Quando o Sol se Pôr... escrita por Anny Andrade


Capítulo 25
Capítulo 19. Um presente inesquecível de Natal




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A noite parecia que jamais teria um fim. Hermione estava sentada ao lado de Flavinho enquanto recebia fortes olhares de Rony que por sua vez fingia escutar as reclamações de Harry. Pedro tinha se enturmado rápido e conversava com Jorge, já que o Fred tinha ido buscar a namorada para finalmente apresentar a família e não tinha retornado ainda. Luna e Draco tinham supostamente ido tomar um ar e ver as estrelas, mas os amigos sabiam que não estavam apenas fazendo isso. Cho e Gina estavam sentadas lado a lado e tinham os braços cruzados e o rosto fechado. Diferentemente dos mais velhos que riam e contavam histórias de quando ainda eram jovens.

Definitivamente a festa estava longe de acabar.

- Definitivamente seu namorado nasceu em uma ótima família. – Flavinho disse reparando no jeito do George.

- Flavinho, eles são ótimos mesmo... – Hermione disse rindo. – E olha que faltam três.

- Três? Oh my god... Flavinho sofreria um ataque fulminante. – Ele disse se jogando no sofá com a mão na testa e fechando os olhos.

- O Dan não vem mesmo? – Hermione perguntou.

- Ele disse que natal é festa em família... –Flavinho disse meio triste. – Ou seja, nada de gays perto de mim.

- Ele é um idiota. – Hermione falou sendo solidaria.

- É mesmo, mas gosto tanto dele... – Flavinho disse.

- O amor... – Hermione riu.

- Exatamente o amor. – Flavinho disse rindo e a abraçando. – Vivemos em busca de um amor e mesmo quando não parece que seja certo insistimos.

- Rony é o certo. – Hermione sorriu.

- E você insisti em se afastar. É louca.

- Ele prometeu me esperar...

- E você vai esperar por ele?

- Claro...

- Espero que isso seja verdade mesmo. – Flavinho disse. – De ambas as partes.

- Claro que é. – Hermione disse olhando para o ruivo que tinha um sorriso torto em sua direção.

- Claro... – Flavinho riu.

XXX

- Draco... – Luna falou quando o loiro a parou de beijar por falta de ar.

- Hum... – Draco disse ainda encostando Luna contra a parede.

- Feliz Natal. – Luna sorriu. Passava da meia noite e eles nem ao menos tinham percebido.

- O melhor natal de todos... – Draco sorriu. – Mal posso esperar pelo ano novo. Longe dos olhos dos pais de todos... Só a gente e assim realmente poderemos aproveitar.

- Só pensa nisso né? – Luna disse com a voz brava.

- É que você me faz só pensar nisso. – Draco disse e em seguida voltou a sugar a língua da loira.

- Draco... – Luna disse rindo.

- Eu te amo tanto loira... tanto... tanto... – Draco disse parando os beijos e olhando nos olhos de Luna. – Que eu nem sei o tamanho.

- Quem diria que um tarado, safado, e sem vergonha poderia ser tão romântico e perfeito? – Luna disse sorrindo. – Só eu para acreditar no impossível e provar que as pessoas mudam.

- Foi difícil acreditar em mim... Como eu insisti, como tive que te agarrar, e por fim só ficou comigo quando eu cansei né? – Draco disse brincando com o cabelo da loira.

- Quem disse que eu não acreditava? – Luna sorriu.

- Me fez me humilhar à toa? – Draco falou indignado.

- Talvez eu gostasse de todas as vezes que me beijava a força, e me prendia contra a parede do corredor. – Luna disse o encarando.

- Luna Lovegood... – Draco disse a encarando de volta. – E ainda quer que eu não penso no que estou pensando? Fica me provocando...

- Eu te provocando? – Luna fez cara de surpresa. – Eu sou a Luna, sou inocente, lunática, distraída... Seria incapaz de provocar alguém. – Ela sorriu e o olhou com uma cara sonhadora.

- E todos viam essa carinha e pensavam “como ela é bobinha” – Draco disse a acariciando. – Quando na verdade o bobinho sou eu.

- Não sei do que está falando. – Luna riu.

- Que sabe provocar sem querer fazer isso... E me deixa louco... – Draco falou a prensando ainda mais contra a parede. – Querendo te beijar, te tocar, te amar... – Ele falou pontuando com beijos molhados e cheios de malicia.

