Hanging By a Moment escrita por Fernaanda


Capítulo 3
Help Me Through Reality


Notas iniciais do capítulo

Decidi fazer um capítulo menor e postar logo. Eu estou meio doente então esperem atualização na sexta.
Perdoem os erros.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/128842/chapter/3

  Apenas um dia depois de ser anunciada a entrada de Quinn para o glee club, todo o colégio já sabia do acontecimento. Aparentemente, um tal de Jacob Ben Israel havia dedicado um post especialmente para ela em seu blog falando sobre sua entrada para o “clube dos perdedores”. Bem que a garota gostaria de encontrar esse cara.

  Quando as portas do WMHS se abriram todos os olhares se voltaram para ela. Aquilo era normal, mas pela primeira vez a loira estava nervosa. Sim, porque agora todo mundo olhava para ela de uma forma estranha, alguns com pena, outros com nojo e outros apenas confusos. Provavelmente tentando descobrir porque uma garota como ela se juntaria a um clube como o glee.

  Ninguém tinha se aproximado demais dela e a garota conseguiu chegar até o seu armário. Ela colocou a sua combinação e fez todo o ritual diário antes de abri-lo. Ela ouviu passos pesados se aproximando e sentiu vários olhos nas suas costas, mas preferiu continuar com a cabeça baixa e pegar seus livros, guardando-os em seguida na sua mochila. Sem mais nem menos seu armário foi fechado com toda a força e ela deu um pulo, se assustando com um garoto com uma jaqueta do time do colégio do seu lado, segurando um copo. Seus olhos encontraram os dele e ela notou um sorriso aparecer no rosto do rapaz.

  - Olhem só. Quinn Fabray, a mais nova perdedora do colégio – o garoto de pele morena e braços assustadoramente fortes disse olhando para a garota enquanto balançava a cabeça – Eu acho que ninguém te avisou que se juntar aqueles idiotas era suicídio social.

- Nós temos duas lideres de torcida lá – ela falou olhando em volta e procurando algum rosto conhecido, só encontrando os de Mercedes, Tina e Kurt que estavam em um canto do corredor observando a cena, claramente chocados e amedrontados – Além de quatro jogadores de futebol, incluindo o quarterback de vocês – seus olhos voltaram a encarar os olhos negros dele. Por que o sinal não podia tocar logo e salvar ela de toda essa confusão?

- Olha aqui loirinha, eu tenho certeza de que as lideres de torcida só estão lá para acabar com esse clube – ele falou recebendo um hi-five do seu companheiro de time que estava ali perto e um olhar desaprovador de Artie que havia acabado de chegar – E quanto aos nossos jogadores... Eles são uma vergonha para o time, uma pena a Beiste não ver isso.

  Alguns gritos de incentivo poderiam ser ouvidos e alguns palmas e risadas de jogadores. Os olhos de Quinn percorreram o corredor novamente, procurando alguma saída, mas ela não conseguia pensar em nada. O garoto na sua frente, que ela ouviu alguém chamar de Azimio, deu mais um passo ficando mais próximo dela. A loira olhou para o slushie na mão dele e novamente para o seu rosto.

- E o que você vai fazer? Vai me bater até eu sair de lá – ela perguntou colocando as mãos na cintura e erguendo sua cabeça, encarando melhor ele. O rapaz não esperava aquilo porque abriu a boca algumas vezes e nenhum som saiu de lá.

- Eu não bato em garotas – ele disse depois de se recuperar e suspender um pouco a mão que estava segurando o copo – Mas eu posso fazer algo melhor.

  E foi assim que ele jogou o conteúdo do copo no rosto de Quinn. Outro garoto atrás dela jogou o segundo e mais um rapaz jogou o terceiro e ultimo. O liquido frio escorreu pelo seu rosto e olhou sua camisa toda. Ela lambeu os lábios rapidamente e percebeu que o sabor era de uva. Eles podiam ter escolhido um de morango. Ela pensou fazendo uma careta ao sentir o gosto do slushie. Ela odiava uva.

