Love Love escrita por Neko D Lully


Capítulo 8
Coração de dragão.


Notas iniciais do capítulo

Essa fic me ocorreu quando eu via eragon, bem no nascimento da dragão que eu esqueci o nome no momento. Pode ficar um pouco maluca a minha fic *como se isso fosse novidade* mas lhes garando que ta muito linda e vocês vão adorar!



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Coração de dragão

Uma chatice essa vida de campo. Ele e seus primos não aturavam isso de jeito nenhum, mas como estavam de férias e seus pais os obrigaram a ir para lá não podiam fazer mais nada. No momento se encontrava sentado na janela de seu quarto no segundo andar da casa de seu tio. Podia ver ao longe o enorme campo verde que se estendia até os limites de uma floresta tão densa quanto qualquer uma que já vira alguma vez. Quando era pequeno ele e seus primos deram o nome a ela de Floresta das Almas, já que toda vez que entravam eles viam vultos correndo para todos os lados, como Almas penadas vagando sem rumo, hoje, com seus dezessete anos, já achava que aquilo era simplesmente sua imaginação de pirralho lhe pregando uma peça. Ainda gostava de dar pequenos passeios por aquela floresta para tranqüilizar os nervos que seu melhor amigo e primo Sonic lhe causava.

 Todos os anos seus pais iam para aquela fazendo, todos os anos nas férias, desde que tinha memória, havia crescido correndo por aqueles enormes campos verdes tendo varias aventuras com seus primos, mas depois de um tempo isso começa a perder a graça e você percebe que não passou de uma brincadeira de criança sem sentido. Ainda gostava de ir para lá, descansar um pouco do agito da cidade, mas muitas vezes queria algo mais de emoção do que ficar apenas andando de cavalo para lá e para cá ou arrasando os corações das garotas que viviam ali por perto.

 Pois claro, sua família era cheia de garotos bonitos, nenhum deles escapavam das regras. Ele por exemplo tinha puxado os olhos estranhamente vermelhos de seu pai, tão profundos e frios quanto, os cabelos negros lisos e bagunçados havia puxado de sua mãe junto com o rosto oriental um pouco delicado e a pele morena e perfeita, o corpo bem formado e forte, alto de um metro e oitenta e cinco havia puxado de seu pai. Mas uma coisa saíra diferente, sua personalidade fria e isolado era completamente sua. Seus pais, ou qualquer um de seus parentes eram sempre animados, alegres e sociais, mas ele, ele sempre gostava de se manter sozinho, pensando em um mundo completamente diferente do que vivia. Era engraçado, não era nenhum sonhador, mas sempre gostara de se imaginar em grandes aventuras, cheias de adrenalina, por isso sempre praticava dos esportes mais alucinantes que poderiam encontrar junto com seus primos, tudo para poder saciar essa sua sede de aventuras. Se dá certo? Não, nunca deu.

Respirou fundo o doce ar que tinha na fazendo. Apesar de toda a calma que aparentava dentro de si existia um desejo incontrolável de achar alguma coisa emocionante para fazer, uma aventura para enfrentar. Talvez nunca a encontrasse, o que era o mais provável, mas poderia pelo menos saber o que realmente queria enfrentar. O que realmente seu coração pedia a gritos e se apertava toda vez que não conseguia.

 De repente uma forte luz azul foi vista bem no centro da enorme floresta densa chamando a atenção do entediado garoto que ficou em pé na janela tentando ver o que poderia ter acontecido. Rapidamente saltou para dentro de seu quarto e saiu correndo ignorando os gritos de todos pelos quais passava, saiu da casa e correu até a floresta. Tinha que saber o que havia acontecido, era algo mais forte que se. Passou por entre as arvores da floresta procurando a origem daquele enorme brilho azulado e quanto finalmente chegou a uma certa parte da floresta parou de repente.

 Lá, tinha um enorme espaço aberto, a grama chamuscada e bem no meio daquilo tudo parecia ter um ovo estranho, de aparência oval e da cor azul marinho. Se aproximou lentamente do mesmo, curioso e intrigado. Não parecia com nenhum ovo normal que conhecia e seu tamanho era muito exagerado para ser de alguma ave. Delicadamente o carregou o examinando de todos os ângulos possíveis.

