P. O. V Drina

Klaus não parava de falar o quanto seria perigoso e ariscado chegar perto daquele ser inútil, mas ele só falava isso porque não era tão competente quanto eu.  Nós sempre fomos amigos, cúmplices, aliados, amantes... e quando Evageline a imortal que era nossa “empregadinha” pode ser assim dizer encontrou a garota que ele era obcecado lá foi ele atrás dela, seu plano não deu certo. Porém eu não estava indo atrás da garota para trazê-la para perto dele e sim para matar a irmã dela. 

Elizabeth era o nome daquela imprestável agora. E o porquê dessa minha extrema vontade de acabar com esse serzinho? Simplesmente porque ela sempre desperta algo a mais no meu homem, Alexandre. A mãe dele foi quem me acolheu e me transformou em uma imortal.

Sempre fui apaixonada por ele, mas esta garota sempre aparecia e roubava ele de mim. Eu a matava toda vez, já estávamos a mais de três séculos nesse joguinho. Eu acabava com a raça dela, mas ela sempre reencarnava e logo ia correndo para os braços dele.

Bom desta vez ela não voltou como uma humana idiota, mas como uma meia- vampira idiota, e para completar era irmã do desejo de obsessão de Klaus. Agora eu estava em uma cidadezinha qualquer e sem graça dos Estados Unidos armando um plano para mata-la, Klaus não queria agir agora e tentar raptar a reencarnação de Katherine.

Ele ficou traumatizado desde a última vez que tentou leva-la e preferia não fazer nada por um tempo. Eu, no entanto não via a hora de matar aquela desgraçada.

Tinha que estar preparada para o que viria mais tarde, então fui com ele até a escola onde a idiota estudava. Lá estava ela treinando com a lideres de torcida, descobrir que haveria um jogo naquela noite. Sabia o que fazer, iria aterrorizar todos ali, brincar com a cabeça loira e burra dela. Iria me divertir e muito.

Klaus era um verdadeiro covarde às vezes, tinha acabado de inventar uma desculpa para voltar para a Itália. O deixei ir, se não iria ficar comigo para ajudar pelo menos não iria me atrapalhar. Milhões de ideias me passavam pela cabeça para destruir Elizabeth Cullen, nada poderia dar errado.

                           P. O. V Nessie

Um mês após Marcelly ter o filho, ela já tinha voltado para o Brasil, para pura tristeza de tia Rose. Agora tínhamos outros visitantes, os Carter.

Eles eram imortais, especificamente uma família. Vicente e Vivian e o filho deles Bernardo.  Logo que foram apresentados aos Cullen, meu avô ficou fascinado por eles, qualquer coisa nova era motivo de fascínio para ele. Os Carter iam passar algum tempo conosco.

Hoje teria jogo na escola, consequentemente Eliza estava lá para mais uma apresentação das lideres de torcida e agora capitã, ela recebeu esse titulo a algumas semanas já que era a melhor para assumir o “cargo”, ao que parece Caroline realmente tinha sido substituída por minha irmã em tudo. Bernado foi conosco para não ter que ficar com a parte “velha” da família.

O jogo corria normalmente, eu acho já que Alec não parava de me beijar. Ever e Rob conversavam com Bernado, do nada um forte trovão ecoou por cima de nós. As luzes começaram a piscar, a corrente elétrica explodiu o fogo já começava a se espalhar por todo canto.

Fiquei paralisada onde estava Alec me carregou e me tirou dali, gritos apavorados vinham de todos os lados. Assim que saímos da arquibancada Alec começou a perguntar se eu estava bem, Rob fazia o mesmo com Ever, mas eu não conseguia responder tudo ao meu redor era um verdadeiro caos.

Um alto e assustador barulho chamou minha atenção, era um pedaço da arquibancada que havia se soltado, e iria atingir Alec. Tão rápido que mal tenho certeza de como aconteceu eu tirei ele se lá. Porém o alvo agora era eu, fui puxada de lá, entretanto o ferro atingiu meu braço de raspão.

Alec foi quem me puxou e agora com um pedaço da camisa tentava estancar meu sangue, fiquei bastante impressionada com o autocontrole dele, já era algo que eu sabia, mas agora vi como ele era centrado. Minha prima não parava de chorar, nem isso eu conseguia fazer.

-O que deu em você para fazer isso?- Alec perguntou nervoso.

-Ia te atingir- falei com a voz exausta.

-E não ia acontecer nada, mas com você sim- ele disse mostrando meu braço.

-Não é nada demais- Alec me reprovou com os olhos, mas mais tarde ele ia me brigar pela minha atitude.

-Onde está a Elizabeth?- Rob perguntou olhando para todo lado.

-E o Bernardo?- falei percebendo que ele também não estava ali.

Os bombeiros logo chegaram, o campo e seus arredores estavam completamente destruídos. Fizeram todos saírem de lá, mas minha irmã e Bernardo não apareceram.

                           P. O. V Elizabeth

Quando toda aquela confusão começou parecia que eu iria morrer, tentei seguir os outros, mas o fogo impediu minha passagem, não iria me ariscar por aquele caminho era perigoso demais. Fui pelo outro caminho, só parei quando alguém me chamou.

-Elizabeth?- era o filho dos Carter.

-Bernado onde minha família está?- perguntei assustada.

-Não sei me perdi deles- ele respondeu.

-Onde estamos?- perguntei quando percebi que a escola não estava mais na minha vista.

-Acho que saímos do campus da escola- ele respondeu, me sentei chorando no chão, estava exausta e nervosa, ele se sentou ao meu lado me consolando, realmente precisava disso. Depois de me acalmar levantei-me, precisava ir atrás dos outros e dizer que estava bem, Bernado também.

O jeito que ele me abraçou para sairmos de lá foi confuso demais. Virei-me para olhar em seu rosto, ai vi que minha boca estava perto demais da dele, sem resistir eu o beijei.