- Bem vinda ao glee club, perdedora – Azimio saiu rindo com seus colegas, deixando Quinn ali, parada e banhada em uva. Ela limpou seus olhos e piscou algumas vezes antes de sair andando rapidamente até o banheiro mais próximo.

  Para sua sorte o banheiro estava vazio e ela se apoiou na pia, abaixando a cabeça e mordendo seu lábio inferior. Parece que se juntar a esse clube era mesmo uma idéia idiota, mas agora ela não ia sair. Aqueles valentões não iam ter o que eles queriam e ela ia fazer questão de fazer eles pagarem. Ela olhou para a sua camisa e deu um sorriso triste. Ela tinha vindo com uma camisa listrada, azul clara e branca. Sua calça preta não estava arruinada, pelo menos.

  O sinal tocou e ela rolou os olhos. Sua primeira aula era inglês e ela ia perder. Não que a garota se importasse muito com a matéria, mas sua mãe com certeza ia reclamar e receber uma reclamação era o que ela menor precisava naquele momento. Ela levantou os olhos para encarar seu reflexo no espelho, mas seus olhos castanho-esverdeados acabaram encontrando os olhos castanhos de Rachel e ela soltou um grito.

- Deus! Você está querendo me matar, Berry? – a loira disse virando-se para encarar a outra de frente.

- Sinto muito, Quinn, minha intenção não era assustá-la. Eu apenas vi o que aconteceu lá fora com Azimio e seus amigos e eu achei que você precisasse da minha ajuda, porque... Uhm, você sabe. Eu tenho experiência com esse tipo de coisa – a morena disse rápido enquanto andava para pegar uma cadeira, estranhamente posicionada no canto do banheiro. Mas afinal o que aquela cadeira fazia ali?

- Eu não preciso de ajuda – ela falou fazendo um gesto com a mão para que Rachel parasse, o que foi completamente inútil – Eu só preciso tirar isso do meu cabelo – ela pegou alguns papeis e abriu a torneira.

  Rachel colocou a cadeira na frente da pia e fechou a torneira que havia acabado de ser aberta. Antes que a outra protestasse, ela a empurrou para que sentasse na cadeira e abriu uma outra torneira segurando na cabeça da loira e guiando-a um pouco para trás, assim a água molhava os seus cabelos loiros.

- O que você pensa que está fazendo? – Quinn perguntou olhando nos olhos de Rachel que estava segurando seus cabelos e molhando-os, concentrada em tentar tirar qualquer resíduo do liquido dali.

- O que você acha que eu estou fazendo? – a morena retrucou sem encarar seus olhos – Estou ajudando você.

  Quinn não podia negar que aquilo era bom. Seus olhos se fecharam involuntariamente ao sentir o toque da outra. Era bem diferente de quando sua mãe fazia carinho na sua cabeça. Os dedos da outra percorriam todo o seu cabelo, tocando algumas vezes na sua nuca e fazendo-a se arrepiar. Era estranho sentir aquilo logo quando Rachel Berry estava tocando nela. A garota suspirou e inclinou mais a cabeça, relaxando e deixando a outra fazer seu trabalho.

  Rachel rezava para que Quinn não notasse que as suas mãos estavam tremendo demais. Ela não podia mentir e dizer que não estava gostando daquilo. Agora que a loira estava com os olhos fechados, ela se permitiu estudar os detalhes do rosto da outra. Primeiro ela olhou para os seus olhos, que estavam fechados. Ela achava linda a cor deles, mas não queria vê-los agora porque isso significaria que Quinn tinha pegado ela a encarando. Ela então olhou para o seu nariz perfeito, e sentiu um pouco de inveja porque as pessoas sempre falavam do nariz dela. Seus pais diziam que era lindo, mas era difícil acreditar neles quando outras pessoas faziam comentários maldosos.