 Estava quente, mas de um quente aconchegante e gostoso que faziam suas mãos formigarem levemente. Se sentou no chão e levantou levemente o ovo, o mirando na parte de baixo, contra o sol forte da tarde. Por causa da luz, ele pode ver uma pequena criatura dentro do ovo, parecia um réptil, com uma enorme cauda, o tronco alongado, as patas pequenas, o pescoço um pouco comprido  e a cabeça pequena um pouco oval. Mas o que mais lhe impressionou foi ver duas pequenas asas nas costas da criatura que se movia lentamente pelo espaço que era oferecido.

 - O que você é? – se perguntou mirando mais atentamente tentando desvendar o mistério que tinha em mãos. De repente aquele pequeno ovo começou a o fazendo se assustar e deixar o mesmo cair em suas pernas. O mesmo continuou tremendo até que de repente uma parte dele se quebrou revelando uma pequena patinha azulada, logo depois mais partes do ovo começaram a se quebrar e logo depois, em pé em seu colo estava aquele pequeno réptil de asas que vira dentro do ovo. – Nossa.

 O pequeno o mirou com aqueles penetrantes olhos azuis andando desengonçado por suas pernas. Com cuidado levou a mão até o pequeno e tocou levemente sua cabeça, fazendo o mesmo fechar os olhos e espremer mais sua cabeça contra a mão dele procurando mais carinho. O garoto sorriu ligeiramente e carregou aquela pequena criatura a mirando diretamente.

 - Você é bem estranha sabia? Que tipo de animal você é? – perguntou enquanto aquela pequena criatura parecia começar a rir. Olhou para os lados, mas não encontrou nenhuma criatura parecida com aquela para ser sua família, voltou a mirar a pequena e se levantou carregando-a com cuidado. – Não posso te deixar aqui sozinha, mas se minha mãe te ver ela vai ter um treco. Acho que você vai ter que ficar no meu quarto.

 Ele se levantou e andou de volta para casa carregando aquela estranha criatura. Quando chegou ao enorme campo que seu tio tinha escondeu a criatura atrás de si e correu até em casa. Entrou na mesma olhando para todos os lados, rapidamente subiu as escadas, por enquanto estava tudo bem até que uma voz chamou sua atenção. Amaldiçoou mentalmente seu primo e se virou escondendo a criatura em suas costas.

 - O que aconteceu para sair correndo daquela maneira? – perguntou um garoto de cabelos azulados, os olhos de um verde forte,a pele morena e um rosto completamente infantil e com um enorme sorriso no rosto. – Ficamos preocupados.

 - Vi uma coisa na floresta e fui ver o que era. Não foi nada. – disse como se nada tivesse acontecido. De repente sentiu como algumas coisas pontiagudas passavam sua blusa cutucando suas costas incomodando ligeiramente, o fazendo arrepiar e inclinar o ombro para trás, incomodo. – Se me dá licença Sonic, tenho uma coisa para fazer.

 - Te vejo no jantar então. Quero saber o que era tão importante para você sair correndo daquela maneira. – falou o garoto divertido andando pelos corredores da casa. Rapidamente o garoto entrou em seu quarto no mesmo instante que o pequeno dragão conseguia alcançar seu ombro e colocando sua cabeça no mesmo.

 - Devia ser mais discreto, quase que meu primo te vê. – falou segurando o pequeno dragão e o tirando de suas costas com um pouco de dificuldade já que o mesmo estava bem preso em sua blusa. Colocou o pequeno na cama e retirou a camisa vendo os vários rasgões que tinha na mesma. – Se você fizer isso todas as vezes vou acabar ficando sem camisas. Agora tenho que arrumar um nome para você.

 Aquela pequena criatura brincava com as cobertas de uma maneira um tanto infantil, como se estivesse tentando descobrir o que eram. Sorriu ligeiramente e deu as costas para a pequena criatura indo até seu armaria para pegar mais um blusa, escolheu sua favorita entre todas as que tinha, era uma blusa negra com um dragão branco de olhos vermelhos que tinha sua calda no inicio da camisa e ficava com a cabeça perto de seu ombro. Quando voltou a se virar a pequena criatura estava completamente embolada da coberta, com as patas para cima se contorcendo sem parar para escapar.

 Foi até a pequena e a tirou daquela bagunça acariciando sua cabeça logo depois. A pequena era ainda um bebê e como qualquer criatura pequena ela tinha sede de conhecer o que estava a seu redor. Quando a pequena olhou para sua blusa ela pareceu se animar pulando se parar e mexendo suas asas sem parar. Olhou para sua blusa e logo depois para a criatura enquanto em sua mente um forte estalido de idéia aparecia.

