Imperfect Life escrita por larah16, annylopez


Capítulo 4
Vergonha


Notas iniciais do capítulo

Bom, aí vai mais um fresquinho...demorei para postar mais aqui está. Alguém está lendo a história? Porque não recebi nenhum review..é triste postar para o nada..rs. Vamos lá gente, não custa nada comentarem, nem que seja um 'Eu to lendo. Posta Mais' hihi.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/135255/chapter/4

Bella PDV

Presente...

Olhei o relógio em meu pulso, e as horas marcavam oito e meia. Bom, ainda tenho algum tempo. Deitei na cama, encostando as costas na cabeceira e esticando as pernas, e passei algumas páginas do diário, parando em quando eu comecei a ter consciência do que eu realmente estava passando. Que foi quando eu comecei a ouvir brigas constantes dos meus pais...quando eu tinha mais ou menos treze anos.. passei o dedo pela página e comecei a ler..

Bom diário..

Eu não estou nada feliz com o que vem acontecendo...

[...]

Passado...

Eu estava na sétima série da escola e minha irmã tinha seis anos. Eu e ela íamos para a escola e nossos pais iam trabalhar. Uma fase onde as odiosas espinhas começavam a aparecer de pouco a pouco, e pra melhorar eu também usava aparelho. Foi uma fase em que eu estava me descobrindo e em que eu comecei a realmente encarar os problemas de frente. Eu até estaria feliz se eu continuasse apenas a ser escrava da minha mãe. Mas pra ela não bastava...ela queria controlar a minha vida e os meus sonhos também.

Ela sempre queria além de eu fazer TODAS as coisas da casa, que eu fizesse todos os trabalhos da escola, e ainda no fim do dia, tinha que ouvir as suas reclamações sobre os patrões. Era uma dominação completa. E eu, como uma filha obediente, sempre seguia suas ordens e agüentava todo o resto calada. Mas uma coisa que eu não gostava, era que ela controlasse os meus sonhos.

Eu queria ser bióloga. Sempre fiquei fascinada por pesquisas genéticas, e meu maior sonho era conseguir descobrir uma cura para uma doença fatal, tipo a AIDS. Mas minha mãe dizia que isso não dava dinheiro, e que eu nunca ia conseguir emprego que prestasse nessa área. Então, ela queria me obrigar a ser qualquer outra coisa, que desse dinheiro é claro. Ela só pensava nisso, dinheiro pra gastar aqui, dinheiro pra gastar ali. E nunca, nunca se cansava ou se sentia satisfeita.

- Mãe, eu tenho que ir na escola fazer um trabalho. – falei, descendo a escada.

Ouvi a porta do quarto dela abrir e logo ela falou.

- Já arrumou a casa?

Bufei.

- É claro mãe.

- Então vai, mas não demora não. Quero comer a sua comida hoje. – a porta se fechou.

Bufei contrariada, segurando a maçaneta da porta. Como se eu não fizesse comida todo santo dia.

- Tá bufando, Isabella? Peraí, deixa eu descer aí que eu te pego!

Abri a porta com cuidado e saí. Assim que coloquei o pé para fora, corri até o portão. Para minha sorte só estava encostado, puxei num movimento rápido voltei a correr. A escola ficava a poucos quarteirões da minha casa. Só parei de correr quando eu virei na esquina da escola. Eu tinha soado demais, minha roupa estava toda colada e meu cabelo todo desgrenhado. Naquele momento eu parei e pensei.

Eu não vou pra escola desse jeito.

Estaquei no lugar onde estava e comecei a dar passos lentos para trás sem me virar. Lembrei que andar para trás dava azar. Eu não era supersticiosa, mas virei só por precaução.

- Oi, Bella. Que bom te encontrar aqui. Vamos, assim chegamos juntas. – Ângela falou, me puxando pelo braço.

- Não...err – comecei a falar.

- O que foi? Aconteceu alguma coisa?

- Não...não foi nada não. – falei e sorri torto.

- Então vamos, as meninas já devem estar esperando.

Andamos até a escola em silêncio. Nenhuma de nós falava muito. Principalmente eu, que era muito tímida e por isso eu me mantinha reservada, com meu pequeno grupo de amigas, a Jéssica, a Victória e a Ângela.

- Chegaram as duas atrasadas! – falou Jéssica com as mãos na cintura. – Anda logo que eu não tenho o dia inteiro, eu vou ao shopping com minha mamis, então...

