Gunslinger escrita por Kuran Yuuki


Capítulo 8
Victim


Notas iniciais do capítulo

Olha olha, outro chapter pra vocês avengers do meu coração!
Pequeno, mas legalzinho.Vou postar mais depois, beeajs.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/136643/chapter/8

            - Matt - chamei-o de volta. Ele se sentou ao meu lado enquanto eu me levantava para sentar também - vou te contar o que aconteceu.

            Dito isso, contei sobre a breve conversa que eu e Steve Walker tivemos, e a cada palavra o olhar de compreensão e susto se tornavam mais claros. Ele havia entendido aonde eu queria chegar.

            - Então o que você tá me dizendo é que ele pode ser o seu... - Matt sussurrou, surpreso.

            - Isso mesmo. Steve Walker pode ser meu pai.

            Chapter 8 - Victim

            - Kylie, isso é muito sério cara! - Matt disse, levantando-se bruscamente da cama - Você tem o direito de saber a verdade, se é que tem algo pra ser descoberto ali.

            - Eu sei que tem algo, M. Tenho certeza - disse me levantando. - Vou tomar um banho pra ver se essa dor melhora.

            - Tá, eu vou lá fazer pipoca e trazer um refrigerante para nós dois assistirmos um filme. - Matt disse, saindo porta a fora. Sabia que ele queria falar mais sobre isso, mas ele iria respeitar meu espaço.

            Steve Walker, um homem que eu nunca havia visto na minha vida. Meu pai. Não seria possível, não poderia ser verdade. E se fosse realmente verdade, por quê? Por que esconderam de mim uma coisa tão pessoal como isso? Por que mentiram durante tantos anos?

            Por quê?

            Eu não conseguia digerir tanta informação em tão pouco tempo. Resolvi seguir pro banheiro e tomar meu banho, deixaria esses assuntos para amanhã. Ou pra depois. Ou pra nunca mais.

            Entrei no chuveiro quente, sentindo um pequeno ardor em minha pele, mas nada que me fizesse diminuir a temperatura. Tomei um banho longo, tranquila. Saí do chuveiro sentindo minha cabeça ainda doer muito, e me troquei com uma das minhas muitas peças de roupa que havia no closet do Matt.

            - E a cabeça? - Shadows me perguntou assim que pus meus pés fora do banheiro.

            - Nada - resmunguei em resposta, me jogando na cama. Ele se sentou ao meu lado, colocando uma vasilha com pipocas e uma garrafa de Coca-Cola no criado-mudo ao lado da cama.

            - Você deveria ir ao médico - Matt disse, meio que tentando me convencer. Ele sabe o quanto eu detesto médicos e hospitais.

            - Acho que tenho que trocar meu remédio pro braço. - comentei distraída.

            - Remédio pro braço? - ele perguntou, confuso.

            - Nunca te contei sobre isso?

            - Não. Conte-me.

            - Eu sinto muita dor no braço direito após tocar violino, então um médico me indicou um analgésico que faria parar durante um determinado tempo. Deve estar perdendo o efeito.

            - Quer dizer que tocar te trás dor?

            - Não sempre. Geralmente nas sextas meus músculos queimam muito, porque toquei durante a semana toda. Vai chegar um dia que eu não vou mais poder tocar.

            - Que horror - Matthew disse, tocando meu rosto com carinho.

            - Me acostumei com a ideia. - respondi, sorrindo para ele de forma segura. E eu me sentia assim - Então, que filme vai ser?

            Steve POV

            4:00 a.m.

            E nada do sono vir.

            Eu estava confuso, sentindo-me um completo idiota. Por que eu havia tratado a garota daquela maneira tão rude? Se eu fosse realmente o pai dela, não deveria agir dessa forma. Afinal, que culpa ela tinha nessa história? Foi um erro meu, e um erro da Joanne.

            Pai de uma Steele.

            Martelavam várias hipóteses na minha mente, nenhuma parecendo se encaixar como uma história coerente.

            Não era verdade, TUDO se encaixava. Eu só não queria enxergar a verdade que insistia em se esfregar na minha cara.

            - Por que não foi dormir Steve? - perguntou uma voz doce e feminina, fazendo-me sobressaltar.

            - Não consigo dormir, Amanda - respondi para minha esposa. Ela me conhecia bem demais para não notar minha inquietação.

            - Aconteceu algo no jantar de hoje, não é? - ela perguntou, me abraçando por trás. Sabia que a verdade explodiria a qualquer momento, então eu deveria contar para ela. Mas não tinha coragem de resolver nada com a cabeça cheia.

            - Aconteceu sim, mas é algo que eu quero resolver primeiro antes de te contar - respondi, virando-me e a abraçando mais forte. Seguimos para o quarto e nos deitamos. Poucos minutos depois, consegui dormir.

            “Eu caminhava por um dia claro e quente, podia sentir o calor dos raios de sol acariciando minha pele. Olhei para o céu e vi que ele estava muito azul, aquele típico clima de verão pairando no ar. Estava numa rua residencial, que reconheci como a minha antiga rua, quando eu ainda morava no subúrbio de Londres. Não era um daqueles subúrbios de hoje em dia. As casas eram simples, mas bonitas e bem cuidadas. A grama verde e bem aparada da casa da esquina chamava minha atenção. E eu sabia quem morava lá, e sabia que estava sonhando. Sempre sei quando estou.”

            "Ela estava sentada na grama, olhando para o lado. Seus olhos verdes brilhavam de uma forma encantadora, seus cabelos loiros caiam em ondas perfeitas pelas costas.”

            "Joanne.”

            "Ela observava uma pequena garota, com os seus dois ou três anos, tão ruiva quanto eu, com os mesmos olhos. A pequenina corria feliz, tomando alguns tombos, nada que a fizesse chorar. Olhando do lugar onde eu estava, dava para perceber que era uma criança tranquila. Uma sensação quente tomava conta de mim, do meu coração. E a menininha olhou pra mim de repente. Seus olhos tão iguais aos meus me fizeram estremecer. E a garota sorriu, com seus pequenos dentinhos brancos a mostra para mim, um completo desconhecido.”

            "- Papai! - a garotinha gritou com a voz doce e infantil, correndo em minha direção, os braços abertos. Agachei-me pronto para sentir os pequenos braços da criança ao meu redor." Com um solavanco repentino, voltei à realidade.

            - Steve! Steve! - Amanda dizia - São 10 da manhã, levante-se.

            Sentei na cama e senti meu corpo suado. Eu sabia quem ela era, a garotinha dos meus sonhos. E sabia o quão mal eu havia tratado essa mesma garotinha. Levantei e em silêncio fui tomar um banho gelado, ainda sentindo aquele sentimento tão caloroso que eu sabia muito bem o que era. Foi o mesmo sentimento que eu tive quando Amanda me disse que estava grávida dos meus filhos. O mesmo, mas mais forte; mais humano. E durante o banho eu resolvi o que deveria fazer.

            Eu lutaria quantas guerras fossem precisas para saber da verdade. E venceria todas elas se soubesse que como premio eu receberia aquele sorriso outra vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Disse que era pequeno, né ?Enfim, gostaram ? Bem fofo né ?
Comeeeeeeeentem por favor, e se puderemdar uma recomendaçãozinha (rs")
Beajs pra vocês.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Gunslinger" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.