Fruto do Nosso Amor escrita por Jajabarnes
Notas iniciais do capítulo
Ok, Ok, fique em duvida na hora de escolher o titulo do cap. Estava indecisa entre "Battles, Attacks, Fears and Surprises" e "Entre mortos e feridos, salvaram-se todos...Será?" Bem, o que posso adiantar é que essa batalha terá consequencias. Espero que gostem e se emocionem!
POV. Pedro.
- Não, eu não vou me esconder lá em cima!
- Rany, você não vai se esconder, vai se proteger! – argumentei novamente, mas em vão.
- Não adianta Pedro. – ela falou, e com razão.
- Mas você não sabe lutar! – sim, eu sou teimoso.
- Rany, ele tem razão. – Julian se aproximou. – É para o seu bem. Vamos, Ranyelle, não seja cabeça dura!
Ela bufou.
- Tufivnslkbm... – resmungou baixinho.
- Oi? Eu não ouvi, repete? – Julian inclinou-se para ela.
- Tujvo bienim – resmungou ela, entredentes.
- Repita novamente, por favor.
- Arght! Tudo bem! – ela falou, irritada. Julian riu.
- Ok, ok. Agora eu entendi. – saiu para perto de Jamim. Ranyelle se aproximou de mim.
- Tome cuidado. – pediu. Depositei um beijo em sua testa.
- Eu vou tomar. Prometo. – olhei em seus olhos mais uma vez antes de ela voltar ao seu quarto. Permaneci parado, vendo-a subir os degraus.
- Pedro, se ciúme matasse, você estava ferrado... – disse Edmundo.
- Que?
- Tinha que ver a sua cara quando Julian convenceu Ranyelle.
- Eu não estou com ciúmes. – resmunguei.
- Está sim.
- Não, estou não.
- Sim, está sim.
- Não, estou não.
- Sim, está sim.
Já nos encarávamos.
- Já disse que não estou.
- Já disse que está sim.
- Ah, faça-me o favor, vocês não vão discutir agora vão? – Lucia nos encarou incrédula.
- Não, não vamos. Não é, Ed?
- É.
Então me dei conta de uma coisa e virei para Lucia lentamente, Edmundo fez o mesmo, ao mesmo tempo. Ela nos olhou confusa.
- Que foi?
- O que você está fazendo aqui? – perguntei.
- Ah, você não sabe? Vamos ser atacados! – brincou.
- Não me refiro a isso.
- Por que ainda está aqui em baixo? – questionou Edmundo.
- Vai haver uma luta, Ed. – lembrou.
- Eu sei. – respondeu ele. – Acontece que você não vai lutar.
- O que?!
- Isso mesmo. – apoiei. – Lembra o que aconteceu da ultima vez? Hum? Viu? Você lembra. Quer que aconteça de novo, ou pior? Não. Então já pro seu quarto.
- Mas, eu...
- Sh! Sem mas, Lucia. Você não vai lutar e ponto.
Ela bufou, resmungou, mas obedeceu.
POV. Edmundo.
Sim, já podíamos ver o inimigo. Ele avançava em nossa direção. Caspian respirou fundo ao meu lado direito e Jay segurou o punho da espada mais firmemente do lado esquerdo. Não vi Aslam desde que começamos a nos preparar, será que ele foi embora? Não, não nos abandonaria num hora dessas.
Houve os minutos de silêncio onde os exércitos se encaravam, então a trompa foi soprada.
- POR NARNIA E POR ASLAM! – gritou Pedro. Então os exércitos correram um em direção ao outro. Puxei minha espada sendo imitado pela maioria que estava na linha de frente e corri junto com os demais. Sentia meu coração pulsar forte a cada novo passo.
Foi assim, com todo o gás, que matei meu primeiro oponente. A batalha começou.
POV. Caspian.
Matava cada soldado inimigo que via pela frente com rapidez. Tentava me concentrar na batalha, mas minha mente sempre voltava ao castelo, ao quarto, a Susana. Eu tinha um pressentimento ruim, queria estar com ela, queria protege-la de uma coisa que não sei o que é, mas que pode tirá-la de mim. Tentei ignorar esse pressentimento, mas não consegui.
- Para onde você vai? – parei de correr e virei para Pedro, no meio do campo de batalha.
- Eu vou ficar com a Su.
- Caspian, precisamos de você aqui!
- Pedro, eu preciso ficar com ela!
- Ela vai ficar bem, Caspian, eu também queria estar lá com a Rany, mas elas estão protegidas.
