Hanging By a Moment escrita por Fernaanda


Capítulo 5
Is It Really Just Another Crush?


Notas iniciais do capítulo

Capítulo menor. Espero que gostem mesmo assim. Erros ortográficos devem ser ignorados.



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  Um homem baixinho, de pele clara e óculos no rosto saiu de dentro da cozinha. Ele estava usando uma calça jeans e uma camisa social. Havia um pano de prato no ombro dele e uma parte de sua camisa estava molhada. Ele deu um largo sorriso ao perceber quem estava do lado da sua filha.

- Vejo que não trouxe o Finn hoje - Quinn não pôde deixar de perceber o tom satisfeito da voz do homem.

- Pode parar por aí, pai. O Finn não veio hoje porque ele tinha treino e depois ia sair com o Noah. E eu acho importante ele sair com os amigos - a diva falou e a loira do seu lado rolou os olhos. Esse gesto não passou despercebido pelo homem.

- Parece que a sua amiga não concorda muito com isso - ele falou com um sorriso divertido no rosto observando sua filha virar-se para encarar a outra garota.

- Sinto muito senhor, mas eu não sou a maior fã do Finn - a loira colocou suas mãos dentro dos bolsos da calça e virou a cabeça para encarar uma parede qualquer da sala.

- Quem é essa garota, Rachel?

- Essa é a Quinn Fabray. Ela veio fazer um trabalho comigo.

- Oh, a famosa Quinn Fabray - ele recebeu um olhar curioso da garota em questão enquanto sua filha corava, encarando os próprios pés. Aquela cena era extremamente engraçada para ele – Rachel nos falou sobre você.

- Você sabe, apenas que você entrou para o glee club e que é uma aluna nova – ela olhou séria para o pai, que desistiu de tentar envergonhar ainda mais sua filha. A loira arqueou uma sobrancelha antes do homem voltar a falar.

- De qualquer jeito, meu nome é Hiram Berry. É um prazer finalmente conhecê-la, Quinn – ele estendeu uma mão que ela aceitou rapidamente, apertando com força.

- O prazer é todo meu. Obrigada por me receber na sua casa – ela falou com seu sorriso contagiante que conquistava todo mundo. Os dois Berry sorriram junto enquanto ela soltava a mão de Hiram.

- Pai, nós vamos para o meu quarto – ela pegou na mão de Quinn e teve de parar por um instante para respirar fundo. Seu corpo ficou quente de repente e ela quase esqueceu o que ia falar – Eu... Eu e a Quinn... Nós vamos fazer um trabalho de química. Como envolve várias pesquisas e um relatório nós provavelmente vamos demorar a tarde inteira, e possivelmente o começo da noite. Então acho melhor a gente subir logo – ela puxou a loira em direção a escada e começou a subir, sem soltar a mão da outra. A morena corou quando ouviu o pai dizer.

- Porta aberta, Rachel.

  ***

- Seu quarto é exatamente como eu imaginava que seria – a loira falou olhando em volta do cômodo. O mais interessante era que sua mão ainda estava junto da de Rachel. A morena não havia largado a sua mão ainda.

- Então você imaginou como meu quarto seria? – Oh, meu deus! Eu estou flertando com Quinn Fabray. Ela viu a loira virar-se em sua direção com um sorriso no canto da boca.

- Claro Berry, eu sempre tenho esse sonho onde nós duas estamos aqui no seu quarto. Eu acho que ele vai se realizar hoje – ela deu um sorriso sacana e riu da cara que a diva fez, totalmente envergonhada – Eu estava brincando. Você sabe disso, certo?

- Claro que sei, Quinn – a diva falou rapidamente, balançando a cabeça e esquecendo as imagens que passaram pela sua mente – Eu acho que nós deveríamos começar a fazer o trabalho. Você pode sentar na minha cama e usar o meu notebook enquanto eu vou sentar na minha escrivaninha e reler as minhas anotações para organizá-las.

- Ok – a loira respondeu olhando para baixo, ainda com um sorriso no rosto.

- Pode ir sentar lá – a diva falou esperando a outra garota se mexer.

- Eu meio que preciso da minha mão, Berry.

- Oh – a garota falou notando que ainda segurava a outra mão e corou antes de solta-la rapidamente e caminhar em direção a cadeira – Sinto muito.

- Tudo bem – a loira deu de ombros e se sentou na cama. Ela pegou o notebook e colocou perto dela antes de se levantar rapidamente e olhar para Rachel – Calma, você e o Finn. Vocês dois nunca... – ela fez alguns gestos com as mãos – Aqui, né?

