"Nothing will ever come between us, I'll be standing right next to you, right next to you. We're made for one another, me and you, and I have no fear, I know we'll make it through"

Rachel PDV

Encarei meu lindo vestido roxo, incrível como em um ano eu tinha ganhado mais corpo, eu ainda realmente achava que aquilo tudo era silicone, mas tudo bem. Ri comigo mesma pelo pensamento, estralei os dedos abaixando meu olhar e encarando meus sapatos de salto alto, era tão estranho como em um ano eu tinha aprendido a andar de salto alto e nem ao menos lembrava como isso aconteceu.

Fechei meus olhos tentando ter mais lembranças do último ano, mas nada vinha.

Tantas coisas haviam acontecido comigo que eu mal podia acreditar.

Respirei fundo e abri meus olhos, encontrando os milhões de flashes apontados para todas as direções, senti meu estômago embrulhar e minhas mãos gelarem, fazia tanto tempo desde que eu estivera naquela situação, que tudo chegava a ser extremamente assustador, segurei a câmera profissional do papai forte em minhas mãos, como se aquilo de algum modo pudesse me ajudar, bobagem. E finalmente saí do carro preto, que aliás devia custar uma fortuna. Muitas pessoas olharam para mim, algumas cochichavam algo como “aquela não era a amiga do Justin Bieber?”, outras pessoas, agora mais entendidas de moda, se referiam a mim como a nova queridinha da Vogue, apenas respirei fundo tentando ignorar tudo o que se passava a minha volta, caminhei rapidamente pelo tapete vermelho, finalmente entrando no grande salão principal, enquanto todos lá fora se distraiam com uma celebridade que havia chego.

Assim que adentrei o salão senti meus pés vibrarem, a música alta soava enquanto todos dançavam no ritmo com ela, era tudo muito luxuoso ali, sofás de couro, lustres e taças de cristais, pessoas da alta sociedade, estilistas e famosos juntos, conversando animadamente, cheios de sorrisos falsos, ternos e vestidos de grife, caríssimos.

Apenas revirei os olhos e posicionei minha câmera caminhando até a pista de dança, começando a tirar fotos. Tinha sido uma jogada de mestre da revista, a festa estava completamente incrível.

Eu me perguntava o por que de estar tirando tantas fotos assim, mas de acordo com papai eles queriam renovar, o próximo catálogo seria um especial de fotos do momento glorioso da revista pra qual eu e meu pai trabalhávamos.

E eu só pensava em algo, Justin Drew Bieber estaria aqui esta noite.

E falando no diabo...assim que abaixei a câmera depois de tirar várias fotos de uma socialite e alguma celebridade que eu mal encarei, meus olhos encontraram ele entrando no salão, com seu terno caríssimo, o cabelo em um topete arrumadinho e os olhos cor de mel exatamente como eu me lembrava, estava de mãos dadas com a diaba claro. Ela usava um vestido dourado e longo, o cabelo caia em cascata pelos ombros e o salto extremamente alto a deixava uns quatro centímetros mais alta que ele.

Suspirei alto, ouvindo a música trocar, sorri de lado, era agora que a festa ia começar mesmo.

There's a fire starting in my heart

Reaching a fever pitch and it's bringing me out the dark

Finally I can see you crystal clear

Go head and sell me out and I'll lay your ship bare

– Rachel, você ficou linda nesse vestido! – Ryan disse colocando a mão em meu ombro, me fazendo virar para ele, sorri, meu antigo irmão emprestado sustentava um sorriso divertido nos lábios, usava um terno branco Dolce&Gabbana e segurava um champagne em mãos.

– Pois é, acho que o destino está conspirando para nós, o papai ia vir na festa, como fotógrafo, então ele fingiu uma gripe e eu vim no lugar dele. – Disse sorrindo e balançando a câmera em mãos, enquanto Ryan colocava seu braço em volta do meu ombro nos encaminhado em direção da pista de dança.

– Que bom, assim vou ter a melhor parceira de dança de volta! Você lembra? – Perguntou esperançoso, se afastando e estendendo o braço pra mim, sorri abertamente pegando sua mão.

– Claro que sim, e eu tenho certeza que aquela cena não foi um sonho! – Disse rindo, Ryan riu comigo e começamos a dançar a música.

See how I'll leave with every piece of you

Don't underestimate the things that I will do

There's a fire starting in my heart

Reaching a fever pitch and its bringing me out the dark

Era tão bom estar com Ryan, eu podia simplesmente contar tudo para ele, pois sabia que ele nunca me julgaria, muito pelo contrário, tentaria me ajudar e ainda faria piada, ele sim seria um amigo que eu levaria para sempre. Ryan me girou e eu gargalhei alto sentindo o vento bater no meu rosto, foi aí que meus olhos se encontraram com os dele, que estava sentado em uma poltrona perto dali, Justin me olhou apavorado, como se fosse um fantasma, e eu era mesmo, um fantasma do passado. Ele acabou por derrubar um pouco da sua bebida no vestido de Selena, que deu um ataque na mesma hora, segurei o riso pela cena trágica, porém hilária, enquanto Ryan me virava para ele outra vez.