  Ela finalmente olhou para a boca da loira. Ela sorriu ao imaginar como seria tocar nela, beijar ela... Espera, beijar? Rachel balançou a cabeça, sem parar seus movimentos e sem parar de olhar para a sua boca. Aquela era uma idéia ridícula, mas ela não pôde deixar de imaginar. Involuntariamente ela se inclinou em direção à boca da outra garota quando a mesma abriu seus olhos e fez ela congelar onde estava.

- E agora, o que você está fazendo? – a loira perguntou nervosa olhando dos olhos de Rachel para sua boca e de volta para os olhos dela.

- Eu... Hm, eu ia... Eu ia limpar isso aqui – seus dedos molhados limparam um vestígio de slushie no queixo da outra antes dela voltar a encarar os cabelos dela e lavá-los – Eu tenho uma roupa extra, se você precisar.

- Porque você tem uma roupa extra? – a loira perguntou encarando o rosto da morena que ainda não olhava para ela, com medo de se perder em pensamentos envolvendo ela mesma, Quinn e suas bocas.

- Sabe o que aconteceu entre você e o Azimio hoje? – ela perguntou sem esperar resposta – Sempre acontece comigo – ela suspirou e Quinn pôde perceber que ela tinha ficado triste, mesmo estando com um sorriso fraco no rosto – Eu tenho de vir preparada para o que pode acontecer comigo – ela deu de ombros e se mexeu para alcançar sua bolsa e pegar um shampoo.

- Mas o seu namorado é o líder do time, ele é o quarterback – a loira falou com convicção observando cada movimento da outra, ela estava visivelmente intrigada com aquilo – Por que ele não te defende?

- Por que ele me defenderia, Quinn? – era possível ver lágrimas se formando no canto dos olhos da morena. Aquele deveria ser um assunto delicado – Você faria a mesma coisa se fosse ele – ela deu de ombros e jogou o liquido no cabelo de Quinn, molhando um pouco em seguida.

- Se você fosse minha namorada – Quinn parou por um instante ao perceber que a idéia das duas serem namoradas não parecia ser tão ruim assim. Na verdade, era até uma idéia agradável – Eu nunca deixaria eles fazerem isso com você. Eu iria querer que eles respeitassem você, Rachel, porque você merece.

  A morena parou seus movimentos por um instante. Seus olhos encontraram os da outra e ela deu um pequeno sorriso, um sorriso verdadeiro. Mas a verdade era que Finn nunca faria aquilo por ela, ele não querer arranjar uma briga com os outros jogadores por causa dela. Não valia a pena.

- Você não entende? Eu sou uma perdedora, Quinn.

- Você seria a minha perdedora – a loira deu um largo sorriso antes de relaxar novamente e fechar os olhos, deixando as mãos da morena trabalharem.

  Rachel agora não conseguia se concentrar em nada. As palavras da outra não saiam da sua cabeça. Minha namorada. Minha perdedora. Bem que ela gostaria que alguém a defendesse daquele jeito. Mas aquilo era pedir demais. Ela já era sortuda por estar namorando um dos caras mais populares do colégio e o astro do time de futebol. Claro que ele não era o cara mais gentil, o mais esperto ou mais divertido, mas ela gostava de estar com ele. Finn era um ótimo cantor e ouvia tudo que ela falava e defendia ela às vezes. Só no glee club, mas já era alguma coisa.   

  Só que ela começou a imaginar como seria estar com Quinn. Pelo que ela havia visto nas aulas que as duas dividiam, a loira era bastante inteligente. Ela não prestava muita atenção na aula, mas sempre sabia as respostas quando os professores lhe faziam perguntas. Ela também era gentil, quando queria ser. Como por exemplo agora. Quinn também era divertida, ela podia notar isso porque todos gostavam dela, até mesmo Santana que implica com todo mundo e demora para gostar de alguém. Além disso, a voz dela é linda. Claro que não é tão boa quanto à de Rachel, ou Mercedes, mas ela tem alguma coisa diferente. Ela tem uma voz doce e que só precisa de um pouco de prática, mas depois de alguns ensaios ela poderia estar brigando por solos com as divas do clube.