 - Um dragão. – sussurrou sem poder acreditar. A pequena se animou ainda mais pulando sem parar encima da cama enquanto balançava as asas com força. – Agora sim não posso te mostrar mesmo para minha família. E acho que devia te dar um nome, se quero ficar com você tenho que te chamar de alguma coisa. Hum... Que tal Maria? – a pequena o mirou curiosa e logo depois voltou a pular animada. Acariciou ela levemente aceitando aquilo como um sim. – To vendo que gostou.

 - Shadow! Vem jantar! – gritou sua mãe desde o andar de baixo assustando o garoto e fazendo o dragão saltar da cama e olhar para ele um pouco faminto. Bom era um filhote e precisava comer e como agora era sua responsabilidade era seu dever ir buscar comida.

 - Espera só um pouquinho que eu já voltou com algo para você comer. – falou se levantando e saindo do quarto, fechando a porta logo em seguida deixando o pequeno dragão sozinho. Desceu rapidamente e pegou um prato da comida que seu tio tinha feito. Ia voltar a subir quando sua mãe o chamou.

 - Por que não come conosco filho? – perguntou sua mãe enquanto o garoto se virava lentamente procurando alguma desculpa para poder sair de lá sem ter que revelar seu segredo.

 - Queria ficar sozinho por um tempo mãe, sabe que não me sinto muito a vontade quando tem muita gente. – falou rapidamente andando lentamente na direção da escada. Sua mãe franziu o cenho, mas mesmo assim cedeu, conhecendo muito bem seu filho.

 - Tudo bem, mas temos que dar um jeito nessa sua índole de anti-social. – falou ela emburrada mirando seu filho preocupada. Shadow não respondeu e subiu as escadas apressado entrando em seu quarto e fechando a porta logo atrás. Olhou para sua cama e lá estava a pequena novamente embolada nos lençóis só que dessa vez de cabeça para cima.

 Ela saltou da cama e andou até ele ainda completamente embolada nas cobertas brancas que arrastavam pelo chão de madeira enquanto o garoto sorriu ligeiramente. Abaixou-se deixando o prato no chão e retirou os lençóis da pequena que começou a comer alegre. Sentou do lado da pequena e acariciou sua cabeça, ela seria sua emoção, esconder ela seria uma coisa complicada, mas valeria a pena.

 Os dias se passaram e as férias agora se tornaram bem mais divertida. Aquele pequeno dragão havia animado completamente seus dias chatos no sitio de seu tio viraram a mais animada emoção que poderia pedir. Não podia deixar que alguém a visse por isso toda vez que tinha que sair ela tinha que ficar em seu quarto bem escondida, mas quem disse que ela queria isso? Uma vez quando ia andar de cavá-lo ela se escondeu dentro da sua mochila e quase que seus primos a descobrem.                Quando ia sair com uma garota ela acabou o seguindo, abrindo a porta de alguma maneira, e toda vez que a garota parecia estar lhe incomodando ela meio que espirrava chamas e fazia a garota se assustar, até o momento que queimou o cabelo dela. Uma vez quando acordara de manha ela havia saído e se encontrava no campo de seu tio tentando pegar alguns insetos que tinha por lá. Foi engraçado como saltou da cama, vestiu a roupa as pressas e saiu do quarto como um raio para escondê-la antes que alguém a descobrisse.   

 Mas tudo que é bom tinha seu final. As férias acabaram e agora ele tinha que voltar para casa e com certeza não poderia levá-la já que seria muito arriscado deixá-la em uma cidade grande. Deixá-la no sitio de seu tio seria mais seguro já que lá normalmente ficava sem ninguém e com relação a comida, ela sabia como abrir a geladeira com sua calda. Não perguntem como ela aprendeu isso. Mas o pior era sempre a despedida. Ela ficara apegada a ele e queria ir junto.

 - Vamos Maria, não posso te levar comigo. – disse enquanto ela ainda continuava agarrada em sua perna o mirando com aqueles olhos azuis reluzentes e tristes quase implorando para que a levasse junto. – Por favor, Maria, não faça essa cara. Eu prometo que venho te ver no próximo verão, mas tem que me prometer que não vai me seguir nem muito menos fazer alguma bagunça aqui.

