Selene escrita por Tamires Vasconcelos


Capítulo 1
Castigo


Notas iniciais do capítulo

PRIMEIRO CAPITULO!!!

eu já tenho alguns capitulos prontos, mais como voltou as aulas, talvez eu poste uns dois capitulos por semana bjussss



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Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar a desorientação ( Clarice Lispector )

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Meu nome é Selene, sou uma deusa, filha de Èolo deus dos ventos vivemos juntos na ilha flutuante e Eólia junto com meus seis irmão e minhas cinco irmãs e minha mãe a filha do primeiro rei da ilha.
Todos nós adquirimos o poder de nosso pai, podemos controlar todo tipo de vento, desde as leves brisas até as piores tempestades.
Eu sou a mais velha dentre minhas irmãs, e de acordo com meu pai a pior delas, ele sempre diz que tenho que gostar mais dos mortais, que faço muita brincadeira de mau gosto com o vento. 
De uns tempos para cá ele vem agindo de forma estranha, eu sabia que planejava alguma coisa.
- Selene! - Ouvi ele gritar, enquanto eu treinava fazer pequenos redemoinhos.

- Sim!

- Preciso falar com você.

Estremeci da forma como ele falou aquilo.

Fui andando em passos curtos em sua direção. Ele esperava pacientemente, com uma expressão impossível de ler.

- Sim pai.

- Selene - Ele falou meu nome devagar, com muito calma - você sabe que eu não gosto da forma como usa seus poderes.

- Eu sei.

- Por isso vou te dar um castigo.

Ele falou não rápido, que não tive tempo de de adquirir aquilo.

- O que?

- Vou te dar um castigo.

- Mas...

- Você viverá com os mortais, e aprenderá a ama-los.

Fiquei pensando durante um tempo.

- Por quanto tempo, cem anos! -  Eu gritava agora.

- Não, vai ser até você aprender a dar valor a eles.

- E não pode ser por cem anos?

- Querida isso vai ser para seu bem

Falou minha mão pondo-se ao lado do meu pai.

- Mais eu não quero ir - Eu choraminguei.

- Sinto muito - Podia ver nos olhos dela que sentia muito mesmo, ela também estava magoada.

Meu pai levantou um dedo e pois na minha testa, minha vista começou a escurecer, minhas pernas ficaram bambas e a escuridão me tomou por completo.


Acordei ofegante. Olhei em volta e estava em um quarto, uma outra cama ali e havia uma outra pessoa deitada, no meio delas um criado mudo com um abaju, tinha um guarda-roupa pequeno encostado na parede, no outro canto do quarto, tinha uma estante cheia de livros e ao lado dela um espelho de mais ou menos 1 metro.

Corri até ele, sentido-me meio tonta ainda. Parei em sua frente e fiquei me olhando durante um tempo, aquela menina que estava ali com certeza não era eu, seu cabelo era ruivo claro e caia em cachos perfeitos até a cintura, era super branca, seus lábios eram carnudos, seus olhos castanhos tinham uma linda inocência, aparentava ter 16 anos. 

Aquela era eu.

Não exatamente eu, era como em um sonho, quando se tem a impressão que conhece aquela pessoa a anos, mais nunca a viu. Aqueles era meus cabelos, meus olhos e  meus lábios.

Ouvi três leves batidas da porta.

- Pode entrar - Eu falei instintivamente. 

Uma mulher entrou, era baixinha e tinha uma aparência engraçada, seu cabelo era preto e bem curtinho.


- Meu Deus Selene, você ainda não se trocou! - Ela falou.

Ela foi até o guarda-roupa, e pegou algumas roupas. Ela me entregou nervosamente as roupas.

- Se vista logo, eles estão para chegar.

- Quem está para chegar?

Ela me olhou de modo estranho.

- Você sabe, seus pais.

- Meus pais?

- È seus pais adotivos.

- Eu sou orfã?

- Selene deixe de brincadeira, e se troque logo.

Ela me empurrava para uma porta, do mesmo lado do guarda-roupa.

- Mais...

Era tarde de mais, ela já havia saido.

Entrei no banheiro, não era muito grande, mais também não era tão pequeno. Sentei no chão e abracei meus joelhos, então aquilo tinha acontecido mesmo, vou ter que conviver com os mortais, será que virei humana?, ainda tenho meus poderes? comecei a chorar.

- Selene? está tudo bem?.

A mulher perguntou de novo.

- Está, eu já estou saindo.

Levantei rápido e lavei meu rosto na pia, peguei as roupas que a mulher me derá. Tirei um pijama ridículo cor de rosa, e vesti um calça jeans escura, e uma regata branca, com detalhes rosa.

Sai do banheiro e deixei minhas roupas dobradas em cima da minha cama. Ao lado da minha cama, no chão tinha um all star, azul marinho, deduzi que talvez ele seja meu e o coloquei.

Abri a porta devagar, tinha um longo corredor ali, cheio de portas de um lado e do outro. Fui até o final do corredor, desci uma longa escada, e parei ao que me parecia uma sala principal, onde tinha varias entradas de mais corredores

Uma mulher que estava escrevendo em uma prancheta, acenou para mim.

Fui até ela.

- Selene, a Sr. Winter, te espera na sala dela.

- E onde é essa sala?

Ela apontou para uma porta, no fundo da sala.

- Obrigada.

Fui hesitante para a porta e bati.

- Pode entrar.
Empurrei a porta e fez um ruido, aquela era uma enorme sala, com um decoração do tipo medieval, no meio dela tinha dois sofas, em de frente para o outro e uma mesinha entre elas, onde havia uma bandeja de chá.

- Se aproxime - Falou um mulher sentada sozinha em um sofá.

Me aproximei, ela fez um gesto para eu me senta, sentei ao seu lado.

- Esses são James e Claire McConnell.


Eu os cumprimentei enquanto ela falava, eles pareciam super felizes, a Claire era baixinha e tinha um cabelo liso e preto lindo, até os ombros, era bem branquinha como eu. James era alto e forte, tinha um cabelo curto preto, e tinha uma barba rala.

- São seus pais adotivos.

- Meus pais - Eu falei para mim mesmo.



- È um prazer conhecer você, sempre sonhei ter uma filha, Selene não é?


- Isso.


- Ha como uma das filhas do Deus dos ventos - Disse o James.


- Exatamente

A Sr. Winter, me encorajou falar com eles.

- Vocês tem outros filhos?

Eles se entreolharam.

- temos, um menino chamado Jack, ele só tem oito anos- falou James.

- Vou deixar vocês conversarem a sós.

A Sr. Winter saiu da sala, com um sorriso gentil no rosto.

- Você tem preferência de cor? - Claire perguntou.

- Como?

- Estamos montando seu quarto, e eu queria saber se tem preferência de cor.

- Não, qualquer uma ta boa pra mim.

Ela sorriu para mim.

A conversa durou mais ou menos uma hora, eles eram muito legais, sempre sorrindo.

Depois que eles foram embora, fui para meu quarto, sentei na minha cama, abraçando meus joelhos.

Eu tinha que sair dali, queria voltar para minha ilha, poder sentir a brisa, ver meu irmãos de novo.


Mais tinha que aprender o valor deles primeiro, como eu fazia isso? e se eu fingisse que aprendi, daria certo?
- Por que você fez isso comigo pai.
Deixei algumas lágrimas escorrerem de novo.

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Notas finais do capítulo

AHHHHHHHHH.vocês gostaram? rsrs bjuss