Crazy escrita por Guardian


Capítulo 19
Cadeirada


Notas iniciais do capítulo

Está de volta a narração em primeira pessoa, mas o esquema continua o mesmo.

Eu prometi a mim mesma não entrar no pc durante a semana, mas não me arrependo. Porque a matéria de hoje era muito fácil, então eu consegui terminar de estudar mais cedo xD E também porque eu não sabia se ia dar tempo de postar no fim de semana por causa do aniversário da minha sobrinha.

Mas eu estou com sono (sim, são 9h e eu estou com sono), então desculpem, mas eu só vou responder aos reviews no fim de semana ^//^ (sim, vou arranjar um tempo porque eu detesto deixar você sem resposta *--* )



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 Quando é que isso vai acabar?

 Eu sentia cada corte bem mais intensamente do que sentiria normalmente. A cada nova queimadura minha mente ia ficando mais e mais nublada.

 Estava frio...

 Eu ia mesmo morrer? Desse jeito? E Mello e Near?

 Eu sei que não posso mais confiar na minha noção de tempo, mas fazia um tempo considerável que eu não ouvia nenhum barulho.

 Será que Corliss tinha saído do quarto? Se não, a ansiedade me preenchia, pois eu não sabia quando ele se aproximaria de mim outra vez. agora era a vez da faca ou do maçarico? Eu nem sabia dizer qual tinha sido o último usado. Eu não sabia dizer mais nada...

 Mas se sim, a única explicação que consigo encontrar para isso, é que ele tinha ido ver Mello e Near. Se fosse esse o caso, não querendo bancar o altruísta nem nada, mas eu sinceramente, preferia que o monitor estivesse aqui comigo, me machucando, me torturando, me matando até, do que no mesmo recinto que aqueles dois.

 Apenas a idéia daquele doente próximo à eles me enchia de raiva e medo.

 De alguma forma eu consegui voltar ao meu canto a tempo. Coloquei aquele pano encardido de volta na boca e dobrei meus braços para trás, sentindo um incômodo desgraçado ao fazê-lo, tomando o cuidado para parecer que ainda estava algemado.

 Meus braços doíam e protestavam por voltarem à mesma posição de antes, mas continuei segurando com a ponta dos dedos as algemas para não sucumbir à tentação de me mostrar solto e partir para cima do monitor quando ele entrou no quarto.

 Assim que o monitor entrou no quarto, ele veio direto para mim.

 Mais uma vez abaixou para ficarmos na mesma altura e falou com uma voz falsamente doce.

 - Eu achei que seria melhor deixar Matt descansar um pouquinho. Está sendo imensamente divertido brincar com ele, mas... Eu gostaria de provbar algo antes de continuar. Na verdade, eu estava me segurando para não fazer isso antes. 

Experimentar o quê?

 Eu olhava desesperado de Corliss para Mello, torcendo muito para Mello continuar quieto fingindo estar preso. Acho que esse não era o melhor momento para iniciar uma tentativa de fuga.

 Quais eram as chances? Poucas, admito.

 Tá bom, eu já constatei que Corliss era mais forte e rápido do que eu - caso contrário eu não estari aqui - , e se eu tentasse atacá-lo e não resultasse em nada, seria bem pior. Para todos nós.

 Eu tenho que me controlar, eu tenho que me controlar, eu tenho que...

 Para minha total surpresa, Corliss retirou o pano que estava em minha boca devagar.

 Não falou nada, apenas retirou o pano e ficou me encarando de uma forma intensa que me deixava imensamente desconfortável e com medo.

 Mais do que eu já estava.

 O que ele estava fazendo? Parecia até que...

 ...

 AQUELE FILHO-DA-PUTA!!!

 Quer saber? Fodam-se as chances!!

 Eu não conseguia me mover, eu não conseguia reagir. Estava paralisado pelo choque e pelo nojo daquele homem me beijando.

 Sim, Alex Corliss estava me beijando. Eu podia sentir a língua dele pedindo passagem, passagem esta que eu tentava a todo custo, não dar. Acho que essa minah recusa era até inconsciente, já que o meu consciente parecia ter se desligado.

 Ele agarrou meus cabelos com força, puxando-os para trás, e se afastou o minímo para sussurrar - Vamos, Near.

 Eu não queria, mas não conseguia pará-lo. Desta vez ele forçou a passagem, e algumas lágrimas já estavam se acumulando em meus olhos quando ele de repente parou. Parou e caiu em cima de mim.

 Levantei o rosto devagar, e Mello estava ali de pé. segurando uma cadeira.

 E daí que esse cara era mais forte do que eu? Eu tenho uma cadeira.

 Tirei ele de cima de Near e o joguei de qualquer jeito no chão. Ele não tinha ficado inconsciente, como eu esperava, mas pelo menos pareceu ficar suficientemente atordoado.

 No mínimo, né?! Eu desci com aquela coisa de madeira com toda a força que consegui reunir, direto na cabeça dele. A força podia não ter sido total, por causa dos meus pulsos, mas ainda assim!

 Revistei rápido seus bolsos, e consegui encontrar um molho de chaves.

 Antes que ele conseguisse se recuperar, eu dei mais dois golpes nele, até que a cadeira quebrou.

 Ignorei a ardência maldita que só aumentava e tentei achar as chaves certas para abrir as algemas de Near.

 Depois de três tentativas eu consegui.

 Ótimo, agora era hora de achar Matt e dar o fora daqui.


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Notas finais do capítulo

Então... Eu queria aproveitar para divulgar uma história nova. De verdade, eu fiquei muito animada com a idéia e estou insuportavelmente feliz escrevendo-a (minha amiga que o diga)Então se vocês puderem (e quiserem, lógico), dêem uma olhadinha por favor? :3

http://www.fanfiction.com.br/historia/155870/Tempos_De_Guerra