Por mais que eu não quisesse, ele tinha razão.
- Tudo bem... – sussurrei, voltando a lutar. Em determinado momento, levado pelos soldados com quem lutava, cheguei perto de Jamim.
- Jay? – chamei.
- Oi. – ela respondeu enquanto lutávamos.
- Pode ir para o castelo? Protegera a Su, a Rany e a Lucia? – perguntei desviando de um golpe. Antes que ela respondesse, ouviu-se o som de uma trompa, uma trompa avisando uma guerra, um som mais alto do que a primeira trompa. Os soldados arquelandeses recuaram reagrupando-se, os soldados narnianos e telmarinos estavam atônitos, ninguém fazia ideia do que estava acontecendo.
- Essa não! – Edmundo falou olhando na direção do exercito inimigo. Olhamos na mesma direção enquanto Pedro e Julian juntavam-se a nós. As criaturas mais horrendas que já vi em toda a minha vida surgiram no horizonte, armadas, juntaram-se ao exercito inimigo que duplicou de tamanho.
Troquei um olhar com Pedro e vi um misto de desespero e pânico em seu rosto.
- REAGRUPAR! – ele ordenou. Olhei para Jay e assenti uma vez, ela assentiu de volta e correu para o castelo. O nosso exercito reagrupou e juntei-me aos outros na linha de frente. Os exércitos se encaravam de novo. Que Aslam nos proteja.
POV. Susana.
Andei de um lado para o outro dentro do quarto. Minhas mãos estavam geladas e tremula, meu coração pulava freneticamente em meu peito deixando-me agitada. Estava inquieta. Ouvia o som distante dos soldados se preparando para a batalha e isso me deixava mais nervosa, mas, quando tudo fez silencio lá fora, meu coração parou, então ouvi o som da trompa e o grito de Pedro.
- POR NARNIA E POR ASLAM! – senti que iria desfalecer.
A angustia era enorme, o medo era enorme, nenhum cabia dentro de mim. Respirei fundo e sentei na cama. Eu podia ouvir o som da batalha daqui. Respirei fundo outra vez tentando manter a calma.
Senti um chute do meu pequeno. Afaguei o local enchendo o pulmão de ar.
- Vai tudo ficar bem... – sussurrei para o nada, acariciando a barriga, no mesmo instante sendo domada por uma sensação “maternal”, era indescritível ter um ser tão pequenino e indefeso que depende totalmente de você e o amor incondicional que sinto por ele, ou ela, mesmo sem nunca ter visto seu rosto. Sorri levemente ao sentir outro chute.
Logo em seguida um vulto negro atravessou a janela quebrando o vidro e arrancando a cortina da parede. Levantei num salto, recuando cuidadosamente para perto da porta, com os olhos fixos no lobisomem que estava a minha frente.
POV. Jamim.
Entrei correndo no castelo, subi as escadas aos saltos e fui direto ao corredor dos quartos. Sabia que Pedro não queria que elas lutassem, mas não quer dizer que não tenham que estar preparadas.
- Rany! Lucia! – chamei e elas apareceram nas postas de seus respectivos quartos. Passei por elas, que vieram atrás de mim. Abri a porta de meu quarto ao esbarrar nela, e revirei até achar uma espada reserva. Entreguei-a para Lucia.
- Vamos lutar? – perguntou.
- Não, mas acho que devem estar preparadas se preciso. – respondi. Peguei outra espada, agora de um escudo na parede e dei a Rany. – Vamos ver a Su. – falei indo para a saída. Ouvimos o barulho de uma porta sendo arrombada. Era uma das portas do corredor. Trocamos um olhar aflito e corremos até lá. A porta era do quarto de Susana.
Ao chegarmos lá, vi um lobisomem de pé e Susana no chão ofegante, dela pingava um fio de sangue. Meu coração gelou. A criatura deu por nossa presença e começou a rosnar em posição de ataque. Desembainhei minha espada, encarando-o. Ele avançou contra nós dando um salto, corri em direção a ele. Desde certo acontecido na Calormania eu detesto esse tipo de criatura. Rolamos no chão. Por sorte, eu fiquei por cima e comecei a ataca-lo com a espada. Mas ele conseguiu se levantar rápido, antes que eu desse o primeiro golpe. Mais soldados chegaram então Rany e Lucia comeram a golpear. De relance vi aos poucos cada um deles cair sem vida. Fui derrubada mais uma vez e ao levantar estava de frente para a fera e de costas para a varanda. Ele me encarou e se lançou contra mim mais uma vez, abri a porta com o impacto contra ela e rolei de novo e só parei ao sentir minha cabeça bater contra algo duro. Levei a mão até o local onde doía e junto com ela vieram gotas de sangue. Levantei com um esforço gigante apoiando-me no parapeito. Olhei ofegante para a criatura que me encarava, ela saltou contra mim novamente, agora com mais força, pus a espada a minha frente antes de ele esbarrar em mim e ela perfurou sua pele. Mas era tarde. O impacto fora tão forte que o parapeito onde eu me apoiava cedeu.