- Posso te confessar uma coisa? – Luna disse começando a ofegar.

- Hum... – Draco disse ainda a beijando pela extensão do pescoço e começando a descer.

- Também me deixa assim. – Luna disse e corou.

- Como? – Ele a encarou parando os beijos.

- Me deixa assim... – Luna disse com vergonha. – Louca para te sentir...

- Luna... – Ele sorriu e acariciou novamente o rosto dela. – Isso está só piorando as coisas... Se eu não resistir à culpa é toda sua.

- Quero me sentir culpada. – Luna sussurrou encarando ele.

- CASAL! – A voz de Fred chegou aos ouvidos deles. – Chega de sacanagem ai e venham conhecer minha namorada!

- FRED! – Draco gritou irritado.

- MALFOY você abusa da Luninha depois... – Ele gritou.

- Droga. – Draco disse irritado.

- A idéia dele é boa. – Luna disse sorrindo. – Vamos conhecer a famosa namorada... Afinal ele nunca namorou sério na vida.

- Eu queria tanto te fazer culpada. – Draco disse magoado.

- Deixo me fazer culpada depois...

- Promessa?

- Sim...

- Jura pelas suas fadas? – Draco riu.

- Juro por tudo...

Eles caminharam para dentro da casa sem muita vontade, mas a certeza de continuar o que pretendiam fazia com que tudo ganhasse ainda mais expectativa.

- Até que fim... – Fred disse. – Ficam se apalpando no quintal da minha casa e ainda demoram para entrar.

- Fred! – Molly o repreendeu enquanto os outros riam, menos o pai de Hermione que ficou pensando o que não faziam morando de frente um com o outro. Pensou em sua inocente filha e se sentiu aliviado em saber que ela jamais faria algo parecido.  

- É verdade... Esse tarado. – Fred disse e se aproximou de uma menina sorridente e com os cabelos cacheados que tinham um headband discreto de perolas.

- Hei... – Luna disse. – Oi...

- Olá. – A menina respondeu meio tímida. Ela conhecia praticamente todos, mas nunca tinha sido apresentada como namorada e ter Fred com as mãos em sua cintura a puxando contra ele era fantástico.

- Sei que já se conhecem, afinal o único que cozinha naquele apartamento é o pobre do Ralph... – Fred disse rindo. – Mas não a conhecem como minha namorada...

- A única garota que conseguiu entrar nessa casa. – Gina riu. – Seja bem vinda.

- Muito bem vinda. – Fred disse. – Laly agora vai ficar muito tempo por aqui, por perto de mim e etc... – Ele riu.

- Fred... – Ela corou percebendo que todos entenderam o que ele quis dizer.

- Amor não precisa ficar assim... – Fred disse. – Afinal como acha que tenho seis irmãos? Não foi a cegonha, e esses ali vivem se agarrando escondido... – Ele apontou para todos os outros.

- O que? – Philipes perguntou.

- Brincadeira pai... – Hermione disse constrangida.

- Espero mesmo... – Ele falou bravo.

- Um beijo para oficializar o namoro. – Fred disse animado.

- Fred... – Lality corou fortemente novamente...

- Nada de Fred... – Ele imitou o jeito dela falar. E em seguida grudou seus lábios aos dela sugando lentamente sua língua. Lality acabou se entregando ao beijo e só quando perdeu o ar se lembrou que todos observavam e voltou a corar.

- E você dizendo que a garota tava dando em cima de mim. – Rony riu no ouvido de Hermione.

- Eu sou um pouco louca? – Ela disse constrangida.

- Um pouco... – Ele falou. – Mesmo assim te amo.

- Isso é por que quer o presente extra? – Hermione riu.

- Não sei se quero mais não...

- O que? Como assim?

- Cansei de esperar...

- Ronald!

- Você quer me dar o presente. – Ele riu.

- Loucamente... – Ela confessou.

- O que?

- Nada...

- Loucamente? – Rony repetiu. – Seu pai me mata.

- Ele não vai saber. – Hermione disse se afastando para perto de Rose e Philipes.

XXX

Foi impossível convencer à senhora Weasley a deixar qualquer um deles a ir embora. Então por fim Gina, Luna, Hermione, Cho e Lality dividiriam um quarto. Draco, Harry, Pedro, Flavinho dividiriam outro e Rony dividiria com os irmãos já que Fred e George não voltariam para o apartamento deles até o fim das festas. Rose e Philipes ficariam com um quarto de visitas e tudo estava acertado.

