I Cant Control Myself, Not Anymore. escrita por envy


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

AI SENHOR ):
Eu me sinto aqueles ídolos coreanos depois de um tempo na inércia, depois que volta é um estouro e pedido pra novos trabalhos e etc etc. D:
MANO MEU PC PIFOU! /surto
E daí, fu, né; E sobre a It Is The Climb? Tô trabalhando, sossega. u_u Até lá desfrutem desses trabalhos que eu já tinha aqui e só consertei isso e aquilo e acrescentei algo mais. *-*
Espero que gostem, viu ;3;



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Eu respirei profundamente, inalando o ar frio da manhã. Eu estava sentado em um sofá de madeira com estofado bem aconchegante no quarto de vidro que dava para o quintal dos fundos de casa. A neve havia parado de cair à um tempo, mas eu não acho que a trégua irá demorar muito. São oito horas da manhã e eu acabei de voltar da padaria com meu café da manhã: pão de queijo; comi três e agora estou tomando suco de laranja e lendo uma revista que achei por aí.

Hoje era feriado e eu não tinha o que fazer. Meu pai – e metade da cidade – não abre a loja hoje. Ou seja: Tédio total.

Uma família normal iria se reunir; adolescentes depravados iriam para um churrasco onde, supostamente, bebidas alcoólicas são servidas; algumas famílias iriam viajar e... Muitos não teriam o que fazer.

E eu faço parte dessa comunidade ociosa.

Bocejei de tédio e virei a folha da revista; Se adivinhar, em cinco segundos, qual o nome da revista, eu lhe dou um doce.

Um, dois, três, quatro, cinco...

(Espaço para você adivinhar)

Adivinhou? Suponho que não. Horóscopo. Sério, quem lê essas coisas realmente acredita? Eu nunca acreditei, de verdade.

Vamos, lerei o que falam sobre o meu.

“O homem de Áries se impacienta com o progresso vagaroso, é ousado e confiante.”

O QUE? Me chamou de galinha?

“... Está sempre à frente dos outros, e às vezes à frente de si mesmo.”

Sério? Cara, sou muito foda.

(E sobre humildade, tem?)

Tentei ignorar meu subconsciente e voltei à leitura.

Sobre o meu lindo dia de hoje:

“Fazer o que se gosta é um privilégio de poucos, não perca a chance de se dedicar a uma atividade com a qual se identifica. Procure estabelecer novos objetivos de vida.”

Meus olhos leram tudo, mas a única coisa que meu cérebro conseguiu processar foi: Procure estabelecer novos objetivos de vida.

“Cor do dia: tons pastel.”

Ai, que fome.

Será que tem algo pra comer?

Ah, é, papai não acordou... Então não tem. Eu não sei fazer nada, se for pra fazer eu queimo o pano de prato novo e vão queimar meu rabo. Como eu prezo meu corpo, melhor deixar quieto e aprender a fotossintetizar.

Eu acho que me esqueci de me apresentar. Meu nome é Ryuu, sou alto, moreno e bonito. Há ha, ok, eu paro. O único adicional que precisa saber sobre mim é: Meu apelido é dragão – GRAWR. É, né, porque o significado do meu nome é Dragão. Tão óbvio que me irrita. Não podia ser algo melhor?

Eu possuo um sonho, mas todos acreditam que o que eu mais quero é expandir minha carreira de modelo. Mas não. Eu quero algo mais. Eu quero alguém pra mim. Ser indispensável pra uma pessoa, me entende?

Acho que, no fim, eu posso até ficar sozinho – porque eu sou muito chato. Mas pelo menos eu posso dizer que tentei, né? Porque agradar mulher é uma missão quase impossível.

A casa estava totalmente silenciosa. E aquela calmaria me irritava. Meu pai gostava de dormir até tarde nos feriados (digo: até duas da tarde) e eu, de alguma forma, nesses dias acordava com as galinhas. E isso não é uma virtude no meu ponto de vista.

Eu tinha de me virar pra tomar café e almoçar.

Café na Padaria no fim da esquina. Almoço é pizza, se o entregador se arriscar na neve. Ou seja: Eu posso morrer e meu pai não tá nem aí.

A campainha tocou e eu me assustei. Deixei a revista em cima da mesinha ao lado e saí correndo, calçando primeiramente meus chinelos e arrumando meu cabelo no espelhinho da cozinha.

Dei uma olhada rápida no aquecedor. Perfeitos vinte e dois graus. Era perfeito quando lá fora se fazia pelo menos quatorze graus a menos.

Olhei pelo olho-mágico e me deparei com aquela criatura perfeita e com os cabelinhos castanhos meio-presos. Um sorriso enorme brotou-se no meu rosto. Ele parecia extremamente desconfortável com o frio e se encolhia como podia no casaco.

Eriki era o meu melhor amigo desde os seis anos. Ele era revoltado com a vida também e viciado em Pokémon. Vai entender, né.

Abri a porta e ele sorriu abertamente para mim, criando covinhas em suas bochechas.

