A menina amava alguém mais do que tudo, o homem não dizia que a amava mais também não dizia que não. Ela simplesmente queria estar ao lado dele nem que para isso tivesse que se tornar amante e se rebaixar ao mesmo que sua mãe foi. Ele, mesmo sendo errado, aceitou, mas ela não sabia se ele aceitara por sexo ou aceitara porque se sentia bem aos toques da menina. Infantil, jovem, criança. A garota teve sua primeira paixão juvenil e sua primeira desilusão, sua vida era feliz mesmo não podendo mostrar a todos que amava aquele homem, ela se odiava por ser amante, por vê-lo com outras mulheres e saber que aquela não era ela, que a mulher que ele queria nos braços e chamar de amor não era ela e sim outra... Mesmo assim, a menina continuava com ele, desejava ele como uma criança deseja um doce. Sua vida era uma mistura de prazer e tristezas, seu coração já não estava tão vivido e tão caloroso, estava ficando frio, triste, solitário. A garota por fim, mudou. Decidiu que não mais o amaria e que ele seria apenas um objeto para satisfazer seus desejos mais sujos. Ele, não sabia o que ele tinha feito nela e nem o que havia mudado com ela. O que poderia ter acontecido se ele tivesse ido embora? Ou se simplesmente ele tivesse dito que a amava e ter ficado com ela? Nada iria mudar aquilo, ela o amava, dizia isso em indiretas mesmo ele não acreditando. “Uma menina de dezesseis anos não sabe o que é amor.”, ele sempre acreditara naquilo mais ela sabia sim o que era amar, o que era passar noites chorando esperando que ele ligasse que ele apenas pudesse esquecer as outras e então poder colocá-la em seus braços para protegê-la de todo o mal do mundo.

 Isso nunca aconteceu, ele só a queria como amante e amiga confidente, ela o queria como seu amigo e homem ambos não decidiam o que era aquele romance escondido que estavam tendo por trás de tudo e de todos... O que acontecerá com a menina? Pobre menina, seu coração agora estava triste, seus olhos vermelhos de tanto chorar, seu corpo pedindo pelo toque do único homem que a fez mulher... Pobre menina...

Um suspiro foi dado. Milhões de pensamentos se voltaram contra ela quando olhou o calendário.  21 de fevereiro, em nove dias ele estariam indo embora para talvez nunca mais voltar, ela não o veria nunca mais e sua vida poderia então voltar a ser como era antes... Poderia agora esquecê-lo e então ter seus pensamentos voltados ao seu futuro, ele não iria mais magoá-la não iriam mais usar um ao outro para se satisfazerem... Que maravilha! Nunca mais vê-lo, nunca mais tocá-lo... Palavras tão fortes e tão dolorosas... Pobre menina, sozinha em casa olhando um calendário e suas lágrimas caindo por sua face manchando-a e mostrando que não conseguira fazer o que queria. Não conseguira vê-lo como um objeto de adorno, ele era tudo para ela, ele era o que ela queria. “Não, ele não pode ir embora, não tão rápido! Ele... Eu... Nós... Por favor, céus, me deixem ter mais um tempo com ele, deixe-me dizer tudo que eu nunca disse, deixe-me mostrar o quanto eu o amo!” A menina chorou e chorou, não conseguia imaginar ficar sem vê-lo. Por fim ele foi embora e o tempo que havia pedido para eles nunca foi dado. Ela apenas o viu partir e se despediu como todos e no final, ela nunca pode contar a verdade... Nunca pode dizer que o amava...