- O quê? – a morena respondeu confusa olhando da cama para Quinn e da garota para a cama de novo antes de arregalar os olhos e balançar a cabeça repetidamente – Oh, oh... Oh!

- Você pode parar de ter um orgasmo por um segundo e responder a minha pergunta? – a loira perguntou fazendo Rachel arregalar ainda mais os olhos. Emma Pillsbury ficaria orgulhosa.

- Eu e o Finn... Bem, nós nunca dormimos juntos – ela disse envergonhada.

- Menos mal. Pelo menos eu não tenho que me preocupar em estar deitada na mesma cama em que vocês dois fizeram alguma coisa – a loira tirou seu casaco xadrez nas cores amarelo e preto, ficando apenas com uma camisa cinza. Ela tirou seu tênis all-star cinza e deitou-se na cama, colocando o notebook no seu colo.

- Eu teria trocado os lençóis, Quinn – a morena sorriu, ainda vermelha, sem tirar os olhos do seu caderno.

- Ainda seria nojento.

  As duas ficaram em silêncio durante algum tempo. Rachel olhava de vez em quando para Quinn. Ela notava que a outra fazia uma cara adorável quando não entendia alguma coisa. Suas sobrancelhas se juntavam e ela fazia um bico. Quando estava digitando, a loira ficava com a ponta da língua de fora, no canto esquerdo da boca. Aquele gesto distraia qualquer um, ainda mais uma certa diva. Assim que parava de digitar, a loira mordia um o lábio inferior enquanto lia, provavelmente checando o que já havia escrito, e depois dava um sorriso satisfeito. Ou balançava a cabeça e apagava tudo.

- É meio estranho você ficar me observando, sabe? – a loira não tirou os olhos da tela do computador e deu um sorriso ao ouvir um suspiro indignado da diva – Se quiser uma foto, pode tirar. Você vai precisar de uma para olhar quando eu for embora.

- Eu não estava te encarando – a morena falou entre os dentes, voltando a olhar para o seu papel. Ela já havia selecionado quase tudo, só precisava digitar – Eu acho que eu deveria te contar uma coisa.

- Você já tem uma foto minha?! – a loira falou arqueando uma perfeita sobrancelha e dando um sorriso antes de tirar os olhos do seu texto e olhar para a diva.

- Isso é sério, Quinn – a outra logo parou de sorrir e balançou a cabeça, mandando-a, silenciosamente, continuar a falar – Minha família não é como qualquer família normal. Você já conheceu o meu pai, Hiram, e eu acho que você teve uma boa primeira impressão dele. Eu também acho que você deve estar pensando que vai conhecer a minha mãe. Mas a verdade é que não tem mãe para você conhecer – a morena ainda encarava o seu papel, com um sorriso triste nos lábios.

- Rachel, eu sinto muito – a loira falou mostrando preocupação tanto na sua voz quanto na expressão do seu rosto. Ela estava lutando contra a vontade de andar até a outra e lhe dar um abraço, prometendo que tudo se resolveria. No final a razão acabou ganhando da emoção.

- Não, Quinn. Não precisa dizer isso, mas obrigada pela gentileza. Eu nunca conheci a minha mãe. Eu sou adotada.

- Oh. Ok – a loira não estava entendendo muito bem onde à outra queria chegar. As duas só estavam fazendo um trabalho de química juntas, elas não precisavam contar histórias sobre a vida delas.

- Não, adotada não é a palavra certa. De qualquer jeito, Hiram é o meu pai biológico. Ele e Leroy me criaram.

- Hum – a loira balançou a cabeça antes de fazer uma cara estranha – Se você me permite dizer, Leroy é um nome estranho para mulher – a diva começou a rir histericamente deixando a outra confusa.

- Não, Quinn. Você não entendeu ainda. Hiram é meu pai. E Leroy... Leroy é meu pai também.

- Oh... Oh! – agora a garota entendia onde a outra queria chegar. Talvez ela tenha contado essa história para que a loira não ficasse surpresa ao ver outro homem na sua casa.

- Quem esta tendo um orgasmo agora? – a morena perguntou sorrindo, mas preocupada com a possível reação da outra garota. Finn não tinha reagido muito bem ao descobrir que a namorada tinha dois pais. Ele nunca encarava os pais dela diretamente. E ele tentava se manter o mais distante possível dos dois.

- Cala a boca, Berry. Eu só estava processando.

- E...? – a morena perguntou receosa e ao mesmo tempo esperançosa.

- E o que?

- Eu acabei de dizer que meus pais são gays – a morena olhou nos olhos da outra e virou completamente a cadeira para encará-la melhor.

- O que você quer que eu diga? – Quinn perguntou confusa, deixando o notebook completamente de lado e se ajeitando melhor para olhar para a outra.