- Aii tá bom Jess...não pode ficar ao menos um dia sem ir, não? – falou Ângela ao meu lado.

- Nem preciso responder né, honey. Pra quê que serve o shopping se a gente não pode ir lá comprar? – ela falou, jogando os cabelos loiros para trás, espalhafatosamente.

- O shopping não vai fugir do lugar se você tirar um dia apenas para se concentrar e realmente fazer alguma coisa de útil. – Ângela falou, um pouco nervosa.

Jéssica, esse era o tipo exato de menina mimada e arrogante. Não pensava em nada além do próprio umbigo. E quando ela precisar de alguma coisa que envolva inteligência, a única coisa que ela vai fazer é chorar por não ter aprendido nada na vidinha medíocre e mimada que ela leva.

Tá, parei.

- Isabellaaaaaaaa!!! – Victória gritou, balançando os braços na minha frente – Acorda garota. Credo, ela só vive nos ares. – ela falou para a Jéssica.

- Tão nos ares que esqueceu até de tomar banho foi querida? – Jéssica perguntou, debochada.

- Eu..não, é que...é que eu vim correndo de casa até aqui..

- Correndo do quê? Eu acho é que os outros que deviam estar correndo de você, porque olha só o seu estado! Você já é feinha e ainda anda desarrumada desse jeito... – Jéssica falou e depois caiu na gargalhada.

Eu apenas fitei as minhas mãos e senti o sangue queimar as minhas bochechas. As meninas continuavam a rir, parecendo hienas.

- Não é? Olha, você podia andar melhorzinha, sabe...porque de rosto você já é feia, o resto então nem se fala... – Victória juntou-se.

- Hahahahaha...como é que os meninos falam mesmo? – Jess fingiu pensar – Ah é...dentadura de titânio! – e caiu na gargalhada, junto com a Victória.

- Cabelo de vassoura!

- Saracura!

Eu ergui minha cabeça, com lágrimas nos olhos e fitei-as com raiva e uma dor profunda que chegava a doer: traição. Esse sentimento era insuportável.

- Obrigada pelos elogios...amigas. – falei, enfatizando o que ela já não podiam ser mais.

Voltei a correr. Mas dessa vez eu corri sem rumo pelas ruas desertas da cidade e acabei chegando na avenida que dava acesso ao parque central. Um lugar que eu gostava muito de ir quando tinha aulas vagas ou mesmo quando não tinha aula, só pra não ter que ir pra casa.

Pisquei me livrando das lágrimas que caíam livres pelo meu rosto e molhavam minha roupa. Andei pelas árvores até chegar em um banco. Sentei e deixei que as lágrimas tornassem a cair, mas dessa vez eu chorei com vontade, porque era a última vez que eu derramava alguma lágrima por aquelas idiotas, que eu julgava serem minhas amigas.

Dane-se.

Quem vai me perder são elas. Eu não mereço ficar naquele grupinho popular, só pra me tornar visível. Eu não preciso delas. Eu me bastava a mim mesma.

Limpei as lágrimas do meu rosto. Eu não iria mais chorar por aquelas corjas. Não valia a pena. Eu tinha muitas outras coisas com o que gastar minhas lágrimas preciosas do que com aquelas infelizes.

- Posso me sentar? – ouvi uma voz dizer.

Abri meus olhos e vi Ângela já se sentando ao meu lado. Quando eu ia começar a falar ela me interrompeu.

- Não fica assim. Escuta, eu falei com elas...eu disse que você não merecia ouvir aquilo e, principalmente vindo delas...não liga para o que elas falaram, tá?

- Eu não ligo. Eu quero é que elas se explodam. – falei, amargurada – E você, o que veio fazer aqui? Por que se foi pra tirar onda..a minha paciência já se esgotou por hoje.

- Não, eu não vim pra isso. Eu só vim pra saber como é que você está..

- Você já viu...agora pode ir lá contar pra elas que eu estava chorando e continuem a zombar de mim...

- Eu não preciso disso. Eu não gosto nem um pouco dessa brincadeira, até porque eu sei o que você está sentindo, eu já passei por isso. Eu vim por você...você não pode deixar elas falarem o que quiserem e ficar calada.

- E o que eu faria?

- Você tem que se impor...só assim elas vão parar mexer com você. Foi assim que eu deixei de ser o alvo de pegadinhas como esta.

