a Janine queria conversar com ela a sós, então eu sai pra ela pode conversar com a Rose -me disse ele

- então ela já acordou ?
- ainda não Lissa desculpe – disse-me ele olhando pro chão de novo
- ela vai ficar bem senhor quer dizer abe, ela vai sair dessa
- espero que sim Lissa, pode ter sido pouco tempo que eu fiquei sabendo que era o pai dela, mas eu já a amo mais que tudo nesse mundo. Eu só queria que ela soubesse disso
- ela sabe disso. Bom então é melhor eu ir, tenho que fazer uma coisa hoje ainda
- tudo bem, quando ela acorda vou pedi pra alguém te avisar
- obrigada
- disponha

E com isso eu sai de La e fui procurar o responsável pela minha amiga esta na enfermaria... caçei dimitri em cada parte da academia e nada então me lembrei que ele e Rose costumavam  treinar no ginásio então fui ate La quando entrei ele estava sentado em um colchão no meio do ginásio lendo um de seus livros, cheguei perto dele e pequei o livro de suas mãos e o fazendo olhar pra mim


- o que foi ? -perguntou ele
- o que você dize a ela - eu falava quando rosnando

- falei o que ? Pra quem ? -perguntou ele confuso
- Pra Rose o que você disse pra ela quando você foi conversar com ela ?
- La vem você de novo, lissa se for pra falar sobre a Rose estou fora -me disse ele me virando as costas e indo em direção a porta
-VOCE SABIA QUE ELA QUASE MORREU ? SABIA QUE ELA TENTOU SE MATAR POR SUA CAUSA ? -gritei pra ele
- o que ? -ele me perguntou no mesmo estante ele virou e ficou de frente pra mim
- ela cortou os pulsos - respondi friamente
- ela fez o que ? - disse ele chegando perto de mim
- você me ouviu ! Ela tentou se matar por sua causa. Eu Le pedi para você ir conversar com ela e não para quase matá-la. Como você pode dimitri ! Ela ama você mais que tudo nesse mundo e o que você faz ? a machuca desse jeito, agora ela ta La inconsciente ligada a aparelhos e com agulha em seu corpo. Olha dimitri o que o amor dela por você a levou.

- lissa eu não sabia, como ela ta ? -perguntou ele nervoso, percebi que ele tinha medo em seus olhos
- ela esta bem de uma certa forma, ela fica agitada às vezes, mas ainda estamos esperando ela acordar. Realmente você não merece a pessoa maravilha que esta deitada na aquela cama. Você não merece o amor dela. -minha palavras eram como gelo de tão geladas
- lissa... - ele começou a dizer, mas eu o cortei
- eu não quero saber de nada dimitri, só quero que você saiba se acontecer alguma coisa com ela a culpa vai ser sua. Você não sabe a dor que os pais dela estão passando e o medo dela ir embora. Se a Janine e o abe sonharem que ela tentou se matar por sua causa eu nem quero pensar o que eles farão com você.
- lisa... - ele tentou falar, mas foi interrompido de novo
- LISSAAA -gritou Eddie entrando no ginásio
- oi Eddie o que foi ? Aconteceu alguma coisa com ela ? -perguntei indo em sua direção
- ela acordou - me disse ele
- vamos lá então - eu disse morrendo de alegria por minha amiga finalmente ter acordado

E com isso saímos correndo em direção da enfermaria.

P.D.V - JANINE

- filha mamãe ta aqui, seu pai também esta aqui ele esta muito preocupado com você, meu anjo abri seu olhos, por favor, não vai embora, fica aqui com a gente. Seus amigos estão preocupados com você meu amor. Ta me ouvindo ? Fica aqui eu não sei viver sem você - eu disse a ela esperando que ela pudesse me ouvir.

Fiquei segurando sua Mao enquanto fazia carinho em seu cabelo, ela dormia tão tranqüilamente eu só conseguia ficar olhando seu rosto. ela já estava assim a 2 longos e dolorosos dias o medo de perde-la era quase insuportável,depois de alguns minutos parei de fazer carinho em seu cabelo e encostei a minha cabeça na minha Mao livre que estava encostada na cama dela...fechei meu olhos e deixei minha mente vagar.

Alguns minutos depois senti ela mexer os dedos na Mao que eu segurava. levantei minha cabeça na mesma hora e olhei pra ela , ela estava com olhos apertados como se estivesse fazendo força pra abri-los mas depois ela os abriu e novamente os fechou com força novamente ,ate então só fiquei parada olhando pra ela. Ela tentou de novo e dessa vez não os fechou de novo, ela olhou em volta dela entanto entender onde ela estava e depois seus olhos pararam em mim.

- mãe -sussurrou ela com a voz rouca
- oie meu anjo, que medo você me deu, não faça mais isso comigo -eu disse a ela chorando
- mãe não chora, não gosto de ver você assim -disse ela me puxando pra perto dela e me abraçou

- desculpa por isso mãe -me disse ela agora chorando também
- tudo bem só não me faça passar por isso nunca mais na sua vida
- mãe cadê o meu pai ? Eu lembro que você me dize que ele estava aqui -ela me dize enquanto eu limpava as lagrimas no seu rosto.
- você estava me ouvindo ?
- eu ouvi tudo o que você me disse  -ela me disse me tanto um meio sorriso
- vou chamar seu pai sei que ele esta louco pra ver você acordada novamente
- quando tempo eu fiquei..... Inconsciente ? -ela me perguntou confusa
- 48 horas, já volto vou chamá-lo -disse a ela e fui em direção a porta do quarto dela.