- Eu não sei. Alguma coisa. Que você acha legal eu ter dois pais, ou que você é totalmente contra o homossexualismo e espera que os meus pais sejam mandados para o inferno, junto comigo...

- Para aí, Berry – a loira fez um sinal com a mão e balançou a cabeça como se não estivesse acreditando naquilo – Eu seria hipócrita se falasse que eu desejo que vocês sejam mandados para o inferno.

- O que isso quer dizer? – a morena levantou-se da cadeira, pegando seu caderno e suas anotações, sentando na outra ponta da cama, cruzando as pernas – Você também tem dois pais?

- Não, nada disso.

- Então porque você estaria sendo hipócrita? – a morena perguntou tirando uma mexa de cabelo dos seus olhos e se inclinando para a frente, esperando a outra falar.

- Para alguém tão inteligente as vezes você consegue ter um raciocínio bem lento, heim? – ela falou e depois continuou, sem dar chances para a outra responder – Eu sou gay, Berry.

  E um silencio se instalou imediatamente no quarto. As duas ficaram caladas, sem emitir nenhum som durante alguns minutos. Quinn esperava pacientemente que e a outra processasse a informação, enquanto Rachel estava tentando entender o que aquilo significava.

  Quinn Fabray, a garota mais bonita do colégio, com a voz mais bonita (depois da minha, claro) e a mais desejada, era gay. Ela gosta de garotas. Era meio difícil de acreditar nisso. Rachel teria notado. Ela tinha dois pais homossexuais, seu gaydar estava completamente pronto para detectar qualquer pessoa que tivesse atração por alguém do mesmo sexo. Porque ela não havia notado isso? Como... Como ela havia deixado isso passar?

- Você pode falar alguma coisa? – a garota, normalmente confiante, falou com uma voz baixa, encarando e desenhando círculos imaginários na sua perna – A sua cara meio que muda de cinco em cinco segundos e é meio estranho de assistir.

- Eu... Eu sinto muito. É só que você parece ser o tipo de garota que é super hetero. Eu nunca pensaria o contrario.

- Sério? Porque eu me acho super gay – ela respondeu com um sorriso nos lábios fazendo a outra sorrir também.

- E eu meio que achava que você estava afim do Finn. Ou do Sam.

- Ainda com esse negócio de Finn? – Quinn começou a rir fazendo Rachel olhar para baixo, envergonhada. Ela recuperou o fôlego e voltou a falar – Eu nunca estive interessada no Finn, pode acreditar. E quanto ao Sam... Ele e o Mike são meus melhores amigos aqui. Além de que, até onde eu sei, ele é um garoto. E mesmo que eu gostasse de garotos, ele meio que não faz o meu tipo.

- Loiros e atléticos não fazem o seu tipo? – a diva perguntou arqueando uma sobrancelha.

- Nerds viciados em “Avatar” não fazem o meu tipo – a loira disse cruzando as pernas e se sentando igual a outra. Ela virou o notebook e salvou o arquivo – Eu acho que se fosse para namorar algum garoto eu namoraria com o Mike.

- Por quê? – a morena perguntou curiosa e com um pouco de ciúmes do asiático.

- Eu não sei, mas ele parece ser o tipo de garoto que você gostaria de apresentar aos seus pais. Além de ser bonito, inteligente, companheiro... E você já viu aquele corpo?

- Pensei que você fosse gay – a morena observou arrancando uma gargalhada da outra.

- Mas não sou cega.

  Elas ficaram se encarando por algum tempo. Talvez alguns minutos, talvez alguns segundos. Elas não sabiam dizer ao certo. Mas o momento foi interrompido por duas batidas na porta e o rosto de Hiram aparecendo em seguida.

- Olá garotas. Eu vim aqui perguntar se a Quinn vai ficar para o jantar.

- Sr. Berry eu queria agradecer, mas não quero atrapalhar o jantar de vocês – a loira disse sorrindo gentilmente, e olhando para o relógio notando que já era mesmo hora do jantar. O tempo tinha passado rápido.

- Isso não faz sentido, Quinn. Você vai jantar com a gente – a garota que estava na frente dela disse com um largo sorriso no rosto. Quem podia dizer não a ela?

- Tem certeza de que não tem nenhum problema? – ela perguntou olhando primeiro para a diva e depois para o pai dela, esperando uma confirmação.

- Rachel tem toda a razão. Você está oficialmente convidada para o jantar dos Berry – o homem disse com um sorriso antes de desaparecer atrás da porta deixando as duas garotas num silencio confortável por alguns minutos.