 Delicadamente carregou a pequena e a colocou na cama mirando com tristeza. Sentiria falta da pequena, mas realmente precisava ir. Pegou suas coisas e desceu até onde seus pais estavam. Entrou no carro e mirou pela janela como se afastavam da casa vendo também como aquele pequeno dragão se coloca na janela e mirava o carro se afastar enquanto suas garras arranhavam os vidros da janela.

 - Não se preocupe filho, voltaremos ano que vem. – disse seu pai enquanto dirigia. Suspirou, só esperava que ela ainda estivesse lá quando voltasse.

 Esse ano de aula passou mais lento que o anterior, mas o feriado finalmente chegou e novamente iam para aquele sitio que antes o garoto quase implorava para não ir. Agora ele estava mais que animado, ansiando a chegada, tudo por causa de um filhote de dragão que havia deixado na casa de seu tio. Rapidamente saltou do carro quando pararam e correu até a mesma, levando suas coisas junto.

 - Nossa, nunca o vi tão animado para vir aqui. – comentou o pai do garoto ao ver o mesmo desaparecer casa adentro. O garoto estava mais que animado subiu a escada como um relâmpago e abriu a porta de seu quarto sendo logo atingido por um réptil grande da cor azul que tinha duas grandes asas se chacoalhando sem parar junto com sua enorme cauda.

 O garoto riu ligeiramente sentindo como ela lambia seu rosto com animação. Mas logo ouviu como sua mãe começava a subir as escadas, rapidamente empurrou o dragão para dentro de seu quarto e fechou a porta suspirando aliviado. Novamente o dragão pulou nele, só que dessa vez ele apenas colocou as patas dianteiras nos ombros do garoto ficando praticamente de sua altura.

- Nossa, mas como você cresceu! Acho que não vai mais caber no meu quarto. – falou divertido enquanto via aqueles reluzentes olhos azuis o mirando com alegria. – Vejo que também sentiu minha falta. Que tal se nos divertimos lá fora? Quando meus pais estiverem ocupados com meus tios te levo para os fundos ok?

 Antes que percebessem já estavam do lado de fora, claro que dera um pouco de trabalho descer com ela sem que ninguém percebesse, mas mesmo assim conseguiu e agora estavam no jardim dos fundos se divertindo um com o outro. Era raro ver o garoto sorrindo com tanta naturalidade, mas com ela era diferente, podia ser apenas um dragão, mas mesmo assim era a única coisa que conseguia fazer com que sorrisse com tanta facilidade.

 Em um certo momento da brincadeira ela começou a bater as asas com força levantando seu corpo do chão lentamente, mas logo perdeu as forças e caiu pesadamente no chão. O garoto a ajudou a levantar e a incentivou a continuar tentando, em poucos instantes ela levantou vôo indo na direção das nuvens desaparecendo nas mesmas pouco tempo depois. O garoto continuou com o sorriso mirando o céu, esperando que ela voltasse, mas os minutos se passavam e seu sorriso diminuía cada vez mais enquanto em sua mente pensava que ela não mais voltaria.

 Voltou um pouco triste para dentro da casa se repreendendo mentalmente por acreditar que ela voltaria depois que ficasse independente. Ela era um animal selvagem, era isso que devia esperar depois de tudo, mas havia ficado muito apegado a aquela criatura tão peculiar e agora que ela havia ido embora não conseguia imaginar como seria se não tivesse aquela emoção de escondê-la o tempo todo. Já não teria mais aquele tão precioso segredo que adorava ter só para si. Talvez ele sentisse mais falta dela quando ela dele.

 Os dias foram se passando e não podia evitar olhar para o céu a cada instante, ainda tendo a esperança que ela voltasse, que pudesse vê-la mais uma vez. Em uma noite acordou sem motivo algum, olhou pela janela e viu como algo caia na floresta e um forte brilho azul reluzia na mesma. Rapidamente jogou as cobertas para o lado, vestiu uma roupa rapidamente e saiu correndo na direção da floresta o mais rápido que podia, pegando uma lanterna para poder enxergar naquela noite sem luar.

 Em seu interior tinha a esperança de ser ela, tinha a esperança de poder vê-la mais uma vez. Apressou o passo, desviando das arvores que apareciam em seu caminho e quando chegou suas pernas tremera e suas mãos já não conseguiram mais sustentar a lanterna que levava. Caiu sentado no chão sem poder acreditar no que seus olhos lhe mostravam.