Ninguém pareceu muito feliz com a divisão, mas quem iria desafiar Molly? Ninguém ali presente. Flavinho mudou de idéia e resolveu que era melhor ficar com a própria mãe que provavelmente no final da festa teria saído com as amigas e largado todos para decidirem para onde ir sozinhos, ele tinha combinado com Dan e agora tudo tinha ido por água abaixo. Lality estava morrendo de vergonha de ter que dormir ali logo no primeiro dia que conhecia a todos, mas o pior era ver seus planos de natal sendo arruinados, ela tinha se arrumado preocupada com cada detalhe, ela estava guardando o presente certo desde o começo das saídas que deram. Era muita injustiça.

O humor de Rony que de razoável tinha passado a ruim no momento chegava a péssimo. Ele quase conseguia sentir o sabor do seu presente, quase podia ver a cena de Hermione sobre ele, cada gemido e tudo fora estragado pela mania de super proteção de sua mãe. O natal não estava sendo como ele esperava, ele queria está no apartamento vazio com música alta impedindo os vizinhos de ouvirem todo o amor que ele sentia e queria oferecer. Agora iria ficar acordado imaginando cada detalhe e pior que isso, ouvindo as brincadeiras com seu nome, de repente o dia se tornou intolerante.

Draco parecia ter os mesmo sentimentos com relação ao natal, e pior que isso era que estava mentalmente xingando Fred por ter atrapalhado seu momento. E Luna estariam tão perto e tão intocável, afinal não eram apenas o pai e a mãe de Rony, mas de quebra tinham o pai e mãe de Hermione lá, provavelmente atentos a barulhos estranhos. Ele bufou enquanto arrumava um dos colchões. Era um sacanagem sem prazer algum.

Harry parecia satisfeito em ter se livrado de Cho e ainda mais satisfeito em ver que Gina ficaria bem longe de Pedro. Eles estariam no mesmo quarto e ele não deixaria de vigiar o moreno. Se irritou com o fato de todos terem gostado do rapaz e pior de tudo é que pareciam felizes em ver Gina interessada nele, nem mesmo Rony tinha feito o drama de sempre. Harry se irritou, xingou o ruivo e pensou que metade daquilo era tudo culpa dele. Sabia que não era, mas alguém naquele momento merecia todo o ódio que ele sentia e não queria que esse alguém fosse ele mesmo.

Todos pareciam ter passado de animados e felizes para a fase de tédio e raiva. As meninas estavam a horas no quarto e Cho e Gina ainda discutiam quem ficaria com a cama. Lality parecia perdida no meio delas e quando Fred a chamou para conversar a meninas saiu rapidamente sem pensar no tipo de conversa que ele queria.

XXX

A porta do quarto estava fechada. Uma respirar ofegante escapava timidamente pelas frestas, era como se a pessoa tentasse abafar seus gemidos e segurasse seus gritos no meio da garganta. Seus corpos balançavam fazendo com que a cama gemesse junto com eles, o som do móvel era um tanto alto e provavelmente o momento de loucura não tinha lhes permitido pensar nisso. Já era suficientemente ruim controlar os volumes das palavras desconexas que escapavam de seus lábios. As juras de amor eram sussurradas e os pedidos para não chegar ao fim pareciam ainda mais implorados do que eram.

Hermione passou reto pela porta. Sabia que Rony não estaria ali, e pelo tempo que Lality havia se retirado do quarto delas supôs que a conversa que Fred queria ter estava acontecendo naquele exato momento. Ela riu do pensamente que passou por sua cabeça. Bem que poderia ser ela e Rony. Não agüentava mais Gina e Cho e precisava tomar um pouco de ar fresco, pensou em chamar Rony que provavelmente estaria no quarto onde os outros meninos iriam ficar, ela desistiu da idéia era melhor sair antes que outros tivessem a mesma idéia.

- O que? – Hermione disse e em seguida sorriu. – O que faz aqui?

- Você passou pelo corredor e não desconfia o que faço aqui? – Rony riu vendo a garota sentar-se ao seu lado. – Fui expulso do meu quarto.

- E nem fez escândalo? – Hermione disse.

- Fred disse que tinham planejado outra coisa e que seria, bom... – Ele riu. – A primeira vez deles depois de quase três meses de namoro, e conhecendo meu irmão sei que isso é meio difícil para ele. E você?