- RAWR! – Chiou. - Aqui fora tá tão friiiio. ~ – Ele entrou rapidamente em casa com um biquinho na boca e dando pequenos pulinhos pra tentar se aquecer; foi direto pros meus braços. Eu ri e fechei a porta com uma mão. – Agora tá quentinho. – Ele sorriu contra meu peito.

Era tão fofinho o meu bebê, não era?

- Que horror! Seu nariz tá gelado. – Eu o apertei e ele afastou o rosto, sem romper o abraço. Ou a troca de calor, se quiser ver dessa forma. – O que veio fazer aqui no meio desse frio?

- Eu veria ver você. – Ele aumentou o bico e a voz manhosa, quase num choro. Eu sorri abertamente e ele resmungou: - Tá muito frio, muito frio!

- Aqui tá quentinho, olha. – Eu sorri e ele foi me soltando gradativamente. No fim da operação. – Viu?

- Confortável. – Comentou com um sorrisinho e se dirigiu até o sofá, sentando-se lá. Olhou pra mim e bocejou. Ficamos nos olhando por uns segundos. – E aí...? – Ele quebrou o silêncio, deixando a frase por entender, mas eu franzi o cenho, confuso. – Não vai fazer meu chocolate quente, não? – Levantou uma sobrancelha.

Eu fiz uma careta e o olhei sem acreditar. Ele me lançou um olhar assassino e eu resolvi reprimir o que diria. Ou eu fazia ou eu perdia meus ossos.

Bufei.

- Tô indo fazer, tô indo fazer. – Me virei para a cozinha a passos largos.

Peguei o que eu tinha que pegar pro bendito chocolate quente. Coloquei no microondas e em poucos minutos eu estava já na sala, no sofá, ao lado dele.

- Yey. ~ - Eriki pegou a xícara nas mãos e, enquanto soprava para tomar, me observava a cada segundo. Parou e me olhou com uma expressão séria. – Eu adoro vir aqui, sabe, você sempre faz o que eu peço. ~ - Sorriu adoravelmente, com os olhinhos fechados.

- Abusado. – Suspirei falsamente chateado.

- Faz, não faz? – Ele falou, sorvendo um pouco do líquido. – Mas só eu tenho exclusividade de vir aqui, se eu vir alguma vadiazinha te pedindo pra vir pra cá eu acabo com a nossa relação. – Ele falou sério, tentando ao máximo não rir.

Mas eu ri.

- Nossa relação? – Ele tossiu um pouco. – Nós temos uma relação agora!

- É amizade, ow. – Eriki grunhiu, retirando a boca do copo e eu ri pelo bigode de chocolate que havia ficado. Ele corou absurdamente e limpou com a manga do casaco. – Não tem pão de queijo, não? – Ele fez bico de novo.

- Ah, não! – Revirei os olhos e suspirei. - Você quer pão de queijo mesmo?

Ele assentiu, ainda com o biquinho e tomou mais um pouco do conteúdo da xícara. Eu bufei e suspirei profundamente, me levantando com dificuldade.

- Acho que o pão de queijo que eu comprei de manhã ainda tá bom. – Comentei, procurando o relógio na parede. Fazia quarenta minutos que eu havia saído pra comprar pão de queijo. – É, acho que sim. – Fui para a cozinha com um sorriso no rosto e peguei a sacola do pão de queijo, coloquei alguns numa vasilha e levei pra sala. – Pronto. – Me sentei no sofá e entreguei-os para Eriki.

Antes de pegar ele inclinou o corpo para mim e beijou minha bochecha.

Preciso dizer que meu sorriso foi de orelha a orelha?

Eu ri enquanto seu rosto ficava corado.

- Por que fez isso? – Indaguei, confuso.

- Porque eu quis. – Ele riu, como se isso fosse óbvio e pegou um pão de queijo, com a vasilha em seu colo. – Eu agradeci, só isso. – Falou, já de boca cheia.

- Então tá. – Eu dei de ombros, com um sorriso bobo e incontrolável no rosto e me relaxei no sofá, me concentrando em Eriki. Ele parou de comer quando percebeu meu olhar e me olhou, confuso.

- O que foi? – Arqueou uma sobrancelha.

- Nada. – Eu ri. Ele relaxou a expressão, engoliu o que tinha em sua boca e deixou a vasilha com os pães de queijo na mesinha de vidro na frente do sofá.

- Estou cheio. – Ele mostrou a língua e fez uma careta. Eriki se ajeitou no sofá e pendeu a cabeça no meu ombro; eu automaticamente envolvi seu corpo com meus braços e o apertei minimamente, colocando-o entre minhas pernas. Minhas costas apoiaram-se no braço do sofá e uma perna foi ao chão; um típico abraço. Ele sorriu e colocou o rosto de lado, para que eu pudesse olhá-lo. – Sabe por que eu vim aqui hoje? – Eriki ficou sério e tinha uma expressão triste.

Porque você me ama?

- Por quê? – Indaguei, com o cenho franzido.

- Porque lá em casa é uma droga, não tem nada pra fazer. – Ele fez uma careta. – Pelo menos aqui tem... Você e outras coisas. – Sussurrou baixinho.