  Quinn avisou a Rachel que ela havia terminado a pesquisa e já tinha digitado tudo. A morena disse que depois ela iria digitar o seu relatório e que o trabalho já estava pronto. As duas sorriram e arrumaram as coisas. A diva arrumou suas coisas do colégio dentro do guarda-roupa enquanto a loira colocava seu casaco de volta, assim como seu tênis, e arrumou a cama, colocando o notebook na mesa da cabeceira. Ela pegou sua mochila que estava jogada em um canto do quarto e desceu com a dona da casa.

  Elas chegaram na mesma sala de jantar de antes, que agora estava ocupada por dois homens, os pais de Rachel. Hiram estava sentado ao lado do seu marido, de frente para as duas. A diva fez um sinal para ela colocar sua mochila no sofá, na outra sala, e depois as duas garotas se sentaram na mesa. A outro pai de Rachel tinha a pele escura, mas seus olhos eram mais claros do que os do seu marido. Ele também era mais alto.

- Então você é Quinn Fabray? – ele perguntou enquanto a garota sentava-se na cadeira em frente a do seu marido, do lado esquerdo da mesa. Apenas acenou com a cabeça confirmando – Eu sou Leroy Berry.

- Muito prazer, Sr. Berry.

- Quinn, você pode nos chamar pelo nosso primeiro nome – a homem usando óculos falou atraindo a atenção dela para ele – Deve ser estranho nos chamar de Sr. Berry e Sr. Berry. Eu sou Hiram e ele é Leroy.

- Tudo bem, sen... Hiram – os três Berry sorriram assim como ela.

- Então Quinn, Hiram estava me contando sobre você – o outro homem deu uma olhada para a filha antes de virar-se para a loira que agora estava se servindo do macarrão, depois que Rachel ficou fazendo gestos exagerados com as mãos para que ela o fizesse – Eu soube que você não faz parte do fã clube do Finn. Posso saber por quê? – ele perguntou com uma voz mais divertida do que séria.  

- O cara é um total idiota – ela falou sem pensar enquanto se servia. Assim que notou o que havia falado, ela parou e olhou para o casal que a olhava espantado – Não. Eu quero dizer... Ele...

- Rachel, porque nunca trouxe essa adorável garota antes? – Hiram perguntou fazendo a filha rolar os olhos e o marido rir do seu lado – Querida, nós faça um favor e faça ela entender que aquele garoto não faz bem a ela – o homem disse olhando para a loira.

- É verdade. Aquele garoto passa o tempo todo do jantar falando sobre os jogos dele, e a popularidade dele, e a voz dele... Eu não agüento mais ouvir falar da vida dele.

- Além de que a colônia que ele usa é horrível – Quinn balançou a cabeça exageradamente e os outros dois Berry olharam para ela satisfeitos.

- Você também notou? Eu falei isso mil vezes para o Leroy e ele nunca acreditou – o homem apontou para o marido fazendo a loira rir.

- Vocês notaram que a namorada do Finn está aqui, certo? – Rachel perguntou atraindo a atenção dos três para ela, que apenas riram e voltaram a comer.

- Então, você está em algum time do colégio? – Hiram perguntou enquanto enchia seu prato novamente.

- Não. Eles só têm times femininos de futebol e basquete. E, honestamente, eu não sei as regras de ambos.

- Então você não assiste aos jogos?

- Assisto – ela confirmou com a cabeça e tomou um gole do suco de laranja – É só comemorar na hora que a outra pessoa comemorar.

- Você parece ser o tipo de garota que seria uma líder de torcida – Leroy comentou e tanto seu marido quanto sua filha concordaram.

- Todo mundo fala isso – ela rolou os olhos, mas não como se estivesse irritada – Acho que Sue Sylvester vem me seguindo. E aquela mulher é assustadora – Rachel concordou olhando para ela – Mas ser líder de torcida não é bem a minha praia. Eu prefiro assisti-las.

  Eles ficaram conversando durante todo o jantar. Quinn arrancava risadas de todos os Berry e quase fez Hiram se engasgar quando ela contou uma das histórias do seu internato. Aquele era um jantar bem diferente dos que a família tinha nas quartas. Os três ficavam calados enquanto o namorado de Rachel contava sobre seu dia, ou sua semana. Eles só faziam um ou outro comentário, tentando cortar a conversa, mas nunca funcionava. Os quatro já estavam acabando quando Leroy perguntou.

- Você já sabe o que pretende fazer depois do colégio?

- Arquitetura – os três olharam surpresos para ela quando a garota falou confiante. Talvez ela não parecesse ser o tipo de garota que faria arquitetura – Eu sou uma fã de Dédalo e Da Vinci. Eu acho incrível o que as pessoas podem planejar e construir.