  E Rachel sabia que a loira era linda. Claro, que podia negar que Quinn era a garota mais bonita do colégio? Até mesmo Santana teria de concordar com isso. Além dela ter um corpo digno de uma líder de torcida. Rachel abaixou a cabeça e corou ao perceber que seus olhos, involuntariamente, haviam percorrido o corpo da outra. Mas a culpa era de Quinn por estar usando uma calça que ficava perfeita nas suas pernas.

  Quinn estava com os olhos fechados, mas ela podia sentir os olhares que Rachel lhe lançava. Ela estava quase corando, pensando no havia dito para a outra. Claro que a loira não estava mentindo quando falou o que falou, mas ela provavelmente havia feito a morena ficar desconfortável, e aquilo era o que ela menos queria. Pelo menos a outra não sabia que ela gostava de garotas, o que deixou ela aliviada. Quando a torneira foi fechada e as mãos pararam de percorrer seu cabelo, ela abriu os olhos e encontrou Rachel com uma toalha na mão.

- Desencosta, eu vou enxugar o seu cabelo.

  A loira obedeceu e deixou a outra garota enxugar seu cabelo com a toalha. Toda vez que a mão da morena tocava sua pele, ela tremia, mas por sorte a diva iria pensar que ela por conta do frio, o que não deixava de ser verdade. Ela estava mesmo com um pouco de frio. Quando a outra acabou, ela deu um sorriso e se levantou.

- Você falou sobre uma roupa extra... – Quinn comentou colocando as mãos nos bolsos e balançando seu pé, esperando a outra falar.

- Claro. Eu tenho uma blusa em algum lugar – a morena abriu a bolsa e tirou uma camisa pólo branca de dentro da bolsa – Por algum motivo eu trouxe uma dessas.

- Que bom. Por um momento eu pensei que teria de andar por aí com um dos seus suéteres de animal – ela falou rindo e recebendo um soco no braço de Rachel que também estava rindo.

- Eu te ajudo e é assim que você me paga.

- Como você gostaria que eu te pagasse – a loira falou dando um sorriso provocante e arqueando uma sobrancelha fazendo a morena corar e dar um sorriso nervoso – Por sorte eu trouxe um casaco e não vesti – ela pegou sua mochila e tirou um casaco preto de dentro – Eu te devolvo a camisa depois do glee club.

- Sem problemas – a morena sorriu aliviada quando a loira não voltou a flertar com ela. O pior era que talvez ela flertasse de volta.

- Então, eu vou trocar a minha blusa – a morena balançou a cabeça e continuou a encarar a loira que olhava para o chão e depois olhou para ela – Você se importa de...

- Hum? Oh, você quer que eu me vire – Rachel dando um tapa na sua testa e virou para trás, encarando a porta e dando privacidade para a outra.

  A morena não podia negar que estava tentando a dar uma espiada, talvez só uma olhadinha pelo espelho e ver a outra se trocando. Era super normal uma garota ver a outra se trocando, afinal amigas trocam de roupa direto juntas. A diferença é que as duas não são amigas e Rachel talvez tenha uma queda pela loira. Talvez.

  Quinn olhava nervosa para as costas da outra garota. Ela tirou a sua blusa e pegou a toalha para limpar um pouco de slushie que havia ficado na sua barriga. Depois ela colocou a camisa pólo e ajeitou-a. Era um pouco grande para ela.

- Rachel? Pode virar – a morena virou-se a encarou Quinn com a boca aberta – Essa camisa é sua? Ela é meio grande e você é... Você sabe – a outra não falou nada, continua a encara-la sem reação – Rachel? RACHEL?

