O Colar escrita por Ginevra_C


Capítulo 4
Paciência


Notas iniciais do capítulo

Oieee , volteeei *---*.
Desculpa a demora, mas eu tava muito encarnada em uma outra fic minha e tava sem inspiração pra essa aqui.



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Narrado por James Potter:

- Eu já volto. - anunciei para eles.

- Aonde você vai? - perguntou Lily com preocupação.

- Falar com Dumbledore. - eu disse desafiando-a a me contrariar, mas ela assentiu.

- Eu vou junto. - e ficou de pé.

- É um assunto particular... - comecei.

- Um assunto do qual eu também estou envolvida! - ela disse - E não discuta! - cara! Às vezes ela parece a minha mãe...

Ela me puxou pelas vestes e me arrastou até a sala do diretor.

- Pudim de caramelo. - ela disse ao chegar na frente da gárgula que pulou para o lado e nos deu passagem.

Nós subimos pela escada de caracol - ela estava impaciente demais para esperar até que a escada nos levasse - e bateu na porta com uma força exagerada.

- Entre... - disse a voz calma de Dumbledore.

- Prof. Dumbledore! Tem um Comensal dentro da... - ela perdeu a voz.

O homem que vimos ontem estava sentado na cadeira a frente da escrivaninha de Dumbledore.

Lily ficou pálida e levou a mão ao colar como se tivesse medo de que o roubasse. Ela me segurou, mas eu não tinha certeza se era para se apoiar ou me impedir de dar uma surra no cara.

Uma raiva descomunal ultrapassou o meu corpo. Ele estava ali falando com Dumbledore! O homem que matou o meu irmão a sangue frio e tentou matar a garota da minha vida. Ele não ia escapar ileso. Eu não ia deixar.

- Bom dia Sr. Potter, Srta. Evans... - disse Dumbledore extremamente sério.

- O QUE ELE ESTÁ FAZENDO AQUI? - eu explodi.

- Sr. Potter... - tentou Dumbledore.

- ELE É UM ASSASSINO! COMO O SENHOR PODE DEIXAR O UM ASSASSINO ENTRAR EM HOGWARTS? - eu gritava descontrolado.

- Sr. Potter, você está enganado. - disse Dumbledore ainda sério.

- Você não acredita naquela história, não é Professor? - perguntou Lily com a voz trêmula.

- Não. - respondeu ele com simplicidade - Por isso mesmo que este homem veio até Hogwarts.

- M-mas... - começou Lily.

- COMO ELE VAI PODER AJUDAR SE FOI ELE MESMO QUEM MATOU O MEU IRMÃO? - eu gritei cada vez com mais raiva.

- Não fui eu que matei o seu irmão, rapaz. - disse o homem - Assim como você eu também tenho um irmão gêmeo. E ele foi quem matou o seu irmão.

- E por que você está aqui? - eu perguntei com a voz mais controlada.

- Por que o meu irmão assumiu a sua lealdade ao lado das trevas faz algumas semanas, só então eu percebi que era tudo mentira e mandei uma carta a Dumbledore lhe oferecendo ajuda para que possamos capturar o meu irmão e leva-lo para Azkaban.

Ele se levantou e conjurou duas cadeiras para mim e para Lils. Então puxou a cadeira para o lado de Lily.

- Eu sinto muito informar, querida - ele começou hesitante -, que você terá que me contar o que aconteceu naquela noite. Cada detalhe.

Lily ficou ainda mais branca. Eu lhe dei a mão para que segurasse e ela a pegou.

- E-eu... - ela tremia.

- Vamos, Srta. Evans - incentivou Dumbledore - eu sei que foi um dia muito difícil para você, mas você terá que nos ajudar. Por todo um mundo bruxo e pela memória de Harry.

- Todo um mundo bruxo? - perguntei.

- Sim. - respondeu o homem - Os bruxos que tem irmãos gêmeos são raros e poderosos. Eles tem mágica dobrada dentro de si, mas um depende do outro. A alma desses dois bruxos estão conectadas, e se uma deixar o mundo mortal, vai automaticamente levar um pedaço da alma de seu irmão gêmeo também. E os poderes extras são anulados.

