Ps: I Love You escrita por Jibrille_chan


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE tirando essa fic do hiatus ;;~ Consegui baixar o filme de novo depois de muita luta. E dublado e_e ODEIO filme dublado, mas enfim. Antes dublado do que NADA



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~ Havaí ~



O carro de aluguel passava veloz pela estrada, mas ainda era possível sentir a brisa marítima entrando, o sol brilhando como se estivesse saudando-os. Kai seguia o mapa, tentando não deixar passar a casa que havia sido alugada pra eles. Levaram uns bons minutos para chegar, mas a casa não deixou a desejar. Feita de madeira com amplas janelas para aproveitar a luz do sol, definitivamente tinha um ar aconchegante. A vista para o mar também não deixava nada a desejar.

Os três desceram do carro, e ficaram ali parados no portão, apenas admirando a casa. Kai falou primeiro.

- Ah meu deus... peguem as malas.

E sem dizer mais nada, foi entrando. Os outros dois apenas riram, tentando puxar as malas para fora do carro. Kai foi entrando na casa, analisando-a. Na parte de baixo, uma sala e uma cozinha ampla, seguida por uma escadaria que levava aos quartos e ao banheiro. Tudo muito organizado e limpo. Foi para a cozinha, seu lugar favorito uma vez que amava cozinhar, e sentiu seus olhos ficarem do tamanho de pratos.

-Uruha! URUHA!

O loiro entrou correndo na casa, com Ruki em seus calcanhares, deixando as malas ao lado do carro. Assim que entrou no cômodo, Uruha mordeu o lábio ao ver o que tinha nas mãos de Kai: uma carta, com a letra de Aoi. Porém o envelope dizia "Hey, otoo-san". Kai abriu a carta, começando a lê-la.

- "Hey, paizão!
Faça com que meu bebê se divirta. Que você e o Nao façam tudo o quiserem, sempre que quiserem e façam meu bebê fazer coisas legais. Querem que o levem pra pescar!
"

Os três riram, Uruha se lembrando.

- Ah, ele sempre quis me levar pra pescar num barco!

Kai continuou.

- "E sinta que eu estou de dando um beijão igual ao daquele cavalheiro..." Ah, ele jamais esqueceria minha despedida de solteiro...

- Ah sim! – comentou Ruki – O stripper... como era mesmo o nome dele?

- Tony. – respondeu Kai, de mau humor, ainda olhando para a carta.

- Será que ele deixou uma carta pra mim? – perguntou RUki, olhando ao redor – onde acham que ele esconderia?

- No quarto. – os outros dois responderam prontamente.

Foram para fora, uma mesa e quatro cadeiras aguardando por eles, juntamente com a brisa marinha e a vista para o mar profundamente azul. Ruki logo veio com a carta nas mãos, sorrindo largamente.

- "Ruki,
Leve o Uru ao 'Weekend's', meu bar favorito. Lá da pra ouvir música boa e ver gente bonita. E Ruki, você vai para o céu por ser amigo do meu bebê. Estou providenciando tudo aqui pra você. Há uns homens bem sexies a sua espera. Amo você."
- o menor terminou, respirando fundo e olhando para Uruha. – Eu não sei como você faz isso.

Kai pediu para ver a carta, e depois de alguns segundos, ambos olharam para Uruha. O loiro tinha uma expressão triste, desapontada. Kai ergueu uma sobrancelha, sem entender direito aquela reação do amigo.

- O que foi?

- Ele... não deixou uma carta pra mim...

Ruki rolou os olhos.

- É, vai ver ele não te amava tanto quanto a nós.

Kai concordou, o sarcasmo exposto no rosto dos dois. Uruha acabou por rir, sem graça, mas no fundo restava aquela dorzinha por não ter achado uma carta enviada pra ele. Mas não era como se tivesse muito tempo pra pensar, Ruki já estava todo empolgado com a ida até o bar. O lugar não era muito grande, e parecia menor inda devido à quantidade de gente que circulava – ou pelo menos tentava.

Os três amigos sentaram-se em um sofá a um canto, observando tudo à sua volta. Kai e Uruha comentavam que aquele lugar definitivamente tinha a cara do moreno, enquanto Ruki olhava em volta até achar algo interessante no palco.

- Minha nossa, olha aquilo. Olha AQUILO!

Os outros dois se inclinaram na direção em que Ruki olhava. Do lugar onde estavam, viam parcialmente o palco, mas não deixava de ser uma visão bonita. Sobre o pequeno palco improvisado, um rapaz tocava violão. Tinha os cabelos escuros e repicados, um pequeno piercing prateado sob o lábio inferior e definitivamente, bonito.

- Deixa eu comprá-lo de lembrancinha... – pediu Ruki, fazendo os demais rirem.

O rapaz desceu do palco sob os aplausos da platéia, rumando até o balcão, próximo à mesa dos três. As cabeças iam seguindo o rapaz, curiosos.

- Quanto tempo faz? – perguntou Kai, do nada.

- Quanto tempo faz o quê? – replicou Uruha, ainda olhando o rapaz.

- Quanto tempo faz, Uruha? – Kai o olhou firmemente, esperando que o amigo entendesse a mensagem.

Uruha não respondeu, preferindo tomar um gole de sua bebida. Não havia flertado muito menos dormido com alguém desde a morte de Aoi, mas não precisava dizer isso em voz alta.

- Você vai falar com ele. – decidiu Ruki, sendo prontamente apoiado por Kai.

