Fruto do Nosso Amor escrita por Jajabarnes


Capítulo 15
Edmim, Randro, Suspian e o Recém-chegado.


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Demorei? Espero que não muito ;D



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POV. Jamim.

                Nossos amigos narnianos nos receberam de braços abertos e até agradeceram por ficarmos do lado deles, principalmente Caspian. Embora ele estivesse visivelmente feliz, estava preocupado e receoso, afinal, ainda a cinco meses de gravidez pela frente até que a criança escolhida – que por acaso é o seu filho – nasça. Um longo tempo que com certeza traria muitas preocupações e lutas para protegermos Susana e o bebê. Isso não é uma reclamação, muito pelo contrario, era uma honra e até mesmo um prazer lutar ao lado deles, lutar ao lado do bem, lutar por Narnia, por uma causa importante que decidirá o futuro deste mundo e, consequentemente, de todos os que nele vivem.

                É isso que Aller não entende. Ele não está preocupado com nada além de seu povo ao ponto de recusar um pedido de socorro de um amigo e aliado tão antigo quanto Narnia. Às vezes me pergunto onde foi parar sua humanidade ou se, pelo menos, ele é humano.

                Lucia levou a mim e a Ranyelle para dois quartos que seriam nosso dali em diante. Depois que eu agradeci, Lucia me deixou só. Havia uma cama grande no meio do quarto, ao lado da mesma estava a porta da varanda, havia uma penteadeira e um grande armário. Fui até a varanda, ao abrir suas portas deparei-me com o mar estendendo-se até a linha do horizonte, azul e brilhante. Fechei os olhos e respirei fundo inalando o ar revigorante de Narnia com o toque agreste e salgado do mar. Era um sonho realizado. Eu estava, finalmente, de volta a minha terra.

                Deixei as portas abertas com a brisa invadindo o quarto. Tirei as botas, a bainha com a espada, o sobretudo e joguei-me na cama relaxando os músculos pela primeira vez em quase trinta e duas horas, aconcheguei-me na cama ansiando por algumas horas de sono. Enquanto ele não vinha, deixei minha mente livre para me ocupar com o que ela quisesse.

                Primeiro pensei em Ranyelle. Ela devia estar quicando de felicidade, finalmente estava livre para viver o amor que não cabia mais dentro de si. Eu vi o brilho nos olhos de Pedro quando a viu, agora não restam duvidas que algo muito especial nasceu entre eles. Lucia não estava muito diferente comparado com a ultima vez que a vi, continuava a mesma pessoa doce, amiga e cativante de sempre. A única coisa que mudara em Susana era o aumento em sua barriga, pequeno, mas ainda assim visível. Caspian tinha a felicidade estampada no rosto. Então Edmundo chegou a minha mente. Eu estava feliz em reencontra-lo, eu almejava, secretamente, ouvir sua voz novamente...

                Então adormeci e se soubesse o que aquele sono me reservava preferiria ficar acordada. Tive um sonho e nele Aller, possesso de ódio por minha “traição” e por “influenciar” Ranyelle, procura me punir com a morte, como não consegue, pune-me com a dor tirando meu irmão de mim, tirando a vida de Julian. Um sentimento angustiante de culpa fez meu coração doer. Despertei num susto, o suor escorrendo em meu rosto e meu coração acelerado.

                Eu tenho que tirar Julian dos alcances de Aller o mais rápido possível.

                Levantei e tomei um banho. Não gostava muito de usar vestidos, mas como só havia eles no armário escolhi um rosado. Pus a bainha de volta, escovei meus cabelos em frente ao espelho e usei um pouco do perfume que havia sobre a penteadeira. O aroma era delicioso, parecia lavanda...

                Depois de olhar meu reflexo mais uma vez, deixei o quarto.

                Parei no topo da escada ao ver Edmundo ao pé da mesma. Ele sorriu para mim e eu sorri de volta.

POV. Ranyelle.

Sequer consegui descansar, só conseguia sorrir de tanta felicidade. Eu estava livre, não me arrependia do que havia feito, escolhi a felicidade e não tinha motivos para arrependimento. Mal podia esperar para passar um tempo com ele!

Ansiosa para que isso acontecesse, levantei da cama desistindo de tentar dormir, tomei um banho e preparei-me para descer. Ouvi uma batida na porta e ao abrir dei de cara com aqueles olhos azuis, senti um sorriso se formar em meu rosto.

POV. Susana.

Lá estava eu, assaltando a cozinha de novo. Tenho que me controlar senão vou acabar engordando... Embora eu ainda não tenha engordado nada nesses quatro meses de gestação. Esses meses pareceram uma eternidade para passar e só de pensar que ainda havia mais cinco para ser percorrido, eu começava a achar que não aguentaria de ansiedade para ver o rostinho de meu pequeno, ou da minha pequena...

Saí da cozinha com um punhado de castanhas e voltei para o meu quarto. Caspian estava lá, assinado alguns documentos. Sentei na cama com s costas apoiadas nos travesseiros e pus-me a comer as castanhas distraidamente enquanto observava o Caspian-rei lendo os documentos com atenção. Seus cabelos agora mais compridos balançavam levemente com a brisa suave que entrava pela varanda.

- Já falei que amo você? – disse enquanto limpava a mão que segurava as castanhas. Caspian ergueu o olhar para mim e sorriu.

- Eu também te amo, Su. – ele largou os documentos e veio até mim depositando um beijo em meus lábios, um beijo demorado, cálido e carinhoso.