– Você nunca contou nada pra ele, não é? – Perguntei amargurada, em um sussurro, Ryan balançou a cabeça afirmando, sua expressão também mudara, ele suspirou.

– Não, ele desmoronou quando você se foi, passamos um ano inteiro tentando contato, te procurando em cada canto do mundo, mas você sumiu e fez questão de apagar qualquer lembrança ou contato com a gente, Justin ficou realmente mal e começou a virar um idiota, pra ser sincero. Depois de alguns meses ele acabou voltando com a Selena, mas nunca gostou dela de verdade. Esses últimos meses ele vem melhorado um pouco, depois que descobriu que eu tinha contato com você, mas não contei os detalhes do acidente, por que na real, fiquei sabendo disso dois dias antes de você acordar.

The scars of your love remind me of us

They keep me thinking that we almost had it all

The scars of your love, they leave me breathless

I can't help feeling

Cada palavra que Ryan dizia me fazia sentir mais idiota ainda, eu não podia acreditar que tinha ido embora por motivos tão bobos, e destruído com tudo o que eu e Justin poderíamos ter tido, exatamente como no meu sonho.

Abaixei o olhar sentindo as lágrimas virem enquanto a música ainda continuava, Ryan me abraçou forte.

– Me desculpe Ryan, eu fui uma idiota.

– Por que não tenta consertar as coisas? Olha, o JB está vindo aí. – Ryan disse apontando sobre meu ombro, e tudo pareceu passar em câmera lenta, virei minha cabeça rápido, fazendo os cabelos esvoaçarem, e encarei Justin que caminhava em nossa direção, com a expressão confusa, porém exaltada, engoli em seco me desvencilhando dos braços de Ryan.

– Ei espera!

– Não Ryan, isso não deve acontecer. – Disse o encarando outra vez, sua mão deslizou pelo meu braço e eu finalmente saí dali, praticamente correndo para fora da pista de dança.

We could have had it all

(You're gonna wish you never had met me)

Rolling in the deep

(Tears are gonna fall, rolling in the deep)

– Rachel!? RACHEL ESPERA! – Justin gritava atrás de mim por causa da música alta, virei rapidamente vendo que ele quase me alcançava, e então comecei a correr mais rápido, esbarrando entre as pessoas.

You had my heart inside of your hand

(You're gonna wish you never had met me)

And you played it to the beat

(Tears are gonna fall, rolling in the deep)

A música continuava a tocar alto enquanto todos dançavam, e sua letra parecia confundir minha cabeça ainda mais, senti o ar faltar e minhas mãos tremerem enquanto corria entre as pessoas, tentando despistar Justin que agora ficava na ponta dos pés me procurando ao meio de tanta gente.

É melhor assim Justin, acredite, bem melhor.

Passei a mãos pelo cabelo finalmente achando o banheiro feminino, não havia exatamente ninguém ali, respirei aliviada abrindo a porta, mas uma mão quente me impediu, segurando forte, porém delicadamente, meu braço direito.

Fechei os olhos mordendo os lábios, por favor, que não seja ele! Gritei mentalmente, me virando e dando de cara com os olhos cor de mel mais lindos do mundo.

– Por que você foi embora? – Ele perguntou me encarando fundo, enquanto me puxava para dentro do banheiro, suspirei abaixando o olhar.

– Oi pra você também Justin, e eu fui embora por que preciso ir no banheiro. – Menti me afastando dele e indo até a pia do banheiro encarando meu rosto assustado, eu havia mudado demais, não era mais aquela garota de um ano atrás, não só fisicamente, mas emocionalmente. Eu carregava em meu peito sentimentos que nunca imaginei sentir, eu carregava comigo um arrependimento do tamanho do mundo.

– Sabe que não é disso que estou falando. – Disse me encarando sério, desviei o olhar e o silêncio desconfortável reinou sobre nós. - ...Incrível como você conseguiu ficar mais bonita ainda em questão de um ano, você é linda. – Justin disse baixinho, se aproximando de mim, sorri fraco o encarando, e eu então o que deveria dizer? Ele tinha se tornado o cara mais lindo da face da terra, um anjo divino, ele tinha amadurecido tanto em um ano, apesar do traços de suas feições infantis ainda estarem ali, um novo Justin estava na minha frente.

Um Justin amadurecido, um Justin que não precisava da Rachel para sobreviver, assim como ela ainda precisava dele, em seu coração de criança.

– Obrigado, você também está ótimo, nossa... – Minha voz saiu tremula enquanto eu estendia a mão para acariciar seu rosto, Justin fechou seus olhos e em questão de segundos voltamos ao passado, senti minha mente rodar enquanto lembranças do último ano vinham a minha cabeça, como pude ser tão estúpida e deixá-lo ir?

Contornei seus lábios macios com as pontas dos dedos, sentindo meu corpo inteiro tremer enquanto Justin respirava fundo, apreciando o momento.

