Casal de Piratas escrita por Kori Hime


Capítulo 1
Um casal para o bando


Notas iniciais do capítulo

A historia é bem passa-tempo. Mas achei divertida. Não tem beijos e pegação não. Então pode ler que ta tranquilo. Um dia eu escrevo algo bem hot, mas por enquanto eu os vejos ainda como meus bebês ♥ hehehe



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/132611/chapter/1

– Vocês sabem? Vocês sabem? – O capitão entrou em fúria na cozinha do navio, como se fosse a hora do almoço, jantar, ou qualquer outra refeição que ele fazia . Mas dessa vez, Luffy não estava atrás de comida. Não que ele fosse recusar se alguém lhe desse, mas ele acabara de almoçar, então estava mesmo cheio. Bastante. E deveria então estar dormindo, mas não estava. – Quem é o casal de ladrões do mar?

– Casal de ladrões do mar? Do que você esta falando? – Sanji tirou o cigarro da boca, soltando a fumaça para cima, enquanto esperava a massa dos pãezinhos ficar pronto para amassar mais um pouco e então fazer os moldes para o chá da tarde das mulheres do navio. Os pães para os homens estavam pronto já, e dentro do armário trancado a chave, para que nenhum morto de fome atacasse antes da hora.

– No jornal da Nami. Tá escrito la que um casal de ladrões fugiu para o mar. Será que eles são pirata? – Luffy estava empolgado com a notícia que a ruiva dera, e mal ouviu o final da reportagem do jornal, entrou na cozinha feito um furacão. Ele se sentou na cadeira ao lado de Robin, que tomava seu café preto, e lia um livro grosso qualquer, sem nem se mover diante a euforia do capitão. A mulher continuou lendo.

– Um casal pirata esta saqueando ilhas? – Sanji deduziu, mas não era bem isso. Embora para Luffy se empolgar com algo que ele achasse incrível, bastava apenas uma palavra ou ação.

– Não é demais? Eles devem ser piratas muito fortes. – O garoto olhou para a arqueóloga e esperou ela dizer alguma coisa. Quando viu que era ignorado, tombou a cabeça para o lado, olhando Robin de perfil. – Hein? Robin. Você sabe alguma coisa desse casal de piratas?

– Não. – ela disse por fim, bebericando a xícara de café com canela que Sanji preparara para ela como fazia toda a tarde após o almoço.

– Que pena. – o capitão balançou o corpo em cima da cadeira, quase fazendo ela tombar para trás. – Eu quero um casal de piratas no navio.

Sanji engasgou com o cigarro, ao ouvir o desejo do capitão. Ergueu o braço, balançando a mão agitadamente, dizendo que ele faria o sacrifício de formar um casal com sua Nami-swan ou a querida Robin-chwan. Mas Luffy não gostou muito da ideia. Ele saiu da cozinha, dizendo que iria pensar em quem deveria ser o casal do navio, e foi seguido por Sanji, com um olhar em forma de coração pra cima do amado capitão, afim de que ele o escolhesse.

Nesse momento, Zoro entrou na cozinha, perguntando o que estava acontecendo. Ele acabara de almoçar e foi dormir, mas sentiu muita sede, e incomodava bastante dormir com sede.

O espadachim tentou ignorar a empolgação dos dois que passara por ele, mas acabou se rendendo a curiosidade, pegando uma garrafa de rum, sentando-se ao lado de Robin na mesa.

A sede dele não era bem de água, pelo visto.

– O que aconteceu com o cozinheiro? – Perguntou, pensando melhor no que dissera. – Esquece, ele é idiota sem motivos. – Virou a garrafa de rum na boca, bebendo.

– O capitão esta empolgado com o casal de piratas que anda saqueando Vilas.

– Casal de piratas? Não conheço nenhum. – Zoro enrugou a testa, tentando puxar na memória alguma situação como essa.

