Enfim Você Apareceu escrita por Grah Seicentos, Hope


Capítulo 4
Encontro


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas espero que gostem.



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POV Jacob

    Acordei na segunda-feira com o céu desabando em La Push, há muito tempo não chovia assim. Ainda era 06h00min da manhã, mas eu tinha que levantar, precisava ir à Port. Angeles.

    De repente senti um frio na barriga e meu coração disparando. Que coisa mais estranha. Será que era por causa da viagem? Mas eu sempre vou lá.

    Levantei, tomei um banho, escovei os dentes e me vesti. Calça jeans, camiseta azul e tênis. Pensei em vestir uma jaqueta, mas como nunca sinto frio, deixei de lado.

    Estava super cansado. A reunião de ontem terminou bem tarde.

    Depois de ser anunciado como o novo alfa, ouvir reclamações de Paul e Jared dizendo que não receberiam ordens minhas, ficar agüentando Embry e Quil discutirem sobre qual dos dois seriam o beta e receber felicitações de Seth, Collin e Brady, resolvemos comemorar. Emily tinha levado sanduíches e refrigerantes. Acho que essa foi a melhor parte.

    Agora eu era oficialmente o líder da alcatéia, o lobo alfa, aquela que dava as ordens.

    “Excelente”. Pensei com ironia. “Tudo que eu sempre quis”

    Meu pai como era de se esperar estava cantando de felicidade, e isso não é uma coisa agradável aos ouvidos. É melhor eu sair logo, antes que ele comece com o discurso de como está orgulhoso.

    Liguei para Seth e disse que só apareceria na oficina mais tarde, pois ia a Port. Angeles. Precisava comprar algumas ferramentas e peças que estavam em falta. Entrei no meu Jipe Wrangler e dirige rápido pela estrada.

    No meio do caminho comecei a sentir de novo aquele frio na barriga e o coração disparando, mas agora não era só isso, minhas mãos também estavam suando. Eu tinha a sensação de que algo grande estava para acontecer hoje, só não sabia se era bom ou ruim.

    Passei a manhã toda de loja em loja comprando peças e tudo mais que faltava pra oficina e em todo esse tempo aquela sensação nunca me deixou.

    Quando acabei, parei em um restaurante para almoçar, mas era difícil com aquelas garçonetes me secando. Eu já estava acostumado com os olhares cheios de segundas intenções das mulheres, mesmo assim era desconcertante.

    Comi o mais rápido que pude pra sair logo daquele restaurante, além de olhar, elas também cochichavam e não faziam nenhum esforço pra disfarçarem e aquele momento estava ficando um tanto quanto constrangedor.

    Dirigi de volta à Forks, quando no meio do caminho avistei alguém. Estava todo de preto com uma mochila nas costas da mesma cor, o rosto coberto pelo capuz do casaco, mas dava pra perceber que era uma garota por que usava um All Star pink “pouco” chamativo.

    Nesse exato momento meu coração só faltou sair pela boca e eu quase devolvi o almoço, tamanho era o frio na barriga.

    Diminui a velocidade do carro até alcançá-la.

    —Hey, você. Quer uma carona? – perguntei chamando a atenção dela, não era seguro ela ficar andando sozinha pela estrada.

    Então de repente ela levantou a cabeça e me olhou, os olhos castanhos me fitando intensamente. Nesse momento tudo ao meu redor sumiu, era como se só existisse eu e ela. Nada mais importava. Ninguém mais importava. Somente ela, apenas ela.

    Aquela cena do sonho passou em minha mente, mas agora eu conseguia ver o rosto da garota por que era ela, eu tinha certeza disso.

    —Até que enfim você apareceu – eu disse sem pensar.

    —Desculpe. Como? – perguntou confusa.

    Eu precisava disfarçar urgentemente, antes que ela pensasse que eu era um louco maníaco.

    —Eu perguntei se você quer carona – respondi rápido.

    Ela me olhou por mais um tempo, em duvida se aceitava ou não.

    —Claro – ela olhou pro céu – parece que está vindo uma tempestade aí. – Eu apenas assenti enquanto ela dava a volta no carro e entrava no lugar do passageiro.