- Fugi da sua irmã e da namorada do Harry. –  Hermione disse. – Ainda brigam pela cama, isso porque eu já disse que dormia no colchão e a Luna também. Já que a Lality provavelmente nem cai dormir.

- Não poderia ser a gente? – Rony disse.

- Oh meu Deus... – Hermione corou. – Pensei a mesma coisa.

- Hermione? – Rony disse a encarando.

- O que? – Ela sorriu.

- Fica tão linda assim...

- Assim como?

- Assim... – Rony disse se aproximando dela. – Com o cabelo solto, com uma camiseta velha que por sinal é minha. Com esse short curto. – Ele riu e passou suavemente a mãos pela pele a mostra das coxas dela. E viu que a garota se arrepiou. – Com essa pantufa horrível. – Ela sorriu timidamente. – Com a luz da noite sobre a sua pele, e com esse perfume que me persegue até mesmo nos meus sonhos...

- Rony... – Hermione sorriu e colocou a mão no rosto do ruivo que fechou os olhos. – Como faz isso comigo?

- Hum... E o que eu faço?

- Me faz voltar a acreditar em contos de fadas e em finais felizes. – Hermione disse com a mão ainda no rosto dele.

- Faço isso mesmo? – Rony sorriu e abriu os olhos para encará-la.

- Faz sim... – Hermione sorriu. – E eu também gosto de você assim.

- Agora eu pergunto: Assim como?

- Desse jeito, entregue a mim. Você me fazendo sorrir e me apaixonar ainda mais. – Hermione falou reparando em cada detalhe do ruivo. -  Sentir você me faz querer agradecer a Deus pela sorte que ele me deu... A sorte de encontrar o amor, e junto com ele descobrir o que é viver.

- Eu agradeço todos os dias. – Rony falou enquanto a puxava para mais junto de seu corpo.

-  Me completa... Me faz mulher... Me deixa entorpecida... Me faz querer aproveitar cada segundo... Me faz suspirar... Me enlouquece... – Hermione disse o puxando pela camisa. – Te Amo.

Os lábios deles foram se encostando lentamente sentindo o prazer que dava em sentir o sabor um do outro. Foram vários selinhos um atrás do outro antes que o espaço fosse aberto para que a línguas pudessem se encontrar. Quando se encontraram foram calmas apenas acariciando uma a outra, o beijo molhado não tinha intensidade, tinha vontade de ser eterno, demorado, aproveitado em seu detalhe. Eles estavam sentados no degrau da porta dos fundos da casa, e o vento era fraco, porém a capaz de balançar as plantas de fazer com que o corpo sentisse ainda mais arrepios. As mãos de Hermione estavam carinhosamente estacionadas no rosto do ruivo enquanto as mãos dele ficavam a puxando contra seu corpo que pulsava de desejo e de amor.

O fim do beijo foi como o começo, vários selinhos sendo depositados como que no intuito de recomeçar tudo novamente. Tinha sido romântico e cheio de palavras não ditas. Ela sorriu tentado recuperar o ar enquanto ele segurou em sua mão e a encarou.

- Nos transformamos em um... – Ele disse sorrindo. – Nossos corpos se completam em apenas um beijo. Nossos beijos se encaixam nos momentos certos. Somos dois corpos vivendo em apenas um amor, precisamos um do outro para ser o que somos... Longe disso ficamos exatamente o que éramos, frios, tolos, sem vida...

- Rony... – Hermione suspirou. – Você é minha vida... – Seus lábios voltaram a colar no mesmo tempero clássico do anterior. Beijos de amor como o somente o amor deles era. Puro. Eterno. Vivo.

XXX

- Olha aqui sua magricela eu sou visita devo ficar com a cama.

- Sua japa sem graça não te convidei, a cama é minha e eu vou ficar com ela, reclame com o seu Harryzinho por te trazer para cá. – Gina disse irritada.

- Você morre de inveja que eu tenho o Harryzinho e você não consegue ninguém depois de ter saído com o idiota do Dino. – Cho falou quase aos gritos.

- Inveja? Eu? – Gina riu. – Não percebeu que tenho alguém muito melhor que o Potter? Ou acha mesmo entre Harry e Pedro eu escolheria aquele quatro olhos? Por Favor, acorda sua louca. – Gina falou com desdém.

