February 14th escrita por hikari-san


Capítulo 1
Honmei-Choco


Notas iniciais do capítulo

ALOU~

EM PRIMEIRO LUGAR... FELIZ DIA DE SÃO VALENTIN PRA TODO MUNDO, YAY ♥
BEM, A FIC NAO ESTÁ MUITO GRANDE E OH, NÃO TEM LEMON, TSC TSC. POIS É, O MEU ALTEREGO QUE ESTÁ FALANDO E -N.
ENTÃO, ELA ESTÁ FLUFFLY. EU FIZ PORQUE QUIS E GOSTEI MUITO DELA... ENTÃO ESPERO QUE VOCÊS GOSTEM TAMBÉM...




BOA LEITURA~!



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Honmei choco –

            Engraçado... Hoje todo mundo parece mais feliz. Porque? É uma segunda-feira, dia de trabalhar! Até a Tsunade-baa-chan está sorridente. Não... Entendo isso. Aqui em Konoha tá todo mundo comemorando o que? Eu nem me tornei Hokage ainda’ttebayo! Não é feriado nem nada, se não eu não estaria trabalhando como estou agora. Alias, mesmo estando toda feliz, a baa-chan me encheu de tarefas. E tudo tarefa de escritório! Ela podia ter me mandado numa missão, poxa! Mas nem isso. Estou aqui, organizando arquivos, indo pra lá e pra cá com um monte de papel inútil. Aposto que nem ela sabe o que são esses papéis!

             - “Você quer ser Hokage não quer? Então tem que se acostumar com isso...” Nhé nhé nhé. Eu só a vejo trabalhar quando a Shizune-nee-chan da uma dura nela’ttebayo.

 - O que você está murmurando aí, Naruto? – perguntou uma voz nada contente atrás de mim.

 - Er, nada...

 - Então volte ao trabalho.

Ergh, mas é só falar na velha que ela aparece. Pô, ela bem que podia facilitar pra mim, né? Depois de organizar tudo isso, ainda tenho que passar na academia para organizar os documentos junto com o Sasuke. Aliás, falando nele... até o mister estressadinho está mais feliz hoje. Ou seja, deve ser um dia bem importante. Mesmo assim, hoje de manhã ele estava mau-humorado. Como sempre, lógico. A personalidade dele só mudou um pouco depois que ele voltou... Mas eu também não posso pedir que ele mude de água pra vinho, ou melhor, de Wasabi para Anko. Foi tudo... Muito difícil.

Toda aquela guerra, aquele sofrimento... Aquela luta. Argh, nem gosto de lembrar dessa época. Foi tudo muito dolorido e muito rápido. Doeu muito mais para o Sasuke do que para mim. Claro, porque ele perdeu tudo. Perdeu a luta, a guerra, a honra... Só não perdeu o orgulho, porque isso nem a morte tira dele. Mesmo depois de tudo, ele não podendo reclamar de nada, mantinha sempre sua arrogância e aquele tom de superioridade. Só que eu sentia a ferida que tinha no coração dele. Porque pior do que perder uma luta, é saber que a razão pela qual você lutava era uma grande mentira. Ele ficou praticamente dois meses no hospital sem abrir a boca. Ninguém dava muita atenção pra ele. Nem mesmo a Sakura-chan. Acredito que ela ainda guarda uma mágoa muito grande dele... Mesmo isso não sendo fiel ao caráter dela. Durante a batalha final, houve muitas baixas... Inclusive, a Ino. Acho que ela ainda não o perdoou por causa disso, porque, mesmo sendo rivais, eram melhores amigas. Sinto falta da Ino. Ela era uma das meninas, digo, mulheres mais impressionantes que eu conheci. Uma ótima kunoichi, vítima do caos da guerra. A Sakura-chan ainda deve ter algum rancor por causa disso. Eu não. Apesar de sentir muita falta dela, do sorriso dela, da beleza... Eu não o culpei por isso. Até porque ela morreu honrosamente, lutando no campo de batalha, tentando proteger os amigos. Foi, indiretamente, por causa dele, mas não foi ele que a matou. Ela estava parada, usando ninjutsu médico para curar os parceiros, então, nem pode se defender. Eu não ia culpá-lo por isso, apesar de ter sentido muita raiva também. Eu o visitava todos os dias no hospital. Do que adiantava trazê-lo de volta, se ninguém mostrasse consideração. Eu sei... E até hoje, isso é um fardo pra mim, que todos se sacrificaram principalmente por minha causa. Porque eu quis resgatá-lo. Não só por isso, claro. A guerra era inevitável, mas por causa dele, o sacrifício foi maior.

