Castlecalibur: Especial de Natal escrita por TriceSorel
Mathias levantou e viu que estava cercado de neve por todos os lados. Lá distante ele avistou um singelo e rústico sobrado, com fumaça saindo pela chaminé. Atrás dele, uma enorme e poluente fábrica de presentes de Natal. Mathias levantou-se e correu até a casa. Olhou pela janela a imagem de um senhor idoso e pançudo vestido de vermelho checando sua lista de presentes.
- Papai Noel, então o senhor existe! – exclamou Mathias, entrando na casa.
- Ora, se não é Mathias Cronqvist!! Você foi um menino muito mau esse ano, Mathias! – disse o Papai Noel, levantando-se de sua poltrona, fuzilando Mathias com seu olhar.
- E-eu? M-mas... eu me matei estudando e trabalhando pra sustentar minha família! Eu fui paciencioso com os desastres causados por eles, não fui violento, não faltei com minhas obrigações, eu sequer falei algum palavrão!
- É, mas você não conseguiu comprar os singelos presentes que aquela boa gente pediu! – ralhou o zangado velhinho. – Você não lhes dá a atenção devida porque vive enfiado naquele seu laboratório, você gasta todo seu dinheiro em coisas fúteis como as provisões do castelo, você nem acompanhou seu filho crescer!
- Mas... ele voltou do futuro!
- Isso não é desculpa! É por isso que todos o odeiam! É por isso que você não vai ganhar nada nesse Natal!!!!
- Nããããããoooo!!! – gritou ele.
- Calma, calma!
- Alguém segura o braço dele.
- NÃÃÃOO!! AHHH!! – gritou Mathias, arqueando-se na cama ao recobrar a consciência.
Percebeu que estava em seu quarto cercado de todo mundo, sendo segurado por Leon e Rafael na tentativa de fazê-lo parar de se debater e Jean-Eugène ao seu lado passava um paninho umedecido em seu rosto.
- O que aconteceu? – perguntou ele confuso e ofegante.
- Você desmaiou e estava delirando. – explicou Trevor.
- Quase tivemos que adiar a ceia de Natal... – comentou Rafa.
- Vocês... vocês adiariam a ceia de Natal por causa minha? – estranhou Mathias, que acordara acreditando ser um péssimo provedor.
- Mas é claro! O Natal não seria divertido se você não pudesse participar! – lembrou Leon, abraçando o amigo de infância.
- Papai! – alegrou-se Alucard, também abraçando seu papai.
Esse singelo gesto levou todos a se unirem em um grande abraço coletivo em cima de Mathias.
- Pessoal... vocês são tão legais! – comoveu-se o jovem alquimista. – Isso que vocês fizeram é muito bonito, mas... eu não consigo respirar...
- Ahn, o que você disse? – perguntou Hilde, que estava em cima da montanha de gente que sufocava Mathias.
- Vocês... podem me soltar agora... argh... cof...
- Acho que ele falou que quer ver mais emoção! – concluiu Hilde.
- Ao Mathias!! – gritou Siegfried, pulando mais pra cima da cama.
- Mmfmfmfm!! – gemeu Mathias, antes de sufocar e perder a consciência de novo.
- O Mathias é tudo ou nada?! – perguntou George Lucas, pulando na cama.
- Tudo!! – gritaram os outros em uníssono, também pulando na cama.
- Mat, você vai ficar com essa cara de defunto? Por que não pula também?
- Ahh, eu acho que ele parou de respirar!!
- Ele morreu!!
- Ele é imortal, seu anormal!
- Vocês mataram ele!
- “Vocês”, nada, você também pulou na cama, Jean-Eugène!
- Saiam todos dessa cama, vamos!
- Agora sim vamos ter que adiar a ceia de Natal...
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