- O Harry preferiu ficar comigo, ou acha que ele não contou que você vivia correndo atrás dele? Que implorou para ele voltar com você? Que se encontraram, mas que ele só queria se divertir um pouco? Ele me contou e demos boas risadas. – Cho riu, soube que tocará no ponto certo. – Depois de sentir ele todo dentro de mim, nós riamos do tanto que você foi burra o deixando escapar...  – Gina pareceu prestes a chorar, sentiu os olhos queimando junto com a raiva que tomava conta dela.

A ruiva desceu da cama e saiu do quarto batendo a porta. Cho sorriu satisfeita e depois de se alojar na cama e arrumar os travesseiros percebeu que Luna olhava para ela.

- Venci. Foi fácil. – El sorriu.

- Prefiro dormir na sala. – Luna disse pegando um cobertor e saindo sem voltar a falar uma única palavra.

- Melhor ainda, assim fico com o quarto só para mim. – Cho disse se deitando e apagando a luz.

Gina estava parada em frente ao quarto de porta marrom e batia descontroladamente nela.

- Gina? – Draco pareceu confuso com a ruiva ali naquela hora, mas não teve nem tempo de falar algo mais, pois foi empurrado para fora do caminho da garota.

- Sai da frente Draco... – Ela disse entrando. Harry e Pedro olharam assustados, George tinha saído escondido para uma balada da qual ninguém mais sabia.  – Você! – Ela apontou para Harry. – Seu idiota, cretino, nojento, eu sempre acreditei em você, sempre quis uma nova chance. Sabe o que eu quero agora? Que você seja muito feliz com aquela japonesa sem graça, que vocês possam se completar e que ela sempre seja mimada, irritante como é...

- Gina? Eu? – Harry falou sem entender. – O que aconteceu?

- O que aconteceu? – Ela riu e derramava lágrimas. – Seu idiota como pode rir de mim? Rir dos meus sentimentos? E com aquela garota?

- Não sei do que está falando... – Harry disse e realmente não sabia.

- Eu idiota te esperando terminar com ela, eu idiota sonhando com a nossa volta, eu idiota... – Gina respirou fundo. – E você dormindo com aquela bruxa e ainda por cima rindo de mim depois de comê-la? Eu te odeio, com todas as forças do mundo.

- Gina? – Draco tentou.

- Sorte da Luna... Todos achando que você era um safado, quando na verdade o safado de verdade é esse daí. – Apontou para Harry e saiu do quarto batendo a porta.

- Isso não vai ficar assim... – Harry se levantou. Estava sem camisa e saiu atrás de Gina.

Gina estava no meio do corredor quando Harry a puxou pelo braço. Seus olhos se encontraram e uma eletricidade passou por todo o corpo deles.

- Me solta. – Gina disse irritada.

- Quem te disse essas coisas? – Harry disse sério.

- Sua amada caCHOrra. – Gina disse com desdém.

- Como acredita que eu ficaria falando dos nossos momentos com ela? – Harry falou ainda apertando o braço de Gina.

- Por que não? Afinal ela te deu o que queria, enquanto eu dei ao Dino. – Gina falou sem pudores, a raiva a deixava assim.

- Não dormi com ela. – Harry disse. – Não comi ela... E ela não deu nada para mim. – Ele disse irritado. – E não deveria falar assim.

- Não me venha dizer como devo falar...

- Continua sendo a mesma criança mimada de sempre. – Harry disse agora segurando os pulsos dela que pretendia bater nele.

- Errado! Eu cresci, se você não percebeu é fácil deduzir onde está o problema. – Gina disse respirando fundo. – E me larga, que eu quero fazer uma coisa.

- O que acha que vai fazer? – Harry perguntou a puxando contra seu corpo.

- Viver! – Ela disse desviando o olhar e tentando sair dos braços dele. – Me solta Potter.

- Vem viver comigo! – Harry disse a puxando para si e fazendo com que o olhar dela se encontrasse com o dele.

Aconteceu rápido e no momento seguinte Harry a prendia contra a parede e a beijava sem pudores. Suas línguas buscavam uma pela outra como o sertão busca por água. Gina arranhava as costas nuas do garoto enquanto ele acariciava sua cintura, a respiração ofegante.

- Harry... – Gina disse entre os beijos.

- Eu preciso de você agora Gina. – Ele disse voltando a beijá-la e ela pode sentir o membro dele pulsando contra seu corpo, aquilo fez com que uma chama desconhecida crescesse dentro dela assim como a vontade de ir até o fim.