A~ah. Não gosto de lembrar dessas merdas. Já passou, e o que passou, passou, oras. Apesar das pessoas ainda olharem meio torto para ele, até que estamos bem. Claro, ninguém concordou que ele ficasse fora da cadeia, só eu. Mesmo assim, ele ta pagando a pena dele. E pelo o que ele disse, “trabalhar como professor na Academia é pior do que estar preso”. Ele também passou por um severo interrogatório do Ibiki-san e ficou um tempo em prisão domiciliar. E na minha casa ainda por cima. “É você que quer ele fora da prisão não é? Pois então, ele vai ficar na sua casa”, foi o que a baa-chan disse. Imagina ter que agüentar o Sasuke com aquele humor fantástico dele vinte e quatro horas por dia. E eu ainda tive que ficar fazendo faxina em casa toda a semana porque o fresco não agüenta ficar na sujeira, tsc. Mas está tudo bem. Ele não tem mais aquele olhar, aquele ódio. Se bem que eu nunca sei o que ele está pensando. Mas eu acredito nele’datteba. Ele não se atreveria a fugir de novo.

 - Naruto? – senti alguém tocar no meu ombro.

 - Sakura-chan! O que você está fazendo aqui?

 - Porque? Não quer me ver, é? – disse fechando a cara e cruzando os braços.

 - Você sabe que não é isso’ttebayo!

 - He he, eu vi te dar isso. – disse, estendendo as mãos – espero que goste! – era uma embalagem azul com um laço laranja.

 - Hã? Chocolate? Porque?

 - É um presente pra você, Naruto!

 - Eh? Mas porque?

 - Oras, você sabe que dia é hoje?

 - Segunda-feira?

 - Não isso, idiota. É dia quatorze de fevereiro, dia dos namorados.

 - SAKURA-CHAN! ENTÃO QUER DIZER QUE VOCÊ – fui interrompido por um soco.

 - BAKA! Não é isso! No dia dos namorados não se dá chocolate só para o namorado.

 - Hein? Não tô entendendo.

 - Ah... – soltou um suspiro – como você é desligado. Eu te dei um tomo-choco. E para os amigos mais próximo, duh.

 - A-ah. Obrigado, Sakura-chan! – droga. Por um segundo eu pensei que ela ia dizer outra coisa... – mas porque tudo isso? Não lembro de ninguém comemorando isso aqui, em Konoha.

 - É porque desde a terceira guerra ninja, ninguém comemora isso aqui. Diziam as más línguas que era uma tradição de nações inimigas, então, pararam de comemorar. Mas esse ano, acho que porque ainda precisamos reerguer o comércio da vila, os vendedores quiseram restaurar o “Valentine’s Day”.

 - Valantaine- o que?

 - Ai, tô vendo que vou ter mesmo que explicar tudo pra você. Existe uma lenda, vinda lá do ocidente... Há muito tempo, no império romano, um imperador acreditava que os soldados solteiros eram melhores lutadores, porque não tinham receio de morrer e abandonar suas famílias. Existia um bispo, tipo de “chefe religioso” das crenças do ocidente... Chamado Valentin, que desobedecia as ordens do imperador e realizava casamentos. Quando ele foi descoberto, acabou sendo condenado à morte. Na prisão ele se apaixonou por uma cega, filha do carcereiro. Por “milagre” ela voltou a enxergar, após ter conhecido e amado Valentin.

 - Sakura-chan! Você sabe tudo isso?! – ah! A Sakura-chan é muito inteligente! Saber essas coisas do ocidente e tal...

 - É que o oji-san da loja de doces me contou – disse, com um sorriso. É, eu posso ter exagerado um pouco quanto ela saber dessas coisas. Vai ver nem é verdade, pode ser sido só ladainha pra ela comprar os chocolates dele.

 - Bem, eu preciso ir. Ja nee, Naruto! – falou, saindo e acenando.

Hm... Estranho. Eu nem tinha notado nada sobre esse tal “Valentine’s Day”... Se bem que eu nem tive tempo pra nada, né. Tem meses que eu não recebo descanso da Tsunade-baa-chan. E quem me dera fossem missões. Eu só fico preso aqui, no prédio dos Hokages. –  Mas eu sei que vai valer a pena, um dia meu rosto vai estar ali, ao lado da baa-chan! – murmurei, olhando para os rostos esculpidos dos Hokages.