POV. Caspian.

Tomei os lábios de Susana nos meus mais uma vez, em seguida ela afagou suavemente a lateral de meu rosto com um leve sorriso.

- Então, como vai a minha menininha? – perguntei sentando na cama ao lado de Susana.

- Pode ser menino, Caspian. – Lembrou.

- Se vier um menino, eu amarei do mesmo jeito, mas, se eu pudesse escolher, escolheria uma menina.

- Por quê? – perguntou sorrindo.

- Sinceramente? Eu não sei. – dei de ombros e Susana riu deitando a cabeça em meu ombro. Permanecemos assim até que...

- Ai... – sussurrou ela pondo as duas mãos na barriga. Não fora um sussurro de dor, mas fez meu sangue gelar de preocupação.

- O que houve, Su? – perguntei angustiado ficando de frente para ela, fitando seu rosto. Susana tinha o olhar fixo no nada, a expressão vazia. – Su, fala comigo antes que eu tenha um ataque de nervos... – supliquei, mas ela permaneceu do mesmo jeito. Só depois de alguns segundos ela sussurrou:

- Mexeu... – ainda processava aquela palavra. – Mexeu, Caspian! – agora um sorriso formou-se nos lábios de Susana e ela me olhou com um brilho nos olhos. Sorri à medida que me dava conta da situação.

- Su, isso é ótimo!

- Oh, de novo! – seu sorriso estava cada vez mais iluminado. Ela pegou uma de minhas mãos e pôs sobre determinado ponto de sua barriga, segurando-a ali gentilmente. Naquele ponto, sob a palma de minha mão, eu senti o chute.

Meu sorriso estava perto de rasgar minha face.

POV. Edmundo.

Eu estava fascinado ouvindo-a falar. Nem acreditava que minha preocupação finalmente fora aniquilada. Ela estava bem, e agora enchia meu coração. Eu sei isso fora muito meloso, mas era assim que eu me sentia. Estávamos no jardim do lado de fora do castelo, caminhando e conversando há um bom tempo.

- Mas nós não enviamos nenhum pedido de ajuda à Arquelândia. – assegurei.

- Não? – ela me encarou com as sobrancelhas unidas.

- Não que eu saiba.

- Que estranho, nós re...

- JAY! – uma voz masculina a interrompeu, e não era a minha. Olhamos para o seu emissor e os olhos dela brilharam. Uma ponta de ciúme me dominou.

- JULIAN!

O rapaz desceu do cavalo e correu até ela, abraçando-a fortemente e cobrindo seu rosto de beijos.

- Sua louca, eu pensei que estava morta! – disse ele abraçando-a de novo.

- Aller não machucou você, machucou? – perguntou ela olhando-o de cima a baixo.

- Não. Eu consegui sair de Anvard a tempo de avisar vocês, onde está Ranyelle?

- Antes. – ela voltou-se para mim segurando a mão do rapaz – Julian, este é o Rei Edmundo. – gesticulou para mim. – Edmundo, este é Julian, meu irmão. – gesticulou para o rapaz.

Irmão?

Irmão!

Tá, agora eu tô me sentindo um idiota...

- Majestade. – Julian fez uma reverencia.

- Pode me chamar de Edmundo. – estendi a mão a ele, sorrindo, ele apertou minha mão.

- É um prazer, Edmundo. Infelizmente não trago boas notícias. Onde está Ranyelle? – voltou a perguntar.

- JUJU! – Rany chegou correndo e pulou no pescoço de Julian.

- Rany!

Pedro chegou logo atrás com cara de ciúmes.

- Não acredito! Como chegou aqui?

- Eu descobri os planos de Aller, Rany, e vim o mais rápido possível para avisar vocês. – explicou o rapaz.

- Julian, este é o Rei Pedro. – Ranyelle gesticulou para meu irmão que se posicionava ao seu lado. – Pedro, este é Julian, irmão da Jay e um grande amigo. – gesticulou para o recém-chegado.

- Majestade. – o rapaz fez outra reverencia.

- Pode me chamar de Pedro. – o Grande Rei estendeu a mão à Julian. – Seja bem vindo.

- Obrigado.

- Bom, mas o que você descobriu? – perguntei.

- É muito sério? – quis saber Rany.

- Sim. – Julian assentiu com pesar.

- Então venha, é melhor contar para os outros. – Disse Pedro, interrompendo gentilmente, gesticulando para o castelo. Rany, Jamim e Julian se adiantaram deixando a Pedro e a mim um pouco mais para trás. Meu irmão observou o rapaz de costas com um olhar desconfiado e uma expressão de desconforto.

- Como diria Lucia: estou sentindo cheirinho de ciúmes. – brinquei chegando perto dele.

- Cala a boca, Ed. – reclamou ele, eu ri enquanto seguíamos os outros.

Já em Cair Parável, Pedro pediu a um soldado que chamasse os outros. Com todos reunidos na sala do trono, apresentamos Julian a Caspian, Susana e Lucia, em seguida ele começou a nos contar o que havia descoberto.


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Notas finais do capítulo

Gente, leitores lindos du meu cori cor de rosa, vocês lembram que eu lancei o concurso para a capa da fic? Pois é, ele ainda está valendo, a capa atual é provisoria, então se você quer participar mande sua capa para o meu e-mail: jajabarnes@hotmail.com
Só peço que se apressem kkk
Beijokas!!