Fruto do Nosso Amor escrita por Jajabarnes


Capítulo 25
Traição.


Notas iniciais do capítulo

Amoorreessss, vim postar especialmente hoje, por ha exato um ano era publicado aqui no nosso querido Nyah! o primeiro capítulo de Fruto do Nosso Amor, minha primeira fic! Sim, a fic está completando um ano!!!
Bom, eu vou deixar vocês com o cap de aniversário, e conversamos mais nas Notas Finais!
Espero que gostem!



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POV. Susana.

            No dia seguinte, logo pela manhã, começamos a viagem até o acampamento, com dezenas de soldados armados.

            - Susana, você não devia estar andando tanto. – reclamou Caspian.

            - Casp... – eu comecei, mas Pedro me interrompeu.

            - Caspian, relaxa, você está ficando paranoico.  – disse ele. Caspian concordou contra a vontade.

            A viagem foi tranquila, dois dias depois alcançamos a gigantesca clareira onde os soldados começaram a armar as tendas. Ficamos por lá durante vários dias sem nada acontecer, nada de relevante.

            No dia em que completei cinco meses de gestação a relva amanheceu coberta de neve, as arvores estavam esbranquiçadas e sem folhas, o céu nublado e o vento frio.

            Eu estava na entrada da tenda em que ficara com Caspian, olhando para o horizonte com os braços cruzados, apesar da roupa de frio ele ainda era insistente. Senti um chute na barriga e coloquei a mão sobre ele, sorrindo. Era muito difícil e complicado tudo o que estávamos passando por aquele ser pequenino, claro, além dele havia o futuro desse mundo, mas para mim, só lutar por ele já era questão de vida.

            POV. Renere.

            Saí antes do sol nascer tomando o cuidado de não acordar Rany. Peguei o casaco, um punhal e fui rumo ao bosque antes de todos acordarem. Abracei meus braços, afagando-os por causa do frio profundo que parecia chegar até os ossos. Bufei, ah, pai, o que eu não faço por você...

            A camada de neve sobre o chão ia aumentando à medida que eu avançava por entre as arvores, chegando quase à altura dos joelhos. Marchei por mais uns bons metros até chegar ao local marcado. E ele estava vazio. Bufei irritada pondo ambas as mãos na cintura e olhando ao redor. Só espero que ela não demore muito. Bati pé impaciente até que ela chegou.

            - Finalmente! – suspirei.

            - Pare de reclamar, estou praticamente lhe fazendo um favor. – resmungou.

            - Que seja. Trouxe o que eu pedi? – perguntei ansiosa. Ela enfiou a mão dentro do casaco e tirou de lá um pequeno frasco. Um sorriso se formou em seu rosto e avancei sedenta para pegar o vidrinho, porém ela o afastou para longe de mim. Encarei-a com um misto de raiva e confusão.

            - Tem certeza do que vai fazer? – perguntou.

            - Ainda duvidando de mim, Jadis? Acho que já provei ser capaz. – encarei-a. Ela pareceu me avaliar e então assentiu, entregando-me o frasco. Segurei-o como se fosse minha tábua de salvação.

            Sorri de orelha a orelha.

            - Você tem um plano, suponho. – disse ela.

            - Claro que sim. Por que acha que pedi para trazer isto aqui? – falei como se fosse óbvio, mostrando o frasco.

            - Quem é seu alvo? – quis saber.

            - Ora, o ponto fraco de todo o grupo. – sorri de canto. – Lucia.

            POV. Julian.

            Quinto bocejo em menos de cinco minutos. Estou acabado. Passei todos os dias, quase o dia todo lutando. A quem eu quero enganar? Só treinei algumas horas por dia, o resto do tempo tenho passado com Lucia. Sorri ao lembrar-me dela. Eu estava tão feliz, ela finalmente voltara a falar comigo e não tem feito perguntas para as quais eu não tenho respostas. Mas, como em todas as minhas felicidades, ela nunca parecia completa. Assim como eu, Rillian também estava se aproximando mais de Lucia e isso fazia meu sangue ferver.

            - Simples... Você está com ciúmes. – disse Tirian, enquanto eu o golpeava.

            - Ciúmes, eu? Fala sério!

            - Mais sério impossível. Julian, não sei onde estou que não te dou uns tabefes. – falou, parando de lutar.

            - Por quê?

            - Eu que te pergunto! – me encarou. – Por que você não deixa de bancar o cabeça-dura e assume logo que está apaixonado por ela?! – sim, ele estava irritado.

            - Por que eu não estou, oras! – rebati.

            POV. Tirian.