– Não é bem um casal de piratas. Eu li sobre isso na última ilha que paramos para abastecer o navio. É um casal que se disfarça de pirata para saquear lojas. – A morena virou a página do livro, sem tirar os olhos da sua leitura, continuou falando o que sabia. Zoro mexeu a cabeça, para ler o que tanto ela olhava naquele livro. Só viu o título do capítulo, que falava sobre expedições.

A arqueóloga achou melhor não falar para o capitão o que sabia, porque assim perdia a graça. Ela gostava de vê-lo animado com alguma coisa.

– Então esse casal é uma fraude? – ele balançou o corpo, projetando-o para frente e para trás, fazendo um impulso para se levantar. – Vou contar par ao Luffy então.

– Não vai adiantar.

Robin estava certa. Do lado de fora, Nami tentava explicar a ele que aquele casal, não eram piratas de verdade.

– Mas você também não era. O Zoro, a Robin, o Franky, o Usopp– 

– Hey! Eu sempre fui pirata. – Usopp se intrometeu na conversa, cruzando os braços zangado.

– E eu também não era pirata. Não é mesmo? – Chopper estava ao lado do capitão, que sorriu para ele.

– Tá! Já entendi. Nenhum de nós éramos piratas antes. – Usopp olhou para a navegadora, esperando que ela se corrigisse, mas Nami nem deu bola. – Mas esse casal que anda saqueando as ilhas, não é um casal de piratas. Entendeu? Não vai trazer dois ladrões para dentro do navio.

– Olha quem fala. – Usopp desviou do soco de Nami, mas não o de Sanji, que mandou ele não ser abusado com sua Nami-san.

– Obrigado, Sanji-kun. – Ela acenou, fazendo-o derreter-se todo. – Luffy, me promete que não vai atras desses dois?

– Tudo bem. Eu tive outra ideia.

O capitão ordenou que todos se reunissem no convés do navio, pois ele teria um importante comunicado a fazer. Todos ficaram lá esperando ele voltar. Franky o ajudou a trazer uma lousa, onde escreveu alguns garranchos. Tava meio difícil até mesmo para Robin decifrar aquilo.

Ele andou de um lado para o outro, apontando a colher de pau que roubara da cozinha, na lousa.

– Que palhaçada é essa? – Nami já não aguentava mais esperar, quando Luffy parou de andar, como se estivesse marchando como um soldado da marinha.

– Atenção a todos. A partir de hoje, teremos um casal de piratas nesse navio. Então seremos conhecidos pelo mundo todo...

– Mas você já é bem conhecido, olha a sua recompensa. – Zoro bocejou, descruzando os braços, e indo se deitar ali em algum cantinho. Luffy pôs a mão no queixo, pensativo.

– Zoro está certo, então eu não posso ser o que fará par com alguém.

– Nem ele. – Sanji sorriu, apontando para o espadachim que já estava dormindo no chão, vendo que as chances aumentaram para seu lado.

– Isso tudo é uma grande perda de tempo, Luffy. – Nami se levantou da cadeira, indo para o quarto. Fazia algum tempo que não desenhava, e estava com várias anotações para alguns mapas. Ela pediu para Chopper ir junto, assim poderia tirar algumas dúvidas sobre a saúde mental do capitão. Estava ficando preocupada.

Usopp e Franky tinham mais o que fazer também, ambos trabalhavam juntos num projeto. Sobrando então três pessoas. Quatro com o Capitão.

Robin estava de costas para todos, observando atenta o mar. Ela então se virou, vendo todos se afastarem, deixando Luffy falar sozinho.

A morena se aproximou dele, conseguindo então decifrar o que estava escrito no quadro. Eram grupos de nomes separados por colunas, um era o nome dos homens, o outro as mulheres. Abaixo os animais, depois os Ciborgues.

Robin abriu um sorriso, com as observações de qualidades e defeitos de cada um membro do navio exposto no quadro.

– Então, eu sou a mulher que caça coisas antigas? – Ela levou a mão ao queixo, mantendo o sorriso sereno nos lábios. Luffy a olhou, feliz, por ela ter entendido. Não foi muito difícil, embora a arqueóloga estivesse já acostumadas com línguas desconhecidas. – Acho que fui a única mulher que sobrou para participar.