Eu fiquei atônito.

- E o meu irmão ainda vive e au também vivo, é claro, mas isso faz do meu irmão um dos Comensais mais poderoso e perigos que Lord Voldemort poderia ter tido. - eu e Lily trememos de leve ao ouvir o nome - E só há dois jeitos de impedir o meu irmão. Um: eu morrendo o que está fora de cogitação e dois: ele sendo preso em Azkaban.

O homem se virou para nós e perguntou.

- Posso contar com a ajuda e a colaboração de vocês? 

Eu assenti solenemente, eu faria qualquer coisa para vingar meu irmão. Lily também assentiu trêmula.

- Agora, você terá que me contar, minha cara. - ele falou gentilmente com ela.

Ela suspirou e me olhou. Eu sorri encorajando-a.

Ela começou a contar a história. Todos os detalhes. Eu escutava cada palavra que ela dizia com o máximo de atenção, pois aquela era a primeira vez que ela contava o que aconteceu naquele dia e, provavelmente, a última.

Ninguém a interrompeu, mas quando terminou de falar Dumbledore perguntou:

- Você disse que ele havia lhe dado esse colar nessa mesma noite?

- Sim. - disse Lils.

- Provavelmente como uma demonstração de amor, não é? E foi feito pelas próprias mãos? - era mais uma afirmação do que pergunta.

- Sim. - ela assentiu de cabeça baixa.

Dumbledore e o homem trocaram olhares significativos.

- O que foi? - eu perguntei.

- Nada que devamos nos preocupar agora, Sr. Potter. Por favor, vão para as suas aulas e entreguem isso ao professor que estiver dando aula. - ele nos entregou um pequeno bilhete justificando o nosso atraso.

Nós saímos da sala do diretor e fomos em direção à nossa aula. Lily continuava de mão dada comigo e eu não me importei.

Quando estávamos na frente da sala de aula ela me abraçou e sussurrou no meu ouvido:

- Eu te amo. Você é o meu melhor amigo, não se esqueça disso. - e me deu um beijo na bochecha.

Eu não como eu consegui ficar pior do que já estava, mas consegui.

Então lembrei das palavras do meu pai à tanto tempo...

Flash back James Potter, 10 anos atrás:

Eu, Harry e Lupin estávamos brincando de esconde-esconde, mas eu nunca conseguia ficar parado no meu esconderijo, saía correndo assim que Harry terminava de contar e era facilmente descoberto.

- Assim não vale! - eu dizia mal-humorado - Você fica em volta! Não tem como eu chegar sem você me ver!

- Você é que não sabe jogar! - ele retrucou e logo começamos a brigar.

- Chega meninos! - meu pai veio em nossa direção - Qual é o motivo da briga dessa vez?

- Ele não sabe jogar sem sair do posto de contagem! - eu falei.

- Ele não tem paciência pra me esperar sair! - disse Harry com raiva.

Meu pai riu.

- James, você tem que ser paciente e ficar em silêncio no seu lugr até que Harry fique longe o bastante para não te alcançar.

- Mas demora tanto... - eu reclamei.

- A vida é feita de esperas, filho. Tanto quanto em um simples jogo quanto com uma decisão difícil. Terá vezes que não será você quem vai tomar essa decisão difícil, portanto você terá que ser paciente para que a pessoa possa se decidir com cuidado. - ele sorriu.

- Tudo bem... - eu murmurei.

- Voltem a brincar. Remo, se eles aprontarem de novo... - ele não completou a frase.

- Pode deixar! - Remo respondeu alegrinho.

Eu teria que ter paciência com a Lils, assim como eu terei que ter paciência para poder ter a minha vingança. Já esperei seis anos tanto com um quanto com outro e terei que continuar esperando, sem me preciptar.

Ou eu posso acabar arruinando tudo. 


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Notas finais do capítulo

Revieeews na saídaa *----*.



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