 Bem na sua frente estava uma bela garota completamente nua enquanto a sua volta a grama parecia ter sido chamuscada fortemente. Sua respiração se acelerou ao ver aquele belo corpo cheio de curvas pequenas, mas belas, com aquela pele pálida reluzente, os cabelos loiros escorrendo por suas costas, tampando seus seios e indo até seu quadril, o rosto tão lindo parecendo o de uma boneca de porcelana de tão delicado que era. Seus olhos se mantinham fechados enquanto sua boca semi-aberta mostrava pontiagudos dentes esbranquiçados, ela tinha o rosto levemente erguido, as mãos no chão sustentando o corpo, com as pernas para a esquerda e o corpo inclinado para a direita. Era simplesmente... Linda.

 De repente ela abriu os olhos mostrando duas orbes azuis intensas com as pupilas finas e alongadas como as de um réptil que logo ficaram redondas e normais como a de um ser humano. Ela virou o rosto em sua direção e um pequeno sorriso inocente apareceu em seu rosto, o que fez um forte calafrio passasse por todo o corpo do garoto enquanto o mesmo fervia com força. Ela tentou se levantar, mas parecia não ter muita firmeza nas pernas e acabou caindo novamente. Ela então começou a engatinhar em sua direção fazendo o garoto engolir em seco, principalmente quando ela ficou a centímetros de distancia de seu rosto passando os braços por seu pescoço com delicadeza.

 Ela sorriu para ele enquanto por uma fração de segundos suas pupilas viraram aqueles estranhos riscos negros reptilianos, mas tão rápido como apareceram eles voltaram ao normal. Ela então o abraçou com força, pressionando seus seios contra o peito do garoto que não sabia como agir. Ele a afastou um pouco com o rosto um pouco vermelho e logo depois tirou o casaco que estava usando passando pelos ombros da garota que o mirava confusa.

 Ele se levantou e ergueu a mão na direção da garota para ajudá-la, mas logo que ela se pós de pé ela perdeu o equilíbrio e caiu encima dele, mas como era muito leve não causou o maior efeito nele que apenas a segurou com cuidado. Em um suspiro ele a carregou com muita facilidade, enquanto ela passava novamente os braços por seu pescoço. Caminhou com ela assim evitando o máximo que conseguia mirá-la, mas havia momentos que isso era impossível.

 Quando estava quase chegando na casa de seu tio olhou para ela discretamente vendo como acabava ficando profundamente dormida lentamente. A levou até seu quarto e colocou com delicadeza em sua cama vendo como se acomodava nela para continuar dormindo. Sem outra escolha deitou do lado dela e fechou os olhos para dormir, coisa que não demorou muito para acontecer.

 Acordou no dia seguinte com os raios de sol em seu rosto, começou a abrir os olhos lentamente e quando o fez se encontrou com aquele belo rosto da garota que tinha um enorme sorriso nos lábios e os olhos cintilando de animação. Ela ainda apenas usava sua jaqueta o que fez com que o garoto corasse levemente e se sentasse na cama. A garota apenas o mirava atentamente sorrindo sem parar.

 - Agora me fale, quem é você? Qual seu nome? – perguntou delicadamente a mirando diretamente nos olhos. Ela o mirou confusa e abriu e fechou a boca algumas vezes, mas sem que nada saísse. – Não consegue falar? – ela assentiu e deu de ombros mirando tudo a sua volta com curiosidade. – Ótimo, agora como vou explicar para todos sobre você?

 Saiu da cama com ela o mirando sem parar, saiu do quarto e foi até o quarto de sua mãe, aproveitando que não tinha ninguém e pegou um vestido que tinha lá. Logo depois voltou para o quarto e entregou o vestido para a garota que mirou a peça de roupa um pouco confusa. Suspirou pesadamente e a ajudou a colocar o vestido se impressionando com o quão linda ela tinha ficada. As segas tinha pego um vestido branco um pouco rodado, sem mangas e que só chegava até um pouco abaixo dos joelhos da garota. Ela parecia uma boneca de tão linda.