O loiro até tentou protestar, mas estava em clara desvantagem ali. Kai o empurrava e ele acabou por se levantar. Foi indo em direção ao moço, mas desviou abruptamente do caminho quando duas garotas chegaram primeiro, roubando a atenção do moreno. Voltou à mesa, tentando ignorar os olhares ameaçadores dos outros dois.

- O que você está fazendo, Uruha?

- Ah, eu sou só um velho viúvo.

Ruki rolou os olhos.

- Mas é óbvio que você é melhor que essas menininhas, você é experiente!

- Você é japonês, isso é exótico.

- Kai, não tem nada de exótico em ser japonês.

Os dois começaram a argumentar juntos, Uruha mal entendendo o que falavam. Só o que percebeu foi Ruki abrindo alguns botões da sua camisa e ele sendo empurrado novamente na direção do moreno. Pelo visto, ele não teria escolha. Uruha respirou fundo, indo até o rapaz.

- Oi. – o rapaz olhou pra ele. – Eu queria dizer que eu adorei a sua música.

Uruha tentava desesperadamente não rir; devia estar fazendo um papel ridículo ali. O rapaz virou-se, e finalmente Uruha pode notar como ele era bonito.

- Você é lindo. – depois de alguns segundos, Uruha percebeu o que falara – Quer dizer, sua música é linda.

- Obrigado, ah...

- Kouyou. Takashima Kouyou. Mas meus amigos me chama de Uruha.

- Kouyou. É japonês?

- Sim.

- E o que o trás ao Havaí?

- Férias. – Uruha continuava sorrindo bobamente. – Ah, com meus amigos.

Apontou os outros dois e prontamente fingiram que não estavam olhando – sem sucesso, é claro. O rapaz sorriu, cumprimentando-os com um aceno de cabeça.

- É bom recebê-los aqui. Vou tocar mais uma música, vai ficar pra ouvir? É uma música japonesa sobre um garoto local, acho que vai gostar.

- Tá bom.

- Legal. Ótimo... ah... vejo você depois?

- Claro.

O rapaz saiu, indo em direção ao palco. Uruha respirou fundo, virando-se para os outros dois e deixando a expressão de pânico traduzir o quanto ficara nervoso. No palco, o rapaz e um outro jovem pegaram seus violões.

- Essa é uma canção japonesa... que dedico ao Kouyou.

Os três já estavam de pé em frente ao palco, e Uruha sorriu timidamente, agradecido. Mas assim que os primeiros acordes soaram, Uruha mordeu o lábio inferior, reconhecendo a música. Sem que quisesse, um turbilhão de lembranças afloraram em sua mente.

~ F L A S H B A C K D O U R U H A ~



Naquele mesmo bar, anos antes. Uruha tinha apenas 17 anos e tentava passar com um copo de cerveja tamanho família por entre um aglomerado de pessoas que assistiam animadas ao show no pequeno palco. E assim que ele olhou para o palco, não acreditou em quem viu ali em cima. Moreno, algumas luzes finas no cabelo e um piercing negro nos lábios, cantando com seu violão. O loiro estacou no lugar, em choque.

Não demorou muito para que aquele moreno o visse ali, começando a tocar a música pra ele. Uruha apenas riu de volta, ainda não acreditando. E quando menos esperava, Aoi desceu do palco, indo na sua direção, ainda tocando o violão. Uruha começou a olhar para os lados, vendo se teria para onde correr, mas não era como se tivesse muito espaço.

- Bela jaqueta. – comentou, olhando a jaqueta que Uruha vestia.

- Ganhei numa aposta – respondeu, sorrindo sarcástico.

As pessoas ao seu redor abriram espaço para o moreno, que ia se aproximando e cantando. A cada passo que dava pra trás, Aoi vinha com seu violão, puxando o bar para o coro. Uruha entregou seu copo para um colega da escola, ainda tentando fugir dali. Talvez tivesse mais sucesso em cavar um buraco no chão para se esconder.

Até o moreno se cansar, passar o violão para outro e puxá-lo pela mão, levando-o até um canto mais discreto, roubando o segundo de muitos beijos.

~ F I M D O F L A S H B A C K ~



Uruha se virou, indo até a saída do bar, deixando pra trás Ruki, Kai e o rapaz confusos. Os dois primeiros logo foram atrás do amigo, achando-o encostado m um muro do lado de fora. Olhavam preocupados para o loiro, sem entender.

- Por que ele quer que eu fique lembrando de coisas que dificultam ainda mais? Isso é cruel.

- Eu não sei, Uru... – respondeu Kai – Mas não acredito que ele queira ser cruel.

- Eu sei disso... mas então o que ele quer?

- Eu não sei, Uru. Não sei.

- Vamos levá-lo de volta. Ele precisa de uma noite de sono. – decidiu Ruki.

Os dois foram um de cada lado de Uruha, sem dizer mais nada. Não era como se soubessem o que dizer ou se soubessem o que diabos Aoi tinha em mente ao fazer aquilo tudo com Uruha. Mas tinham certeza que, vindo de Shiroyama, tudo era possível. E que a última coisa que ele queria no mundo era fazer Uruha sofrer.






Continua...


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Notas finais do capítulo

E só pra esclarecer porquê do Havaí.
Primeiro, porque é fato o grande fluxo de japoneses lá. Há uma grande maioria que vai pra lá pra passar férias e principalmente pra se casarem. No Japão eles geralmente fazer 3 cerimônias: budista, xintoísta e católica. Dae pra economizar, nego faz uma cerimônia só no Havaí (no civil, eu acho).
E segundo porque o próprio Aoi vai pro Havaí uma vez por ano, liberar seu lado surfista –Q Então foi por isso o Obrigada por esperarem!



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