- Nossa. – Arqueei as sobrancelhas, surpreso, mas sorrindo. – Eu não acho que sejam outras coisas. – Eu ri.

Ele me olhou irritado.

- Convencido. – Resmungou.

Eu resolvi avançar um passo na nossa, hm, relação.

- Nem sou, pode dizer aí, você gosta de mim e não quer admitir. – Beijei sua bochecha e ele corou; apoiei minha cabeça na curva do seu pescoço e ele tremeu minimamente. - É completamente normal. – Murmurei.

Ele ficou calado e virou o rosto para frente.

- Eu estou com sede. – Falou, levantando-se.

Eu o segui para a cozinha e ele parecia sério.

- Ei... – O chamei e ele pegou um copo, colocando água e o bebendo calmamente. Ele me olhou. – Desculpe, eu só pensei que-

- Você está com fome? – Ele me cortou, levantando uma sobrancelha. Eu me calei. – Então... – Ele começou, corando absurdamente. - ... E-Eu vou fazer comida pra você.

Ele se virou e procurou algo na despensa da cozinha, acima da pia.

Eu me aproximei silenciosamente e o abracei pela cintura, apoiando minha cabeça na curva de seu pescoço. Era engraçado fazer isso com uma pessoa menor, era fofo. Ele estremeceu visivelmente e parou com o que fazia.

- Ryuu? – Indagou, baixinho.

- Eu?

- Eu preciso... Me concentrar.

- Não, não precisa. – Eu falei, sério. – Eu gosto de você, Eriki. E eu estou disposto a ter você só pra mim. – Eu o virei para mim tão facilmente e encarei seu rostinho corado e confuso. Eu sorri. – Eu te amo. Não só pelo que você é, mas pelo que eu sou quando estou com você. – Sorri, quase rindo e ele sorriu também, envergonhado.

Ele tocou seu nariz gelado com o meu e fechou seus olhos. Eu fiz o mesmo e sorri.

Eu senti seus lábios macios tocarem os meus e logo sorri, capturando-os lentamente. Logo estabeleceu-se uma fricção perfeita entre seus lábios macios e bem coordenados e os meus. Suspirei pesadamente entre o beijo, enquanto seus dedos gelados tocaram o meu pescoço; eu o encostei lentamente na bancada da pia e ele gemeu com o contato brusco e, também, pelo aprofundamento do beijo, quando, por uma brecha, minha língua e a sua se tocaram e eu senti o sabor da vitória ali estampado. Eu sorri, sentindo uma felicidade tremenda invadir o meu interior.

Eu o coloquei em cima da bancada e ele se sentou, enquanto quebrei o beijo apenas para respirar um pouco mais. Ele suspirou pesadamente e voltou a me beijar intensamente. Coloquei minhas mãos em sua cintura e ele as suas em meu pescoço. O sabor de seus lábios era inebriante e doce, enquanto nossas línguas brincavam num frenesi louco e eu pensei ser inseparável, mas não fui possível continuar, nossos pulmões clamavam imediatamente por ar. E nos separamos.

Eu o olhei no segundo seguinte e ele encarava um local abaixo do meu pescoço; eu sabia que aquilo era um artifício dele para não me encarar. Seus lábios estavam vermelhos e eu imaginei que os meus também estariam. Ele respirava veemente da mesma forma que eu, mas ele possuía um brilho intenso nos olhos e suas bochechas combinavam docemente com a cor de seus lábios.

Quando normalizamos a respiração ele me encarou por longos segundos.

- Quando você... Diz que ama alguém, você está fazendo uma promessa com o coração dessa pessoa. – Falou baixinho, procurando algo em meus olhos que mal ele sabia o que era. Eu sorri. – Tente honrar isso. – Ele encheu a boca de ar o suficiente para fazer bico.

- E eu irei. – Sussurrei, beijando seu nariz. – Eu te amo, Eriki.

Ele me deu um selinho.

- E-Eu também te amo. – Ele corou absurdamente e eu apertei-o em meus braços.

- Diz isso todos os dias? – Indaguei num sussurro. Tendo em mente o meu sonho que, Deus, ele pode ser realizado apenas com poucas de suas palavras.

Ele sorriu.

- Eu digo. – Eu sorri tão abertamente que eu parecia um bobo e ele riu, vermelho. Eu me aproximei e o beijei intensamente. – Eu te amo. – Sussurrou. Eu o olhei e ele não queria me encarar de jeito nenhum, com vergonha. – Só pra você ter certeza. – Ele riu adoravelmente. Eu me aproximei e o beijei de novo.

- Você é lindo demais. – Sorri ternamente.

- Você também. – Sussurrou.

Eu o apertei em meus braços e sorri. Aquele sentimento de alívio me preenchia por completo. Aquilo era algo novo e eu estava disposto a aprender com isso. Aprender com Eriki tudo o que eu precisava, pra ser uma pessoa melhor pra ele. E, acima de tudo, honrar a minha promessa.


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Notas finais do capítulo

EAE
O que acharam? *-*
Eu e minhas fics fofinhas, puf. D8

REVIEWS? *-*