Abri a porta e abe não estava ali então fui ate a sala de espera e o vi sentado olhando pro chão. Fui em sua direção e coloquei minha Mao em seu ombro e ele levantou a cabeça e olhou nos meus olhos.


- ela acordou -eu disse a ele Le tanto um sorriso
- deus, obrigada senhor -disse ele se levantando num pulo


Então voltamos pro quarto da nossa filha. Enquanto não chegávamos nos fomos conversando

- não sabia que você era religioso -perguntei rindo

- e não sou, mas nessas horas eu me agarro a qualquer coisa -me disse ele feliz


E com isso chegamos ao quarto abri a porta e vimos Rose olhando para o tubo em seu braço e fazendo uma careta.

- com medo de uma agulha ? -Le perguntei rindo
- que susto ! E isso não é só uma agulha, deus ainda bem que eu não senti isso
-  Rosemeire Hathaway tem medo de agulhas -disse abe rindo e indo em direção a ela
- pai apesar de não parecer eu também sinto medo -disse ela abraçando abe
- minha florzinha não faz mais isso comigo, você quase me matou do coração -disse abe que agora estava sentando do lado dela na cama

- desculpa pai -disse ela olhando pra baixo
- eii ! não quero você triste alias Janine a lissa esteve aqui quando eu estava La fora e Le disse que quando a Rose acorda-se eu iria pedi para alguém ir avisá-la
- tudo bem eu vou chamá-la


Sai do quarto e esperei em Eddie.


- oie Eddie -disse e ele rindo
- oie guardiã Hathaway, vim ver como a Rose esta
- ela acordou há alguns minutos e você pode me fazer um favor?
- que bom ! E é claro que sim, pode fala ? -disse ele sorrindo
- você pode procurar a lissa a avisar que a Rose já acordou ?
- é pra já - me disse ele se virando e indo em direção a porta

E com isso eu voltei pro quarto de Rose, abri a porta e ela estava com a cabeça apoiada no ombro de abe enquanto ele falava com ela
- ei ! por que essa carinha ? -disse chegando perto da cama e sentando nos pés da cama dela
- nada mãe -me disse ela com um meio sorriso
- que bom que você acordou -disse a medica entrando no quarto
- quando você vai tirar esses negócios de mim ? - Rose perguntou a ela apontando para o tudo de baixo de seu nariz e depois para os do seu braço
- bom vim te livrar de um -a medica disse rindo da careta que Rose deu
- por que você não pode tirar todos ? -ela perguntou caidinha
- vamos com calma

- eu realmente odeio enfermaria toda vez que eu venho pra Ca alguém tem que me agulhar -disse ela
- Janine e abe você podem esperar um pouco La fora ? -nos perguntou a medica
- claro - disse abe se levantando


E com isso nos saímos do quarto, alguns minutos depois a medica saiu do quarto com o tubo que Rose usava de baixo do nariz na Mao.


- podem entrar agora, mais tarde vou lá dar uma olhada nela -nos disse ela
- tudo bem -respondi a ela


Entramos no quarto novamente e Rose estava ainda fazendo um careta


- que foi meu anjo ? -perguntei indo pra perto dela

- eu quero sai daqui -disse ela olhando pra suas mãos
- tudo há seu tempo baixinha -disse abe voltando a sentar onde ele estava
- esse bip ta realmente começando a me irrita -disse ela olhando pro a parelho
- a medica nos dize lá fora que mais tarde ela vem aqui ver você -eu Le disse
- que ótimo -disse ela com um olhar triste
- Rose......o que aconteceu ? Porque você se cortou ? -perguntei a ela e ela enrijeceu na mesma hora. Ela demorou um pouco pra responde
- mãe... eu...não quero falar sobre isso, por favor não me obriga a falar -me respondeu ela com os olhos se enchendo de água
- tudo bem mais depois nos três vamos ter que conversar sobre isso -eu Le disse e ela desfiou o olhar


- ROSE ! -disse Lissa entrando no quarto e Rose deu um pulo de susto

- que susto ! -disse olhando pra Lissa
- desculpa não quis te assustar -disse ela a Rose a abraçando
- e você nunca mais me assusta desse jeito, pensei que iria perder você -disse Lissa chorando
- para de chorar Lissa, você sabe que vai ficar cheia de rugas de tanto chorar -Rose disse a ela a fazendo ri
- ha minha amiga ta de volta - disse Eddie rindo
- oie Eddie - ela disse


Fiquei observando ela, ela podia estar sorrindo mais não era um sorriso feliz e sim um sorriso melancólico como se estivesse fazendo um grande esforço para colocado ali. Dava pra ver a tristeza dela em seus olhos apagados, eles não brilhavam mais como antes, alguma coisa tirou a alegria dela. eu ainda não sei o que aconteceu mais eu vou descobri.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Recomeçar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.