- Oh, hum, o que? – a morena se concertou olhando agora para os olhos de Quinn e vendo um sorriso divertido nos seus lábios.

- Eu perguntei se essa camisa é sua.

- Não, não. Ela é meio grande para ser minha – Foi o que eu falei. A loira pensou – É do Finn.

- Certo.

  A loira não estava muito contente em usar uma roupa de Finn, mas não era como se ela tivesse outra escolha. Ela não ia usar só o casaco por cima do seu sutiã, não seria muito confortável. Pelo menos essa camisa não tinha o cheiro estranho do perfume de Finn. Ela preferiria andar coberta por slushie do que sair por ai com aquele cheiro.

  Rachel ainda encarava a loira. Aquela era uma das camisas de Finn que ela mais gostava. Era engraçado ver Quinn usando-a. Além disso, ela tinha que admitir que a loira ficava bem daquele jeito. Talvez ela vestisse aquela camisa até melhor do que o seu namorado. Mas ninguém precisava ficar sabendo daquilo.

  Ela continuou observando a outra enquanto ela estendia os braços para cima para vestir seu casaco. Uma parte da camisa levantou e Rachel pôde ver uma pequena parte do abdômen bem definido de Quinn. A morena suspirou e agradeceu pela loira não estar vendo a sua reação. É só um abdômen, Rachel. Finn também tem um. A morena pensou enquanto a outra terminava de se vestir. Mas talvez o dele não seja tão... Ok, chega. Ela sorriu quando os olhos da outra encontraram os seus.

- Obrigada, Rachel. Por tudo – ela se referia não só a camisa, mas também a ajuda com o slushie.

- Sem problemas. Nós deveríamos fazer isso mais vezes – quando Quinn arqueou uma sobrancelha, ela completou – Quer dizer, eu não quero que você leve mais slushies, mas talvez a gente pudesse conversar mais vezes, pelo bem do clube.

- Claro, baixinha – Quinn disse alisando os cabelos da morena enquanto passava por ela e andava em direção a porta – A gente se vê no glee club. Ou em outro banheiro. A gente sempre se encontra em banheiros.

- Tchau Quinn – a morena murmurou e fechou os olhos dando um sorriso quando a porta se fechou atrás dela.

- Boa tarde caros colegas – Rachel começou atraindo a atenção de todos na sala do clube. Kurt e Mercedes pararam de fofocas, Mike e Brittany se sentaram e pararam de dançar, Sam encarou a diva ignorando agora o seu livro, Santana parou de mandar mensagens do seu celular, Finn continuou sorrindo para Quinn que prestava atenção na diva, Artie estava quase dormindo, e Puck parou de falar alguma coisa para Tina, que tinha uma expressão de nojo em seu rosto.

- O que aconteceu agora, Berry? – Santana perguntou de mau humor guardando o celular na bolsa no exato momento em que o Sr. Schuester entrava na sala.

- Eu estava pensado que nós deveríamos estar preparados para as regionais, porque falta pouco tempo e nós nem ensaiamos direito...

- Claro – Mercedes murmurou rolando os olhos.

- ... E os outros clubes são bastante bons. Vocês lembram que ano passado o Vocal Adrenaline acabou com a gente e, aparentemente, há um novo glee club muito bom. Eles são de uma escola apenas para garotos, Dalton Academy. E eu pensei que todos vocês gostariam de me ver cantando um solo hoje. Precisamos ensaiar para que tudo fique perfeito – ela olhou animada e esperançosa para o grupo.

- Olha Berry, eu não acho que isso seja uma... – Mercedes ia falando quando foi interrompida por Quinn.

- É, isso seria legal – todos olhos se voltaram para Quinn, que estava sentada do lado de Puck e encostada na cadeira, com os braços cruzados e as pernas esticadas. Até mesmo o Sr. Schue olhou para ela com uma cara estranha.

- Desculpe, o que? – Tina perguntou confusa.