– Se eu te contar algo, você acredita? – Perguntei o encarando, Justin apenas sorriu fraco, balançando a cabeça ainda de olhos fechados.

– Eu tive um sonho...lindo com a gente enquanto estive no hospital, eu achei...achei que aquilo era realidade, no sonho você ia atrás de mim em Londres, no sonho a gente enfrentava tudo e ficávamos juntos, até mesmo estávamos planejando nosso casamento sabia? Aliás, você me pediu em casamento da forma mais linda do mundo. Foi...foi incrível, quase como se realmente fosse realidade. – Disse com os olhos brilhando, sentindo meu sorriso aumentar a cada lembrança que tive do tal sonho, Justin abriu os olhos me encarando, mas eu não podia descrever suas feições, ele apenas me encarava, analisando cada parte do meu rosto, como se eu fosse uma visão, como se aquele momento não fosse real. E eu realmente pensava o mesmo.

Escutei lá fora outra música tocar, Just A Dream, tão irônico que chegava a ser trágico, ri comigo mesma baixinho e então sorri abertamente ao escutar a melodia de Nelly começar, o momento não podia ser mais mais verdadeiro.

I was thinkin about her, thinkin about me

Thinkin about us, what we gonna be?

Open my eyes, yeah, it was only just a dream

So I travel back, down that road

Will she come back? No one knows

I realize, yeah, it was only just a dream

– Por que você faz isso Rachel? Me diz todas essas coisas depois de um ano inteiro sem nenhum contato, depois de ter ido embora de repente e nunca mais ter falado comigo, por que? – Perguntou amargurado, segurando meus ombros, seu olhar triste e rancoroso me matava por dentro, senti meus olhos marejarem e todas aquelas barreiras que eu havia construído esse ano inteiro simplesmente desabarem, arfei relaxando em seus ombros, deixando às lágrimas caírem, e aqueles mesmos olhos caramelados me olharem com carinho e...amor. Um amor que não podia ser quebrado nem por medo, mentiras, inseguranças...e nem pelo tempo, o tempo crucial, que parecia matar nós dois, partícula por partícula.

– Por que...por que eu te amo Justin, eu te amo mais do que nunca poderia amar ninguém, e por que eu preciso te pedir desculpas, só assim posso seguir em frente. Me perdoa por ter sido uma boba e ter ido embora, eu estava tão triste e confusa em relação ao que você sentia por mim que acabei não te escutando, acabei fugindo e destruindo tudo. – Justin nem me deixou respirar direito e já me puxou para um abraço apertado, coloquei meu rosto em seu pescoço e apertei minhas mãos em suas costas, enquanto Justin fazia o mesmo com a minha cintura, aquele abraço poderia até mesmo estar doendo, mas nenhum de nós dois se importou, era tanta saudade que simplesmente não cabia dentro de nós.

I was at the top and I was like I'm at the basement

Number one spot and now she found her a replacement

I swear now I can't take it

Knowing somebody's got my baby

And now you ain't around, baby I can't think

– Eu te amo Rachel e a culpa foi minha, por isso te procurei tanto, eu queria te dizer que eu era um idiota, que a fama, o dinheiro ou qualquer coisa assim nunca seria maior que o que eu sinto por você, eu desistiria de tudo pra ficar com você, foi o que eu deveria ter feito desde o início, ter te escolhido, por eu te amo! – Praticamente gritou puxando meu rosto ao encontro do seu, nossos narizes se chocaram e nos encaramos por um segundo, e de repente tudo o que vivemos veio na minha cabeça, não o sonho e sim tudo bem antes disso, Justin sempre fora meu melhor amigo, sempre confiamos um no outro, sempre apoiamos um ao outro, e de repente notei como isso foi se distanciando de nós, foi se destruindo, a partir do momento que me apaixonei por ele.

E Justin não merecia alguém como eu, ele merecia mais, bem mais, ele merecia tudo o que podia, e ia, viver com Selena, e de repente eu me toquei que ali...não era meu lugar. Era essa a questão. Era essa a resposta o tempo inteiro.

Eu tinha feito outras escolhas, e essas escolhas mudaram completamente o rumo de tudo, e agora era o meu dever arcar com as consequências, eu devia ir embora de vez, eu não tinha escolhido ficar com Justin há um ano atrás, então eu não podia simplesmente esperar que ele me escolhesse agora, para que o meu sonho bobo pudesse de alguma forma se realizar.

Eu precisava ir, eu precisava ir, por ele.

– Eu te amo, eu te amo o bastante para ir embora, pra te deixar ser feliz e ter tudo com ela. Me perdoe. – Disse me desvencilhando de seus braços, forçado um sorriso que não existia e correndo para fora do banheiro, nem ao menos dei importância para seus gritos, entrei no meio da multidão e comecei a sair dali.

Eu tinha perdido tudo e a culpa era total e completamente minha. Lá estava eu, Rachel Stewart, mais uma vez fugindo, como eu sempre fazia. Uma completa imbecil.