- Você fica com um certo brilho nos olhos ao falar sobre isso – Rachel notou sorrindo fazendo a outra corar levemente. Era interessante fazer Quinn ficar com vergonha.

- Acho que é porque sempre foi o meu sonho – ela deu de ombros – Eu sempre quis ser arquiteta e às vezes eu me empolgo demais com isso – as duas ficaram se encarando, até a loira sentir seu celular vibrando no bolso da sua calça – É a minha irmã. Ela já está perto daqui. Eu passei o endereço da sua casa mais cedo.

- Acho melhor eu te levar até a porta, então – a loira concordou com a cabeça e as duas levantaram.

- Muito obrigada, Hiram. Leroy.

- Volte sempre, querida – Hiram falou enquanto a loira dava um sorriso para ele e saia andando com Rachel – Eu aposto cinqüenta dólares que vai acontecer alguma coisa entre as duas até o fim do mês.

- Hiram! Aquela é a nossa filha. Você não pode falar dela desse jeito – Leroy disse balançando a cabeça e pegando dois pratos sujos, levando-os até a cozinha.

- Cem dólares – Hiram gritou da sala.

- Fechado!

  ***

- Então... Acho que é isso – a loira falou ajeitando a mochila nas costas e olhando para a morena na sua frente. Ela já podia enxergar o carro da irmã entrando na rua.

- Muito obrigada por ter vindo hoje, Quinn – a morena disse com um largo sorriso no rosto e tocando de leve no ombro da garota mais alta – E eu me sinto honrada por ser a primeira pessoa a saber do seu segredo aqui em Lima.

- Na verdade – a loira coçou a cabeça e olhou para baixo – O Sam e o Mike já sabem.

- Oh... – a morena falou decepcionada. Por um momento ela pensou que era especial para a outra, mas agora...

- Mas ei – Quinn virou um pouco a cabeça encostando seu rosto na mão da outra e depois concertando sua cabeça – Eu meio que estou mais feliz por você saber. Não faço idéia do porque – o carro de sua irmã havia acabado de estacionar e ela ouviu o barulho da buzina.

- A gente se vê amanhã – a diva falou parecendo desconfortável com a situação enquanto a loira apenas rolou os olhos, dando um passo para a frente e ficando mais próxima.

- Vem cá, Berry. Eu sei que você está doida pra me tocar – ela falou brincando abraçando a morena pela cintura e depois sentindo os braços de Rachel, com cuidado, se entrelaçando no seu pescoço. Ela sorriu contra os cabelos da diva e sentiu seu corpo estremecer. Ela rezava para que a outra não notasse que ela estava arrepiada com seu toque. Mal sabia ela que Rachel se sentia da mesma forma – Tchau, loser – Quinn falou com um sorriso andando em direção ao carro.

- Tchau, Quinn – a morena ficou em transe, observando sua amiga entrar no carro e acenando em seguida, só entrando na casa quando ela não conseguia mais ver o carro.

 ***

- Nova namorada, Quinnie?

- Cala a boca, Christina – a loira mais nova disse brincando enquanto colocava o sinto e ligava o som do carro. A música que tocava na rádio começou a ecoar no carro.

Do you ever think, when you're all alone
All that we could be, Where this thing could go
Am I crazy or falling in love
Is it really just another crush
Do you catch a breath, when I look at you
Are you holding back, like the way I do
Cause I'm trying, try to walk away
But I know this crush ain't going away, going away

- Que ótimo – Quinn rolou os olhos ao ouvir a letra da musica e do seu lado sua irmã soltou uma gargalhada – O que foi agora?

- Nada Q. Apenas me divertindo com o drama adolescente. Bons tempos.

- Acho que você está velha demais para isso, C – a adolescente comentou olhando pela janela e batucando no ritmo da música.

- Bem engraçado, irmãzinha. Me conte quando você e aquela outra garota estiverem se pegando – a mais velha levou um tapa na cabeça – Oh! Eu estou dirigindo.

- Eu odeio você.

- Também te amo, Quinnypuff.

  Quinn apenas balançou a cabeça e ignorou a irmã. Seus pensamentos estavam longe. Mais precisamente em uma Rachel Berry.


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Notas finais do capítulo

A música do final é Crush, do David Archuleta. Eu estou super animada para escrever os próximos capítulos. Muita coisa boa vai acontecer para Faberry. Eu espero que eu não tenha apressado muito as coisas, mas eu precisava que a Rachel descobrisse logo que a Quinn é gay. Comentem, e sejam honestas se não gostarem de alguma coisa.



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