Meu Doce Lírio escrita por Capistrano


Capítulo 13
Capítulo 13 - Férias com os marotos


Notas iniciais do capítulo

Consegui postar rápido esse capítulo, isto é, mereço reviews!



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A viagem até a casa dos Potter não foi longa. Os marotos não escondiam nem por uma fração de segundo o quanto estavam felizes por passarem as férias com o casal de bruxos sorridentes. Caso algum trouxa os visse de esguelha pela estrada, provavelmente se perguntaria como sete pessoas couberam em um carro tão compacto. Porém qualquer ser mágico iria constatar a presença de um feitiço extensor. E estava certo.

Lily encontrava-se excessivamente confortável próxima à janela, com Xinsy em seu colo e James ao seu lado, afinal, ele fora o único aceito pelo gato, os outros três meninos não receberam tal aval. E a ruiva permanecia a afirmar o quanto aquilo era estranho, pois seu gato sempre tinha aceito muitíssimo bem as pessoas à sua volta. Entretanto ninguém deu ouvidos ao seu protesto contido, todos estavam ansiosos para a chegada.

James batia os pés nervosamente, a cada quatro segundos encarava Lily apreensivo. Ela, porém, imaginou que menina poderia ter roubado o interesse dele, a ponto de seduzi-lo a usar oclumência, uma magia das trevas. Novamente ela sentiu a pontada dolorosa de um sentimento indesejável, tentando expelir tal sensação intrusa ela se concentrou no caminho, querendo localizar onde a família morava.

A ruiva logo constatou que os Potter residiam em uma parte afastada de Londres, onde havia estranhamente muitos terrenos intactos, e ela suspeitou da presença de magia em tal feito. Londres era povoada o bastante para ocupar até mesmo seus arredores, mas quando o carro super lotado entrou em uma ruela pouco movimentada, todos estavam diantes de uma estrada de terra e uma paisagem virgem do toque humano.

O automóvel estacionou, e os marotos pularam para fora do veículo seguidos pelos anfitriões. Lily pôs Xinsy no chão gramado e deixou seu queixo cair abismada com tanta beleza.

Era tão lindo quanto Remo tinha dito que seria. O perímetro da propriedade era bastante arborizado e se localizava às margens de um lago extenso. Havia uma clareira notou ela depois de encarar o vale de árvores, e um pouco mais de atenção mostrou à ela que aquele espaço era um modesto campo de Quadribol, fazendo-a sorrir com a descoberta. Era muito óbvio que a casa de James tivesse um local para seus treinos empenhados.

Porém a adimiração maior ficou por conta da arquitetura principal. Lily nunca tinha ficado tão maravilhada em toda sua vida, e o motivo era simples. Ela estava diante de uma casa com a cor exata de seus olhos, uma reprodução idêntica. O encanto foi tanto que a ruiva nem mesmo sentiu a aproximação de James, que lhe tascou um beijo na bochecha demorado, fechando os olhos e fazendo a menina corar.

- É a mesma cor não é? – Perguntou ela ao pé do ouvido da amiga.

- Uhum – Foi o único som que ela ousou deixar escapar. A garota temia que sua voz denunciasse o quão surpresa ela estava.

- Agora você sabe o porquê de eu sempre te perseguir... Você me lembra minha casa Lily – Sussurrou ele, encarando-a nos olhos e deixando a menina de pernas bambas.

A ruiva se afastou ainda cambaleante, e flagrou Remo encarando os dois com uma expressão que mesclava curiosidade e divertimento. Aquilo foi o bastante para lembrá-la de um tópico que tinha sido esquecido desde o tumulto na estação. Ainda fortemente corada ela tomou coragem para se aproximar do amigo que a olhava e disse baixo o bastante para que apenas ele a ouvisse.

- Não pense que eu esqueci o que ouvi no trem, temos que conversar sobre isso – Tal assunto ainda era intocado desde que Lily tomara conhecimento dele, e ela notou com facilidade o espanto instantâneo do menino.

- Ér… Tá – Lupin respondeu.

Era errado ouvir conversas atrás da porta, ainda mais quando são visivelmente particulares. Entretanto Lily tinha adquirido o péssimo hábito de estudar os marotos. Ela lhes lançava olhares de Lince, e sempre se mantinha por perto, assistindo aos treinos de Quadribol, pescando no lago com os meninos, ou até mesmo arrancando gnomos pela grama ao lado deles.

Era duro admitir, mas estava sendo dias bastante agradáveis, possivelmente perfeitos caso sua espionagem não estivesse falhando.

Mesmo estando sempre atuante, e ouvindo atrás da porta qualquer aspirante de diálogo, Lily ainda tinha muitas perguntas. “Por que James e Sirius estavam usando Oclumência?” “ Para onde levava o Mapa do Maroto?” “Por que uma capa era tão especial?” “Quem era menina que furtou a atenção de Potter?” e “Por que Remo estava diariamente ferido e a cada dia mais magro?”.

Eram dilemas assombrosos, em especial o último, que a preocupava a cada dia mais. Ela tinha descoberto coisas pequenas, que tentava encaixar furtivamente para chegar ao grande “x” da questão. A ruiva tinha conhecimento que em algumas noites os marotos saíam, e só voltavam na manha seguinte, com Remo cronicamente ferido.

O Sr. e a Sra. Potter pareciam estar de acordo ou acostumados com tal ato insano. Na primeira vez que os meninos saíram escondidos e voltaram com Lupin sangrando, Lily pensou que os anfitriões fossem surtar talvez investigar a causa de tantos ferimentos. Entretanto foi frustrante saber que eles nada fizeram.

A ruiva já tinha tentado o modo tradicional de investigação: O interrogatório, porém esse foi tão pouco didático quanto os outros. Ela começou as perguntas a Pedro, a quem imaginou ser a ponta mais fraca do grupo.

Em um dia de sol escaldante ela se aproximou dele na cozinha, lhe oferecendo omeletes feitos por ela mesma, e assim que o menino gordo começou as garfadas incessantes , ela iniciou seu plano com perguntas cordiais.

- Vocês gostam mesmo de passar as férias aqui, não?

- Sim, é muito legal – Pedro respondeu com a boca cheia de ovos.

- Vocês nunca se separam... – Ela estudou a reação do garoto que comia insanamente, e ele não pareceu notar nada de diferente nas perguntas que recebia – Inclusive, outra noite eu estava lendo até tarde e vi vocês saindo apressados... O que iam fazer?

- Hm... Nada – Ele disse engasgado

- Ok, espero que o omelete tenha estado bom – Lily disse irritada com o fracasso, puxando o prato (ainda parcialmente cheio). Deixando Pedro atordoado.

Ela tentou encurralar os outros meninos logo após a derrota com o garoto gordinho, mas era óbvio que ele já tinha avisado aos amigos que a ruiva estava quase à pé de tortura para obter respostas sobre a conversa clandestina do trem.

Quase na metade do verão, Lily ainda não tinha conseguido solucionar o enigma que envolvia os marotos, e sua última chance para desvendar tantos segredos permanecia presente na mente da menina. Ela iria segui-los em uma das noites que fugiam mesmo sabendo que era perigoso o bastante para deixar Remo machucado, e eventualmente James ou Sirius também desfilavam alguns arranhões.

- Sabe Xinsy, cansei de agir na passiva – Sussurrou ela para o gato que dormia em seu colo.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam dos comentários! Fic movida à reviews!