- JAY! – ouvi o grito de Rany enquanto cortava o ar, pronta para o impacto. Poucos segundos depois, meu corpo encontrou o mar.
POV. Lucia.
Espantei-me com o grito de Ranyelle, estava tentando fazer Susana falar comigo então não prestava atenção no que acontecia, não sabia o que tinha acontecido, mas ao olhar para a varanda, onde os que duelavam fora parar via apenas uma varanda vazia e um parapeito quebrado. Sabia o que isso queria dizer. Meus olhos se encheram de lágrimas, no entanto, voltei minha atenção para Susana. Chamei-a muitas vezes, porém ela não respondia e nem abria os olhos. Estava ficando desesperada.
- Rany – chamei com a voz embargada. – Me ajude a leva-la para a cama. – Ranyelle veio ao meu encontro com os olhos marejados e juntas deitamos Susana.
A batalha do lado de fora se encaminhava para o fim. Ouvimos a ordem de recuar dada ao exercito arquelandes. Logo, não havia mais exercito inimigo nos atacando. Rasguei um pedaço da saia de meu vestido e usei para estancar o sangue Susana. O ferimento fora na perna, mas o sangue se espalhara pelo vestido dando a entender que fora na barriga. Meu coração batia rápido, muito, muito rápido.
- Ela está bem? – perguntou a princesa, com a voz embargada.
- Não sei... – sussurrei, com a voz tremula por causa do choro. – Espero que sim.
- Eu fico com ela, Lu, vá ao encontro dos outros.
Assenti, levantando e saindo. Do topo da escada vi Pedro, Edmundo, Caspian e Julian. Eles logo me viram descendo lentamente.
POV. Edmundo.
Avistei Lucia descendo os degraus lentamente, seu rosto estava banhado em lagrimas, isso não era um bom sinal. Aproximamo-nos dela, meu coração se agitou.
- Lucia, o que aconteceu? – perguntou Pedro, com a voz a um fio do pânico. Lucia apenas soluçou. – Onde estão as outras? – ela soluçou de novo, mas respondeu com a voz fraca e tremula.
- A Rany está no quarto. – soluçou e não disse mais nada.
- E a Susana? – perguntou Caspian.
- Um... Um... Um lobisomem entrou no quarto da Su... – ela soluçou. Eu vi pânico no rosto de Caspian, Pedro e no meu também.
- Como ela está? – perguntou Pedro. Caspian parecia ter perdido a voz.
- Ela foi ferida... Não consigo fazê-la acordar... – Lucia chorou. – Mas, acho que vai ficar bem... O ferimento foi na perna...
Caspian respirou e voo escada acima.
- Lucia, cadê a Jay? – perguntou Julian, a voz demonstrava o medo da resposta. Lucia chorou mais. Meu coração se apertou. – Lucia, o que aconteceu? Cadê a minha irmã? – ele voltou a perguntar, agora com a voz embargada. Lucia chorava tanto que não consegui responder, apenas negou com a cabeça. Senti meu coração parar. Simplesmente não tive reação. Alguns minutos de silencio.
- Hm... Vamos ver a Su... – Pedro caminhou para as escadas, subindo-as. Eu o segui. Julian ficou parado no mesmo lugar com lagrimas nos olhos. Passei o braço pelos ombros de Lucia ao passar por ela e, juntos, seguimos Pedro.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Sejam sinceros e me digam: como estou saindo na hora da ação?? Boa, péssima, mais ou menos?? Me digam por favor. Ah, outra coisa, o que vocês acham: a Jay deve reaparecer, ou morrer para que a verdadeira Renere venha para curar o coração de nosso amado Ed???
Eu não tinha certeza do iria fazer nesse cap, então quero agradecer à ILoveSK pela ajuda, muito obrigada!!!
Beijokas!!