 A ajudou a se colocar de pé e a andar na direção da sala onde todos estavam. Ela parecia ser uma criança olhando tudo a sua volta com curiosidade, mesmo ela parecendo ter seus dezesseis anos. Quando chegaram a sala todos os miraram sem entender, mas a garota pareceu nem perceber e foi direto para um retrato que tinha ali perto o mirando com curiosidade e o tocando com leveza.

 - Quem é ela? – perguntou seu primo Sonic mirando a garota com um sorriso divertido no rosto, mas nada de malicia, para a alegria do moreno.

 - A encontrei ontem a noite perambulando pela floresta. Não sabe falar e parece não saber quem é também. – falou mirando a garota atentamente, vendo como ela analisava tudo com atenção. – Estava pensando se ela poderia ficar aqui até descobrirmos quem é.

 - Mas é claro! – exclamaram todas as mulheres simplesmente encantadas com a garota. O garoto sorriu, mas logo em sua mente pareceu estalar. Ela parecia uma criança, sem saber falar e acabando de aprender a andar, o jeito que encontrou na floresta... Seria possível que ela fosse aquele dragão que encontrara no verão passado?

 Os dias se passaram e ele passara a ser responsável pela garota já que não havia nenhuma informação sobre ela. Ele a ensinou a falar, a ler, escrever e praticamente passavam todo o tempo juntos, mas ela ainda tinha muitas coisas que aprender e toda vez que via algo novo seus olhos brilhavam de emoção e ia direto ver o que era, o que encantava o garoto. Agora ela via um filme com a mãe do garoto e as namoradas de seus primos. Era mais um filme de romance e ela nem parecia prestar muita atenção até que chegou uma parte em que os dois protagonistas se beijaram. A garota ficou intrigada, levando uma mão a sua própria boca sem saber o que era aquilo.

 Ao cair da noite ela foi até o quarto do garoto sentando na cama e esperando que ele saísse do banheiro. Quando ele chegou se ajoelhou na cama e o mirou curiosa enquanto o garoto não sabia o que estava acontecendo. Aproximou-se da garota e já ia perguntar o que era quando de repente ela levou uma mão até seus lábios, passando os dedos pelos mesmos delineando cada ponto. Seus olhos azuis estavam fixos naquela área curiosos e confusos.

 Com delicadeza ficou um pouco mais alta aproximando seu rosto do rosto do garoto sem deixar de mirar os lábios do mesmo, que estava simplesmente paralisado. Ela colocou as mãos no rosto do mesmo e ainda um pouco hesitante juntou seus lábios em um leve roce fechando os olhos levemente enquanto o garoto arregalava os seus. Em poucos instantes se separaram e a garota voltou a ficar sentada em suas pernas e ficando em uma cara pensativa. O garoto levou a mão até a boca sem poder acreditar no que tinha acontecido. Claro que já havia beijado varias outras garotas, mas ela... Ela era especial e ter a honra de ser o primeiro a tocar aqueles lábios finos e macios fazia seu coração acelerar até não poder mais.

 Sendo domado pelo impulso e pelo desejo juntou novamente seus lábios só que em um beijo mais profundo e apaixonado. Era algo novo para a garota que tentou seguir todos os movimentos que o garoto fazia fechando os olhos com força enquanto seu rosto ficava corado. Ele mantinha uma brecha dos olhos abertos só para mirar aquele lindo rosto de anjo que tinha a sua frente. Deitou a garota levemente na cama ficando encima dela ainda a beijando com paixão.

 Quando se separaram a mirou atentamente vendo como aquele doce rosto estava pacifico, um pouco corado, completamente lindo. Sorriu levemente e acariciou o rosto da pequena, deitando do lado dela a abraçando com força para assim dormirem. Não era o momento para passar daquilo, tinha que ser bem devagar com ela, sem falar que não queria quebrar essa pureza que ela tinha naturalmente.

 Mas uma coisa era garantida, esse coração de dragão era dele. Apenas dele.


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Notas finais do capítulo

*locura? Você passou disso no inicio da fic* AWN, mas ficou lindo *-*. *fale isso por você, ta super estranho* Admita Akuma, você gostou ¬w¬ *nunca adimitiria isso u//u* Tecnicamente já adimitiu que o que falei é verdade n.n *QUE?!! Eu nunca adimiti isso!!* você disse que nunca iria falar aquilo, mas também não falou que era mentira n.n *touché ¬¬* ^^. Espero que tenham gotado, então mandem reviews!

Bjss!!



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