- Vêm comigo. – Ela disse o puxando.

Ele continuou tentando agarrá-la enquanto desciam as escadas. Paravam depois de poucos passos para beijos demorados e amassos intensos. Ela o guiou para uma porta embaixo da escada, um tipo de porão existia ali, e depois de mais alguns degraus ele estavam sozinhos em um quarto com vários colchões, cobertores e travesseiros não usados.

- Harry... – Gina suspirou enquanto o garoto a prendia contra a parede do lugar. Ele ia adentrando sua blusa tentando descobrir o que o pano fino escondia. – Oh meu Deus... – Ela gemeu quando as mãos do garoto chegaram ao destino. Ele passou a acariciar seus seios enquanto os beijos se intensificavam.

- Você vai ser só minha. – Harry disse com a voz rouca e a arrastou para cima de um dos colchões. – Minha como deveria ser desde o principio.

XXX

Luna tinha deixado o cobertor na sala enquanto resolveu ir para cozinha tomar um pouco de água. Estava distraída brincando com um colar que usava e pensando na vida. Tinha percebido que Rony e Mione estavam sentados do lado de fora da porta e sorriu ao ver que eles estavam apenas abraçados em silencio e que olhavam para o céu. O amor deles era um tipo de amor que ela acreditava existir apenas em histórias, mas comprovará que era real.

- Luna?

- Acordado ainda? – Luna sorriu.

- Gina foi brigar com o Harry e agora os dois sumiram... – Draco disse sentando-se em frente a loira.

- Devem está brigando em algum outro lugar... A Cho disse coisas horríveis a ela, e eu prefiro dormir na sala a ficar respirando aquele ar do quarto. Péssimas vibrações. – Luna disse.

- Minha Lunita. – Ele sorriu pegando na mão dela.

- Hermione e Rony estão ali, mas nem perceberam a gente. – Luna riu. – Lality sumiu também. Acho que a casa deve ter portas secretas.

- Acho que todos tiveram a mesma idéia que eu tive, mas que o Fred fez questão de estragar. – Draco sorriu.

- Draco, eu fico constrangida. – Luna corou.

- Te amo. – Draco sorriu.

- Te amo também seu tarado. – Luna sorriu.

- Hora de dormir? – Draco sorriu.

- Não estou com sono. – Luna disse. – Mas podemos ficar acordados na sala.

- Boa idéia...

- Nada de atividades cansativas... – Luna disse séria.

- Nadinha?

- Nadinha...

- Uns beijinhos Luna... – Draco fez cara de cachorro sem dono,

- Uns beijinhos tudo bem... – Luna riu e se levantou segurando na mão do loiro e se encaminharam para a sala.

XXX

Harry estava sobre Gina e eles se beijavam ferozmente. Ela puxava os cabelos dele enquanto as mãos dele continuavam por dentro de sua blusa. Ela sentia o membro dele a pressionando e gostava de sentir aquilo. Os toques dele sobre sua pele deixavam um rastro de calor e os beijos molhados a faziam gemer o puxando ainda mais contra si.  

"Well the sky broke in two,

Found you dancing alone.

Then the room filled up with you,

And that song we both know”

(Bem, o céu se partiu em dois

Encontrei você dançando sozinha

Então o quarto se preencheu com você,

E aquela musica que nós dois conhecemos)

“That's when you caught me with your eyes

And sent shivers down my spine

And then you whispered in my ear

You said "I can feel it too"

And then you pulled me into you”

(Isso foi quando você me pegou com seus olhos

E causou arrepios baixos em minha espinha

E então você sussurrou em meu ouvido

Você disse "Eu posso sentir isso também"

E então você me puxou para dentro de você)

 “Tonight

I got you where I want you

Closer I can tell you anything

You're the song that I sing”

(Hoje a noite

Eu tenho você onde eu te quero

Mais perto eu posso te falar qualquer coisa

Você é a música que eu canto)

“Tonight

Let the music take us over

We'll fall into forever, all is right

Cause I got you where I want you

Tonight

Tonight”

(Hoje a noite

Deixe a música nos conduzir

Nós cairemos para sempre, tudo esta certo

Porque eu tenho você onde eu te quero

Hoje a noite

Hoje a noite)

Harry começou uma chuva de beijos pelo pescoço da garota enquanto ela se rendia ao momento. Ele puxou lentamente a blusa que ela vestia e finalmente entendeu o que tanto lhe chamava atenção. Era a perfeição em cada detalhe do corpo. Quando revelou os seios pequenos e ao mesmo tempo alvos percebeu que só ele apreciaria a beleza da delicadeza dela. Era delicado em cada sentido, como Dino pode ter feito tudo errado? Com ela tudo sairia certo, ela faria qualquer homem ir à loucura e seria impossível não gostar de tê-la daquela maneira, estava rendida.