Shoulda put it down, shoulda got that ring

Cuz I can still feel it in the air

See her pretty face run my fingers through her hair

Abracei meus ombros ao sair do salão e encontrar a rajada de vento frio da noite, respirei fundo tirando meus sapatos e correndo pra longe dali, sentindo minhas lágrimas caírem rapidamente a cada passo.

– NÃO RACHEL! EU NÃO VOU TE DEIXAR IR EMBORA OUTRA VEZ! – Ouvi seus berros atrás de mim, enquanto corríamos pela beira da estrada, dei uma olhada para trás e corri mais rápido ainda, sentindo minhas lágrimas escorrendo pelas maças do rosto, indo até meu queixo e caindo em meu pescoço, estávamos quase chegando à grande ponte que cruzava o lado sul e norte da cidade.

My lover, my life, my shorty, my wife

She left me, I'm tied

Cuz I knew that it just ain't right

– VOCÊ É UMA MEDROSA RACHEL! E É POR ISSO QUE NUNCA DAMOS CERTO, NÃO ME CULPE PELOS SEUS ERROS IDIOTAS! – Justin gritou atrás de mim, arfante e incrédula parei de correr, olhando para trás, o garoto me encarava com o corpo curvado e às mãos apoiadas nos joelhos, arfante dei três passos em sua direção, apontando o dedo para ele.

– MEUS ERROS? MEUS ERROS!? VOCÊ FALA DISSO COMO SE TIVESSE SIDO EU A NEGAR MINHA MELHOR AMIGA E CONTINUAR COM UMA VADIA INTERESSEIRA POR CAUSA DE FAMA, ME POUPE! VOCÊ É UM IDIOTA HIPÓCRITA! – Barrei totalmente fora de mim, descontando toda minha raiva e medo nele, meus olhos deviam estar vermelhos assim como os dele, Justin me olhava com raiva, se eu não o conhecesse podia jurar que ele estava prestes a me dar um tabefe.

– COMO SE VOCÊS DUAS FOSSEM MUITO DIFERENTES!

COMO SE VOCÊS DUAS FOSSEM MUITO DIFERENTES!

COMO SE VOCÊS DUAS FOSSEM MUITO DIFERENTES!

Aquela frase ecoou em minha mente enquanto eu apenas conseguia encará-lo com os olhos arregalados, Justin pareceu se tocar do que disse, colocando a mão na cabeça, incrédulo.

De repente o mundo parou, e tudo na minha cabeça aconteceu muito de vagar, como se eu me negasse a aceitar o que escutei.

Sete palavras me fizeram pela primeira vez odiar o meu melhor amigo.

I was thinkin about her, thinkin about me

Thinkin about us, what we gonna be?

Open my eyes, yeah, it was only just a dream

So I travel back, down that road

Will she come back? No one knows

I realize, yeah, it was only just a dream

– COMO PODE INSINUAR ISSO!? DEPOIS DE TUDO O QUE EU FIZ POR VOCÊ! COMO...COMO PODE? EU...EU...EU TE ODEIO JUSTIN BIEBER, EU TE ODEIO! – Berrei me aproximando mais e dando um tapa na cara dele, Justin virou o rosto colocando a mão no mesmo, me encarando perplexo e arrependido, coloquei as mãos na cabeça a balançando, deixando minhas lágrimas embaçarem minha visão.

– Eu te odeio, odeio... – Sussurrei frisando aquilo que havia dito anteriormente, fui dando passos para trás, enquanto Justin apenas me encarava estático.

– Rachel, me perdoe, eu...por favor... – Justin implorou em uma voz falha, estendendo a mão em minha direção, balancei a cabeça em um sinal negativo, respirando com dificuldade.

– Eu te odeio. – Sussurrei mais uma vez, agora me virando e caminhando apressadamente pra longe dali.

Deixando tudo pra trás, era hora de seguir em frente.

Justin PDV

Vi Rachel começar a correr apressadamente para longe de mim, arfei caindo de joelhos no asfalto gelado, colocando as mãos no rosto, deixando minhas lágrimas caírem.

Durante um ano inteiro eu esperei, procurei por ela, eu fiz de tudo para recuperar o que tinha, e quanto tive a oportunidade eu simplesmente a desperdicei, ofendendo a única garota capaz de me fazer feliz.

De fazer tudo real outra vez. A única garota que me amaria por aquilo que realmente sou, não só pelo que finjo ser.

When I be ridin man I swear, I see her face at every turn

Tryin to get my usher over, I can let it burn

And I just hope she notice

She the only one I yearn for

Oh I miss her when will I learn?

Didn't give her all my love

I guess now I got my payback

Now I'm in the club thinkin all about my baby

Hey, she was so easy to love

But wait, I guess that love wasn't enough

– Mas...eu te amo Rachel. – Disse ao vento, caindo deitado no asfalto frio e molhado, sentindo meu coração se partir em pedaços lentamente, enquanto eu me amaldiçoava por ser um completo idiota.