– Sério Robin? Você quer mesmo? – Luffy abriu seu sorriso mais animado, e os olhos mais brilhantes, desde aquele monstro marinho que ele vira há uns dois dias.

– Agora precisa apenas de um outro membro. – Eles dois se viraram, e viram Sanji chutar as pernas de Zoro, por estar deitado no meio do caminho. 

Não tinham muitas opções.

Chopper avistou uma ilha logo a frente A primeira coisa que fez foi correr de um lado para o outro atrás de Luffy para contar a novidade. O capitão chegou rapidinho, perguntando a Nami se eles estavam mesmo seguindo as pistas do casal de piratas.

A navegadora soltou o ar pela boca, fazendo sua franjinha voar pro alto. Ela pegou o mapa e, segundo o trajeto que traçou, é possível que eles estivessem ali. Já que as ilhas possivelmente saqueadas formavam uma linha reta.

– Perfeito. Vamos ver qual casal é melhor pirata. – Luffy ergueu o braço para o alto, com as mãos fechadas, animado.

– Ou, quais piratas formam o melhor casal. – Chopper fez a observação, desnecessária para o capitão, que logo em seguida chamou seu casal escolhido.

Robin estava lendo seu livro, tomando café, ainda era cedo, eles haviam acabado de terminar o café da manhã, porém a morena não sentiu fome, por isso só foi para a cozinha quando todos terminaram, ao menos um café preto e forte, ela beberia.

Sanji preparava alguma coisa para ela comer, mesmo a arqueóloga não tendo feito nenhum pedido especial. Mas nos últimos dias ele estava mais atencioso do que nunca. Ou, um verdadeiro carrapato grudento e apaixonado como era sempre com as mulheres.

Sei.

– Minha querida Robin. – Ele aproximou-se na mesa, com um prato na mão, servindo-a com alguns bolinhos confeitados. – Fiz especialmente para minha doce e bela cúmplice.

Robin fechou o livro. Não estava acostumada a ser tratada daquela forma, pois sempre teve de fazer tudo por si só. Nunca houve alguém que lhe fizesse nada, um agrado, carinho, essas coisas. E era um pouco estranho isso. Apesar de ser divertido. De qualquer forma, não tinha por que não aproveitar aquela gentileza. O cozinheiro parecia sempre querer mimá-la. E quem não gosta de um mimo de vez em quando?

Sanji sentou-se ao lado dela, com as mãos no queixo, hipnotizado pelos grandes olhos azuis da arqueóloga. Depois, correu para pegar um guardanapo e entregar a ela, quando sujou o canto dos lábios com o recheio cremoso do bolinho.

Ouviram então a voz do capitão, chamando pelo casal do bando.

Sanji foi primeiro, pois Robin disse que iria guardar suas coisas. Já imaginava que não teria mais tempo para ler nas próximas horas. Luffy parecia mais animado do que o normal com aquela ideia. As vezes não havia muita coisa para ele fazer no meio do mar, então era bom ele se ocupar com coisas assim, pelo menos não dava tanto trabalho para seus nakamas.

Robin estava na porta do quarto, já havia guardado o livro e suas anotações. Ela retornou somente para trocar a blusa que vestia, percebendo que deixara derramar café, era melhor lavar logo para não manchar, pois a blusa amarela com estampa florida que vestia não era dela, e sim de Nami.

Vestiu uma camisa regata branca, e aproveitou para por uma calça. Dobrou a blusa de Nami para lavar, e quando saiu do quarto, deparou-se com o espadachim escorado na madeira, de braços cruzados, como se estivesse a esperando.

E estava. Mas ele negaria se perguntassem.

– Veio me chamar? – Robin tentou passar, mas com Zoro no meio do caminho, não iria conseguir. Então parou na frente dele, cruzando também os braços, ainda com a blusa na mão.