Sem pensar ele levou os lábios aos seios dela e passou a sugá-los com ternura, passando a ansiedade. As mãos de Gina seguravam os cabelos de Harry o mantendo ali onde lhe causava arrepios quentes e suspiros de prazer. No ápice Gina o puxou para um beijo em que suas línguas travaram uma dança sensual. Trocaram de posição e agora ela o controlava. Estava sentada sobre ele e passou a descer seus beijos por toda a extensão do corpo dele, o olhava com desejo, com loucura, e ele começava a ofegar sentindo-se a ponto de explodir.

Ela estava onde ele queria, estava entregue ao momento. Era uma loucura que não importava. Eles estavam no momento errado, fazendo a coisa errada, e errar era deliciosamente excitante.

Gina  colocou a mão sobre o cós da calça de Harry e passou a puxá-la lentamente, revelando aos poucos a excitação do garoto. Ela sorriu satisfeita, sentiu que estava no lugar certo, e saberia como aproveitar. Ela levou a boca onde deveria e Harry passou a gemer seu nome sem forças. Naquilo ela sabia que era boa, tinha feito Dino gemer muitas vezes, mas com Harry era diferente, ele dizia coisas bonitas, era intenso e naquele momento ela sabia que o mundo poderia parar, pois nada mais importava.

Quando não agüentava mais sentir a língua quente dela Harry virou o jogo novamente a jogando contra o colchão e ficando sobre ela. Retirou o short curto que a ruiva usava depois a calcinha e passou a se ajeitar com carinho sobre ela.

 “Through all of science and history

Well nothing's ever stock with me

But now I'm locked on to you

And I'm holding on to

The only thing I know

And now I'm never letting go”

(Através de toda a ciência e história

Bem, nada nunca esteve preso comigo

Mas agora estou aprisionado em você

E eu estou me segurando na

Única coisa que eu sei

E agora eu nunca vou deixar partir)

“Tonight

I got you where I want you

Closer I can tell you anything

You're the song that I sing”

(Hoje a noite

Eu tenho você onde eu te quero

Mais perto eu posso te falar qualquer coisa

Você é a música que eu canto)

“Tonight,

Let the music take us over

We'll fall into forever, all is right

Cause I got you where I want you”

(Hoje a noite

Deixe a música nos conduzir

Nós cairemos para sempre, tudo esta certo

Porque eu tenho você onde eu te quero)

“Tonight

Tonight”

(Hoje a noite

Hoje a noite)

“The whole world could fall away

But You and I,

No we won't be afraid”

(O mundo todo poderia desmoronar

Mas você e eu,

Não, nós não queremos ter medo)

As palavras eram desconexas e o ritmo forte. Harry estava sobre Gina e ela arranhava sem pudores as costas dele. Ele sempre revezava entre os lábios e os seios da ruiva, fazendo com que ela gemesse ainda mais, ela ofegava e em alguns momentos chegava até a soltar gritos que Harry abafava com a boca.

O momento deles era intenso, e Gina finalmente descobrira que amar valia a pena, estava sendo completamente diferente do que conhecia, ela estava sentindo que o prazer jamais chegaria ao fim, que o momento tinha que durar eternamente. O mundo poderia acabar, ela não se importaria. Naquele momento só queria sentir-se sendo totalmente preenchida, sentir sua alma sendo conectada com a alma dele.

O êxtase total fez com que Harry caísse sobre ela, ao mesmo tempo em que sentia seu corpo enfraquecendo depois da explosão interior que sofrerá. Ele grudou seus lábios aos dela impedindo o gemido final, e com toda a emoção final ficaram apenas se beijando, se beijando, sentindo o fim se aproximar. Ela sentiu o ar se afastando, e ele se afastou caindo ao seu lado.

Ela não disse nada, apenas deitou-se sobre ele e voltou a beijá-lo. Adormeceram assim. Ela sobre ele. Ele sentindo o corpo dela quente, e pensando em como a noite tinha sido boa. O melhor presente de natal.

Fim do Capítulo 19.


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