Te amar pra mim já não é mais segredo... Já passa de vontade, é mais que um forte desejo.

Tive você em meus braços... E mesmo parecendo ter sido pouco, pra mim foi muito. Talvez o tempo não volte, talvez eu volte no tempo... Em sonhos. Em lembranças... Em desejo de ter de novo essas horas ao seu lado, te sentindo, te amando... Em silêncio. Errôneo silêncio meu. Se tu soubesses desde o inicio, talvez eu pudesse ter evitado tocar teu corpo, e ter que pedir todas as noites por mais um “sábado”. Sentir o toque dos seus lábios que me conduziam numa dança de almas... Uma dança de prazer. Um sábado. Uma tarde... Uma noite. Um Adeus... Adeus corpo que não é meu. Adeus Linda que eu tentei fazer minha, mas não consegui. Anjos não têm donos... Eles têm asas! E sim voam pra longe!

Não me importa que voe. Não me importa que não se prenda. Ou que não queira se prender!  Importo-me com a volta trazendo com ela teu sorriso, que me faz esquecer tudo de ruim que está a minha volta. Como uma criança, procuro pensar no final feliz, no conto de fadas... Mas como não sou muito boa com essa história de “era uma vez”, desço retornando a realidade. E a minha realidade é que te amo, e tenho medo de te perder, mesmo sabendo que nunca a tive para obter uma perda. Quis-te tanto pra mim, e em algum momento você desfez do meu abraço... Talvez por medo que ele se tornasse um laço o qual iria te conter, cortar suas asas... Te impedir de voar. Fico triste, pois não era essa minha intenção, nunca foi. E tudo que fiz tudo que disse agora parece ter sido em vão. Tento acalmar meu coração que insiste na idéia de que ainda pode haver uma chance, nem que seja no futuro, nem que seja deixando acontecer. Ele ainda insiste em te amar, mesmo minha razão entrando em conflito e pedindo minha conformação de que tudo foi um sonho, lindo, mas chegou ao fim... Ou seria um começo? Começo, pois não sei o que o futuro ainda nos reserva. Confusão virou rotina. Medo virou doses diárias de uma angustia que toma meu peito, e rouba meu ar. Sinto-me de mãos atadas, inútil, e sem defesas. Ficar de pé é o que há de mais difícil agora.

Encosto a cabeça no travesseiro, onde não consigo dormir. Passo e repasso as ultimas conversas onde me desanimo. Onde deixo de enxergar um “nós” o “nós” daquela tarde... Daquela noite. Do “eu me sinto tua”... O “nós” já está distante... Lembro-me que me pedias paciência. A tive... Demais até. Mas não sei em qual finalidade. Sinto como se eu fosse um coração sozinho a Bater no mundo. Esperando um dia... Uma chance a qual me foi roubada, e eu nem pude reagir.  Fecho os meus olhos achando que é um sonho ruim, e que vou acordar no dia seguinte e te contar, e você me acolheria em seus braços dizendo que já passou... Seria mais fácil... Mas não é bem assim. Nessa época em que estou vivendo, pesadelos tornam-se realidade. E os Sonhos... Continuam sonhos... Enquanto houver bons sonhos, ainda há esperança... Esperança de um dia fazer de ti minha, para que enfim eu possa ser tua.