– Não. – ele respondeu sério, na verdade parecia emburrado. – Eu não vou compactuar com essa ideia absurda. Você ficam dando ao Luffy o que ele quer, e por isso a gente sempre acaba se dando mal...

– Ah! Claro. – Robin sabia que Zoro era o primeiro a dar corda pro capitão. – Esta enciumado? – Robin sorriu, brincando com o espadachim. – Não precisa ficar com ciumes, não farei nada com Sanji-kun. – A morena piscou os olhos, quando Zoro fechou a cara, e descruzou os braços irritado com a piadinha de mal gosto.

– Esquece, eu não vou falar nada. – Ele saiu, alegando que aquilo era uma grande besteira, e que não sabia onde estava com a cabeça de ter entrado para um bando de piratas tão estranho. 

Ele sempre dizia isso.

Robin ouviu seu nome ser chamado novamente, agora de um jeito mais escandaloso. Ela foi, antes que Luffy quebrasse um pedaço do navio para alcançá-la mais rápido. E não duvide de que ele não fizesse isso.

Não demorou muito para chegarem a ilha. O lugar não era muito grande. Havia uma rua principal depois do porto, bem humilde. Várias lojinhas espalhadas, junto a barraquinhas que vendiam todo tipo de coisas. Os tripulantes do bando saíram do barco, deixando Zoro como vigia, já que ele parecia muito bravo sobre qualquer coisa que não queria falar.

Luffy mandou Sanji e Robin irem passear por aí, e quem sabe encontrar o outro casal. Os dois foram, mas não sabia ainda qual era a finalidade daquilo porque Luffy não explicou muito bem o que era pra fazer. Ele iria desafiá-los para alguma luta, talvez? Ou apenas tirar uma foto. Não se sabe, mas fizeram o que o capitão tanto pediu. Enquanto isso, ele foi com Chopper, Usopp e Franky, buscar tudo o que Nami escrevera numa lista. A navegadora aproveitou para procurar algum lugar onde pudesse tratar os cabelos e as unhas.

Sanji acendeu um cigarro, dando o braço para Robin, que aceitou prontamente. Eles caminharam por alguns minutos, até Robin encontrar uma loja de chapéus. Sanji fez questão de levá-la. Ficaram ali por um tempo, até ela escolher o que ela mais gostava, e o cozinheiro pagar.

Não adiantou a arqueóloga dizer não para ele. Porque o cozinheiro não iria jamais deixar a bela dama pagar algo em sua presença.

Passaram pelo salão onde Nami fazia as unhas e arrumava os cabelos, a ruiva estava pondo loucas as mulheres que trabalhavam ali.

– Robin-chan, podemos parar um pouco? Talvez beber alguma coisa.

– Claro. Acho que não vamos encontrar nada diferente aqui.

Havia uma cafeteria ali perto, pela janela grande de vidro dava para ver as mesinhas bem postas la dentro e algumas pessoas aproveitando o lugar. Sanji e Robin entraram, e se acomodaram numa mesa um pouco mais afastados da porta. Logo uma jovem veio lhes atender, eles fizeram o pedido e ficaram a sós mas uma vez. Um de frente para o outro.

Sanji deu-lhe um sorriso, e esticou as mãos para segurar as da morena, que recuou um pouco, mas no fim deixou que ele as pegasse. Nessas horas, Robin ficava totalmente desconcertada, porém sequer parecia desconfortável com a situação.

O pedido chegou, Sanji experimentou o chá de amora, era muito bom. Robin também gostou. Sanji aproveitando o momento, perguntou mais sobre a vida da arqueóloga.

Ela respondeu as curiosidades dele sem problemas, até perceber que o lugar ficou um pouco mais movimentado. Sanji também percebeu, mesmo porque, sentiu um perfume tão doce no ar, que foi impossível não resistir olhar para o lado que vinha aquele aroma.

A jovem de cabelos loiros estava sentada de costa para eles, numa das mesinhas, do outro lado, um homem alto, mesmo sentado dava para perceber que ele era bem grande. A atendente anotou os pedidos deles, e em seguida deixou-os a sós.

