Vampire Heart escrita por X-RYU, yuukiie


Capítulo 4
Ser ou não ser




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Acordei cedo de manhã. Eu teria que procurar minha mochila, me arrumar e ainda tomar meu desjejum. Muitas coisas a se fazer em pouco tempo, oh gosh! Eu ainda suava como uma louca, mas não havia tido aquele mesmo pesadelo novamente. Que bom.

Tecnicamente eu estava em um dia bom, tirando o fato de que havia esfriado uns vinte graus, e claro, a sensação térmica não era uma das melhores. Levantei-me de vagar, procurando a droga do meu celular - eu me lembrava que no meio da noite ele acabara tocando, mas a preguiça não me deixara levantar.

Barulhos estranhos no Jardim da Torre Norte.

Estou com medo, Sum ><'

Re-li a mensagem algumas outras vezes pra constatar que eu havia perdido um babado. Popular eu não era, mas pelo menos eu queria saber das fofocas quentes - eu era apenas uma garota normal, poxa. Escrevi uma mensagem pedindo mais detalhes a Lucy e reclamando que ela não tentara me acordar para que eu pudesse ver a origem dos "barulhos".

Bocejei tristemente, me arrastando até o banheiro para tomar uma ducha quente para relaxar meus músculos. Despi-me assim que cheguei ao banheiro branco de ladrilhos. Joguei meu sutiã em cima da privada fechada, procurando minha escova de dente. Coloquei a pasta e segui para o chuveiro - era apenas um ritual bobo que eu sempre seguia. Deixei a gotas fluentes chocar-se com minha pele, logo a esquentando assim que girei a válvula.

- Não a machuque, faça o que quiser comigo, mas ela não... Por favor... Summer não! - gritava uma voz desesperada.

Esfreguei com força a esponja em minha pele, deixando o lugar que esfregara avermelhado.

- Vocês nunca serão felizes, Maria. Summer carrega "aquele" fardo. Sabe disso. - sussurrou um homem. Sua voz saiu grossa, mas capaz de encantar qualquer um. - Não vai ser diferente se matá-la agora ou depois.

Deslizei com as costas apoiada na parede, até sentar-me no chão, ainda sentindo a água chocar-se com meu corpo desesperado.

- Scorpius... Ela é sua filha. - revelou a mulher em um gesto de pura agonia.

Senti meus olhos marejarem de lágrimas, logo transbordado e deixando que as gotículas se misturassem com a água do chuveiro.

- V-você está mentindo! Não pode!

Apertei minhas mãos no rosto.

- Ela não é filha do demônio. Nunca foi e nunca será. Você não é um...

Comecei a soluçar, mas deixei meus sentimentos saírem em lufadas rápidas.

- Maria... Não devíamos...

Alguém bateu na porta. Levantei-me rapidamente, desligando o chuveiro e me enrolando na toalha. O que eu diria se percebessem que eu estava chorando? Molhei meu rosto na água fria da pia e abri a porta atrás de mim.

- Sum, a senhora Drewmore mandou que ficasse um pouco mais na cama. Descobriram que o risoto estava realmente estragado. Só vim trazer seu material que acharam jogados no saguão. - Era Lucy, minha amiga. Seu sorriso preocupado revelava por trás de seu gloss labial fileiras de dentes brancos e perfeitos. Eu sempre invejara aqueles dentes, assim com ela invejava meus olhos cor de esmeralda. - Estava chorando de novo?

O ruim de ter olhos claros era que qualquer chorinho você ficava com olhos avermelhados. Mas também seria impossível mentir para Lucy já que ela era a única que sabia realmente quem eu era.

- Estava. Aconteceu de novo. - respondi me jogando em seus braços esperando que ela me confortasse como sempre fazia. - Lucy, eu tenho tanto medo.

Ela olhou para mim no primeiro momento um pouco assustada, mas logo me abraçou e me guiou até minha cama para que eu sentasse. Lucy sabia que nessas horas falar não iria adiantar para mim, então apenas ficou ao meu lado, segurando minha mão e deixando que eu derramasse mais lágrimas.

- Ouviu meus pais de novo. Eles discutindo e... Bem, meu pai queria me matar. Lucy, eu queria tanto saber de onde eu vim e quem eu sou. Eu nem posso ao menos se lembrar de seus rostos, lembro-me apenas de suas vozes. - deixei tudo sair de uma vez. Como eu havia dito antes, é melhor uma Lucy informada do que uma Lucy brava.

- Oh! E eles falam os nomes deles nos flashes? - perguntou interessada esquecendo que eu ainda estava chorando. Levantei meu olhar para seus olhos, vendo que ela possuía alguma idéia. Meditei por algum momento e limpei as lágrimas.

- Maria e Scorpius. São nomes diferentes um para o outro, não? Talvez Maria seja portuguesa e Scorpius... Esse não faço a mínima idéia.

Lucy ficou mais alguns minutos comigo no quarto interrogando tudo que podia sobre meu sonho. Eu, claro, cooperei com os mínimos detalhes, apenas retendo a parte que dizia que eu e meu pai éramos espécies de demônios. Algumas partes não deviam ser mencionadas, e Lucy fazendo especulações se eu sou ou não desse mundo não estava em meus planos.

Coloquei novamente meu pijama e tentei voltar a dormir. Vago sonho.

 

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Notas finais do capítulo

Nyah, escrevendo um capítulo imensamente tosco apenas para mostrar alguns problemas de parafuso solto que a Sum tem e sobre seu passado estranho e obsucro - mesmo que eu acho que falei demais, digo, escrevi.
Pra responder, eu jogo RPG, viu? E é de vampiros baseados na série Twilight da Stephenie Meyer. Pra quem é fã de romance e de vamps, vale a pena ler. E muito.

Bom, é isso ai.
Carinhosamente,
Yuu-chan.