- Eu nunca ouvi ela cantando, mas pelo que dizem ela tem a melhor voz do clube – a morena sorriu vitoriosa ao ouvir isso e quase todo mundo rolou os olhos – Além disso, isso aqui não é um clube onde todo mundo canta?

- Você não entende... – Artie disse levando as mãos a cabeça.

- Eu concordo com a Quinn – Mike falou ganhando a atenção de todos – A gente tem uma chance maior com a Rachel. E nós precisamos mostrar para a Quinn que nós temos a melhor cantora.

- Que seja – Puck falou abaixando a cabeça.

- Muito obrigada Mike, Quinn – Rachel falou dando um sorriso para a loira que apenas acenou com a cabeça.

- Eu gostava mais quando as duas se odiavam – Brittany sussurrou para Santana que concordou com a cabeça.

- Brad? Pode começar – a morena falou para o pianista que acenou com a cabeça e começou a tocar, seguido pela banda.

I have a dream
A song to sing
To help me cope
With anything

If you see the wonder
Of a fairy tale
You can take the future
Even if you fail

  Quinn deu um largo sorriso ao ouvir a morena cantando. Kurt tinha dito que a voz dela era ótima e a própria diva falava muito bem da sua própria voz. Parece que ela tinha mesmo razão. A loira nunca tinha ouvindo uma voz tão linda e ela não podia tirar os olhos da outra que cantava com os olhos fechados, concentrada na música.

I believe in angels
Something good in
everything I see
I believe in angels
When I know the time
Is right for me
I’ll cross the stream
I have a dream

  Rachel cantava com um sorriso no rosto. Todos achavam que ela gostava de brigar por solos porque ela queria provar que era melhor do que todo mundo. Mas a verdade é que ela adora cantar. Ela não via sua vida sem música. Seus olhos abriram e ela encontrou os de Quinn encarando-a. Ela abriu um sorriso ainda maior e cantou a próxima parte da música.

I have a dream
A fantasy
To help me through
Reality

                 
And my destination
Makes it worth the while
Pushing through the darkness
Still another mile

  Todos do clube cantavam agora. Alguns moviam-se no ritmo da música, outros contentavam-se em apenas cantar e observar os colegas. Quinn cantava e balança sua cabeça no ritmo enquanto Rachel andava mais para frente para cantar a ultima parte da música.

I believe in angels
Something good in
Everything I see
I believe in angels
When I know the time
Is right for me
I’ll cross the stream
I have a dream

  Ela acabou de cantar a música e todos bateram palmas. Ela deu um sorriso tímido e foi se sentar, enquanto Sr. Schue falava bem do solo dela e perguntava quem tinha idéias para outros solos ou apresentações em grupo.

  Todos menos Sam, Quinn e Rachel saíram da sala assim que o professor dispensou eles e Quinn fez um gesto para que Sam esperasse ela no estacionamento. Ela se aproximou da morena que terminava de arrumar as suas coisas.

- Bela voz – ela falou assustando a morena que se virou rapidamente para encarar ela.

- Obrigada, Quinn.

- Alguém é fã de estrelas – ela disse olhando para o caderno de Rachel coberto por adesivos de estrelas, antes de acenar com a cabeça e ir andando em direção a porta - Eu vou te devolver a camisa amanhã, estrela – ela falou rindo.

- Pode rir se quiser, mas estrelas são uma metáfora... – a morena começou a falar irritada sendo interrompida pela outra.

- E metáforas são importantes – a loira completou balançando a cabeça.

- Como... Como você sabia? – Rachel perguntou olhando confusa para ela.

- Sabia o que? – a morena apenas balançou a cabeça e a loira riu dela – Tchau Berry.

  Rachel não se mexeu por alguns segundos e ela não notou que estava com um grande sorriso no rosto e seus olhos brilhavam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A música que a Rachel canta é "I Have A Dream" do ABBA.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hanging By a Moment" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.