Quando Robin viu, Sanji já estava com aquele olhar abobalhado. Ela balançou a cabeça, sorrido.

O homem na outra mesa se levantou, deixando a loira sozinha. Robin também se levantou, alguma coisa naquele casal parecia estranho. Eles não tinham cara de quem frequentavam lugares como aquele, não que não pudessem. Mas combinavam mais com um bar do que uma cafeteria.

– Eu já venho. – Ela avisou ao cozinheiro.

Robin seguiu o homem até o lado de fora, ele aprecia procurar alguma coisa nos bolsos, talvez... talvez fosse a pessoa que estavam procurando.

Segundo as noticias do jornal, o casal sempre se separavam uma certa hora, para depois aplicar o golpe, roubo ou o que fosse.

A arqueóloga se aproximou um pouco mais do homem. Ele estava vestindo uma calça marrom escuro, bem surrado, e camisa aberta no peito. Haviam cicatrizes, Robin pode ver quando ele se levantou.

Ela arregalou os olhos quando viu o homem sacar uma pistola do bolso da calça e apontar para cima. Imediatamente a morena usou seu poder e segurou o homem nas pernas, nos braços, e tampando-lhe a boca. Ele caiu no chão, desequilibrando-se com o susto.

Robin pensou se Sanji também não percebera que a mulher lá dentro da cafeteria fosse a tal pirata. Mas logo que viu pelo vidro da cafeteria, ela soltou o ar pela boca, virando os olhos. Era de suspeitar que Sanji estivesse gamado pela loira.

– Seus cabelos parecem fios ouro de tão brilhantes e dourado.

A loira corou, com o elogio.

Robin arqueou a sobrancelha, pigarreando ao lado da mesa. Sanji a olhou, com cara de bobo. O que era normal sempre ver. Apresentou as duas logo depois de se levantar da cadeira ao lado da garota.

Ele só percebeu algo estranho, quando a loira gritou, pedindo socorro quando viu seu namorado largado no chão, preso por vários braços.

Todos foram ver, agitados. Sanji tirou um cigarro do bolso e o acendeu com o isqueiro, olhando para Robin, entendendo o que acontecera.

– Bom trabalho Robin. – Ele assentiu com a cabeça, soltando a fumaça. – É uma pena, essa jovem é tão bonita.

– Seus malucos o que fizeram com ele? – A garota loira se levantou do chão, onde tentava inutilmente tirar uma das mãos de Robin da boca do namorado. – Ele não fez nada, só foi la fora fumar.

– Fumar? – Robin franziu a testa.

– É! Aqui dentro não pode fumar. – ela apontou para a placa dentro da cafeteria.

– Eu não vi. – Sanji riu sem graça, mexendo nos cabelos, apagando imediatamente o cigarro depois que viu a cara feia da garçonete. – Então vocês não são piratas?

– Piratas? Ficou louco? Eu tenho cara de pirata por acaso, seu idiota. – A garota pareceu mais demoníaca do que quando Nami estava brava.

Sanji sacudiu as mãos, tentando se explicar. Robin livrou o rapaz de seus braços, ele se levantou mostrando o isqueiro que era em formato de pistola.

Ops. A velha brincadeira do isqueiro.

Eles saíram da cafeteria, Robin e Sanji, depois de pedirem desculpas pelo mal entendido. Mas poderia ser um erro cometido por qualquer um. Sanji até argumentou para animar Robin, se bem que ela não estava nem um pouco preocupada com a confusão.

Estava ouvindo um barulho estranho, vindo dali de perto. Não! Estava se aproximando cada vez mais.

A morena virou-se, olhando a confusão que se formava ali a diante. Sanji também olhou, e reconheceu quem eram as pessoas que vinha correndo e gritando.

Ele acendeu outro cigarro.

– Luffy!

O capitão estava correndo junto com Ussop. Eles passaram rapidamente por Robin e Sanji, logo depois um homem e uma mulher passaram correndo também. Parecia seguir eles.