~x~

Depois que terminei de arrumar todos aqueles arquivos – e dívidas – da Tsunade-baa-chan, saí de fininho, para que ela não pudesse me chamar para me encher de trabalho chato de novo. Afinal, é fácil né. Jogar todo o trabalho dela nas minhas costas enquanto ela fica sentada, folgadona lá, tomando sake. Antes de passar na Academia, decidi ir até o mercado, comprar algumas coisas que estavam faltando, principalmente os vegetais do Sasuke, ergh. E eu tinha que comprar lámen também dattebayo! Enquanto eu passava nas vendas, eu pude perceber os cartazes de dia dos namorados. “Mostre seu amor, dê chocolate xis para o seu amado”... Então é assim que eles enganam as mulheres. Onde eu comprei as verduras também pude ver uma tabela mostrando os diferentes tipos de chocolates. Tinha o “tomo-choco” que é aquele que a Sakura-chan me deu, chocolate para os amigos mais próximos. Tinha também o “giri-choco”, que é o que se dá para os colegas de trabalho ou chefes, e o “Honmei-choco”, o chocolate do favorito, que só pode ser dado ao namorado. Afe, quanta besteira. ... Será que... Não, não, tô ficando louco.

Terminei de colocar as compras na sacola e já estava começando a entardecer. Saco. Demorei demais. Aposto que vou receber bronca do Sasuke porque vou chegar atrasado. Me apressei, larguei as compras na porta de casa e saí correndo para a Academia. Quando cheguei lá, vi o Sasuke conversando com uma menina. Deveria ser uma aluna, tirando dúvida. Era bizarro como às vezes ele mantinha uma expressão leve no rosto. Mesmo discreto, dava pra ver como ele estava sereno. É bom ver que ele não tem mais o rancor de antes. Claro, porque mesmo de volta à vila – e obrigado – ele não ia aceitar tudo com um sorriso no rosto logo de uma vez. Demorou para ele aceitar. E demorou muito.

 - Ei, dobe. Demorou hoje. Sabe que ainda temos trabalho, não é?

 - Ah, eu sei Sasuke-teme. Não precisa ficar me alertando, tá?

 - Hn. Anda logo então. – delicado, muito delicado. Nem me cumprimenta direito e já vira as costas entrando na sala.

Não demorou muito, e arrumamos tudo. A academia não era tão desorganizada como a sala da Hokage. Enquanto arquivávamos os documentos, ele não disse uma palavra. Normal, ele é assim mesmo. Quando nós já íamos voltar para casa, ele passou no seu armário para pegar suas coisas, o material de aula, e provavelmente, pergaminhos. No momento em que ele abriu a porta, quase caiu uma avalanche de caixas de chocolate. Caixinhas de todos os tipos. Rosas, vermelhas, roxas, em formato de coração, em formato de flor, até em forma de shuriken. Um monte de cartõezinhos com mini-chocolates pregados. Barras com laços dourados e pratas, parece que feitos com muita dedicação. ...  – COMO ASSIM?

 - Quié?

 - Porque você tem esse monte de caixa de chocolates?

 - Eu te devo satisfação agora?

 - M-mas tem um monte de chocolates aí!

 - Argh... Eu nem gosto de chocolate, tá bom?  - disse, jogando as caixas numa sacola, com desprezo – Minhas alunas e algumas professoras que me deram. Mas eu vou jogar fora?

 - Jogar fora?! Porque?

 - Eu já disse que eu não gosto de chocolate.

 - Mas isso é uma desfeita! Afinal... Se você ganhou tantos, é porque elas gostam de você. – não podia deixar de sentir uma certa indignação.

 - Isso não me importa. Quer pra você? Então, toma. – respondeu empurrando a sacola para mim.

 - Você não deveria ser tão mesquinho assim.

 - Eu não sou mesquinho. Eu não tenho obrigação de corresponder. Fiz de conta que gostei, isso já tá muito bom. – terminou, já saindo da Academia.

Ele podia ser um pouco mais sensível, né. Já que elas se deram ao trabalho de comprar e embrulhar os chocolates para ele. Se bem que elas nem o conhecem muito bem. Até eu sei que ele não gosta de doces. É uma pena pra ele, eu que vou comer tudo, já que ele não se importa, eu posso fazer esse sacrifício de comer os chocolates.