            Julian estava, realmente, merecendo umas tapas. Como ele conseguia fazer-se de cego e não ver o que estava bem à sua frente? É mais que óbvio que ele estava apaixonado por Lucia, só ele que não percebia e isso já estava me irritando!

            - Faz favor, Julian! – pedi arriando os ombros e buscando forças para fazer aquela criatura abri os olhos. – Você está apaixonado pela Lucia! – falei, admito, alto.

            - Quer fazer o favor de falar baixo? – pediu olhando em volta.

            - Quer fazer o favor de abrir os olhos? – debochei. Ele me encarou.

            - Eu não estou apaixonado pela Lucia. – resmungou.

            - Ah, é? – cruzei os braços de uma forma desafiadora – Então por que você anda suspirando pelos cantos, fica todo bobo quando está perto dela, ou morre de ciúmes quando a vê com Rillian?

            - Olha aqui... – ele ia começar, mas algo o interrompeu, ou melhor, alguém, e não era Lucia.

            - Julian! – uma voz estridente e que me irritava profundamente. Olhamos em direção a ela e vimos Renere vindo em nossa até nós quase saltitando com um sorriso no rosto.

            - Que foi? – perguntou Julian, sem animo.

            - Nossa quanta animação! – debochou. – Vamos, se anime!

            - Olá para você também, Renere. – falei irônico.

            - Oi, Tirian. – falou, sem olhar para mim. Tive vontade de rir. O que Julian tinha de cego ela tinha de falsidade.

            - O que você quer? – Julian voltou a perguntar visivelmente entediado.

            - Tirian, pode nos dar licença? – pediu, olhando para mim pela primeira vez com um sorriso. Julian não entendeu nada, e eu ergui as sobrancelhas, cínico.

            - Não precisa nem fazer essa cara falsa de boa amiga. Eu já estava de saída. – menti no tom mais indiferente que consegui, só para provocar. Renere me encarou indignada enquanto Julian tentava segurar o riso. Embainhei minha espada e saí dali com um sorriso torto e satisfeito no rosto.

            POV. Lucia.

            O céu podia estar nublado até as estrelas, e o chão coberto de neve até as raízes da grama, mas para mim estava tão bonito como um dia de primavera. Cantarolei enquanto escovava os cabelos, deixei-os soltos, isso ajudava com o frio, peguei meu casaco e saí de minha pequena tenda onde estava hospedada com a Filha de Ramandu. Esta ainda dormia afinal ela era uma estrela e passava quase a noite toda acordada. Saí e caminhei por entre as outras tendas comendo uma maçã sem ter certeza de para onde estava indo, quando encontrei com alguém.

            - Bom dia, Lúcia! – ele sorriu para mim.

            - Bom dia, Rillian! – sorri de volta.

            - Er... Eu estava procurando o Tirian, você o viu? – perguntou, puxando assunto.

            - Não, mas acho que ele deve estar treinando com o Julian, vamos procura-los? – só então percebi quem eu estava procurando.

            - Claro! – ele sorriu radiante. Logo começamos a caminhar lado a lado conversando sobre qualquer coisa quando vimos Tirian vindo de um ponto afastado da enorme clareira onde estava o acampamento. – Ah, aí está você! – disse Rillian. Tirian pareceu acordar e dar por nossa presença.

            - Ah, oi, estavam me procurando?

            - Aham.

            - Você viu o Julian? – perguntei sentindo o olhar de Rillian sobre mim.

            - Xii... – Tirian balançou a cabeça negativamente olhando para a grama.

            - Que foi? – perguntei.

            - Nada, não. – mudou o tom de voz. – Ah, e o Julian está lá no... – sua voz foi se perdendo. – Sei onde ele tá não. – mudou repentinamente. Que estranho. Uni as sobrancelhas.

            - Está tudo bem, Tirian? – perguntou Rillian, visivelmente preocupado.

            - Er... Mais ou menos.

            - O que aconteceu? Você sabe ou não onde o Julian está? – perguntei paciente.

            - Bom, eu... – ele foi interrompido por um grito.

            - NÃO! SOCOR...! – eu conhecia aquela voz. Nós três corremos até o local e então, ao chegar lá, o que vi fez meu coração quebrar em mil caquinhos de pontas afiadas que machucavam o peito.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? O que será que fez o coraçãozinho da Lucia doer tanto assim? Bom, eu quero agradecer de coração a todos os leitores lindos que me acompanham desde de o inicio da fic, a todos que deixaram recomendações e, principalmente, a todos que acompanham! Esse aniversário é de vocês por que se não fosse por esses leitores lindos a fic não teria chegado até aqui!
PARABÉNS PARA VOCÊS E MUITO OBRIGADA POR TUDO!
Beijokas!!