Então fechei os olhos fortemente, e desejei que tudo não passasse de um sonho, apenas um sonho.

***

– Você que é um chato isso sim, seu feioso. – Rachel disse mostrando a língua para mim, cerrei os olhos a encarando.

– Ah não, agora você vai ver... – Mal parei de falar e ela já estava correndo e gritando, comigo em sua cola, Rach deu uma olhada para trás e continuou correndo, rindo, era tão bom estar com ela, Rachel me fazia o cara mais feliz e sortudo do mundo, apenas por sorrir, ela acabou tropeçando em uma pedra parando de correr, totalmente cansada, a peguei pela cintura, erguendo e girando, Rachel riu me batendo.

– Para seu maluco! – Disse se soltando, rimos juntos indo na direção do mar.

– Hey Rachel, vamos entrar na água! - Disse animado, parando de andar e jogando meus tênis na areia, ela me encarou com uma sobrancelha erguida.

– Ta no crack menino? Nem estamos de roupa de banho!

– Como se isso fosse um problema pra nós dois, sempre fazíamos isso, qual é Rachel, roupa íntima é a MESMA coisa que roupa de banho! - Disse tirando o casaco preto e a camiseta azul, os jogando na areia, logo fiz o mesmo com a calça jeans, saindo correndo apenas de cueca boxer preta, ouvi Rachel rindo e parei no meio do caminho.

– Qual é Rachel, vamos! – Ri fazendo uma dancinha, Rach gargalhou alto, pisquei para ela, que suspirou tirando suas roupas e ficando apenas de roupa intima, sorri, minha garota era completamente linda.

– Como há três anos atrás? – Perguntei segurando sua mão.

– Como há três anos atrás! – Concordou segurando a minha mão mais forte ainda, sorrimos um pro outro largando correndo em direção do mar, nos tacando nele sem dó nem piedade, como nos velhos tempos.

– Meu Deus, isso é demais! – Ri feito criança, Rachel riu junto, ela estava tão feliz...tão radiante.

– Toma essa Bieber! – Rachel disse começando uma guerra de água, ficamos ali incomodando um ao outro, mergulhando e competindo quem ficava mais tempo de baixo da água, por não sei quanto tempo, as horas ali pareciam evaporar, e nós riamos, brincávamos, e sorriamos completamente felizes um com o outro. Abracei Rachel colando nossos corpos molhados, e com pouquíssima roupa, arrepiando a nós dois, rimos juntos deixando aquela passar.

E caralho, como eu amava aquela garota.

***

As lembranças me massacravam por dentro, esfregando na minha cara tudo aquilo que eu havia jogado no lixo, tudo aquilo que eu tinha deixado de lado por causa de “fama e dinheiro”.

Eu merecia um prêmio de imbecil do século, isso sim.

Rachel PDV

Passei as mãos pela parede úmida do meu quarto na casa do papai, sentada na cama me perguntei como não conseguia lembrar de uma parte de minha vida, me perguntei o quanto estúpido e triste aquilo era.

Eu não lembrava de momentos, lugares e pessoas. Tantas coisas que deviam ter acontecido, tantos momentos perfeitos e pessoas maravilhosas que eu havia me esquecido.

Me sentia tão prepotente e idiota por isso, que o único conforto que tinha era de voltar ao passado. Passei a mão por cima da caixa empoeirada, sentindo meu coração se acelerar, meu corpo ficar agitado e ansioso enquanto minhas mãos tremiam.

Abri a tampa e logo milhares de fotos foram expostas, sorri abertamente sentindo meus olhos marejarem.

Na primeira foto eu e Justin estávamos com bigodes falsos, ele fazia cara de “me gusta” e eu estava com uma cara estranha, fazendo um jóinha com a mão, ri alto com a foto, deixando as minhas lágrimas caírem pelo rosto.

E depois dessas milhões de fotos vieram, fotos com Justin, tia Pattie, Ryan, Scooter, Ryan, Kenny, Chaz, Ryan Butler, Chris, Dan...todos eles, meus amigos, minha família de coração, aquelas pessoas que se tornaram parte de mim, pessoas que eu já não sabia viver sem, solucei tentando limpar os olhos e parar de chorar, olhei pela janela e vi o dia amanhecer, tudo ainda um tanto escuro, suspirei me sentindo uma idiota, eu podia estar humilhada e machucada mas ainda assim pensava em Justin, ainda assim gostava de me machucar, de me iludir, afinal, como eu esperava viver sem ele? Sem todos eles!? O que eu ia fazer?

De repente me toquei que sim, eu podia viver sem eles. Porém não podia ser feliz sem eles, não, isso não.

Mamãe quando viva sempre me disse que pessoas vão e vem na nossa vida, e que nós não devemos nos apegar a elas, por que mais cedo ou mais tarde essas pessoas importantes vão ir embora, e nada além de lembranças vão restar.

Irônico, pois mamãe era a pessoa mais importante da minha vida, minha melhor amiga, o meu mundo inteiro, e ela também se foi.

