-Rose!- gritou o menino moreno que corria para alcançar a garota.

-Ah, oi Piers! -O         que vai fazer mais tarde? - perguntou quando chegou perto o         bastante.

-Hum...         não sei, acho que vou a biblioteca estudar. - ela disse com         um olhar distante.

-Então tá. Te vejo por aí! - ele acenou um pouco desapontado indo para o outro lado.

Rose não aguentava mais as investidas de Piers Crown. Até o achava bonito, inteligente e um bom goleiro do time de quadribol da Corvinal, mas não sentia nada por ele, e deixava isso bem claro, mas mesmo assim as investidas nunca paravam, apenas diminuíam.

-Mal sabe ele!- ela disse com um sorriso nos lábios, olhando para os lados se certificando que ninguém estava ouvindo.

A tarde não passou rápido para Rose. Enquanto ela lia um livro de poções na biblioteca, toda hora lhe passava pela cabeça a noite que chegaria, e quanto mais sentia necessidade de chegar logo, mais pensava que era errado, sempre pensou nisso desde o início. Pensou tanto que nem conseguiu terminar o livro. Quando a noite chegou Rose já estava no dormitório, se aprontando, mesmo faltando 1 hora, gostava de se arrumar, mesmo sendo para aquilo. Então quando acabou colocando o último anel pegou alguns livros em cima da cama e saiu do dormitório tentando ao máximo não ser percebida.

Quando estava quase saindo …

-Rose Weasley!! - Gritou a menina tão ruiva quanto ela que apenas bufou e se virou.

-Lily Luna, prima querida, eu estou muito atrasada.

-Pra         que?! - perguntou a garota cruzando os braços. Rose conhecia         muito bem sua prima. Lily Luna Potter era dois anos mais nova         que ela, e era muito esperta, herdando isso de sua mãe, já         que seu pai Harry era um pouco desligado. Seus cabelos eram         ruivos como os de Rose, porém mais lisos e menos brilhosos, já         que Rose tinha os cabelos encaracolados como sua mãe Hermione.

-Eu         vou falar com Mcgonagall sobre algumas mudanças na biblioteca.         - Ela disse com um sorriso fraco saindo quase correndo para não         ter que responder a qualquer outra pergunta constrangedora.

Enquanto isso, um garoto loiro se recostava na parede do corredor mais deserto de todo o castelo. As mãos estavam no bolso e a cabeça para trás, os olhos fechados faziam as olheiras aparecerem que, na pele quase transparente, davam um ar de cansado.

“ Esses encontros às escuras têm que acabar.”