Prisioneira escrita por Engel


Capítulo 1
Capítulo 1 - Do Sonho ao Pesadelo!


Notas iniciais do capítulo

Espero que Gostem!



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Capitulo 01:

Do Sonho ao Pesadelo!

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- MÃE – gritava Michaelly, enquanto descia furiosa a escada. – MÃEEEEE!

- Oi, Filha! O que aconteceu? – Evellyn, sua mãe surgiu nervosa com a gritaria da filha.

- Como você pode Mãe? Por que fez isso? – Michaelly derramou perguntas em cima de sua mãe. Já esta, não entendia os reais motivos daquelas perguntas sem sentido da filha.

- Como eu pode o quê? – Michaelly sorriu irônica com o suposto desentendimento que sua mãe tinha de suas perguntas. – Eu não fiz nada, então está me acusando de quê?

- Como não fez? O meu cartão de crédito foi cancelado, e eu tenho a plena certeza de que foi você, já que papai nunca fez isso comigo. Puxa, mãe eu precisava comprar um vestido maravilhoso, mas agora já não posso mais por que meu cartão foi cancelado.

- Ah, você está se referindo a isso. Pois então, fui eu sim que cancelei seu cartão. Você vem comprando coisas inúteis, que você usa apenas uma vez, e depois joga naquele enorme closet que você tem no seu quarto.

- Coisas inúteis? São minhas roupas, mãe! Roupas não são coisas inúteis, servem para me vestir ou você quer que eu ande nua por aí?

- Michaelly, você tem milhares de roupas caras e boas e todo santo dia você compra mais um monte de roupas. Praticamente é uma roupa nova todo dia.

- E daí? Se eu compro uma roupa todo dia, é por que eu posso comprar. Sou rica, e o que tenho que fazer com esse monte dinheiro é gastar. Gastar e Gastar.

- Mas filha, por que você não diminui seus gastos? Talvez metade do dinheiro que você gasta com roupas, você poderia doar para alguma ONG que ajude pessoas que precisem mais do que você ou então, doe algumas das roupas que você não usa mais.

- JAMAIS! Aquelas roupas me pertencem e eu não vou doar minhas roupas caras e de grife para uma mendiga sem classe usá-las.

- Michaelly não fale assim, essas pessoas de que fala com tanto desgosto precisam de ajuda.

- Ah, mãe pare com esse blábláblá. Eu não vou doar roupa nenhuma, e quanto ao meu cartão eu vou ligar pro papai e peço para ele me emprestar o dele. Ele sim me compreende e me apoia. Ao contrario de você, que passa a vida ajudando quem não merece ajuda, além de se vestir super mal e não cuidar de si mesma. Nem parece que é minha mãe e sim minha avó.

- Michaelly, eu exijo respeito sou sua mãe!

- Que respeito, em? Mamãe querida, seu respeito sumiu junto com a sua classe. Talvez, ele esteja sumido debaixo desse monte de pano que você chama de roupa.

- MICHAELLY! – Evellyn gritou furiosa com as palavras da filha.

- Nem mesmo papai te respeita. Por que justo eu tenho que respeitar? – Comentou Michaelly.

- CHEGUEI! – Gritou Tom, enquanto adentrava em sua casa. Ele retirou a gravata que usava, jogou sua maleta sobre o sofá e, pois a olhar a esposa e a filha que se encaravam mortalmente. – O que está acontecendo aqui?

- Foi ela que começou papai. – Michaelly apontou para a mãe. – Ela cancelou meu cartão de credito, e agora eu não posso comprar um belo vestido para ir para a festa da sua empresa.

- Você cancelou o cartão dela, Evellyn? – Tom perguntou á mulher.

- Cancelei sim Tom. Michaelly tem um closet lotado de roupas que ela usou apenas uma vez. Eu tenho certeza que ela pode muito bem encontrar um vestido belíssimo para ir à festa. Ao invés de ficar gastando horrores com roupas e mais roupas.

- Mas, pai eu preciso daquele vestido. – Michaelly começou a chorar, enquanto abraçava o pai. – Por que mamãe me trata assim? Eu só quero ficar bonita para a festa da sua empresa, não quero que falem mal de mim e nem te fazer pagar algum constrangimento por minha causa.

- Eu entendo filha. – Tom retirou a carteira do bolso, e entregou um de seus cartões de créditos para a filha, que pulou de felicidade e beijou o rosto do pai. – Compre seu vestido, linda. Quero você hoje como uma digníssima princesa que você já é.

- Ah, pai eu te amo. – Abraçou-o novamente e em seguida subiu correndo as escadas. Evellyn ficou chocada no jeito que o marido caiu nas palavras da filha.

- Por que fez isso? – Evellyn questionou a ação do marido.

- Por que ela é minha filha. Eu não posso negar nada á ela. – Tom respondeu.

- Tom, sua filha gasta todo dia. Com certeza amanhã ela vem com outra história, e você como é um pai idiota vai cair com um patinho.

- Olhe o respeito comigo, Evellyn. Deixe-a gastar o quanto quiser, já que você é totalmente diferente dela. Nunca vi você ir ao shopping comprar roupas para melhorar esse visual antigo que você usa. Nunca foi a um salão se cuidar. Pelo menos alguém nessa casa tem que ter bom gosto.

- Mas, Tom...

- Chega Evellyn, eu cansei. Quanto à festa de hoje, eu não quero que você vá. Por que eu tenho certeza absoluta que será que você que vai me constranger na festa.

- Tom...

- Assunto resolvido. – Tom pegou a maleta e subiu para seu quarto. Deixando Evellyn abismada com o jeito que o marido lhe tratava. Era sempre assim, Tom a humilhava, sua filha lhe humilhava e ela não podia fazer nada, até por que eles eram a sua única família.

Evellyn se perguntou quando foi que sua vida mudou de ponta a cabeça? Quando se casou Tom, Evellyn era uma mulher vaidosa e invejada por muitas mulheres. Seu casamento era um digníssimo casamento de amor, Tom era tão carinhoso com ela e a amava muito, e Evellyn também o amava. Então por que seu casamento dos sonhos passou a ser um casamento dos pesadelos?

Logo Michaelly chegou, e foi aí que tudo começou a mudar. Tom enfrentava uma fonte crise na empresa que herdará do pai, passando há trabalhar 24 horas. Evellyn ficava em casa cuidando da filha, e foi aí que ela deixou de se cuidar para manter seus interesses no bem estar da filha. Michaelly crescia cercada de mimos do pai, e talvez seja por isso que ela é assim hoje. Mimada e Egoísta.

Com a falta de cuidado da mulher, Tom deixou-a de olhar com o mesmo carinho que ele a olhava antes. Evellyn já desconfiava que ele não a amasse mais. E até suspeitava que ele a traísse com outras mulheres. Esses pensamentos deixavam Evellyn mais e mais pra baixo. Dedicou-se tanto a vida da filha, que esqueceu de que ela mesma tem uma vida. E hoje ela já não é uma mãe, nem uma esposa e sim uma escrava, que fazia o que lhe pediam. Sem Questionar. Escrava por que fazia tudo o que lhe mandava, sem questionar. Aguentava calada a humilhação do marido que ela tanto amava, e agora passava a ser alvo de humilhações da própria filha, a quem dedicou metade sua vida.

Foi Sem Questionar que ela viu sua vida passar em sua frente, sem ao menos poder fazer algo para impedir.


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Notas finais do capítulo

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Beijos da Engel!