Poemas Sangrentos escrita por Davi Mello


Capítulo 1
Poemas Sangrentos




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POEMA SANGRENTO I - SINO DE NINGUÉM

Lá vem o garoto, com saltos e gritos,
Estende o braço, assopra o assobio,
Balança o sino, lança-o na velha,
A velha xinga, o moleque se aborrece.
“Pra cama moleque, ninguém te merece!”

Lá vem o garoto, com lanças e agulhas,
Sorri com sarcasmo e o gato perfura.
O gato grita, a morte lhe espera,
O garoto o chuta, e é gato na janela!

Lá vem o garoto, tossindo e latindo,
Aproxima-se a moça com um sorriso lindo,
O garoto capeta cospe na loira feia,
Garoto sapeca, foi parar na cadeia!

Lá vem o garoto, sacudindo as algemas,
Passou o guarda recitando um poema,
O garoto o enforca,
E foge da cela com um bom esquema.

Lá vem o garoto, zomba do mendigo,
O maltrapilho fedido se sente ofendido,
Abre sua blusa, retira uma arma,
Aperta o gatilho! Garoto leva um tiro.

Lá se foi o garoto, largado na grama,
A velha dá risada, o gato não reclama,
A moça lhe agride com uma rama,
Enquanto isso em seu peito, o sangue se esparrama.

POEMA SANGRENTO II - SÍNDROME PSICO

Queria jogar basquete com uma cabeça humana,
Larçar alguém às navalhas, perfurar os olhos com um graveto,
O sangue escorrendo em linha reta feita de giz,
Ou talvez, esguixando feito um chafariz.

Queria torcer seu corpo,
Ver seus membros se partindo,
Seus órgãos se rasgando
O sangue caindo em suas pernas, dedos, braços e cabeça voando.
Enquanto assisto seus vestígios com um cacchoro os consumindo.

Queria abrir sua boca até deslocar seu queixo,
Quebrar seus dentes com martelo
Enquanto preparo a serra elétrica,
Corta-te ao meio feito uma fatia de queijo.

Quero arrancar sua língua,
Rasgar seus lábios,
Furar sua garganta
E costurar sua boca enquanto a beijo...

Ninguém mandou namorar um psciopata,
Pensamentos insanos, desejos sanguinários...
Corra ou se mata!
Ou estará em minha sala como um enfeite...
Ou melhor, pelo menos o que sobrar de ti,
Dentro de um aquário.


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