Comecei a namorar James em Janeiro do nosso sétimo ano, depois de aguentar mais de três anos as cantadas dele.

Meus pais haviam sidos mortos por Voldemort, aquele cabeça de cobra hipócrita dia 09 daquele mesmo mês.

Nunca chorei tanto na minha vida. Era como se eu tivesse sido morta também, afinal, foram eles que me deram a vida.

Aquele dia eu realmente conheci James – e até me abri para ele.

Quando já era tarde da noite ele me encontrou onde eu nunca pensei que alguém iria conseguir entrar: na sala precisa. Eu havia chorado desde a hora que eu tinha recebido a noticia. James me consolou como nenhuma outra pessoa saberia fazer.

Uma semana depois fomos a Hogsmead, porém apenas como amigos, o que ele havia se tornado naquela fria noite.

Me diverti como nunca naquele sábado, até que mais uma vez, Voldy resolveu acabar com a minha felicidade.

E pela primeira vez na minha vida me senti culpada por não dizer não ao Jay.

E eu descobri o que aquele ser sem amor queria. Aquele que eu mais desejava, queria e necessitava no momento: James.

Jay, com seu instinto protetor me pediu para não lutar, que eu fizesse isso por ele.

E aquela foi a primeira vez que o beijei.

Mesmo não sendo esse seu desejo eu fui. Pela primeira vez encarei Voldemort cara a cara. James lutava ruidosamente com ele. E o Crucio que acertou James me fez perder os instintos. Naquele momento lutei com Voldemort como nunca havia lutado com ninguém em toda minha vida.

Depois de dois dias de ficadas James me pediu em namoro.

O sim saiu como se necessitasse disso – o que realmente era verdade.

Os dias, assim como os meses se passaram rapidamente, e quando me dei por mim já era maio, o mês dos Niem’s.

E pela última vez fui a Hogsmead como estudante de Hogwarts.

E, pela segunda vez Voldemort acabou com minha felicidade e de James.

Seu objetivo havia sido mudado desde a ultima vez que nos vimos. Agora seu alvo era eu.

James ficou completamente desesperado quando soube disso. O que um cara mal intencionado queria com uma simples menina de 17 anos? Essa também era a pergunta que rondava minha mente.

Depois daquele dia fiquei uma semana e meia na ala hospitalar.

Nossa formatura foi um dos dias mais importantes da minha vida, principalmente quando James me pediu em casamento.

Mais uma vez o sim foi inevitável.

Nos casamos no final de Setembro, exatamente no dia em que Sirius e Marlene completaram um ano de namoro.

A vida seguia sossegadamente. Eu e James entramos no curso de Auror, assim como Sirius, Marlene, Remus e Emme.

Até que fomos mandados para uma missão na Austrália. Onde, possivelmente estava Voldemort.

E aquela foi a terceira vez que eu o encarei.

A luta havia sido mais árdua, porem causou menos estrago ao lugar do que as lutas de Hogsmead.

Voldemort havia me acertado com tudo naquele dia, fazendo-me perder o filho que eu esperava.

Três dias antes da missão eu tinha descoberto que estava grávida de um mês, mas não tinha contado a James por causa da missão e com medo de que isso acontecesse – o que realmente aconteceu.

Fiquei mau por quase seis meses. O cara de cobra tinha tirado meu filho de mim.

Depois de um ano eu engravidei novamente, e desde então não fui para nenhuma missão.

Harry nasceu no fim de julho com saúde e tendo todo o amor que precisava.

Dediquei meu ultimo ano todinho a meu filho, assim como James.

Jay foi meu herói até seu ultimo minuto.

Quando eu vi Voldemort entrar em casa eu imediatamente soube o que ele queria – meu marido, meu filho e eu.

Ele não poderia tirar as coisas mais importantes da minha vida.

Quando James me mandou fugir com Harry eu soube o que aconteceria logo a seguir.

Tanto minha varinha quanto a de James estavam no quarto de Harry.

O baque que eu ouvi no andar de baixo confirmou minhas suspeitas: James estava morto.

Naquele momento peguei minha varinha e lancei um feitiço em meu filho. Animam meam pro tua. Minha vida pela sua.

Eu queria ir com James. Mas não suportava a ideia de deixar Harry sozinho nesse mundo. Meu filho era a coisa mais importante desse mundo, pois ele representava meu amor por James.

A ultima coisa que vi antes de ser coberta pela escuridão foi o rosto do meu filho. Tão parecido com James, mas ainda assim, parecido comigo.

Com essa imagem parti para a escuridão. O meu sono eterno com James.