~x~

Acredito que nem preciso dizer que levei bronca por largar as compras na porta de casa, não é? Mal chegamos e ele já tava brigando comigo. Fazer o que? Se eu demorasse mais, ia ser pior. Entramos em casa, e enquanto eu revisava alguns documentos – porque é claro que eu não ia voltar pra casa sem ter trabalho –, ele arrumava as compras e fazia a janta. Já que ele não gostava nem um pouco do meu dom culinário para lámen. Fui forçado a comer peixe com arroz e vegetais. Argh, vegetais. Durante o jantar não trocamos uma palavra que não fosse ‘me passa o molho de soja’. Depois, eu terminei de lavar a louça – porque isso também era tarefa minha, já que eu não cozinhava –  esperei o Sasuke sair do banheiro, para poder tomar banho. Eu já ia entrar no ofuro, quando o vi colocando o uniforme da ANBU.

 - Porque você está se vestindo assim?

 - Tenho uma missão.

 - Hoje?

 - O que você acha?

 - Mas porque? Eu não sabia.

 - É uma missão ANBU, não era pra você saber mesmo.

 - Ah. E você volta hoje?

 - Não sei.

 - Tenha... Cuidado.

 - Hn, eu sei me cuidar. Agora você vai ficar parado só de toalha aqui ou vai tomar seu banho?

 - Já to indo’ttbayo! – ele sabe MESMO como me constranger.

Acabei nem dando tchau. Ele é muito chato. Entrei no ofuro, me afundando de uma vez na água para relaxar. Enquanto eu encarava o teto do banheiro, lembrei-me repentinamente do chocolate que eu havia ganhado da Sakura-chan. Mesmo sendo um chocolate de ‘amigo’, foi de boa intenção. Posso até imaginar porque o Sasuke ganhou tudo aquilo de chocolate. Além de ser bonito e chamar atenção de todas as mulheres, ele deve ter muita admiração das alunas. Tomara que ele tenha fingido bem na frente delas. Lembro bem como a Sakura-chan ficava quando ele a rejeitava. E... Ela não deu nenhum chocolate para ele. Nem de namorado, nem de amigo, nem de colega. Aposto que ela não gosta mais dele “daquele” jeito. Aliás, ela ainda sente raiva dele, por causa da Ino. Mesmo assim, o coração da Sakura-chan é muito puro, um dia, ela reconsidera. Fiquei fazendo bolhas na água até criar vontade e fazer um Kage Bushin para pegar o “giri-choco” que eu ganhei dela.

Enrolei-me na toalha e sai do banheiro, protegendo os braços. Tinha esquecido a janela aberta, então minha pele já estava toda arrepiada. Abri o bolso do meu colete e retirei a caixinha de chocolate. Quando ia voltar, vi algo em cima da cama. Era uma caixinha retangular e vermelha, com detalhes em azul. Embaixo dela, tinha um pedacinho de papel.

“Usuratonkachi, isso é seu. Não me pergunte”.

Meu? Não é meu não... Será que ele... Nãããão... Duvido. Tá, pode até ser. ... Senti meu rosto esquentar. Não sabia o que pensar... Quer dizer, nós estamos vivendo juntos, temos uma relação... Só que eu pensei que ele não se importava com isso, afinal, ele queria jogar fora. ... Argh, eu não sei o que é isso e o porque. Só sei que é chocolate e eu vou comer. Sentei na cama, molhado mesmo e tentei abrir a embalagem. Não estava conseguindo. Tinha alguma coisa impedindo... maldita fita adesiva. Quando consegui puxar a pontinha, reparei que era enorme o lacre. Terminei de tirar, virei a caixa de frente e vi que o durex tinha apagado umas letrinhas. Passei a unha para retirar a cola, e finalmente pude ler o que estava escrito.

“Honmei-choco”.


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Notas finais do capítulo

ENTÃO PESSOAS, EU SEI QUE FICOU BOBINHO, MAS ENFIM... SE GOSTARAM DEIXEM REVIEWS, SE NAO GOSTARAM DEIXEM TBM, NADA DE PREGUIÇA :~~

NARUTO METENDO A GEBA NO SASUKE SÓ NA PRÓXIMA FIC, QUE SERÁ POSTADA, AINDA HOJE... (continuação desta)


OBRIGADO POR LEREM,

ABRAÇOS,




HIKARI~