A fitei por um momento, avaliando a sinceridade daquelas palavras. Depois, eu apenas assenti com a cabeça.

- Obrigada.

- Não fica assim não. Elas não merecem uma lágrima sua. Que tal darmos uma volta aqui?

Fazia um tempo bom na bela New York City. Em plena época da primavera, quase chegando o verão, com a época de férias chegando e com ela o calor, até que estava bom. Mas até as provas finais chegarem, ainda era um tempo bom. Eu não gostava muito do calor. Na primavera a temperatura mal chegava aos 20° e para mim bastava. Na próxima semana teríamos as provas finais e logo em seguida, as férias. Andamos pelo parque conversando sobre várias coisas.

- Mas então...você gosta de algum menino da escola? – Ângela perguntou de repente, descaradamente.

- Ahh, e-eu..cê sabe né – murmurei fitando o chão, enquanto a gente entrava em uma sorveteria.

- Humm, aí tem..quem é?

- Aiii não...eu não vou falar.

- Vai, fala. Deixa de vergonha mulher. – brincou.

- Ai tá...é o Mike...pronto, falei.

- Nossa, o capitão do time? Até que ele é bonitinho.

- É, é sim. Mas ele nem me dá bola. Ele tem vários períodos de aula comigo, mas acho que nunca me notou.

- Ah, mas aí você quer né. Você tem que se soltar, ficar escondida não resolve nada.

- Me soltar como? Esqueceu que eu sou tímida?

- E daí? Tá mais do que na hora de você jogar essa timidez fora...você pode muito bem dar um jeito de falar com ele.

- Mas...tipo o quê?

Eu sempre gostei do Mike. Aliás, que garota não gostava dele? Ele era o capitão do time de futebol da minha escola, tinha um porte atlético, um sorriso lindo, e os olhos de um azul perfeito. Era normal todas as garotas se sentirem atraídas por ele.

E assim a gente seguiu conversando. Ângela me ensinou alguns truques, e me avisou para me arrumar em casa. Ela era uma boa amiga. Estávamos conversando tranqüilas até que eu perguntei as horas.

- O que? Já são cinco e quarenta? Aii nãooo. – passei as mãos pelo cabelo imaginando a minha mãe me esperando com um cinto na porta de casa. – Eu tenho que ir. Amanhã a gente se fala. – falei já saindo da sorveteria.

- Não esquece o que a gente combinou! – Ângela gritou lá da porta.

- Tá!

Cheguei em casa, engolindo em seco. Minha mãe ia me matar. Tudo por causa daquela maldita dieta que ela faz, ela tem que comer sempre na hora certa. E quem era obrigada a fazer a comida?

Argh, que ódio!

Entrei em casa devagar. A sala estava vazia e a casa num silêncio mortal. Dei a volta pelo sofá e fui direto para a cozinha.

- Fez o trabalho, Bella? – minha mãe perguntou, se virando do fogão onde eu pude sentir o cheiro de comida.

- Err...e-eu..

- Eu fui atrás de você, e suas amigas me disseram que você tinha saído correndo...e eu encontro você lá na sorveteria?!

Engoli em seco, sem ter o que dizer.

- Olha Bella, eu não quero você saindo daqui pra fazer trabalho e ao invés disso ficar rondando a cidade, tá me entendendo? – ela disse, apontando o dedo na minha cara.

Lá vem outro sermão.

- Tá, mãe. – falei, um pouco estressada e já sabendo o que ouviria a seguir. Eu bem já conhecia aquela história de cor. – Você não sabe o que aconteceu, então não me julgue.

- Tá mãe nada! Eu não preciso saber o que aconteceu, eu te vi na sorveteria e pronto. Você sabe que não chega a lugar nenhum sem estudo! Vai se tornar uma pobre, inútil e sem futuro! Olha só pra mim. Sou obrigada a trabalhar na casa dos outros para sobreviver.

Revirei os olhos.

- Não faz assim, Isabella. Você sabe que o que eu estou falando é sério..

- Tá bom, mãe! O que eu menos quero agora é escutar seu sermão sobre como sua vida foi difícil. – murmurei, me virando para ir para o meu quarto.

- Ê garota, você me respeita. Você ainda vai passar pelo que eu passei. Eu só espero que não seja tarde demais quando você quiser dar a volta por cima.