Chopper apareceu por último com Franky.

– O que aconteceu? – Robin perguntou, mas conhecia bem aquela resposta.

– Estávamos comprando as coisas que a Nami pediu – Chopper começou a falar, tentando respirar ao mesmo tempo, parecendo muito excitado com o que aconteceu. – E aí a mercearia foi assaltada por aquele casal. O Luffy e o Ussop pegou o dinheiro deles. E agora estão usando como isca para levá-los pro navio.

– Pro navio?

– Sim, o Luffy pediu para eles irem com a gente. Mas eles não querem.

– Franky, tente parar aqueles dois, e faça devolver o dinheiro à mercearia. – Robin pediu e o ciborgue foi, junto com Chopper. – Sanji-kun, poderia chamar a Nami-san?

– Claro que eu vou. Ah! Você fica tão bonita quando manda a gente fazer alguma coisa. – O cozinheiro saiu soltando coraçõezinhos no ar, deixando a arqueóloga para ir atrás da navegadora.

Quando chegou ao navio, Luffy, Chopper e Usopp estavam sentados, emburrados. Não queriam falar com Robin, que estragou a brincadeira toda.

Ela não ligou, usou o poder da hana hana no mi e fez nascer mãos em todos os lugares fazendo-os cócegas. Simples. Eles já estavam felizes novamente.

Todos já estavam a bordo do navio novamente. Sanji prometeu fazer um bolo para todos, e a história do casal de piratas já havia sido esquecida por Luffy que não saiu da aba do cozinheiro até o bolo ficar pronto.

Robin foi tomar um banho, já estava ficando de noite, e não sentia fome. Sanji prometeu que guardaria o melhor pedaço do bolo para ela, a sete chaves se fosse preciso.

A arqueóloga relaxou na banheira, ouvindo a barulheira que todos faziam, do cozinheiro impedindo o capitão de comer o último pedaço de bolo, as risadas de Usopp e Chopper, a voz do ciborgue. Nami irritada com todos por algum motivos. Só faltou...

Robin saiu do banho e foi para o quarto. Não ouviu a voz de Zoro um minuto sequer quando retornara para o navio. Nem o vira também.

Esperou que todos fossem dormir, porque assim seria mais fácil encontrá-lo e conversar com o espadachim sem ele dar desculpas e sair. E como imaginou, ele estava sentado de olhos fechados. Não dormia, dava para perceber pela respiração dele concentrada.

A morena apoiou o corpo na lateral do navio, olhando o céu estrelado, eles já haviam zarpado novamente para o mar depois de toda aquela confusão, era melhor assim.

Zoro abriu um dos olhos apenas, e depois fechou, quando Robin voltou a encará-lo.

– Vamos. Eu sei que esta acordado. – ela disse, segurando uma mexa de cabelo que voava com o vento fraco da noite. – Não quer falar comigo?

– Não. – Respondeu, fazendo um barulho irritado depois com a boca. Robin caminhou ate ele e sentou-se logo ao lado, dobrando as pernas, apoiando as mãos nos joelhos.

– Você tem razão, sabe... – Ela começou, e Zoro fingiu que não estava se importando com o que dizia. – É tão fácil fazer tudo o que ele quer. – Zoro abriu os olhos. – Mas se não fosse assim, não seria divertido. Eu já estive em muitos outros navios piratas. Posso garantir que esse aqui foi o melhor de todos os que conheci.

Robin sorriu, e Zoro continuou em silêncio por um tempo, pensativo. É, não deveria haver muitos navios piratas como aquele por aí. Mas quem sabe.

Logo que se levantou, dando um boa noite para o espadachim, Robin sentiu sua mãos ser segura, impedindo dela continuar.

A morena se virou, olhando-o ainda sentado, com o braço esticado, segurando a mão dela. Esperou que ele dissesse alguma coisa, mas não o fez, apenas largou a mão dela.

– Ainda com ciúmes?

Zoro trincou os dentes, cruzando os braços irritado. Ele tava mesmo e dai?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!