Bem houve uma tragédia aqui no meu lar. Foi como posso dizer... Houve uma perda, minha mãe ficou super brava com a nova porta que ganhou e eu não estou muito feliz. Acho que só contando para vocês entenderem a minha situação, ainda bem que não apanhei por causa dos dois. Não se preocupe Zé está bem e com muita saúde já com relação a Miro...

Onde estávamos... Ah!

Depois de ficarem se encarando, Miro e Zé, lembrei-me de algo muito importante porque meu filho não tirava os olhos do aracnídeo. Zé pequeno como todos os chamam aqui em casa por causa da estatura dele, possuía um gosto peculiar por certos insetos. E talvez ele, Zé, estivesse confundindo o cavaleiro com um dos seus pratos favoritos. Escorpião vivo. Foi quando a tragédia se assolou no momento que Miro se virou, Zé preparou a investida. Fiquei desesperada e corri com a faca na mão.

- NÃO! – Gritei desesperada.

Coitado do cavaleiro pensou que eu ia matá-lo não que eu tivesse essa intenção com toda a certeza do mundo, eu não ia fazer nada demais. Vendo que Miro não percebeu a investida do meu filho. Foi à tragédia grega ou brasileira se preferirem.

Eu escorreguei numa casca de banana que apareceu não sei da onde. Dei um grito extraordinário que nunca imaginei ter cordas vocais para isso, pensei em montar uma banda de rock. Acho até que acordei alguém no Japão. Soltei a faca que voou na direção dos dois, Miro sentiu algo o beliscando e se virou. Deu de cara com Zé com aquilo na boca dele.

- ATENA! – O cavaleiro gritou mais alto do que eu.

Zé nos olhava como se fossemos dois doidos saídos do hospício. A faca caiu bem no meio das pernas de Miro. E quase matava os futuros descendentes dele.

- Miro! – Exclamei.

- Su! – Miro exclamou.

- Miro!

- Zé!

- UMA BARATA. – Gritamos e saímos correndo.

Zé ainda com aquele ser nojento na boca não fez nada além de devorar o inseto. Já o cavaleiro passou pela parede, literalmente. Lembra que eu falei que minha mãe ganhou uma porta nova. Bem foi isso, o escorpiano saiu na velocidade da luz e atravessou a parede. A morte mencionada foi do inseto que Zé matou ou seria comeu? Na realidade meu filho é um herói salvou nosso destemido cavaleiro que não teme nada a não ser uma barata.

Ainda bem que ele não se lembrou da faca. Eu fiquei preocupada, vai saber lá qual vingança uma pessoa tão querida por milhões de brasileiros, ou melhor, pelo mundo poderia fazer a mim. Por isso pedi a papai uma grana. Juntei minhas tralhas e estou aqui no Caribe bem longe dele.

Quase que ia esquecendo... Miro. Bem depois do acidente ligue para Deba e perguntei sobre nosso adorável amigo. Segundo o cavaleiro de touro depois do acidente o cavaleiro mandou dedetizar a sua casa. Não sei o porquê de tal ato já que a barata estava na minha casa e não na dele. Vai saber. A noite o cavaleiro acordava gritando com medo de algo. Não sei se foi por causa da barata, de mim ou de Zé. Mas cheguei a uma conclusão se a barata morreu, Zé sabe se defender, eu achei por bem da minha saúde e vida sair de férias. Acho que é o fim.

- Fim nada. – Falou Miro.

- Fim sim. – Confirmei.

- Mas só isso?

- Tinha ideias, mas vamos dizer que fiquei um pouco triste.

- Tive uma ideia.

- Posso contar a história do boi...

- Que boi que nada. Que tal fazer uma promoção e dá um prêmio?

- Vai dá o que?

- Uma casa.

- Só se for a tua.

- Eu achava que você era rica.

- Sou nada. Nem tenho dinheiro para ir aos eventos.

- Você vai pensar em algo Su. Eu sei disso.

- E o que vamos perguntar?

- Sei lá. Só tive a ideia você desenvolve o resto.

- Pois bem. Zé o que você me diz?

-...

- Boa ideia.

- Ele não falou nada.

- Falou, você que não ouviu né Zé?

- Ta e qual é a ideia dele.

- Quem descobrir quem é Zé ganha um prêmio.

- Que prêmio?

- E eu sei. Posso contar a história do boi...

- Acabou. Corta. Fim. Quero dizer continua...

FIM