Ela se foi me deixando em pedaços, sem chão. Como eu retomaria a minha vida sem ela?

Depois que ela morreu eu me fechei para mim mesma de um modo tão frio, tão inseguro e falso, por muito tempo a ferida no meu coração ficou exposta, em carne viva, eu simplesmente não aceitava que ela havia ido para sempre, talvez por isso eu tenha brigado tanto assim com o papai quando vim morar com ele, aos meus 14/15 anos.

Eu ainda era uma pré-adolescente, cheia de dúvidas e medos, eu estava no auge da minha puberdade, eu precisava da minha mãe, de sua ajuda, apoio e conselhos. E papai, ele nunca estava, ele nunca conseguia falar algo do tipo comigo, éramos como estranhos um pro outro.

E tudo isso só piorou com o tempo, perdi todos os amigos que eu tinha e virei uma pessoa insuportável e sozinha. Foi então que conheci Justin.

Ele sim me deu coisas que ninguém nunca poderia dar. Ele não curou, porém cobriu minha ferida no coração, ele me fez acreditar em amor outra vez, me fez acreditar que sim, eu podia me apegar as pessoas, ele me mostrou um mundo inteiro novo, ele me deu amigos maravilhosos que com o passar do tempo viraram uma família.

E tudo teria dado certo se eu não tivesse sido idiota o bastante para me apaixonar por ele, por criar um sentimento tão grande e tão complexo.

O que eu podia fazer? Eu tinha me apaixonado por meu melhor amigo. A coisa mais fácil de se acontecer, porém tão complicada.

***

– Mamãe, nunca ninguém vai me amar, eu odeio os garotos! – Gritei com raiva me jogando nos braços de minha mãe, que me abraçou forte, afagando meus cabelos, solucei tentado parar de chorar, sem sucesso.

Jake, meu colega de escola havia me dado o fora do século, eu estava humilhada.

– Filha, você deve chorar sim, mas não deve pensar essas coisas. Olha, um dia você vai encontrar o homem da sua vida. Seu melhor amigo, sua alma gêmea, aquele que você poderá contar seus sonhos. Ele vai tirar seu cabelo dos olhos. Te enviar flores quando você menos esperar. Ele vai ficar admirando você durante os filmes, mesmo que ele tenha pago 8 reais para assistir. Ele vai te ligar para dizer boa noite só porque ele sente sua falta. Ele vai olhar no fundo de seus olhos e dizer: ‘’Você é a garota mais bonita do mundo”. E pela primeira vez em sua vida, você vai acreditar. Apenas acredite, filha. – Mamãe disse me encarando com carinho, dando um sorriso ao final da frase e limpando meu rosto com a ponta dos dedos, sorri abertamente em meio ao choro, a abraçando forte.

– Obrigado por isso, eu te amo mãe.

***

E quem diria que dona Lauren estivesse certa, eu me apaixonei pelo meu melhor amigo, contei meus sonhos e segredos mais profundos, suspirei ao escutar sua voz às 2 da manhã me ligando, desejando boa noite e dizendo que ligou apenas pra escutar minha voz.

E então a lembrança me sorrir, deixando meus pensamentos voltarem para um tempo em que as coisas eram mais simples. Ou pelo menos aparentavam ter sido.

Suspirei encarando minha coleção de livros do Nicholas Sparks em cima da escrivaninha, sorri, eu podia ter mudado muito esse último ano, mas essa paixão continuava intacta aqui dentro de mim.

Caminhei até a escrivaninha me sentando na cadeira rosa a sua frente, peguei “O Diário De Uma Paixão” em minhas mãos e fechei os olhos, lembrando de um trecho da história que eu havia decorado.

“Os românticos chamariam isto de uma história de amor, os cínicos diriam que é uma tragédia. Na minha cabeça o que é um pouquinho de ambas, e no fim das contas qualquer que seja a maneira como você escolha encarar este relato, nada altera o fato de que ele abrange uma grande parte da minha vida e do caminho que escolhi trilhar.”

Eu tinha feito muitas escolhas, afinal, a vida é feita de escolhas. Sendo erradas ou não, foram elas que me levaram até Justin.

E ainda que o que ele tinha me dito noite na passada tenha machucado eu não podia desistir, não agora que estava tão perto.

Minha mente dizia que eu devia superar, que já havia sofrido demais por aquele garoto.

Mas meu coração...meu coração dizia que eu não podia desistir, que o amor estava ali, apenas esperando que eu o encontrasse.

Talvez eu fosse apenas uma masoquista, que adora sofrer por amor. E sempre quebrar a cara no final.

Ou talvez eu seja apenas uma garota apaixonada, tentando viver o seu próprio romance como nos livros que ama ler.

Fechei os olhos fortemente, sentindo uma lágrima solitária rolar sobre o rosto.

É tão difícil dizer adeus.

É tão difícil se despedir daquilo que te faz feliz. E eu era egoísta demais pra isso, para dizer adeus.

