Diário de Uma Desilusão escrita por Zoe_Cadore


Capítulo 1
25.08.2009


Notas iniciais do capítulo

Quarta-feira 21:32 h



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Hoje foi um dia maçante, sabe? Como toda quarta-feira na verdade. Aula de química no primeiro horário, o que só contribuiu com a felicidade do dia com uma empolgante teoria coloidal, logo em seguida o professor de matemática deu alguns minutos de aula e muitos outros de uma vasta reclamação de sua própria vida, da desgraça de ser professor , falava como se nós não o escutássemos  todos os dias dizendo a mesma coisa (a culpa não é toda dele). No intervalo  eu e o Jorge (meu melhor amigo desde que eu tinha cinco anos), conversamos sobre os pequenos problemas de gráfico do PS3, depois falamos um pouco sobre alguns filmes que estariam por sair. Jorge é o meu melhor amigo....Ok,ok, o único. Ele é um desses casos para estudo nos tipos sociais, alto, cabelo loiro  excessivamente despenteado, roupas fogadas e a eventual cara de sono. Meu melhor amigo,sim senhor. Verdadeiramente ele é um irmão que eu não tive.

Ah sim, já ía me esquecendo que eu ainda não me apresentei a você,Diário. Eu sou a Emi, ou como meu pai me chama quando está realmente bravo, Amelie Liffé. Amelie porque era o nome de uma  cantora que meu avô idolatrava. Liffé é sobrenome mesmo, meu bisavô era francês, Reimond Liffé, avô da minha mãe, Rose Liffé, que se casou com um pacato jornalista nos tempos de faculdade, o tal jornalista você já deve ter concluído ser meu pai, confere? Eduardo Silva. Depois de um ano de casamento Rose descobriu que estava grávida (eu), três anos depois ela descobriu que tinha um tumor numa região delicada do cérebro, duas semanas depois Eduardo levava a pequena Amelie para ver sua mãe pela última vez, agora fria numa caixa de madeira em qualquer lugar escuro e assustador. Lembro do lugar, de uma tristeza inexplicável nos olhos do meu pai, mas do rosto da minha mãe nunca consigo lembrar, não sei a razão do meu esquecimento, mas isso me incomada. Hoje somos só eu e meu pai num apartamente pequeno e bagunçado no centro, papai trabalha bastante já que o jornalismo não é tão lucrável quanto você pode pensar, Diário. Eu estou no terceiro ano do ensino médio, não sou  muito sociável como você deve ter percebido, acho que não me encaixo em nenhum grupo, a não ser -claro- no meu próprio. Meu único e melhor amigo,como eu já disse lá emcima é o Jorge, que mora com a mãe e duas irmãs no apartamente dois andares abaixo do meu. Vamos e voltamos da escola juntos, almoço na casa dele porque meu pai não costuma voltar para casa antes das 22:00 h e também  por  pedidos (que eu não fiz esforço algum para recusar) da sempre gentil Tia Marta - mãe do Jorge , da Clarisse e da ,sempre endiabrada, Nina no alge de seus nove anos. Tia Marta e o pai do Jorge estão separadas a 7 anos, eu lembro pouco dele, mas o suficiente para não esquecer a brutalidade dele com todos, acho que desde que se separaram ele nunca mais falou com os filhos, Jorge não fala dele nunca. Nós somos vizinhos a doze anos, a doze anos eu praticamente moro na casa deles, volto para casa à noite, depois do jantar (que eu também não me esforço para recusar ...a doze anos...). Tia Marta sai a tarde para trabalhar, Nina vai à escola a tarde, Clarisse fica a maioria do tempo conversando com suas amigas na internet enquanto eu e Jorge estudamos e jogamos um pouco de videogame, ninguém é de ferro né? .

Agora vou indo , meu pai acaba de chegar e vou perguntar se ele quer um café. Depois conto o resto da quarta-feira.

Até mais,

E.D.P.N


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Notas finais do capítulo

***Olá, no meio do Domingo tedioso eu resolvi começar uma história. Comecei sem saber o que escrever, fui indo, indo... Deu isso aí que vocês viram. Me digam como está tudo bem? E na verdade me digam também o que é, já que nem eu sei.

Bjs até mais (comentar não fará seu dedo apodrecer e cair em cinco segundos).



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