Subi as escadas e entrei no meu quarto, trancando a porta. Liguei meu mp3 que ganhei de presente no meu último aniversário e coloquei minhas músicas preferias para tocar no último volume.

Em meus últimos anos eu tinha mudado bastante. Meu gosto por música tinha se intensificado. Tinha mudado fisicamente também, é claro. E também tinha agüentado coisa demais da minha mãe, tudo calada.

Eu não sei o que ela pensava de mim. Eu sempre fui boa na escola, sempre ajudei nas coisas de casa, mas ela sempre achava algo para me aporrinhar. Mas agora bastava. Eu vou correr atrás dos meus próprios sonhos. Cansei de tentar ser o que ela quer, agora era hora de eu seguir a minha própria vida.

Não desci quando ela chamou para jantar. Fiquei em meu quarto ouvindo música e escrevendo em meu diário. Hábito que eu peguei há alguns anos atrás e agora eu escrevia frequentemente. Ele era meu amigo secreto, pra quem eu contava meus segredos mais íntimos.

Tomei um banho, sentindo meu estômago roncar. Desci para pegar algo para comer com meu fone do mp3 em um ouvido só e encontrei minha mãe ainda sentada na cozinha, pensativa. Fui até a geladeira e peguei um copo de água. Ouvi ela suspirar.

Ai não, lá vem ela de novo.

Música: Linkin Park – Numb

- Bella...eu sei que você deve estar cansada dos meus sermões, mas é para o seu bem. Se coloca no meu lugar...veja tudo o que eu passei..eu não quero o mesmo pra você...

Eu apenas assenti com a cabeça, enquanto bebia minha água. Nessa hora, começou a tocar uma música do Linkin Park...que de uma certa forma a letra falava tudo o que eu estava passando.

Linkin Park – Entorpecido

Estou cansado de ser o que você quer que eu seja
Me sentindo tão sem fé, perdido sob a superfície
Não sei o que você está esperando de mim
Colocado sob pressão
De andar sob seus passos


- Você pode ser tão bem-sucedida...pode ser uma médica renomada...uma produtora...ou quem sabe até uma dona de uma empresa mega importante. Você tem que pensar alto, Isabella.

(Pego pela contra-corrente,apenas pela contra-corrente)
Cada passo que eu dou é mais um erro para você
(Pego pela contra-corrente,apenas pela contra-corrente)

Refrão:
Tornei-me tão entorpecido
Não posso sentir você aqui
Me tornei tão cansado,
Muito mais consciente
Me transformo nisso,
Tudo o que eu quero fazer
É ser mais como eu sou
E menos como você é

- Porque tudo o que eu faço é um erro pra você? Porque simplesmente você não me aceita do jeito que eu sou?

- Isabella eu não quero que você se perca minha filha – ela passou as costas da mão na testa e avançou em minha direção. A música entrava em mim como um líquido preenchendo um corpo vazio. Ela segurou forte em meus braços. – Pensa minha filha, você está jogando a sua vida fora!

Você não pode ver que está me sufocando?
Me segurando tão apertado,
Com medo de perder o controle
Pois tudo o que você pensou que pudesse ser
Caiu por terra bem na sua frente
(Pego pela contra-corrente, apenas pela contra-corrente)
Cada passo que eu dou é mais um engano para você
(Pego pela contra-corrente, apenas pela contra-corrente)
E cada segundo que eu desperdiço é mais do que eu posso ter


Tornei-me tão entorpecido
Não posso sentir você aqui
Me tornei tão cansado,
Muito mais consciente
Me transformo nisso,
Tudo o que eu quero fazer
É ser mais como eu sou
E menos como você é


- Eu não estou jogando a minha vida fora! – falei nervosa. Suspirei, buscando a calma. – Eu não vou ser como você, tudo o que eu faço é porque eu quero seguir o MEU caminho.

E eu sei
Que eu posso terminar fracassando também
Mas eu sei que
Você era exatamente como eu
Com alguém desapontado dentro de você

Tornei-me tão entorpecido
Não posso sentir você aqui
Me tornei tão cansado,
Muito mais consciente
Me transformo nisso,
Tudo o que eu quero fazer
É ser mais como eu sou
E menos como você é
Tornei-me tão entorpecido, não posso sentir você aqui
(Estou cansado de ser o que você quer que eu seja)
Tornei-me tão entorpecido, não posso sentir você aqui
(Estou cansado de ser o que você quer que eu seja)

Ela soltou meus braços, e voltou a sentar na mesa. Peguei uma maçã na fruteira, enquanto minha mãe falava, olhando para mim.

