Ela respirou fundo.

Não estava no palco ainda, mas podia ouvir seus fãs gritarem seu nome. Devia ter bastante gente no estádio, ela imaginava.

“Tay. Tay!” Chamou uma voz feminina atrás dela.

Ela olhou para o fim do corredor. Sua mãe estava acenando e andando com um passo apressado para chegar até ela.

“Oi. Não sabia que ainda estava aqui.” Falou ela surpresa.

“Estou sim. Não ia deixar de te desejar boa sorte!” Falou ela sorrindo e abraçando a filha. “Vai dar tudo certo, filha. Apenas fique calma.”

“Eu sei, eu sei.” Sorriu ela. “É só que...”

Ela se afastou do abraço, mordeu o lábio inferior e olhou para a mãe.

“Tem muita gente lá fora?” Perguntou ela.

“O suficiente.” Disse sua mãe em uma voz doce, tentando acalmá-la. “Elas estão aqui para te ver cantar e parabenizar você pela sua boa ação. Só isso. Não vão te morder nem nada.”

Ela sorriu.

“É bom saber disso.” Riu ela.

“Tay! Temos 2 minutos!” Anunciou algum assistente de palco.

“É melhor ir. E... Fique calma, certo?” Disse sua mãe.

“Vou dar o meu melhor.” Afirmou ela um pouco mais confiante.

Ela virou-se e começou a andar em direção á uma porta. Ela abriu-a revelando uma pequena sala que era ligada ao palco. Era o grande momento.

“Espere o discurso terminar, e aí você entra.” Avisou o assistente.

“Ok.” Assentiu ela.

Ele entregou-lhe seu violão, e ela o ajeitou de modo que ficasse confortável. Ele ajeitou o cabelo dela mais um pouco, e depois se afastou.

“E agora, a cantora que nos ajudou com esse show beneficente, o qual vai doar todo o dinheiro arrecadado com os ingressos para uma instituição para o tratamento de câncer... Taaaaaylor Swift!” Anunciou a voz.

Ela respirou fundo mais uma vez e correu para o palco.

Todos os fãs começaram a gritar ainda mais. Algumas pessoas balançavam os braços tentando chamar a atenção dela, enquanto outras levantavam cartazes.

“Taylor!! Taylor!” Gritava a multidão de forma desorganizada.

“Olá!” Falou ela chegando perto do microfone.

Os gritos foram diminuindo aos poucos. Eles queriam ouvir o que Taylor Swift ira falar.

“Ahm... Acho que primeiro de tudo devo agradecer a cada um de vocês que compraram os ingressos para ver esse show. Vocês estão fazendo uma grande diferença!” Agradeceu Taylor.

A multidão comemorou novamente, mas depois parou aos poucos de gritar.

“Acho melhor começar o show, não é?” Sorriu ela. “Estava um pouco nervosa antes, mas quando vi todos vocês aqui... Bem, isso faz tudo valer à pena!”

Todos comemoraram e Taylor começou a tocar o seu violão. Era a música “Fearless” para o delírio dos fãs que começaram a acompanhar o ritmo com as mãos no ar. Mexiam-se de um lado para outro. E assim ela caomeçou a cantar:

“          There's somethin' 'bout the way
The street looks when it's just rained
There's a glow off the pavement
Walk me to the car
And you know I wanna ask you to dance right there
In the middle of the parking lot
Yeah
Oh yeah”

Depois de várias outras músicas, o público ficava cada vez mais e mais animado. Eles cantavam junto dela, e até pulavam de vez em quando.

Mas quando chegou à última música que era “Enchanted” todos prestaram atenção na Taylor cantando. Sua voz nunca fora tão perfeita, pensavam os fãs enquanto derretiam seus corações com a letra da música.

No fim da canção:

“Please don’t be in Love with someone else

Please don’t have somebody waiting on you…”

No ultimo “you” Taylor sentiu uma falta de ar. Ela parou de cantar, mas como estava no fim da música ninguém notou a falha. Os fãs acompanharam a letra também, por isso nem repararam.

Ela deu um passo para frente para poder falar mais perto do microfone, mas se sentiu um pouco tonta.

Via todas as pessoas ao seu redor se duplicarem. Aquilo não fazia sentido. Ela sentiu mais falta de ar do que antes, mas preferiu fingir que estava tudo bem pelo menos até as cortinas se fecharem.

“Obrigada!” Disse ela no microfone.

Os fãs pediram bis, mas ela sabia que não agüentaria nem mais um minuto.

Antes mesmo das cortinas fecharem ela saiu correndo, ou andando, o mais rápido que conseguia.

Quando ela entrou na sala que antes tinha ficado esperando pelo momento de entrar no palco, sua mãe estava sorrindo.

“Você foi muito bem, Tay!” Comemorou ela.

“Mãe...” Ela tentou falar, mas não sabia para qual das três mães olhar.

“Aaaah, me dá um abraço.”

Sua mãe abraçou ela. Taylor envolveu seus braços nela, mas logo sentiu seu corpo pesado. Ela tentou se apoiar, mas era impossível. Seus braços escorregaram pelas costas de suas mãe, e ela perdendo as forças para se manter em pé.

“Tay?” Perguntou ela.

Sua voz parecia distante, mesmo ela sabendo que ela estava na sua frente.

“Tay?!” Repetiu em um tom mais preocupado.

Ela não agüentou e caiu no chão.

“Filha! Taylor!” Chamava enquanto a sacudia.

Ela queria responder, mas não conseguiu emitir nenhum som. Ela abriu a boca devagar, mas nada saia de novo. Sentiu a sua garganta arder, e logo em seguida a mais falata de ar. Começou a ficar ofegante.

“Taylor!” Gritou ela. “Alguém chame uma ambulância!”

O assistente de palco que estava lá antes correu para o telefone que tinha na parede.

Ele o tirou do gancho de um jeito desajeitado e nervoso, e apertou os botões que fizeram uns barulhos.

Começou a chamar.

Atenderam do outro lado da linha.

“Princeton-Plainsboro?” Perguntou ele nervoso, mas não esperou por uma resposta. “Precisamos de uma ambulância!”