    —Você está indo pra onde? – eu quis saber.

    —Forks – respondeu - Você conhece algum hotel por lá? – ela perguntou ainda olhando pelo pára-brisa a chuva que começara a cair.

    —Claro. Tem um na entrada da cidade.

    —Você pode me deixar lá, por favor?

    —Posso. – respondi, mas ainda havia uma pergunta que eu queria fazer – Desculpe me intrometer, mas o que você estava fazendo sozinha na estrada?

    —Eu tinha chegado a Port. Angeles e ia pegar um táxi até Forks, mas estavam todos ocupados. Aparentemente muita gente precisava de um no momento.

    “Deve ser o destino” pensei.

    —E então você resolveu seguir a pé até Forks em vez de esperar – indaguei arqueando uma sobrancelha. Eu estava completamente fascinado por ela.

    —Eu tinha planejado pegar carona, não queria ficar lá por muito tempo, mas ninguém estava disposto a parar. Eu já tinha decidido a ir caminhando quando você apareceu. Você foi o único que teve coragem de dar carona a uma estranha. Se bem que eu acho que ninguém seria louco de tentar te fazer algum mal. – ela disse me olhando pela primeira vez desde que entrara no carro.

    Não me senti desconfortável com o jeito que ela me olhou como se me aprovasse, ao contrário, eu adorei. Apenas sorri.

    —E você é de onde? – perguntei querendo manter a conversa e querendo conhecê-la melhor.

    —De nenhum lugar específico. Aliás, eu não pertenço a um só lugar há algum tempo. – ela parecia disposta a responder as minhas então eu aproveitaria.

    —E por que Forks? - não que eu tivesse algo contra é claro – Você não parece fazer o tipo de garota de cidade pequena.

    —E que tipo de garota eu parece ser? – perguntou sorrindo. O sorriso mais lindo do mundo.

    Fiquei um tempo perdido na beleza dela, enquanto ela me encarava de volta. Então voltei a mim e olhei a estrada, se ficasse olhando pra ela, não conseguiria formular frase nenhuma e ainda provocaria um acidente.

    —Bom você parece o tipo de garota de cidade grande como Nova York, Los Angeles – respondi e olhei pra ela de novo – mas você não respondeu minha pergunta. Por que Forks?

    De repente ela ficou séria, olhou através do pára-brisa sem realmente ver algo e depois de alguns segundos respondeu.

    —Eu sonhei. Não exatamente com Forks, mas com um lugar muito chuvoso e com muitas florestas. Então pesquisei e esse foi o único lugar mais parecido com meu sonho que encontrei.

    —Você sonhou? Apenas sonhou? – questionei confuso.

    —Sim. Eu sou uma pessoa que age por puro instinto. E quando sonhei com esse lugar, eu sabia que tinha alguma coisa que me chamava pra cá. Eu só não sei ainda o que é.

    Eu não sabia o que dizer. Ela ainda não sabia o que a trouxera pra cá, mas eu sabia. Tinha certeza.

    Chegamos ao único hotel de Forks. Parei o carro e ela desceu. Fiz o mesmo, não sei por que, mas me pareceu o certo. A chuva ainda estava forte, molhando o rosto dela. Ela era perfeita.

    —A propósito – eu disse estendendo-lhe a mão – meu nome é Jacob Black, mas pode me chamar de Jake.

    —Leighton Foster, me chame de Leigh.

    Então ela sorriu e apertou minha mão. Nesse momento uma corrente elétrica passou pelo meu corpo e ao que parece aconteceu com ela também, por que ela arfou e me encarou. Depois soltou minha mão e foi em direção ao hotel.

    Eu entrei no meu Jipe e dirigi de volta a La Push com um sorriso bobo no rosto. Não conseguia parar de sorrir. Enfim tinha encontrado o grande amor da minha vida. O meu imprinting.


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Notas finais do capítulo

N/A: Tá, eu sei que não ficou muito bom.Mas comentem mesmo assim. Digam o que acham e eu vou tentar melhorar.