Encarei a parede branca, enquanto meus pensamentos pareciam voar longe, até o garoto de olhos cor de mel. O garoto com sorriso infantil e o coração de ouro.

Suspirei derrotada. Eu não queria dizer adeus, eu não queria desistir da felicidade e passar a minha vida inteira em busca de redenção.

Estar com 90 anos, morta e pensando o que poderia ter acontecido.

Tudo bem, idiota, afinal você não pensa quando está morto, mas valeu a intenção.

Nigga, nigga, nigga, nigga, nigga, nigga, nigga, nigga I’m 100% nigga!

Revirei os olhos indo pegar meu celular, tinha certeza que era Ryan, era o único que eu colocaria um toque desses.

Ri comigo mesma ainda fungando.

– Oi?

– Rach? Tudo bem? Justin chegou transtornado aqui, gritou com todo mundo, chorou que nem um bebê e ainda terminou com a Selena, assim, na maior friesa!

– Como? – Um sorriso de esperança brotou em meus lábios ao escutar aquilo, desta vez estaria o crucial destino lutando ao nosso lado?

Era quase como se eu pudesse ver uma luz brilhante ao fim do túnel, a resposta de todas as perguntas.

E ali estaria Justin, meu pedaço de perfeição.

– Isso mesmo, Rach o que aconteceu com vocês? O garoto se trancou no quarto e só saiu agora para irmos embora, aliás, sua vaca nem pra vir se despedir de mim!

– O QUE? VOCÊS VÃO EMBORA!? – Praticamente berrei me levantando de supetão, Ryan rosnou do outro lado da linha.

– Não grita, estou morrendo de dor de cabeça, ai ressaca! – Resmungou soltando um gemido triste logo em seguida, revirei os olhos rindo.

– Vocês estão indo embora? Não! Ryan eu preciso falar com o Justin!

– Então é melhor você vir rápido, estamos no aeroporto internacional e o vôo sai em 15 minutos, mas espera, no fim você não me falou o que...

– Tudo bem, tchau. – Disse desligando na sua cara, quase podia ouvir Ryan me xingando essas horas, mas nem ao menos me importei com isso, eu precisava agir, e rápido.

Corri até meu closet e arranquei meu pijama com dificuldade, apenas enfiando o primeiro vestido que vi na frente, corri para o primeiro andar enquanto amarrava meu cabelo e dei de cara com o papai ao chegar à sala.

– Hey, calma aí, o que você vai fazer?

– VOU SER FELIZ PAI! – Gritei saindo correndo pelo hall e levando a chave do carro junto comigo.

– RACHEL, ESPERA! FILHA VOCÊ ESQUECEU OS SAPATOS! – Papai gritou da porta, apenas dei uma olhada para meus pés e ri comigo mesma enquanto meu pai me encarava como se eu fosse retardada.

– NÃO IMPORTA PAI, EU NÃO PRECISO DISSO AGORA, ME DESEJE SORTE! – Gritei entrando no carro, eu já não tinha tempo para mais nada, a ânsia de ser feliz, de viver o amor por qual eu desejava e sonhava tanto, me consumia, meu coração parecia pular do peito, eu precisava ser feliz, de uma vez por todas. Sem mais dramas e medos.

– TUDO BEM, SEJA FELIZ RACHEL! – Papai disse rindo, abanou pra mim enquanto comia seu cereal, sorri piscando para ele e dando a partida no carro. Apesar de estar apressada eu dirigia em uma velocidade rasoavel, não queria me meter em problemas, não agora.

Dobrei a rua e parei em um sinal vermelho, fiquei batucando meus dedos no volante, completamente agitada e nervosa.

Ele não podia, ele não iria embora! Ele não podia me deixar, assim como eu havia o deixado, Justin não era tão idiota quanto eu.

– VAMOS LOGO! – Gritei irritada ao dobrar uma rua e ficar presa em um congestionamento dos infernos, tudo estava parado na rua, tinham até mesmo repórteres ali.

Estava pouco me lixando para o que aconteceu, eu somente precisava sair dali, eu precisava correr até Justin.

Encarei o relógio da igreja perto dali, 6:53, eu tinha exatos sete minutos para mudar minha vida.

Apenas sete minutos para mudar tudo.

Respirei fundo saindo do carro e o trancando, largando ele ali sem dó nem piedade, ouvi várias pessoas atrás de mim lançarem xingamentos para mim, apenas gritei um “foi mal” e saí correndo por entre os carros, o aeroporto não era tão longe dali, mas eu sabia que o tempo corria contra mim.

Pulei dois carros e levei buzinadas por isso, apenas revirei os olhos adentrando a avenida principal, correndo a beira da estrada, sentindo o asfalto queimar os meus pés enquanto o vento seco fazia minha franja solta voar no rosto, embaçando minha visão, completamente cansada e arfante a puxei para trás da orelha, correndo mais rápido ainda, sentindo meu corpo inteiro enrijecer.

