Fruto do Nosso Amor escrita por Jajabarnes


Capítulo 35
Cair Parável


Notas iniciais do capítulo

Oi, mil perdões pela demora, mas vou me esforçar para não demorar tanto!



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Andamos a noite inteira sem parar, para chegar o mais rápido possível em Cair Parável e passar aos outros as informações que obtemos. Pelo meio do caminho, já me Narnia, esbarramos em alguns narnianos, alguns deles, cavalos, aceitaram com grande honra em nos transportar até o castelo, para a nossa sorte. Chegamos em Cair Parável pela tarde, descemos dos cavalos, seguimos até o portão e apressamos os guardas para os abrir.

Logo eles o fizeram. Não sei como, mas as dobradiças dos portões quebraram fazendo-os bater com tudo nas paredes, arrancando delas uma poeira e um barulho estrondoso. E assim nós entramos, saindo de dentro da poeira até o pátio do castelo com Edmundo no centro, Jay de seu lado direito e eu do esquerdo, percebendo a movimentação próxima a fonte.

POV. Ranyelle.

Eu ainda não acreditava no que via. Ninguém parecia acreditar. Como era possível?

Por um momento esqueci tudo, toda a raiva que eu sentia, toda a mentira de Renere, tudo, e tentava, de algum modo, entender o que acontecia. Quando os olhos de Edmundo encontraram a figura de Renere olhando embasbacada para os três, ele apertou o passo, fuzilando a loura com os olhos. Ele sacou a espada.

-Você. - apontou a lâmina para Renere, encarando-a ferozmente. Ela recuou um passo. Quando Edmundo chegou até nós e avançou contra Renere, Pedro e Franco trataram de segurá-lo antes que fizesse alguma besteira. - Me soltem! Essa desgraçada não merece viver, ela não pode ficar impune! - ele gritava, tentando fugir de Franco e do irmão.

-E ela não vai ficar, Edmundo, isso eu garanto. - assegurou Franco.

-Suponho que vocês já sabem de tudo. - disse Lúcia, quando Edmundo se acalmou.

-Sim, já sabemos. - respondeu Susana.

-Lúcia, como você...? - Rillian deu um passo a frente. Lúcia sorriu.

-Magia.

Então o olhar assombrado de Renere pousou sobre Jay. Ela recuou alguns passos.

-Quando você vai me deixar em paz?! - questionou ela, a voz tremula. Jay deu de ombros.

-Só depois de puxar seu pé de noite.

Houve um breve riso. Digory e Eustáquio seguraram Renere pelos braços, arrastando-a para as masmorras, a mesma se debatia, tentando não ir.

POV. Edmundo.

De acordo com as circunstâncias, achei que quando chegasse e desse de cara com aquela víbora, eu iria sucumbir ao ódio e matá-la ali mesmo. Mas senti uma enorme satisfação ao vê-la ser arrastada para as masmorras. Após um breve momento de reencontros, abraços, perguntas e certo alívio por estar de volta, fomos tomar um merecido banho, vestir roupas limpas e cuidar dos ferimentos e queimaduras.

Susana recomendou que eu descansasse, mas disse que não estava cansado e mandei-a fazer a mesma coisa, não por rebeldia, mas por que Caspian me contara todo o estresse da situação e que Susana quase afogara Renere na fonte.

Saí do meu quarto e desci as escadas em busca de uma certa pessoa. Não tivemos muito tempo antes e, agora que tinha mais uma chance, não queria perder tempo de novo. Andei pelo castelo, me informei com Digory, Jill, Helena, Lilliandil, Rillian, Caspian e com uma empregada até encontrar Jay nos jardins. Bufei. Aquele deveria ter sido o primeiro lugar onde eu devia ter ido.

Ela usava um vestido, os cachos estavam soltos... Estava linda como sempre.

-Eu fui um imbecil. - falei, chamando a atenção dela. - Por não ter percebido a diferença entre você e ela... Era tão óbvio...

Jay sorriu.

-Não, não era óbvio, Ed, você não tem culpa...

-Até agora não entendo como ninguém percebeu. - bati na mesma tecla que já estava quase rachando de tanto ser batida.

-O encantamento era perfeito, não havia como descobrir. - insistiu ela. - E não merece mais sua preocupação. Acabou. - nós caminhávamos lentamente, lado a lado me fazendo sentir um leve déjà vu. Houve um breve silêncio.

-Como é o País de Aslam? - quebrei-o.

-É lindo. Só sei que é, não lembro detalhes. - falou.

-Jay, se é que posso perguntar, como é... Você sabe...

-Morrer? - disse a palavra que eu não quis pronunciar. - Bom, é estranho... Quando eu caí da varanda, ao chegar ao mar, foi como se desmaiasse, ao acordar, estava no País de Aslam. - explicou e o silêncio prevaleceu outra vez.

-Você ficou ofendido, Ed? - perguntou de repente.

-Com o que?

-Com termos ido salvar você... Você deve saber... A maioria dos homens se senti ofendido por receber ajuda, principalmente de garotas.

-De certa forma, alguns sim. Mas não fiquei ofendido, de forma alguma. Estava pedindo a Aslam para me tirar dali. - falei divertido. Nós rimos e eu não resisti mais,

Usando o elemento surpresa, segurei seu rosto entre minhas mãos e beijei-a quase que vorazmente, e ela retribuía na mesma moeda.

POV. Ranyelle.

-É incrível, não é? - Pedro caminhava ao meu lado. - O que a Magia Profunda pode fazer. Num minuto, Jay estava morta, Lúcia na enfermaria, aparentemente em coma, e Edmundo desaparecido. Agora, eles estão aqui, sãos e salvos.

-É incrível mesmo – concordei. - E estou com a sensação de que muito mais vaia acontecer, tanto coisas boas quanto ruins...

-Ainda tem um longo caminho pela frente, uns... - nesse momento, entramos na biblioteca e Pedro parou de falar ao mesmo tempo em que minha boca se abria num “O”, em seguida formando um sorriso, com a cena que encontramos.


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Notas finais do capítulo

Nada como um suspensezinho no final, não? kk
Espero que tenham gostado!!
Beijokas!!