- Eu só espero que você saiba o que está fazendo. Mas saiba que eu não vou deixar você se perder...eu vou te colocar na linha.

Eu olhei pra ela e murmurei saindo de volta para o meu quarto.

- Eu vou saber o que fazer, mãe. Na hora eu vou saber.

Passei no quarto da Adriana e a encontrei já dormindo. Sentei ao seu lado na cama e fiquei olhando seu belo rosto angelical e me perguntei o que será que ela achava de tudo isso. Deixei meus pensamentos de lado e fui deitar.

Fechei a porta do quarto e me joguei na cama, pensando no que a minha mãe estava pensando ao dizer que ia me colocar na linha. Nesses últimos tempos, ela só vem brigando com meu pai. Pouco, mas que pelo jeito das brigas parecia que eles discutiam há algum tempo. Não eram mais briguinhas escondidas...agora eu podia ouvir eles discutindo livremente na sala. E isso me dava medo, porque era um sinal de que as coisas não iam bem.

Me dava medo pelo que poderia acontecer, já bastavam as brigas que eu tinha com a minha mãe. Eu sentia um clima muito ruim em casa. Meus pais já não convivem tão bem como antes. E eu nem poderia deduzir mais nada, já que eu nem via mais o meu pai, e a minha mãe sempre estava com a mesma expressão carrancuda de sempre.

Mas o que fazer? Nada, porque o universo não gira só em torno de mim. Eles que deviam se acertar.

Renée PDV

Se essa garota pensa que vai sair por cima, ela está muito enganada. Ela que se prepare porque ela vai ter que fazer o que eu quiser. Não tive uma filha bastarda para ficar lerdando em pesquisas idiotas. Ela tinha que aprender o verdadeiro significado do que é batalhar por um futuro bom.

Será que ela não vê que é para o bem dela?

Eu tenho me sacrificado e me humilhado, tendo que trabalhar de empregada e ela querendo fazer esse joguinho de ‘seguir os meus sonhos’.

Nunca tive uma vida ‘normal’, desde pequena tive que aprender a me virar sozinha sem meus pais. Eu só quero que ela tenha um caminho pelo qual seguir quando eu já não estiver mais aqui. Um caminho que será ditado por mim, e não por aquela insolente e impetuosa. Ah se eu coloco ela nos eixos, ou eu não me chamo Renée!

Edward PDV

Estava na frente da escola, conversando com Jacob, meu melhor amigo. Conheci ele através do time de futebol, e a partir daí nos tornamos bons amigos. Ele sabia ouvir, e juntos nos entendíamos.

- Eu só não agüento mais sabe, cara. Ela é grudenta demais..ás vezes acho que ela só está comigo para se exibir. – falei.

- Eu não sei...você pode estar certo, pode estar errado. Mas eu só sei de uma coisa: você tem o poder em suas mãos. Se não quiser mais ficar com ela, então termina, ora. – Jacob disse.

- Você sabe como a Tânia é, Jacob. Não vai ser tão fácil assim.

- É, isso é verdade.

Suspirei.

- Mas relaxa, cara. Alguma hora você vai saber como sair dessa.

Eu espero. Sinceramente eu espero que sim.

Meu namoro com a Tânia tinha dado certo, no começo. Mas depois eu acabei me enganando por achar que ela realmente gostasse de mim, quando na verdade ela só queria ter fama por ser a namorada do ‘capitão’ do time de futebol. E eu não acho nada legal ficar sustentando fama para ninguém, ainda mais quando eu mesmo já não agüentava toda aquela atenção.

As meninas vivem pegando no meu pé. Não que isso não seja bom, mas é que cansa. Eu sou aquele tipo de homem que gosta de meninas simples, e que me façam sentir algo á mais do que só atração. E realmente eu acreditava que algum dia a mulher certa iria aparecer.

Pelo menos eu esperava por isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então...a Bella começou a enfrentar a mãe...quem vocês acham que está certa? A Bella ou Renée?E agooooora sim...o Edward apareceu na história!!O que acharam??!Mandem reviews pessoal! Deixa a preguiçinha de lado. kkk.Beeeeijos da LoLa!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Imperfect Life" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.