Mas não podia desistir, eu precisava ser forte, eu precisava fazer isso mim.

Por nós.

E agora meus pés pareciam não tocar mais o chão, era como se estivesse voando, de volta para o paraíso.

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Sonhos eram difíceis de serem alcançados, eu sabia disso, porém nunca deixei de acreditar que eles podiam ser realizados.

Se você sonha e acredita em algo, por que não pode se tornar realidade? Basta você correr atrás daquilo que deseja.

Assim como não se pode amar pela metade, não se pode voar com os pés no chão e viver de mentiras, você não pode esquecer aqueles que se tornaram insubstituíveis.

“A vida não é justa. Mas também aprendi que é possível seguir em frente, não importa quanto pareça impossível. Com o tempo, a dor… diminui. Pode ser que não desapareça completamente, mas depois de um tempo não é massacrante.”

Bobagem, como eu poderia seguir em frente se o meu futuro era ele? Como eu poderia seguir em frente sem um pedaço de mim mesma?

E sabe, no início eu havia dito que não sabia quem eu mesma era, ou onde era meu lar, eu estava errada, eu sabia muito bem, eu sempre soube. Eu apenas estava me enganando, estava errando em minha ânsia de acertar.

Eu era uma garota insegura e complexa, eu tinha medo de me apaixonar pois não queria amar tanto uma pessoa e depois perdê-la, assim como aconteceu com a mamãe.

E o meu lar, bom, o meu lar era qualquer lugar onde estivesse Justin, o garoto do sorriso gentil.

Ele era meu lar, e o meu coração pertencia a ele, não importa quanto tempo irá passar, ou quantos amores eu poderei ter, ele sempre será o único dono do meu coração. Ele jurou que estaria bem ao meu lado mesmo quando o mundo estivesse desmoronando, e eu sabia que ele cumpriria sua promessa.

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E ali estava ela, correndo contra o tempo em busca do seu tesouro mais precioso. A garota dos cabelos compridos e olhos cor de mar tinha um sorriso amargurado pendurado em seu rosto.

A cada passo longo que dava ela se sentia mais distante, como se o tempo estivesse voltando, a trazendo de volta ao passado, a fazendo lembrar de coisas que ela havia afirmado a si mesma que já tinha esquecido.

E ela corria mais do que seu fôlego permitia, ela não se importava com o que estava prestes a acontecer, há muito tempo havia desistido de tentar adivinhar o futuro.

E ainda que tudo desse errado, pelo menos teria o consolo de que havia tentado, de que havia cumprido a sua promessa de não desistir. E lá estava ela firme e forte, seu coração fora quebrado tantas vezes, mas ela parecia gostar de ignorar isso, como se tivesse esperanças a cada tentativa de que sim, aquela vez seria diferente.

Seus pés pararam com violência no chão áspero, ardendo em chamas, mas ela não se preocupou com a dor, era irrelevante agora.

Encarou rapidamente a faixada do aeropoto, cheia de fotógrafos, tomou fôlego e correu para dentro do lugar, sentindo seu corpo relaxar assim que os pés encostaram no assoalho gelado.

Rachel caminhou apressadamente entre as pessoas, se xingando por não ter perguntado a Ryan em qual portão de embarque eles estariam.

Fechou os olhos rezando baixinho, pedindo uma segunda chance. Parando em frente a qualquer portão de embarque sentiu seu fôlego faltar e mordeu os lábios, com medo de ser tarde demais.

Apreensiva abriu seus olhos outra vez e encontrou ele a encarando confuso, tudo parou de vez.

A garota arfou encarando Justin, ele suspirou sorrindo abertamente para ela, que sentiu o vazio em seu coração ser preenchido. Não existia mais medo, apenas sobrara amor.

Havia sido uma longa e dramática jornada, demorou tanto tempo e machucou tanto os dois, mas agora tudo parecia fazer sentido, ambos notaram que tudo aquilo finalmente tinha valido a pena.

Aquela ferida no coração da garota começava a cicatrizar a cada passo que ele dava em sua direção.

Rachel segurou forte o pingente de seu colar, o símbolo do infinito, aquele mesmo colar que Justin havia dado para ela há mêses atrás, selando a amizade de três anos dos dois. Aquela noite em Paris, onde os dois se beijaram pela primeira vez, onde descobriram que estava completamente apaixonados um pelo o outro.

O que acontece a seguir? Nem Justin e muito menos Rachel sabiam, eles poderiam não ficar juntos, porém algo eles seriam para sempre: Melhores amigos. Eles haviam jurado e iriam cumprir até o fim.

Justin sorriu puxando seu colar de baixo do casaco de moletom roxo e mostrando para a garota, enquanto faltavam apenas alguns passos para chegar até ela. Então ali, no silêncio das entrelinhas ela entendeu exatamente tudo, por mais complexo que o pensamento fosse, tudo se tornou finalmente real.

E ela sorriu boba, sentindo as suas bochechas corarem violentamente. É, tudo estava bem.

E que o para sempre continue...

The End ♥